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Convite ao estudo
Nesta unidade estudaremos a atuação do profissional nutricionista e, para isso, conheceremos também o surgimento do curso no Brasil, suas transformações ao longo dos anos e o panorama atual da profissão e áreas de atuação.
Além disso, compreenderemos as entidades de classe, desde as estudantis até os conselhos e sindicatos, entendendo o papel do nutricionista, seus direitos e deveres. Vamos conhecer um pouco mais sobre o Ministério da Saúde e políticas públicas voltados para a promoção, prevenção e assistência à saúde dos brasileiros. Finalizando a nossa unidade, abordaremos o Código de Ética dos Nutricionistas, essencial na prática profissional.
Para que você esteja mais ambientado à realidade do nutricionista, vamos apresentar as experiências de Carla, que irá pesquisar sobre a nutrição, assim como a história da nutrição e sua atuação no Brasil.
Você acha que essa é uma profissão nova? Quais são as entidades de classe que auxiliam no exercício da profissão?
praticar para aprender
Prezado aluno, conhecer a história da nutrição nos mostra o quanto essa ciência evoluiu e o longo caminho que há pela frente.
Sempre buscando novas informações, Carla leu uma reportagem sobre pessoas que fazem a diferença em suas respectivas funções. Como é muito curiosa, resolveu pesquisar a respeito dos pioneiros da nutrição no mundo para conhecer os grandes nomes dessa ciência que tanto a inspira. Ao pesquisar, ela se surpreendeu ao perceber o quanto a nutrição é uma ciência nova, principalmente no nosso país.
Outro ponto que chamou a sua atenção foi o fato de haver tantas questões envolvidas no surgimento dessa profissão que a encanta mais a cada dia. Que história da nutrição Carla encontrará? Como será que essa área do conhecimento chegou ao Brasil?
conceito-chave
História da nutrição e da nutrição no Brasil
O reconhecimento da nutrição como campo de conhecimento científico é recente, sendo verificado no início do século XX, e se deu em decorrência das transformações trazidas pela Revolução Industrial.
Exemplificando
No Brasil se consolidou a partir das mudanças sociais, econômicas, políticas e culturais advindas do Estado Novo de Getúlio Vargas e sua opção pelo modelo capitalista industrial.
Estudos afirmam que os registros mais antigos da nutrição vêm do Canadá, com destaque para a atuação das irmãs da Ordem de Ursulinas (Quebec, 1670), e foram depois constatados no ensino de economia doméstica (Ontário, 1867). O primeiro curso universitário de dietistas teria surgido em 1902, na Universidade de Toronto.
Também é possível considerar a enfermeira Florence Nightingale a primeira dietista hospitalar, pois, na Guerra da Crimeia (1854), ela teve um excelente desempenho no cuidado dos doentes, instalando cozinhas para preparar dietas específicas para a recuperação da saúde dos feridos graves. Nesse sentido, em 1742, um hospital em Edimburgo, Escócia, já oferecia uma alimentação diferenciada para os pacientes. Portanto, o início da nutrição estaria associado às clínicas das universidades europeias nas quais, objetivando estudar algumas doenças, os médicos instruíam as enfermeiras a preparar dietas diferenciadas para esses casos.
Entretanto, existem estudos que relacionam a história da nutrição à entrada dos Estados Unidos na Primeira Guerra Mundial (1917), o que trouxe a necessidade de profissionais que atuassem na área de nutrição e dietética, culminando na organização da Associação Americana de Dietética, em Cleveland, Ohio.
Em 1923, a Organização de Saúde da Liga das Nações (OSLN) estabeleceu alguns centros de estudos em Moscou e, em decorrência disso, em 1929, a extinta União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) criou o 1º Centro de Odessa, no qual médicos, engenheiros e economistas discutiam aspectos científicos, econômicos e industriais da nutrição. Esse centro possuía cozinha experimental e uma área destinada à conservação e estudo do valor nutricional dos alimentos.
Assimile
Na Guerra Fria, o campo da nutrição encontrou espaços institucionais adequados para a sua ampliação e consolidação dentro de organizações internacionais criadas para minimizar e administrar conflitos, como a Organização das Nações Unidas (ONU), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (United Nations International Children's Emergency Fund – Unicef), a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (Food and Agriculture Organization – FAO), a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).
