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praticar para aprender
Prezado aluno, nesta seção, além de ter acesso a dados sobre a alimentação no Brasil, você estudará os principais tópicos relacionados à influência da cultura na alimentação, conhecendo os hábitos alimentares nas diferentes culturas, os padrões alimentares e estéticos e exemplos de crenças e tabus alimentares, questões que interferem bastante na vida das pessoas. Como profissional nutricionista, você terá muito a orientar os indivíduos e/ou a população sobre esses temas. Para tanto, vamos conhecer mais uma experiência da estudante Aline.
Aline gosta muito de passar o final de semana no sítio com sua família. Lá, aproveita o dia para brincar com os animais e sempre passa um bom tempo no pomar, colhendo e comendo frutas, que costuma levar para casa. Após uma dessas viagens, com a fruteira bem variada, Aline resolveu fazer uma boa vitamina de frutas para todos. Separou mangas, maçãs, bananas e leite, porém, sua avó disse que misturar leite com manga faz mal, pois pode dar problemas de digestão. Como Aline pode explicar para a sua avó que isso é um tabu alimentar? Quais outros tabus ela pode citar para que a sua avó entenda esse conceito?
conceito-chave
Hábitos alimentares nas diferentes culturas
Como dito anteriormente, hábito alimentar pode ser definido como os costumes e o modo de comer de uma pessoa ou comunidade. A cultura de cada país reflete nos diferentes hábitos alimentares, que podem parecer inusitados, principalmente quando não conhecemos a fundo a cultura e o dia a dia da população. Pensando nas diferenças encontradas ao redor do mundo, não são apenas os alimentos consumidos que variam de uma cultura para outra. Também há diferenças nas etapas de cultivo, colheita, preparo e consumo. Assim, um mesmo alimento pode ser produzido e servido de maneiras diferentes, de acordo com a cultura local.
A globalização tem um papel extremamente importante na difusão desses hábitos e padronização das escolhas alimentares. Uma de suas consequências é o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados, refletindo em uma piora da qualidade de saúde em muitos países.
Exemplificando
Algumas diferenças culturais bem conhecidas:
- Os orientais comem com hashis (“pauzinhos”) no lugar dos talheres.
- Em alguns países da África não são utilizados talheres; come-se com as mãos e sentados no chão.
- Em muitos países consome-se carne de cachorro e de cavalo.
- Em algumas culturas asiáticas consome-se escorpião e insetos.
- Os hindus não comem carne de gado porque acreditam que esse animal é sagrado.
No entanto, algumas regiões do mundo que apresentam os menores índices de doenças crônicas têm alguns pontos em comum em sua alimentação: consumo moderado de legumes, de cereais integrais, de nozes e de frutas e restrição do consumo de proteína animal, além de prática cotidiana de atividade física.
Apesar de ser famosa por suas massas e molhos, a cozinha italiana também utiliza muitos vegetais, mais carnes brancas que vermelhas e gorduras saudáveis (principalmente as gorduras insaturadas presentes no azeite, associadas à prevenção de problemas cardíacos). Um hábito importante entre os italianos diz respeito ao fracionamento, ou seja, a cada três horas eles fazem um lanche.
Na França, o hábito de reservar um tempo para as refeições e mastigar devagar e em um ambiente sem distrações (como a televisão) é um diferencial, bem como o consumo de pequenas porções.
Os japoneses, por terem grande preocupação com o que consomem, preferem ingerir vegetais, frutas e peixes e apresentam um cardápio com pouca gordura e sódio. Vale reforçar que a alimentação do dia a dia no Japão é baseada em cozidos, diferentemente dos alimentos fritos e com excesso de molho de soja que são oferecidos nos restaurantes japoneses, principalmente em rodízios, tão difundidos no Brasil.
Na Grécia há baixo consumo de produtos industrializados. A maioria dos pratos é elaborada com azeite, vegetais, peixes, grãos e cereais integrais. Outra característica é o uso de temperos frescos.
Na alimentação dos americanos, alguns alimentos muito presentes no café da manhã são ovos, bacon, panquecas, cereais, pasta de amendoim, café ou suco de laranja. Com pouco tempo para almoço, é comum trocá-lo por um sanduíche ou uma refeição rápida. O jantar é uma refeição muito mais valorizada pelos americanos do que o almoço. Os Estados Unidos são o maior consumidor de café e de refrigerantes do mundo.
