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Convite ao estudo
Nesta quarta unidade, vamos conversar sobre dois sistemas: o endócrino e o reprodutor, que são importantes para a manutenção da homeostase corporal. O sistema endócrino atua em vários tecidos do nosso corpo e qualquer excesso ou declínio das substâncias produzidas e secretadas por este sistema causam um desarranjo sistêmico. O sistema reprodutor também é dependente do sistema endócrino para que possa ser produzido os gametas feminino e masculino e assim ser concluído o processo de reprodução humana.
Durante o parto, a mulher grávida relata que sente uma dor absurdamente grande e que após expelir o feto essa dor passa de uma vez. Como isso é possível? O corpo humano produz e libera um hormônio chamado ocitocina que durante o parto faz a contração do útero para que este possa expulsar o feto, assim que o bebê nasce, a dor cessa por liberação de endorfinas. Por este motivo, muitas vezes, a ocitocina sintética é administrada à paciente para induzir o trabalho de parto ou para aumentar o tônus uterino e controlar a hemorragia.
E você sabia que a hipófise é uma glândula que secreta 9 hormônios e que é dividida em dois lobos? Durante as duas primeiras seções desta unidade vamos falar sobre cada hormônio produzido e secretado pelas diversas glândulas e pelos órgãos endócrinos que estão distribuídos pelo corpo humano.
Contudo, na última seção desta unidade, vamos falar sobre o sistema reprodutor. Você já sabe que é necessário um gameta masculino e um gameta feminino para que ocorra a reprodução humana, sendo assim, vamos conhecer como estes gametas se desenvolvem e qual a importância dos hormônios produzidos e liberados por este sistema na vida da mulher e do homem.
Na primeira seção desta unidade, vamos conhecer mais sobre a anatomia e fisiologia da glândula hipófise e pineal e como ocorre a regulação da secreção e inibição dos hormônios produzidos nestas glândulas. Na segunda seção, conheceremos as glândulas tireoide, suprarrenal ou adrenal, pâncreas e os órgãos sexuais principais, os quais respondem por estímulo proveniente de alguma região que faz com que secretem hormônios na circulação sanguínea que irão agir em células-alvo para desencadear respostas específicas. Por fim, na terceira seção, vamos conhecer o sistema reprodutor e sua influência sobre o corpo humano desde a infância até o envelhecimento. Agora que você já foi apresentado ao conteúdo que vamos abordar nesta unidade, tenho certeza que cada tema exposto aqui irá esclarecer muito dos casos vivenciados por você durante o decorrer da sua vida e assim você entenderá como lidar com os transtornos decorrentes de erros nestes sistemas.
Neste momento, o convite é para que você dedique seu valioso tempo no estudo dos temas desta unidade. Bons estudos!
Praticar para aprender
Caro aluno, vamos dar início a esta seção de estudo ao sistema endócrino. Para tanto, devemos começar compreendendo quais são os componentes e a função deste sistema, neste sentido, vamos estudar as diversas glândulas e os órgãos que têm função endócrina. As células que têm poder endócrino são aquelas com a capacidade de secretar suas substâncias (hormônios) direto no vaso sanguíneo sistêmico e, por este motivo, o hormônio secretado tem capacidade de agir de forma generalizada atingindo vários órgãos e tecidos. Além disso, vamos mostrar aqui algumas situações-problema envolvendo este sistema e como o exercício físico pode influenciá-lo.
Você talvez já tenha escutado as seguintes frases: “talvez você sinta essa moleza no corpo por algum problema hormonal” ou “eu devo estar com alteração hormonal”. Estas são típicas frases que escutamos de amigos e pais quando sentem alguma alteração no corpo e não conseguem defini-la, jogando a culpa sempre no sistema endócrino. No entanto, existe uma certa verdade em cada uma dessas frases, pois alterações hormonais vão gerar sintomas desde fadiga muscular generalizada até perda de apetite, entre outros. Mas, a tecnologia dos exames tem se aperfeiçoado constantemente ao longo dos anos e desta maneira podemos dosar os níveis de hormônios secretados em nossa corrente sanguínea e assim intervir se necessário.