Na América Latina, o crescimento da nutrição enquanto campo de estudo está correlacionado ao médico argentino Pedro Escudero, criador do Instituto Nacional de Nutrição (1926), da Escola Nacional de Dietistas (1933) e do curso de médicos "dietólogos" da Universidade de Buenos Aires.
Alguns autores mencionam o livro de Eduardo Magalhães, Higiene Alimentar, publicado em 1908, como o principal marco nesse sentido, enquanto outros afirmam que o marco são os estudos desenvolvidos, a partir de 1906, por Álvaro Osório de Almeida no campo da fisiologia da alimentação. Contudo, existem pesquisas anteriores a 1906 relacionando as doenças carenciais e os hábitos alimentares da população brasileira.
Na década de 1930, pesquisadores discutiam a nutrição de duas formas, sendo uma delas na perspectiva biológica, influenciada pelas escolas de Nutrição e Dietética norte-americanas e de centros europeus, dando origem à nutrição clínica (dietoterapia), e a outra, formulada pelos adeptos da perspectiva social, com foco nos aspectos relacionados à produção, à distribuição e ao consumo de alimentos pela população brasileira.
A partir da segunda metade dos anos 1930, esses pesquisadores passaram a contribuir para a formulação das primeiras medidas e instrumentos da Política Social de Alimentação e Nutrição. Com isso, foram criadas as instituições e os primeiros cursos para a formação de profissionais em alimentação e nutrição.
Assimile
A profissão de nutricionista foi regulamentada no Brasil em 24 de abril de 1967, por meio da Lei nº 5.276, sancionada pelo Presidente da República, General Artur da Costa e Silva. Essa lei vigorou até 17 de setembro de 1991, quando foi revogada pela Lei nº 8.234.
Antes de sua regulamentação acontecer, ocorreram vários marcos importantes para esse processo. Paralelamente ao crescimento desse campo de conhecimento, foi instituído em 1º de maio de 1940 o salário mínimo, que teve como base de cálculo o que se convencionou chamar de ração essencial mínima (ou cesta básica). Em 5 de agosto do mesmo ano ocorreu a criação do Serviço de Alimentação da Previdência Social (SAPS), e em 31 de agosto de 1949 foi instituída a Associação Brasileira de Nutricionistas (ABN), objetivando a regulamentação da profissão. Por esse motivo, o dia dos nutricionistas é comemorado nessa data.
Reflita
Qual a importância de uma profissão ser regulamentada? Qual a importância de uma profissão ter um código de ética?
Apenas em 1962 os cursos de Nutrição passaram a ser reconhecidos como nível superior e a apresentar currículo mínimo de formação.
Conjuntamente a essas mudanças na formação, o projeto de regulamentação da profissão foi apresentado na Câmara dos Deputados, em 1964. Porém, ele foi vetado em 1966. No ano seguinte, devido à grande mobilização das associações de nutricionistas, foi rejeitado o veto e regulamentada a profissão.
No final dos anos 1970 também teve início o processo de criação das associações profissionais, que deram origem aos sindicatos de nutricionistas em vários estados brasileiros – entidades responsáveis pela defesa das questões trabalhistas. Com o passar dos anos, entretanto, os nutricionistas concluíram que a lei responsável por regulamentar a profissão não refletia mais a realidade cotidiana dos profissionais.
Após muitos debates em âmbito nacional, o segundo Encontro Nacional das Entidades de Nutrição (Enaen) aprovou a proposta de alteração da lei. A nova lei (Lei n° 8.234) foi aprovada em 17 de setembro de 1991 pelo então presidente Fernando Collor de Melo, reconhecendo os nutricionistas como especialistas em alimentação e nutrição.
Exemplificando
Segundo o CFN (2020), atualmente existem 10 Conselhos Regionais de Nutricionistas e, até junho de 2020, o total de profissionais registrados em todo o país era de 161.954.
Nutrição como curso superior
Em outubro de 1939 foi criado o primeiro curso de Nutrição do país. Ele era ministrado no Instituto de Higiene, atual Faculdade de Saúde Pública (Universidade de São Paulo), e sua duração era de apenas um ano, com aulas em período integral.
Reflita
A criação desse curso ocorreu tendo como objeto de trabalho a saúde e a alimentação do homem, individual ou coletivamente, e a administração de serviços de alimentação do trabalhador nos restaurantes populares, buscando uma legitimação social do governo e agindo em projetos sociais.