Reflita
No Brasil, apesar do grande crescimento da preocupação com a alimentação em resposta ao aumento da obesidade, percebe-se que os hábitos alimentares pioram com o orçamento apertado, aumentando o consumo de produtos mais baratos, como embutidos, biscoitos recheados e salgadinhos ricos em gorduras, sal e açúcar.
Como está a sua alimentação? Quanto você se preocupa com a qualidade dela?
Padrões alimentares
A melhoria das condições de vida nos países desenvolvidos tem sido acompanhada do aumento do índice de obesidade e de suas consequências, como as doenças crônicas não transmissíveis. Os novos padrões da alimentação mundial refletem o aumento da produção e do processamento de alimentos e a ausência de preocupação, por parte de muitas empresas, com os agravos à saúde decorrentes do seu consumo.
Assimile
O padrão alimentar pode ser definido como um conjunto de alimentos frequentemente consumidos por indivíduos e populações. Dessa forma, é possível avaliar a dieta em uma perspectiva global, facilitando o estabelecimento de estratégias de promoção da alimentação saudável e prevenção de doenças e agravos nutricionais (CARVALHO et al., 2016).
A avaliação do consumo alimentar geralmente é baseada no cálculo da ingestão energética total dos macro (carboidratos, gorduras e proteínas) e micronutrientes (vitaminas e minerais). No entanto, os indivíduos não consomem apenas nutrientes, mas alimentos e refeições cujos nutrientes interagem entre si – facilitando ou dificultando sua absorção. Além disso, as preparações e o cozimento também influenciam no valor nutricional dos alimentos. Ao considerar essas limitações é possível entender melhor a dieta consumida por uma população. A identificação desses conjuntos ou grupos de alimentos é feita por meio de métodos estatísticos, formando os padrões alimentares.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda o estudo de grupos de alimentos ao invés de nutrientes isoladamente, pois, ao avaliar os padrões de consumo alimentar, tem-se o indicativo da capacidade da dieta de promover saúde ou favorecer o desenvolvimento de doenças na população estudada, podendo gerar conhecimentos para subsidiar o planejamento de medidas de promoção da saúde. No entanto, é necessário lembrar que o que se come e como se come são elementos incorporados na construção da identidade cultural dos povos, sendo uma das mais fortes barreiras de resistência às mudanças, pois faz parte da sua hist��ria.
O consumo dos alimentos depende de gostos individuais e do nível social. Considera-se que as escolhas das classes populares são baseadas na necessidade de alimentos que oferecem sensação de saciedade a um menor custo. Já os gostos pessoais e a seleção de alimentos mais refinados são próprios dos indivíduos com melhores condições financeiras.
Outro ponto importante é a transmissão de costumes e hábitos entre as gerações, como no caso dos imigrantes que conservam os hábitos alimentares de origem, mesmo que esses alimentos não façam parte do costume local. Além disso, um aspecto significativo para a análise dos padrões alimentares é o uso dos recursos disponíveis e do meio ambiente, favorecendo o consumo dos alimentos industrializados, com distribuição e venda a varejo em larga escala.
O estudo dos padrões de consumo alimentar também permite avaliar a disponibilidade de alimentos e a inserção da população nos diferentes cenários socioeconômicos. Vale lembrar que as preferências e os símbolos alimentares mudam ao longo da vida. Alguns alimentos podem estar sempre presentes na alimentação, enquanto novos itens são introduzidos, às vezes por interesses comerciais, por influência de profissionais, grupos de pressão e do Estado, que procuram modificar os padrões de consumo alimentar público.
Essa situação pode ser vista muito claramente nos dias de hoje, não apenas com a indústria de alimentos ultraprocessados, que cria diariamente novos produtos para o consumo rápido e fácil, mas também com a “indústria da alimentação saudável”, que exerce cada vez mais pressão para o consumo de alimentos com o objetivo de melhorar a qualidade de vida da população – como os enriquecidos, dietéticos, light e isentos de algum componente, como glúten e lactose.
Padrões estéticos
Vivemos em uma sociedade com uma excessiva preocupação com a beleza e seus padrões estéticos. Uma grande prova disso são os salários milionários das grandes modelos internacionais e o esforço que as jovens fazem para tentar alcançar esse padrão. Muito desse desejo é decorrente do grande poder da mídia, que intensifica a exposição de indivíduos altos, magros, bonitos e felizes e estimula o consumo exagerado de itens relativos à aparência.