Sendo assim, o sistema endócrino se torna cada vez mais investigado pelo meio científico, pois os hormônios que estão presentes em nosso corpo precisam manter seu equilíbrio pulsátil para que as células respondam de maneira adequada mantendo assim a homeostasia das nossas funções fisiológicas.
Vamos conhecer o caso de Felipe, homem de 33 anos, dentista, que começou a perceber um crescimento inadequado das suas extremidades e alterações na pele, com hiperidrose (transpiração excessiva), também começou a relatar muitas dores nas articulações, em especial a articulação do joelho. Felipe relata que os primeiros sintomas começaram há mais ou menos 6 anos, mas que nos últimos 5 meses ele percebeu que os sintomas se intensificaram. Foi, então, que ele resolveu entender sobre o que estava causando as mudanças estruturais do seu corpo e para isso procurou um amigo que o indicou um médico endocrinologista. O médico escutou as queixas de Felipe e resolveu pedir exames laboratoriais para confirmar uma suspeita de alteração da glândula hipófise. Os exames de sangue confirmaram a suspeita do médico, pois mostraram o GH e IGF-I elevados. E, ainda, foi feita a dosagem de GH durante o teste oral de tolerância a glicose, o qual foi maior que 1 Ug/ litro. Assim, Felipe foi diagnosticado com acromegalia. Você sabe o que é acromegalia? E o que aconteceu com o organismo de Felipe?
Vamos, então, mais uma vez, adquirir mais informações e nos capacitar, pois estudar é sempre um privilégio. Aproveite cada seção desta unidade e seja um profissional transformado pelo conhecimento.
conceito-chave
O sistema endócrino, assim como os outros sistemas, é de fundamental importância para manter a homeostasia do nosso corpo, pois tem a função de regular o equilíbrio de determinadas substâncias e a regulação da reprodução, porque as diversas glândulas deste sistema secretam hormônios.
Anatomofisiologia do sistema endócrino
O sistema endócrino é composto por glândulas endócrinas que produzem e/ou secretam produtos químicos denominados hormônios. Estes são secretados no líquido intersticial que fica em volta das células, logo, os hormônios se difundem para os capilares sanguíneos e assim através do sangue são transportados por todo nosso corpo até alcançar as células-alvo, estas têm receptores específicos onde se ligam aos hormônios específicos e desencadeiam uma resposta biológica.
Os hormônios são classificados de acordo com sua estrutura química: proteínas (peptídeos), esteroides e derivados dos aminoácidos (aminas). Assim, a localização do receptor da célula-alvo é determinada pela estrutura do hormônio: os hormônios proteicos e as aminas se ligam aos receptores que ficam localizados na membrana plasmática, e os hormônios esteroides têm seus receptores intracelulares.
Os hormônios esteroides são transportados pelos vasos sanguíneos através de uma proteína transportadora. Quando chega na célula-alvo, o hormônio se solta, difunde para o líquido intersticial e passa pela membrana plasmática e, assim, entra na célula. No interior da célula, o hormônio se liga ao seu receptor que se torna ativo e esta interação receptor-hormônio altera a expressão gênica, ativando ou inibindo genes específicos. Neste momento, o DNA passa pelo processo de transcrição formando RNA mensageiro (mRNA) que inicia o processo de síntese proteica e estas novas proteínas formadas alteram a atividade da célula causando uma resposta específica do hormônio que interagiu com a célula.
Os hormônios proteicos e aminas são transportados de forma livre na corrente sanguínea, portanto, quando chegam até a célula-alvo difundem do vaso sanguíneo para o líquido intersticial e assim ligam-se ao receptor presente na membrana plasmática da célula-alvo. Neste momento, o hormônio atua como primeiro mensageiro. Logo após a ligação do hormônio começa uma reação no interior da célula, convertendo ATP em AMP cíclico (cAMP), ou seja, ocorre a produção do segundo mensageiro, gerando a ativação de diversas proteínas, as quais causam respostas fisiológicas específicas do hormônio que interagiu com a célula.