Atualmente, o curso de nutrição é mais amplo. Qual área desperta mais o seu interesse?
Apenas em 1962 o então Conselho Federal de Educação (CFE), órgão do Ministério da Educação, emitiu o Parecer nº 265, que reconhecia os cursos de nutricionistas como de nível superior, estabelecia o primeiro currículo mínimo pela necessidade de uniformizar a formação dos profissionais e fixava a duração de três anos para a formação de nutricionistas. Era esperado que o profissional formado fosse apto a atuar em todas as áreas: hospitalar, saúde pública e ensino.
Em 1966, na primeira conferência sobre formação acadêmica de nutricionistas-dietistas da América Latina, em Caracas, foram estabelecidas recomendações práticas para a formação desses profissionais. Além de determinar questões administrativas, também foram definidas as cinco áreas do ensino de Nutrição: Ciências Básicas, Ciências Sociais e Econômicas, Ciências Pedagógicas, Ciências da Saúde Pública e Ciências da Alimentação e Nutrição.
No início da década de 1970 existiam sete cursos no Brasil, sendo todos vinculados a instituições públicas, totalizando cerca de 570 vagas anuais. Em 1974, o CFE determinou o segundo currículo mínimo dos cursos de nutrição, com carga horária total de 2.880 horas a ser integralizada em quatro anos. Nesse currículo constavam algumas disciplinas básicas.
A partir de 1976, com a criação do II Programa Nacional de Alimentação e Nutrição (II PRONAN), coordenado pelo Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição (INAN), ocorreu um grande aumento na criação de novos cursos de formação de nutricionistas, passando de sete para 30, sendo 21 em instituições públicas e 9 em instituições privadas, visto que uma das diretrizes do programa consistia em capacitar recursos humanos na área. Dessa forma, teve início o processo de criação dos cursos do setor privado, que em 1980 eram responsáveis por 48% do total de vagas oferecidas no país.
Em meados da década de 1990, com a instituição da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), houve uma grande expansão dos cursos de Nutrição no país, especialmente em instituições privadas no estado de São Paulo. Essa expansão resultou em um grande aumento no número de profissionais no mercado, ampliando as áreas de atuação e contribuindo para o reconhecimento da profissão.
Em 31 de dezembro de 1996, existiam no Brasil 45 cursos de graduação em Nutrição. No período entre 1997 e 2009 foram implementados mais 346 cursos, sendo 67 públicos (federal, estadual e municipal) e 324 privados. Por ano, eram ofertadas 49.185 vagas. Vale ressaltar que grande parte desses cursos eram ministrados em instituições localizadas na Região Sudeste (56,5%).
Considerando a evolução da sociedade e a necessidade da atualização da formação e do desenvolvimento das habilidades dos nutricionistas, os cursos estão em constante mudança. Atualmente, a carga horária mínima para os cursos de graduação em Nutrição é de 3.200 horas, para que o nutricionista adquira os conhecimentos técnicos e científicos necessários ao desenvolvimento da assistência nutricional à população.
Exemplificando
De acordo com o Conselho Federal de Nutricionistas (CFN, 2020), o Brasil possui mais de 145 mil nutricionistas. Você pode conhecer o perfil do nutricionista brasileiro consultando a Pesquisa de Inserção Profissional dos Nutricionistas no Brasil - módulo interativo, que foi publicada pelo CFN. Trata-se de mais um produto do projeto Apoio a Atuação de Profissionais e Gestores em Agendas Intersetoriais, desenvolvido em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) e a Universidade Federal de Ouro Preto.
BRASIL. Conselho Federal de Nutricionistas. Somos mais de 145.819 nutricionistas – Perfil das(os) nutricionistas no Brasil. CFN, dados do 2º trimestre de 2020. Disponível em: http://pesquisa.cfn.org.br/. Acesso em: 24 set. 2020.
Panorama profissional do nutricionista
A profissão de nutricionista no Brasil é recente, com cerca de 70 anos de existência. Em seu surgimento, o principal desafio consistia na superação das doenças carenciais, como desnutrição, hipovitaminose A e anemia ferropriva, associadas às condições de pobreza, fome e desigualdades sociais e regionais.