Mas não é de hoje que essa preocupação com a estética existe. Desde a Grécia Antiga ocorria o culto ao corpo, visível em inúmeras obras, principalmente esculturas, valorizando o padrão estético daquele período em que a beleza estava associada ao corpo que apresentava harmonia e proporção entre as suas partes. No entanto, o conceito de beleza mudou muito ao longo do tempo. Percebe-se que as práticas alimentares e os padrões estéticos caminham juntos, assim, os modelos de beleza são sinalizadores das diferenças entre classes sociais.
Na Idade Média a beleza estava relacionada à vida devota e denotava uma alma pura e casta, com rostos angelicais, lábios pequenos e cabelos dourados. Durante o Renascimento, a gordura era reflexo de acesso farto aos alimentos e estava associada ao status social. Formas arredondadas eram apontadas como sinais de volúpia e nobreza. Entre o final do século XVI e meados do século XVIII, o barroco era o estilo valorizado, assim, a beleza não era só uma questão de forma física, mas também comportamental. Tudo era belo e refinado, com destaque para os modos finos e para as roupas e os adornos. Com o Romantismo surgindo no final do século XVIII, a beleza passou a ser associada à melancolia e à doença. Mulheres abatidas e com olheiras era o padrão desejado. A beleza masculina estava associada à poesia, à boemia e à solidão.
Com a Revolução Industrial e a necessidade de vender os itens produzidos em grande escala, a mídia passou a valorizar produtos caros, mesmo que não fossem necessários, criando uma grande necessidade de consumo associada ao poder aquisitivo e à sensação de estarem de acordo com “a moda". O final do século XX e o início do século XXI refletiram a busca obsessiva pelo corpo perfeito, principalmente para as mulheres das classes médias urbanas, que associavam a magreza a competência, sucesso, felicidade, saúde, riqueza e atratividade sexual. O corpo tornou-se, dessa forma, um dos valores mais importantes para a sociedade, transformando a indústria da estética em um dos maiores mercados da sociedade de consumo. A ditadura da beleza faz com que nas academias sejam encontrados frequentadores que buscam uma vida saudável e aqueles que praticam atividade física para agradar a sociedade, preocupando-se mais com a aparência externa. O aumento no número de cirurgias plásticas estéticas é um bom exemplo da insatisfação corporal e da busca por formas perfeitas.
Felizmente, esse culto ao corpo magro vem sendo questionado e criticado, pois as pessoas precisam se aceitar como são, e não viver em busca de um objetivo estético geralmente inatingível, causando algumas vezes transtornos alimentares como anorexia nervosa e bulimia, principalmente entre os pré-adolescentes e adolescentes, mais suscetíveis às opiniões externas.
Crenças e tabus alimentares
As preferências e aversões (ou restrições) alimentares são normalmente escolhas determinadas por questões de origem social ou cultural. Quando elas representam um grupo, essas restrições podem constituir tabus alimentares, que caracterizam escolhas e crenças de grupos e podem influenciar atitudes e comportamentos.
Alguns tabus alimentares podem se estender por toda vida ou ser temporários, restritos a certos períodos de vida, principalmente gravidez, menstruação, puerpério e puberdade. Os tabus também podem estar associados a questões religiosas, e permissões, proibições e jejuns são regulações religiosas simbólicas constantemente exercidas. As regras alimentares na religião servem como disciplina e autocontrole, por isso, os jejuns e as restrições são tão importantes. Além disso, o jejum também permite a obtenção de estados de consciência alterada, propícios ao êxtase. As restrições podem servir para evitar o prazer produzido pelo alimento ou evitar alimentos que possam ser fontes de excitação sexual. As religiões proíbem o consumo de alguns alimentos e tornam outros sagrados, como o pão e o vinho para o catolicismo, além do uso de oferendas em muitas religiões. Temos também as tradições e crenças populares, transmitidas de geração em geração.
Assimile
Tabus alimentares estão associados à ingestão de alimentos ou à combinação deles que seriam prejudiciais à saúde. Esses tabus não apresentam nenhuma comprovação científica, mas acabam sendo aceitos por determinadas populações.
Em relação às religiões, várias são as normas. Por exemplo:
- Igreja Católica: jejum na Quaresma e não consumo de carnes na Sexta-feira Santa.