A regulação da secreção dos hormônios é controlada por sinalização do sistema nervoso, por alterações químicas no sangue e por outros hormônios. Portanto, quando uma glândula endócrina é estimulada, esta secreta o hormônio aumentando a sua concentração na corrente sanguínea; quando há ausência de estimulação da glândula endócrina, os níveis hormonais diminuem.
As glândulas endócrinas –glândula hipófise, glândula tireoide, glândulas paratireoides, glândulas suprarrenais e a glândula pineal – ficam distribuídas em nosso corpo. Porém, existem órgãos e tecidos endócrinos secretores de hormônios, a saber: hipotálamo, pâncreas, ovários, testículos, timo, rins, estômago, fígado, intestino delgado, pele, coração, tecido adiposo e placenta (Figura 4.1).

Eixo hipotálamo-hipófise
O hipotálamo fica localizado no diencéfalo (região do encéfalo) e sua função é manter a homeostasia do nosso corpo. Assim, o hipotálamo integra as informações provenientes do ambiente, das vísceras e de outras regiões do encéfalo, e com base nas informações recebidas causa respostas neuroendócrinas.
Neste sentido, o hipotálamo é uma região que influencia diversas funções fisiológicas, desde a ingestão de alimentos, ciclo do sono, equilíbrio hídrico, sede, pressão arterial, temperatura corporal e até mesmo o peso corporal. Assim, a comunicação do sistema nervoso e as glândulas endócrinas é feita por meio do hipotálamo que produz aproximadamente nove hormônios, sendo cinco hormônios que estimulam a liberação de outros hormônios, dois hormônios inibitórios e dois hormônios que são armazenados em vesículas.
A glândula hipófise está localizada logo abaixo do diencéfalo e fica apoiada na fossa hipofisária (sela turca) do osso esfenoide do crânio. É dividida em dois lobos, o maior é denominado hipófise anterior ou adeno-hipófise e o menor é denominado hipófise posterior ou neuro-hipófise. Esta glândula faz comunicação direta com o hipotálamo através de uma estrutura em formato de funil denominada infundíbulo, neste local encontram-se capilares do hipotálamo e da adeno-hipófise, que constituem as veias porta-hipofisária (Figura 4.2).
A resposta hormonal do hipotálamo acontece de duas maneiras distintas em função do controle hipofisário: uma acontece quando os neurônios presentes no hipotálamo produzem neuropeptídeos que são transportados para a neuro-hipófise, onde ficam armazenados, e a outra ocorre com o hipotálamo produzindo e secretando cinco hormônios responsáveis em regular a liberação dos hormônios da adeno-hipófise.
Os neurônios do hipotálamo ficam agrupados em núcleos e sintetizam neuropeptídeos que atuam como hormônios, sendo divididos em dois tipos de neurônios, os neurônios magnocelulares e parvocelulares. Os neurônios magnocelulares são maiores e produzem os neuro-hormônios ocitocina e hormônio antidiurético (ADH) ou vasopressina, assim, os axônios destes neurônios formam o eixo hipotálamo-hipofisário que atravessa o infundíbulo transportando estes hormônios até a neuro-hipófise. Os neurônios parvocelulares são pequenos, produzem e liberam sete hormônios reguladores dos hormônios da adeno-hipófise, a saber: o hormônio liberador do hormônio do crescimento (GHRH), o hormônio inibidor do hormônio do crescimento (GHIH) ou somatostatina, o hormônio liberador de gonadotropina (GnRH), o hormônio liberador de tireotropina (TRH), o hormônio liberador da prolactina (PRH), o hormônio inibidor da prolactina (PIH) ou dopamina, e o hormônio liberador da corticotropina (CRH).