A profissão vem passando por grandes alterações, resultado do modelo de desenvolvimento do país, das políticas governamentais para a saúde e das constantes discussões sobre a formação acadêmica. Além disso, os avanços quantitativos e qualitativos conquistados pela categoria ao longo desse período de mobilização, organização e luta em busca de legitimidade, autonomia e identidade profissional são muito importantes. Dentre essas conquistas, pode-se destacar a sensível ampliação dos campos de atuação profissional e mudanças no mercado de trabalho.
De acordo com o Conselho Federal de Nutricionistas (CFN), em 1989, o número de nutricionistas no Brasil era de 11.898, havendo então cerca de um nutricionista para cada 11.500 habitantes. Vale ressaltar que, em sua criação, a nutrição era considerada uma área exclusivamente feminina, nova, promissora, e uma oportunidade para as jovens. Mesmo com o passar dos anos, essas características não mudaram. De acordo com o CFN (2020), a grande maioria dos nutricionistas (94,1%) são do sexo feminino, com idade entre 25 e 44 anos (80,9%), e estudaram em escolas privadas (62,5%). Considerando os conselhos regionais em que esses profissionais estão inseridos, nota-se que a maior parte dos nutricionistas atua na alimentação coletiva (30,8%) e na nutrição clínica (30,4%) (CFN, 2020).
Áreas de atuação do nutricionista - Resolução CFN 600/2018
A profissão é regulamentada pelo Conselho Federal de Nutricionistas (CFN), que foi criado em 20 de outubro de 1978, por meio da Lei nº 6.583, e regulamentado pelo Decreto nº 84.444, de 30 de janeiro de 1980. Ele foi criado a partir da mobilização de profissionais, estudantes e entidades de nutrição, que acreditavam na importância de um órgão regulamentador próprio, pois até então a fiscalização era realizada pelos conselhos de medicina.
O Conselho Federal de Nutricionistas é uma autarquia federal sem fins lucrativos, com poder delegado de normatizar, orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício e as atividades da profissão de nutricionista em todo o território nacional, em defesa da sociedade. Assim, exercendo a sua função, em 25 de fevereiro de 2020 (com texto retificado em 23 de maio de 2018) o CFN aprovou a Resolução nº 600, que trata da definição das áreas de atuação do nutricionista e suas atribuições, além de estabelecer parâmetros numéricos de referência por área de atuação. São definidas seis áreas de atuação para o profissional.
A seguir, destacam-se partes dessa Resolução (CFN, 2018).
1. Nutrição em Alimentação Coletiva:
Competência. Compete ao nutricionista, no exercício de suas atribuições em Nutrição em Alimentação Coletiva: planejar, organizar, dirigir, supervisionar e avaliar os serviços de alimentação e nutrição; realizar assistência e educação alimentar e nutricional à coletividade ou a indivíduos sadios ou enfermos em instituições públicas e privadas. (CFN, 2020, p. 12)
A. Subárea – Gestão em Unidades de Alimentação e Nutrição (UAN):
A.1. Segmentos: Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN) Institucional (pública e privada):
A.1.1. Subsegmento – Serviços de alimentação coletiva (autogestão e concessão) em: empresas e instituições, hotéis, hotelaria marítima, comissárias, unidades prisionais, hospitais, clínicas em geral, hospital-dia, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), spas clínicos, serviços de terapia renal substitutiva, Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI) e similares. (CFN, 2020, p. 12)
A.2 – Alimentação e Nutrição no Ambiente Escolar:
A.2.1. Programa Nacional de Alimentação do Escolar (PNAE).
A.2.2. Alimentação e Nutrição no Ambiente Escolar – Rede Privada de Ensino.
A.3 – Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT).
A.3.1. Empresas Fornecedoras de Alimentação Coletiva: Produção de Refeições (Autogestão e Concessão).
A.3.2. Empresas Prestadoras de Serviço de Alimentação Coletiva: Refeição-Convênio.
A.3.3. Empresas Fornecedoras de Alimentação Coletiva: Cestas de Alimentos.
A.4 – Serviço Comercial de Alimentação:
A.4.1. Restaurantes Comerciais e similares.
A.4.2. Bufê de Eventos.
A.4.3. Serviço Ambulante de Alimentação.