- Igreja Adventista: grande valorização da alimentação saudável. Não se alimentam de carne de porco, coelho e cavalo.
- Judaísmo: consumo apenas de comida Kasher. O abate dos animais deve ser adequado e supervisionado. Os judeus não comem carne de porco, cavalo, camelo, coelho, caranguejo, lagosta e camarão. Apenas peixes com escamas são permitidos para o consumo. Há também a proibição de misturar leite e carne. Praticam jejuns.
- Budismo: prática do jejum. Os budistas são, preferencialmente, vegetarianos, pois no entendimento da religião essa é uma forma de valorizar a vida.
Algumas questões da alimentação atual no Brasil:
Uso da água de berinjela em jejum
A berinjela é uma hortaliça que apresenta pigmentação vermelho-arroxeada (antocianina), baixo teor de carboidratos e elevada quantidade de fibras, vitaminas e minerais. Apesar de ser popularmente conhecida como alimento redutor de colesterol, não há evidências científicas que comprovem os efeitos hipocolesterolêmicos ou hipoglicemiantes de água, suco, chá ou extrato de berinjela em humanos.
Sucos de caixinha são alimentos saudáveis?
Os sucos industrializados e as bebidas à base de frutas, como os néctares, são adicionados de açúcares ou adoçantes artificiais, conservantes, corantes, aromatizantes e outros aditivos e, por isso, devem ser evitados. Vale ressaltar que a utilização do suco natural é uma interessante estratégia para facilitar a ingestão adequada de frutas, mas dessa forma possui menor teor de fibras, o que favorece o aumento do índice glicêmico. O ideal é sempre dar preferência para o consumo das frutas em pedaços.
Margarina ou manteiga?
A manteiga é um produto derivado do leite, rica em gorduras saturadas e colesterol. A margarina é obtida da hidrogenação de óleos vegetais (ricos em gorduras insaturadas) a uma temperatura bastante elevada, transformando parte da gordura insaturada em trans (hidrogenadas), que apresenta uma estrutura linear que se comporta como gordura saturada.
O Guia alimentar para a população brasileira (2014) aponta o fato positivo de a manteiga ser um produto alimentício extraído de alimentos in natura, no caso, o leite, o que leva a sofrer um menor processamento na industrialização do que a margarina. Assim, independentemente do alimento escolhido, ele deverá ser consumido com moderação, uma vez que ambos são fontes de gorduras e seu excesso está comprovadamente associado a riscos para a saúde.
Canjica e cerveja preta aumentam a produção de leite materno?
A canjica é uma receita à base de milho, leite e açúcar, considerada fonte de carboidratos e, portanto, de energia. Não há contraindicação no seu consumo, mas não há evidência científica de que estimula a produção de leite materno.
A cerveja é uma bebida obtida da fermentação alcoólica do malte de cevada com adição de lúpulo e cereais não maltados, também rica em energia. As bebidas alcoólicas devem ser evitadas por lactantes, pois o etanol pode alterar a composição do leite, afetar o desenvolvimento da criança e até inibir o reflexo de descida do leite. O que estimula a produção do leite materno é o incentivo da sucção do bebê no peito de uma mãe hidratada, bem alimentada, descansada e com apoio.
Ovo de galinha aumenta o colesterol?
Há alguns anos, era divulgada a relação entre o consumo do ovo e o aumento do colesterol no sangue. Novas pesquisas apontam que essa relação não procede. Apesar de o ovo ser rico em colesterol, a ingestão de um ovo ao dia para a população em geral, até mesmo pessoas dislipidêmicas, não aumenta os níveis séricos de colesterol e o risco cardiovascular.
O leite de vaca é bom para dores de estômago?
Apesar de propiciar, em alguns casos, melhora instantânea quando ingerido, o leite estimula a produção de ácido gástrico e intensifica a dor em um segundo momento, em função de seu elevado teor de cálcio e proteína, então, não deve ser utilizado com esse objetivo.
O uso de alimentos dietéticos e light emagrece?
Alimentos dietéticos ou light não necessariamente são isentos de calorias e açúcar, por isso não devem ser utilizados indiscriminadamente por indivíduos que necessitam reduzir peso ou controlar a glicemia. Como todos os alimentos, o consumo exagerado pode refletir em aumento de peso.