Anatomofisiologia da glândula hipófise
A parte anterior da hipófise é denominada adeno-hipófise e produz e secreta na circulação sistêmica hormônios trópicos essenciais para a regulação da função endócrina do nosso corpo. No entanto, a secreção destes hormônios na corrente sanguínea é dependente da estimulação ou inibição de neurônios secretores do hipotálamo. Os hormônios secretados pela adeno-hipófise são o hormônio do crescimento (GH), o hormônio estimulante da tireoide (TSH), o hormônio folículo estimulante (FSH), o hormônio luteinizante (LH), a prolactina (PRL), o hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) e o hormônio melanócito-estimulante (MSH).
O hormônio do crescimento (GH) está associado com crescimento e diferenciação celular, é o hormônio em quantidade elevada na adeno-hipófise, sendo sua liberação feita de forma pulsátil, em maior proporção durante o sono noturno profundo. Então, quando ocorre secreção do hormônio liberador do hormônio do crescimento pelo hipotálamo, este é transportado até a eminência mediana e depois segue até a adeno-hipófise que ao ser estimulada secreta o GH na corrente sanguínea que segue até as células-alvo. No entanto, quando o hipotálamo secreta o hormônio inibidor do hormônio do crescimento, a secreção do GH pela adeno-hipófise cessa. Durante a infância, os níveis circulantes do GH são maiores e atingem um pico mais alto na puberdade e decaem durante o envelhecimento. O efeito primordial do GH consiste na regulação do crescimento e estímulo da lipólise, o transporte dos aminoácidos nas células e a síntese das proteínas. Além destes efeitos, o GH estimula a produção e secreção de pequenos hormônios proteicos, como os fatores de crescimento semelhante à insulina (IGFs) que são responsáveis por estimular a síntese de proteínas, manter a massa muscular e óssea e promover a cicatrização e o reparo tecidual.
O hormônio estimulante da tireoide (TSH) atua na glândula tireoide estimulando a síntese e secreção dos hormônios tireóideos, que estão relacionados com a manutenção da homeostasia e regulação do consumo de energia. Assim, o hormônio liberador de tireotropina é secretado pelo hipotálamo, sendo transportado até a adeno-hipófise estimulando a liberação do TSH na circulação sistêmica. A secreção do hormônio liberador de tireotropina é regulada pelos níveis dos hormônios tireóideos presente no sangue, por meio de um mecanismo denominado retroalimentação negativa.
Os hormônios folículo-estimulante (FSH) e luteinizante (LH) têm sua ação no sistema reprodutor feminino e masculino. Neste caso, o hipotálamo secreta o hormônio liberador de gonadotropina que é transportado até a adeno-hipófise estimulando a secreção do FSH e LH, os quais atuam nos ovários e testículos. Nas mulheres, o FSH proporciona o desenvolvimento dos folículos ovarianos (ovogênese) e o LH estimula a ovulação e a formação do corpo lúteo no ovário. Nos homens, o FSH estimula a espematogênese e o LH estimula a secreção do hormônio testosterona. Contudo, a secreção do GnRH, FSH e LH através do sistema de retroalimentação negativa regula os picos de liberação destes hormônios através da quantidade de estrógeno e testosterona no sangue.
A prolactina é o hormônio que atua nas glândulas mamárias estimulando a produção de leite. A liberação deste hormônio é estimulada durante a gestação, pois os níveis sanguíneos de estrógeno causam a estimulação do hipotálamo, o qual secreta o hormônio liberador de prolactina, assim este é transportado até a adeno-hipófise promovendo a secreção de prolactina na corrente sanguínea. No entanto, as mulheres ficam a maior parte do ciclo menstrual secretando o hormônio inibidor de prolactina sintetizado no hipotálamo, evitando assim a liberação de prolactina. Mas, em um curto intervalo do ciclo menstrual, um pouco antes da menstruação começar, os níveis do hormônio inibidor de prolactina diminuem na corrente sanguínea e, com isso, ocorre um pouco da secreção de prolactina, mas não o suficiente para promover a produção de leite. Muito pouco se conhece sobre a atuação deste hormônio nos homens.
O hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) estimula a produção e liberação de hormônios denominados glicocorticoides localizados no córtex das glândulas suprarrenais. Neste caso, o hipotálamo libera o hormônio liberador de corticotropina que estimula a secreção de ACTH. Contudo, existem outras situações que causam a liberação de ACTH, como quando ocorre uma diminuição de glicose no sangue ou algum trauma físico e, ainda, quando acontece a liberação de interleucina-1 (produzida pelos macrófagos). No entanto, os níveis sanguíneos dos glicocorticoides regulam a secreção do hormônio liberador de corticotropina e do ACTH.
Na adeno-hipófise encontram-se neurônios que produzem o hormônio melanócito-estimulante que tem a função de atuar nas células da pele causando seu escurecimento. Porém, em humanos, existe muito pouco deste hormônio na circulação sanguínea, mas acredita-se que este hormônio tenha ação na atividade encefálica dos humanos.
A neuro-hipófise compõe a parte posterior da glândula hipófise e tem a função de armazenar e secretar dois hormônios produzidos no hipotálamo, a ocitocina e o hormônio antidiurético (ADH). O hipotálamo produz os hormônios e os armazena dentro de vesículas que ficam no interior dos corpos dos neurônios, assim essas vesículas são transportadas através dos axônios até a neuro-hipófise.
Reflita
Como fica o nível do hormônio antidiurético no sangue quando ocorre uma ingestão grande de água?
A ocitocina é um hormônio que ao ser secretado tem função de contrair o útero na hora do parto e ejetar o leite das glândulas mamárias. Alguns estudos apontaram que o efeito da ocitocina nos homens acontece logo após o nascimento do bebê, promovendo o comportamento paterno. Nas mulheres, a ocitocina é liberada durante o parto e estimula a contração do músculo liso do útero e após o parto; com a sucção do bebê, o estímulo nas mamas inicia para expelir o leite.
O hormônio antidiurético tem sua atuação nos rins, onde aumenta a reabsorção de água pelos capilares peritubulares, levando a uma urina mais concentrada. Assim, quando não há secreção de ADH, a produção de urina aumenta muito de 2 litros por dia para até 20 litros. No entanto, o ADH não atua somente nos rins, mas também evita a perda de água pelo suor, pois atua nas glândulas sudoríferas e ainda causa a constrição das arteríolas aumentando a pressão arterial.
Exemplificando
Você sabia que antigamente eram as parteiras que executavam o papel do médico obstetra? Quando do parto de gêmeos, era comum as parteiras posicionarem o primeiro bebê a nascer na mama da mãe para iniciar a amamentação e assim estimular a expulsão do segundo bebê e da placenta. Anos depois, descobriram que o ato de sucção do bebê na mama da mãe estimula a liberação de ocitocina que é responsável pela contração uterina e ejeção do leite.
Anatomofisiologia da glândulas pineal
A glândula pineal (Figura 4.3) tem um tamanho pequeno e é comparada ao tamanho de uma ervilha; ela fica localizada no encéfalo, na região posterior do diencéfalo, aproximadamente no teto do terceiro ventrículo. Quando estamos no escuro e durante o sono, inicia um estímulo para a glândula pineal liberar o hormônio melatonina, e assim que somos expostos à luz, menos melatonina é secretada. Por esse motivo, a melatonina é considerada um mensageiro químico que transmite informações sobre o processo claro-escuro para o encéfalo, contribuindo para a determinação do relógio biológico do corpo, fazendo, assim, a manutenção do sono. A melatonina é um hormônio derivado de aminoácidos sintetizado a partir do metabolismo da serotonina, utilizando o triptofano. Contudo, os níveis de melatonina no sangue são mais elevados em crianças e tendem a declinar com o avanço da idade.
Assimile
A melatonina foi descoberta em 1957, mas quase cinquenta anos depois foram demostradas evidências de que este hormônio é um poderoso antioxidante e ainda alguns estudos sugeriram que ele ajuda a retardar a progressão da doença de Alzheimer.