2. Nutrição Clínica – Assistência nutricional e dietoterápica hospitalar, ambulatorial, em nível de consultórios e em domicílio:
Competência. Compete ao nutricionista, no exercício de suas atribuições em Nutrição Clínica: prestar assistência nutricional e dietoterápica; promover educação nutricional; prestar auditoria, consultoria e assessoria em nutrição e dietética; planejar, coordenar, supervisionar e avaliar estudos dietéticos; prescrever suplementos nutricionais; solicitar exames laboratoriais; prestar assistência e treinamento especializado em alimentação e nutrição a coletividades e indivíduos, sadios e enfermos, em instituições públicas e privadas, em consultório de nutrição e dietética e em domicílio. (CFN, 2020, p. 20)
Subáreas (CFN, 2020):
- Assistência Nutricional e Dietoterápica em Hospitais, Clínicas em geral, Hospital-dia, Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e SPA clínicos.
- Assistência Nutricional e Dietoterápica em Serviços e Terapia Renal Substitutiva.
- Assistência Nutricional e Dietoterápica em Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI).
- Assistência Nutricional e Dietoterápica em Ambulatórios e Consultórios.
- Assistência Nutricional e Dietoterápica em Bancos de Leite Humano (BLH) e Postos e Coleta.
- Assistência Nutricional e Dietoterápica em Lactários.
- Assistência Nutricional e Dietoterápica em Centrais de Terapia Nutricional.
- Atenção Nutricional Domiciliar (pública e privada).
- Assistência Nutricional e Dietoterápica Personalizada (Personal Diet).
3. Nutrição em Esportes e Exercício Físico - Assistência nutricional e dietoterápica para atletas e desportistas.
4. Nutrição em Saúde Coletiva – Assistência e educação nutricional individual e coletiva:
Competência. Compete ao nutricionista, no exercício de suas atribuições na área de Nutrição em Saúde Pública: organizar, coordenar, supervisionar e avaliar os serviços de nutrição; prestar assistência dietoterápica e promover a educação alimentar e nutricional a coletividades ou indivíduos, sadios ou enfermos, em instituições públicas ou privadas, e em consultório de nutrição e dietética; atuar no controle de qualidade de gêneros e produtos alimentícios; participar de inspeções sanitárias. (CFN, 2020, p. 28)
Subáreas (CFN, 2020):
A. Políticas e Programas Institucionais:
A.1 – Gestão das Políticas e Programas.
A.2 – Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (PNSAN).
A.2.1. Subsegmento – Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN): Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), Bolsa Família, entre outros.
A.2.2. Subsegmento – Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN): Banco de Alimentos (públicos, privados e fundacionais).
A.2.3. Subsegmento – Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN): Restaurantes Populares, Cozinhas Comunitárias e outros equipamentos de segurança alimentar.
A.2.4. Subsegmento – Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN): Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável de Povos e Comunidades Tradicionais, entre outras.
A.2.5. Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN): Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
A.3 – Rede Socioassistencial.
A.4 – Alimentação e Nutrição no Ambiente Escolar.
A.4.1. Subsegmento – Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
A.5 – Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT).
A.5.1. Subsegmento: Empresas fornecedoras Empresas Fornecedoras de Alimentação Coletiva: Produção de Refeições (autogestão e concessão).
A.5.2. Subsegmento – Empresas Prestadoras de Serviços de Alimentação Coletiva: Refeição-Convênio.
A.5.3. Subsegmento – Empresas Fornecedoras de Alimentação Coletiva: Cestas de Alimentos.
B. Atenção Básica em Saúde:
B.1 – Gestão das Ações de Alimentação e Nutrição.
B.2 – Cuidado Nutricional.
C. Vigilância em Saúde:
C.1 – Gestão da Vigilância em Saúde.
C.2 – Vigilância Sanitária.
C.3 – Vigilância Epidemiológica.
C.4 – Fiscalização do Exercício Profissional.
5. Nutrição na Cadeia de Produção, na Indústria e no Comércio de Alimentos – Atividades de desenvolvimento e produção e comércio de produtos relacionados à alimentação e à nutrição:
Competência. Compete ao nutricionista, no exercício de suas atribuições na área de indústria e comércio de alimentos: elaborar informes técnico-científicos; gerenciar projetos de desenvolvimento de produtos alimentícios; prestar assistência e treinamento especializado em alimentação e nutrição; controlar a qualidade de gêneros e produtos alimentícios; atuar em marketing e desenvolver estudos e trabalhos experimentais em alimentação e nutrição; proceder a análises relativas ao processamento de produtos alimentícios industrializados; e prestar auditoria, consultoria e assessoria em nutrição e dietética. (CFN, 2020, p. 39)
Subáreas (CFN, 2020):
A. Cadeia de Produção de Alimentos:
A.1 – Extensão Rural e Produção de Alimentos.