Pesquise mais
Os artigos científicos são excelentes fontes de informações atualizadas. Vamos nos acostumar a lê-los?
SALVATTI, A. G. et al. Padrões alimentares de adolescentes na cidade de São Paulo. Rev. Nutr., Campinas, v. 24, n. 5, p. 703-713, set./out. 2011. Disponível em: https://bit.ly/393gi4A. Acesso em: 1 jun. 2017.
CORRÊA, R. S. et al. Padrões alimentares de escolares: existem diferenças entre crianças e adolescentes? Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 22, n. 2, p. 553-562, fev. 2017. Disponível em: https://bit.ly/3bgt1DM. Acesso em: 1 jun. 2017.
Alimentação no Brasil
Nas últimas décadas o Brasil passou por uma série de mudanças políticas, econômicas, sociais e culturais que refletiram diretamente no modo de vida da população, como a maior expectativa de vida e mudanças no padrão de saúde e consumo alimentar. O nosso hábito alimentar é formado a partir de três povos distintos: os índios, os africanos e os portugueses. O comer sempre foi muito valorizado na nossa cultura. No entanto, pode-se sentir claramente o impacto da industrialização e da globalização na nossa população, marcado pelo consumo excessivo de produtos processados em detrimento de alimentos regionais com tradição cultural.
Pensando em saúde e alimentação, nota-se um grande aumento de doenças crônicas, a manutenção de desnutrição e deficiências nutricionais em populações mais vulneráveis, além do grande aumento de sobrepeso e obesidade.
Entre maio de 2008 e maio de 2009, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizou a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), que estudou uma amostra de cerca 30 mil brasileiros maiores de 10 anos de áreas rurais e urbanas de todas as regiões do Brasil, incluindo os estratos sociais da população. São os resultados dessa pesquisa que, após muita análise, fornecem as informações atuais a respeito do consumo alimentar e do estado nutricional dos brasileiros.
A POF aponta um grande consumo de alimentos ultraprocessados, mas os alimentos in natura ou minimamente processados continuam sendo a base da alimentação, representando cerca de 2/3 das calorias ingeridas. Entre os aspectos positivos percebe-se que o arroz e o feijão continuam tendo um papel de destaque para a nossa população. Preparações à base de milho, batata-doce e abóbora também são frequentes nos hábitos brasileiros, principalmente nas faixas de baixa renda e populações de áreas rurais. O consumo desses alimentos ricos em vitaminas, minerais e fibras é importante para a manutenção do estado de saúde da população.
Nas áreas urbanas, no entanto, destaca-se o consumo dos alimentos processados e ultraprocessados, principalmente aqueles prontos para consumo – como pães, biscoitos, salgadinhos, pizzas, refrigerantes, sucos e cerveja –, caracterizando uma alimentação com alto teor energético e baixo teor de micronutrientes. Esse padrão é muito frequente entre jovens e na população com maior renda.
Em relação ao consumo de frutas e verduras – considerado extremamente importante –, nota-se que é menor entre jovens e na população de faixas menores de renda. O consumo de leite desnatado e lacticínios com menor teor de gordura – considerados mais adequados – é diretamente associado à população de maior renda. O mesmo acontece com refrigerantes e bebidas dietéticas, que são pouco consumidos nas faixas mais baixas de renda, reforçando que a busca por saúde e boa forma está mais acessível à população de maior poder aquisitivo.
Um aspecto muito negativo encontrado na POF é o alto consumo de açúcar e sal. As carnes salgadas, os embutidos, os queijos e os biscoitos salgados são responsáveis por boa parte desse consumo de sal. As bebidas adoçadas – como refrigerantes e sucos – correspondem a quase metade do consumo total de açúcar. As bebidas, aliás, fazem parte de quase todas as refeições dos brasileiros.
Entenda a diferença:
- Refrescos: bebidas feitas a partir da diluição em água do suco de fruta, polpa ou extrato vegetal de sua origem. Podem conter adição de açúcares e têm apenas 10% de fruta.
- Néctares: são bebidas que possuem cerca de 30% de suco original da fruta. Podem ter adoçantes, corantes, conservantes e outros aditivos.
- Sucos: bebidas que têm em sua composição apenas ingredientes naturais presentes nas próprias frutas e vegetais. Os sucos não contêm aromatizantes, corantes artificiais e açúcar.