Nesta seção, iniciamos o estudo do sistema endócrino, conhecendo seus mecanismos de ação e contribuição para manter a homeostase do nosso corpo. Além disso, conhecemos todos os hormônios produzidos e liberados pelas glândulas hipófise e pineal, e o papel que o hipotálamo desempenha na regulação da secreção e inibição dos hormônios contidos na adeno-hipófise.
Faça valer a pena
Questão 1
As glândulas endócrinas secretam seus produtos (hormônios) no líquido intersticial que circunda as células secretoras e não para ductos. Do líquido intersticial, os hormônios se difundem para os capilares sanguíneos e o sangue os transporta para as células-alvo pelo corpo. Em virtude da dependência do sistema circulatório para distribuir seus produtos, as glândulas endócrinas são alguns dos tecidos mais vascularizados do corpo.
Quais dos hormônios da adeno-hipófise têm sua regulação de duplo controle pelos neuro-hormônios do hipotálamo?
Tente novamente...
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Correto!
O hipotálamo secreta dois hormônios que regulam a estimulação ou inibição da secreção de prolactina que são: o hormônio liberador de prolactina e o hormônio inibidor de prolactina ou dopamina. E o hipotálamo secreta dois hormônios que regulam a estimulação ou inibição da secreção do hormônio do crescimento que são: o hormônio liberador do hormônio do crescimento e o hormônio inibidor do hormônio do crescimento ou somatostatina.
Questão 2
O hipotálamo regula o metabolismo a partir de sua ação sobre os centros de comandos de diversas funções do organismo. Além disso, essa região do cérebro controla o sistema endócrino, agindo diretamente sobre a glândula hipófise e indiretamente sobre outras glândulas. (SANTOS, n. d.)
Considerando o contexto, avalie as afirmativas a seguir:
- A adeno-hipófise produz e libera seus hormônios.
- O hipotálamo produz hormônios que inibem a neuro-hipófise.
- O hipotálamo produz cinco hormônios que estimulam a liberação de outros hormônios e quatro hormônios inibitórios.
- A neuro-hipófise armazena e libera dois hormônios.
Agora, assinale a alternativa que apresenta a(s) afirmativa(s) correta(s).
Tente novamente...
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Correto!
Está é a alternativa correta.
A afirmativa I está correta: a adeno-hipófise produz e libera seus hormônios
A afirmativa II está incorreta, pois o correto seria afirmar que o hipotálamo produz hormônios que regulam a adeno-hipófise.
A afirmativa III está correta: o hipotálamo produz cinco hormônios que estimulam a liberação de outros hormônios e quatro hormônios inibitórios.
A afirmativa IV está correta: a neuro-hipófise armazena e libera dois hormônios.
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Questão 3
Os somatotrofos são as células mais numerosas na adeno-hipófise e o hormônio do crescimento (GH) é o hormônio mais abundante da adeno-hipófise. No entanto, existem seis hormônios secretados pela adeno-hipófise, o hormônio do crescimento (GH), o hormônio estimulante da tireoide (TSH), o hormônio folículo estimulante (FSH), o hormônio luteinizante (LH), a prolactina (PRL), o hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) e o hormônio melanócito-estimulante (MSH).
Neste sentido, julgue as afirmativas a seguir em (V) Verdadeiras ou (F) Falsas.
( ) Os IGFs intensificam a lipólise no tecido adiposo, aumentando o uso dos ácidos graxos liberados para a produção de ATP pelas células corporais.
( ) Os hormônios FSH e LH têm sua ação no sistema reprodutor feminino e masculino.
( ) A prolactina é o hormônio que atua na glândula tireoide estimulando o metabolismo.
( ) A ocitocina é um hormônio que ao ser secretado estimula as glândulas mamárias a produzirem leite.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
Correto!
As duas primeiras afirmativas são verdadeiras.
A terceira afirmativa é falsa, pois a prolactina é o hormônio que atua nas glândulas mamárias estimulando a produção de leite.
A quarta afirmativa é falsa, porque a ocitocina é um hormônio que ao ser secretado tem sua função de contrair o útero na hora do parto e ejetar o leite das glândulas mamárias.
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Referências
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