B. Indústria de Alimentos:
B.1 – Pesquisa e Desenvolvimento de Produtos.
B.2 – Cozinha Experimental.
B.3 – Produção.
B.4 – Controle da Qualidade.
B.5 – Promoção de Produtos.
B.6 – Serviços de Atendimento ao Consumidor.
B.7 – Assuntos Regulatórios.
C. Comércio de Alimentos (atacadista e varejista) – atividades relacionadas à comercialização e distribuição de alimentos destinados ao consumo humano:
C.1 – Controle da Qualidade.
C.2 – Representação.
C.3 – Serviços de Atendimento ao Consumidor.
6. Nutrição no Ensino, na Pesquisa e na Extensão – Atividades de coordenação, ensino, pesquisa e extensão nos cursos de graduação e pós-graduação em Nutrição, cursos de aperfeiçoamento profissional, cursos técnicos e outros da área de saúde ou afins:
Competência. Compete ao nutricionista, no exercício de suas atribuições na área da Nutrição em Ensino, Pesquisa e Extensão: dirigir, coordenar e supervisionar cursos de graduação em nutrição; planejar, coordenar, supervisionar e avaliar estudos dietéticos; ensinar matérias profissionais dos cursos de graduação em nutrição e das disciplinas de nutrição e alimentação nos cursos de graduação da área de saúde e outras afins; realizar estudos e trabalhos experimentais em alimentação e nutrição. (CFN, 2020, p. 44-45)
Subáreas (CFN, 2020):
A. Coordenação/Direção.
B. Docência (Graduação).
C. Pesquisa.
Pesquise mais
A nutrição é uma ciência nova e em constante transformação. Por apresentar um campo de trabalho tão amplo, sua formação é bastante abrangente.
Leia os textos indicados a seguir e entenda um pouco mais sobre o curso e sua grade curricular:
CARNEIRO, A.; MENDES, L.; GAZZINELLI, M. Avaliação Curricular: a perspectiva de egressos de um curso de nutrição. Revista de Enfermagem do Centro-Oeste Mineiro, Minas Gerais, v. 1, n. 8, ago. 2018. Disponível em: https://bit.ly/2LMJ81j. Acesso em: 20 out. 2020.
PORTAL MEC. Diretrizes curriculares nacionais do curso de graduação em Nutrição. Disponível em: https://bit.ly/35I984V. Acesso em: 24 set. 2020.
Faça valer a pena
Questão 1
Desde a segunda metade do século XIX, começou a ser apresentado de maneira mais organizada o saber sobre a alimentação da população brasileira.
Leia as afirmações a seguir e assinale a alternativa correta:
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Apesar do primeiro curso ter sido criado em 1939, apenas em 24 de abril de 1967 a profissão de nutricionista foi regulamentada no Brasil, por meio da Lei nº 5.276, sancionada pelo então Presidente da República, General Artur da Costa e Silva. Essa lei vigorou até 17 de setembro de 1991, quando foi revogado pela Lei nº 8.234.
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Questão 2
O reconhecimento da nutrição como campo de conhecimento científico é bastante recente e seu surgimento está relacionado a uma série de situações.
Leia as afirmações a seguir e assinale-as como verdadeiras (V) ou falsas (F), em relação ao contexto apresentado:
( ) Uma linha de estudos afirma que os registros mais antigos da nutrição vêm dos EUA, considerando o Centro de Classificação Profissional e Ocupações Técnicas, com destaque para a atuação das irmãs da Ordem de Ursulinas.
( ) A enfermeira Florence Nightingale, na Guerra da Crimeia (1854), instalou cozinhas para garantir uma alimentação apropriada e preparar dietas adequadas para a recuperação da saúde dos feridos graves.
( ) Em 1742, um hospital em Edimburgo, Escócia, já oferecia uma alimentação diferenciada para os pacientes.