Ainda de acordo com a POF (IBGE, 2011), a maior ingestão de energia foi observada no sexo masculino, sobretudo nos adolescentes (14 a 18 anos), e grande parte é proveniente das gorduras (28%, valor alto, mas dentro do parâmetro recomendado pelo Ministério da Saúde brasileiro, que é de 15 a 30%).
Apesar da preocupação com o consumo de proteínas, devido ao maior custo desses alimentos, observa-se um consumo ligeiramente superior ao recomendado. Em relação aos micronutrientes, entre os adolescentes observou-se uma inadequação na ingestão de vitamina E, vitamina D, cálcio, vitamina A, fósforo, magnésio e vitamina C. As meninas, no entanto, apresentam uma maior insuficiência no consumo de ferro (11% entre os meninos contra 24% entre as meninas).
Na faixa etária de 19 a 59 anos, as maiores prevalências de inadequação foram também para vitamina D, vitamina E, cálcio, magnésio, vitamina A e vitamina C. Na faixa etária de 60 anos ou mais, acrescenta-se a insuficiência de piridoxina e tiamina. As principais diferenças entre as faixas etárias foram observadas para magnésio (insuficiência prevalente principalmente nas mulheres acima dos 14 anos) e fósforo (meninas adolescentes de 10 a 18 anos). Esses dados foram semelhantes entre as áreas urbana e rural. No entanto, o consumo de sódio mostrou-se maior nas áreas urbanas. Nota-se também que 82% da população apresenta ingestão de gordura saturada acima do limite recomendado. Em relação às fibras, 68% da população estudada apresentou consumo inferior ao sugerido.
Problemas alimentares nos dias de hoje
Vive-se em uma era na qual a boa forma física, a magreza e os músculos definidos constituem o padrão de beleza, imposto e reforçado pela mídia. No entanto, o excesso de peso e a obesidade são faces de uma grande epidemia com consequências negativas para a saúde da população e, pela primeira vez na história da humanidade, o número de pessoas acima do peso rivaliza com o número de pessoas abaixo do peso.
A obesidade é considerada uma doença crônica, multifatorial, caracterizada pelo acúmulo excessivo de tecido adiposo no organismo. Além disso, ela é vista como fator de risco para outras doenças, como diabetes, doenças cardiovasculares, hipertensão, alguns tipos de câncer e problemas respiratórios. A cobrança para atingir o padrão estético cobrado pela sociedade traz para a obesidade um viés comportamental importante e está relacionada à depressão, ao sofrimento, ao bullying e à busca por dietas radicais.
Em termos de saúde pública, a obesidade é hoje um dos problemas mais graves e está relacionada à ingestão excessiva ou incorreta de alimentos e/ou gasto insuficiente de energia. É também um reflexo da globalização, pois estamos sofrendo uma padronização e influência externa dos hábitos alimentares e algumas mudanças de rotina, como a facilidade de transporte, o trabalho mecanizado e sedentário, bem como alguns confortos do dia a dia, como uso excessivo de telefones, televisões e controles remotos.
A fome, em oposição, ainda é encontrada em muitos países. Apesar dos grandes avanços e da melhoria da capacidade de produção de alimentos, isso raramente beneficia as populações mais pobres. Apesar do número bastante alto, aponta-se uma diminuição importante em relação aos dados de 1990 a 1992, reforçando que a maior parte dos países conseguiu atingir a meta de diminuição da desnutrição até 2015. Esses dados indicam que em regiões em desenvolvimento a desnutrição caiu para 12,9% da população, em relação aos 23,3% registrados em 1990. Na América Latina e no Caribe esse índice diminuiu de 14,7% para 5,5% desde 1990 – entre as crianças abaixo dos 5 anos a redução foi de 7,0% para 2,7%. A região com maior prevalência da desnutrição do mundo é a África Subsaariana, com 23%. Além da má distribuição de renda, outros fatores, como guerras, desastres ambientais e o aquecimento global, contribuem para manter esses dados.
No Brasil
O Brasil é um dos principais produtores de alimentos do planeta, sendo capaz de produzir, segundo dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (ONU-FAO), cerca de 25,7% a mais de alimentos do que necessita para alimentar toda a nossa população (BRASIL, 2013). No entanto, a divisão desses alimentos não acontece de maneira simples. Parte da população come menos que o necessário, outros comem demais e alguns ainda destinam boa parte dos alimentos ao lixo, o que gera toneladas de desperdício.
Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2015 (IBGE, 2016), 7,2 milhões de brasileiros enfrentaram situação grave de privação de alimentos, incluindo fome. Em 22,6% dos lares brasileiros não existe acesso regular e permanente a alimentos de qualidade e em quantidade suficiente. A fome brasileira localiza-se principalmente no Nordeste, nas áreas rurais, pobres e negras. O grau de escolaridade também está ligado diretamente às condições de insegurança alimentar. Na outra ponta, os dados do IBGE (2014) mostram que o sobrepeso atinge 48% das mulheres e 50,1% dos homens acima de 20 anos. A obesidade tem uma maior prevalência nas faixas mais altas de renda. O aumento da prevalência da obesidade pode ser encontrado em todas as regiões.
Vale reforçar a ocorrência de um grande desperdício de alimentos no nosso país. Isso acontece não somente no consumo final, mas também nas etapas de plantio, armazenagem, processamento e distribuição de alimentos. Desperdiçar comida significa também ocupação de terra e consumo desnecessário de água e outros recursos naturais escassos. Além disso, o Brasil joga fora mais do que o necessário para neutralizar a sua insegurança alimentar, que atinge cerca de 22% da nossa população, ressaltando o paradoxo do desperdício em meio à incapacidade de oferecer a quantidade apropriada de nutrientes para tantos brasileiros.
Exemplificando
Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), na América Latina 54% do desperdício de alimentos, em média, ocorre entre os processos de produção e armazenagem. O restante desperdiçado está relacionado à produção, à distribuição e ao consumo (PEIXOTO, 2016).
Faça valer a pena
Questão 1
O hábito alimentar pode ser definido como os costumes e a forma de alimentação de uma pessoa ou comunidade.
Leia as afirmações a seguir e escolha a alternativa correta.
Correto!
Cada país traz junto à sua cultura diferentes hábitos alimentares, não apenas no que se refere aos alimentos consumidos, mas também à maneira como são produzidos, preparados e consumidos.
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Questão 2
O padrão alimentar pode ser definido como um conjunto de alimentos frequentemente consumidos por indivíduos e populações. Leia as afirmações a seguir:
( ) Os novos padrões da alimentação mundial refletem o aumento na produção e no processamento de alimentos e a ausência de preocupação com os agravos à saúde decorrentes do seu consumo.
( ) As preparações e o cozimento não influenciam no valor nutricional dos alimentos.
( ) O estudo dos padrões de consumo alimentar permite avaliar a disponibilidade de alimentos e a inserção da população nos diferentes cenários socioeconômicos.
( ) Os imigrantes mudam seu padrão de alimentação assim que chegam ao novo país de moradia.
( ) A indústria de alimentos interfere no padrão de alimentação da população.
Analise as afirmações apresentadas e assinale-as como verdadeiras (V) ou falsas (F). Em seguida, escolha a alternativa correta:
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Correto!
A maneira como o alimento é preparado influencia no seu valor nutricional. Os imigrantes tendem a conservar o estilo alimentar e culinário da pátria de origem, mesmo que muitas vezes esses alimentos não façam parte do hábito local. As demais respostas estão corretas.
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Questão 3
Vivemos em uma sociedade com uma excessiva preocupação com a beleza e seus padrões estéticos. Muito desse desejo é decorrente do grande poder da mídia, que intensifica a exposição de indivíduos altos, magros, bonitos e felizes e estimula o consumo exagerado de itens relativos à aparência.
Assinale a alternativa correta.
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Correto!
A mídia intensifica a exposição de indivíduos altos, magros, bonitos e felizes e estimula o consumo exagerado de itens relativos à aparência, gerando uma busca por esse padrão estabelecido.
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Referências
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CARVALHO, C. A. et al. Metodologias de identificação de padrões alimentares a posteriori em crianças brasileiras: revisão sistemática. Ciência & Saúde Coletiva, São Paulo, v. 21, n. 1, p. 143-154, 2016.
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COLETTI, G. F. Gastronomia, história e tecnologia: a evolução dos métodos de cocção. Contextos da Alimentação - Revista de Comportamento, Cultura e Sociedade, v. 4, n. 2, p. 41-55. mar. 2016. Disponível em: https://bit.ly/3ns0Xjk. Acesso em: 13 nov. 2018.
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