( ) O médico argentino Pedro Escudero foi o precursor da nutrição na América Latina, mas suas ideias ficaram restritas ao seu país.
( ) A extinta União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) tinha centros de discussão com cozinhas experimentais e áreas destinadas ao estudo da conservação e do valor nutricional dos alimentos.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
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Uma linha de estudos afirma que os registros mais antigos da nutrição vêm do Canadá, considerando o Centro de Classificação Profissional e Ocupações Técnicas, com destaque para a atuação das irmãs da Ordem de Ursulinas. Na América Latina, o crescimento da nutrição enquanto campo de estudo está muito relacionado ao médico argentino Pedro Escudero, cujos pensamentos foram difundidos principalmente por meio da concessão de bolsas de estudos para a realização dos cursos de dietética. As demais afirmativas estão corretas.
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Questão 3
O nutricionista é um profissional generalista apto a atuar nas diversas áreas do conhecimento em que a alimentação e a nutrição se apresentem como fundamentais para a promoção, preservação e recuperação da saúde e na melhoria da qualidade de vida de indivíduos ou grupos populacionais.
Em relação à atuação do profissional nutricionista, assinale a alternativa correta:
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Correto!
A Resolução CFN n° 600/2018 define seis áreas de atuação do nutricionista:
- Nutrição em Alimentação Coletiva.
- Nutrição Clínica.
- Nutrição em Esportes e Exercício Físico.
- Nutrição em Saúde Coletiva.
- Nutrição na Cadeia de Produção, na Indústria e no Comércio de Alimentos.
- Nutrição no Ensino, na Pesquisa e na Extensão.
O papel do nutricionista não é amplamente conhecido pela população geral.
O nutricionista esportivo pode dar assistência nutricional e dietoterápica aos desportistas e aos atletas.
O nutricionista pode gerenciar projetos de desenvolvimento de produtos alimentícios.
Segundo o CFN, 30,8% dos nutricionistas atuam em alimentação coletiva e 30,4% em nutrição clínica.
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Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NUTRIÇÃO. Sobre nós. [s.d.]. Disponível em: https://bit.ly/2XEFCsF. Acesso em: 20 out. 2020.
BRASIL. Conselho Federal de Nutricionistas. A história do nutricionista no Brasil. Sistema Conselhos Federal e Regional de Nutricionistas, [s.d.]. Disponível em: https://bit.ly/3oQZAw8. Acesso em: 4 out. 2020.
BRASIL. Conselho Federal de Nutricionistas. Áreas e atribuições do nutricionista. [s.d.]. Disponível em: https://bit.ly/3nMCUeY. Acesso em: 4 out. 2020.
BRASIL. Conselho Federal de Nutricionistas. Nutricionista – 50 anos de regulamentação da profissão. Disponível em: https://bit.ly/2KlfmR0. Acesso em: 4 out. 2020.
BRASIL. Conselho Federal de Nutricionistas. Perfil dos nutricionistas no Brasil. Disponível em: http://pesquisa.cfn.org.br/. Acesso em: 4 out. 2020.
BRASIL. Conselho Federal de Nutricionistas. Resolução CFN nº 600/2018, de 25 de fevereiro de 2018. Dispõe sobre a definição das áreas de atuação do nutricionista e suas atribuições, indica parâmetros numéricos mínimos de referência, por área de atuação, para a efetividade dos serviços prestados à sociedade e dá outras providências. Brasília: [s.n.], 2018.
BRASIL. Conselho Federal de Nutricionistas. Sobre o CFN. [s.d.]. Disponível em: http://www.cfn.org.br/index.php/sobre-nos/. Acesso em: 4 out. 2020.
CARNEIRO, A.; MENDES, L.; GAZZINELLI, M. Avaliação Curricular: a perspectiva de egressos de um curso de nutrição. Revista de Enfermagem do Centro-Oeste Mineiro, Minas Gerais, v. 1, n. 8, ago. 2018. Disponível em: https://bit.ly/3nLqTqu. Acesso em: 20 out. 2020.
CFN. Conselho Federal de Nutricionistas. 2020. Disponível em: https://www.cfn.org.br/. Acesso em: 10 jan. 2021.
PORTAL MEC. Diretrizes curriculares nacionais do curso de graduação em Nutrição. Disponível em: https://bit.ly/3stRgo7. Acesso em: 24 set. 2020.