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sem medo de errar
O caso apresentado nesta Seção 4.3 conta a história de uma mulher que estava tentando engravidar por 1 ano, seus exames hormonais e de imagem não apresentavam alteração, mas o marido foi diagnosticado com varicocele.
Nesta seção nós conhecemos as estruturas do sistema reprodutor masculino e feminino e sua função, estudamos também o ciclo menstrual e como acontece a gravidez, entendemos como ocorre a formação dos ovócitos e espermatozoides. Sendo assim, agora podemos discutir sobre o caso clínico que foi proposto, destacando alguns pontos importantes:
- Queda de testosterona;
- Varicocele;
- Produção ineficaz de espermatozoides.
A fertilização é o processo em que acontece a interação entre o espermatozoide e o ovócito, iniciando a gravidez. No entanto, se a mulher ou o homem não apresentar os seus órgãos reprodutores com funcionamento adequado, o processo de fertilização não ocorre, assim, para a produção de ovócitos (ovogênese) e de espermatozoide (espermatogênese) o controle neuroendócrino é necessário; neste há liberação do hormônio folículo-estimulante (FSH) e o hormônio luteinizando (LH) pela glândula adeno-hipófise. Neste caso, o homem apresentou varicocele, que é quando os testículos sofrem por excesso de vascularização, aumento da temperatura local que causa morte dos espermatozoides produzidos nos túbulos seminíferos; no caso relatado, ainda o FSH e LH estavam diminuídos na corrente sanguínea, por isso a estimulação das células de Leydig é ineficaz, produzido pouca testosterona, que é essencial para a espermatogênese e para manter o tônus muscular e as características masculinas.
A varicocele é uma das mais frequentes causas de infertilidade masculina, em muitos dos casos os homens são submetidos a uma cirurgia de correção da quantidade de vasos sanguíneos nos testículos, diminuindo a vascularização e consequentemente a diminuição da temperatura do escroto. Em alguns casos, somente este procedimento é o suficiente para a produção de espermatozoide aumentar, precisando chegar ao mínimo de 15 milhões de espermatozoides para que ocorra a fertilização. No entanto, neste caso, o marido apresenta baixa de testosterona por estimulação ineficaz das células de Leydig, assim o único processo viável para esse casal é a alternativa de um tratamento clínico chamado de fertilização in vitro.
A fertilização in vitro é o processo em que após estimulação hormonal na mulher, os ovócitos são recolhidos por cirurgia e os espermatozoides por ejaculação; a junção o ovócito com o espermatozoide é feita em laboratório e retorna ao corpo da mulher após atingir a forma de blastocisto maduro. Todo o procedimento envolve um médico que trabalha com reprodução humana e acompanha a todo momento os níveis hormonais da mulher antes, durante e depois de receber o embrião. A taxa de sucesso deste procedimento é variável, dependendo da resposta do corpo da mulher em cada etapa.
Avançando na prática
O cisto ovariano e suas implicações no sistema reprodutor feminino
Alice, uma jovem de 20 anos, percebeu que seu ciclo menstrual estava cada vez mais irregular e as cólicas eram muito intensas durante o período menstrual e até mesmo em outros momentos do ciclo. Ela começou a sentir dor durante as relações sexuais, uma grande pressão abdominal e que o fluxo sanguíneo no período menstrual estava muito intenso.
Ao procurar atendimento médico, foram realizados exames laboratoriais e ultrassom abdominal, que indicaram cistos no ovário. O que pode ocasionar os cistos no ovário? Quais são as implicações desta doença?
Os cistos ovarianos são tumores em formato de bolsas que ficam cheias de líquido e se formam em volta ou dentro do ovário. Esses cistos, de modo geral, não são cancerosos, são predominantes em mulheres jovens e tendem a desaparecer com o tempo ou após a gestação. No entanto, existem os cistos cancerosos, mas estes acontecem mais em mulheres com mais de 40 anos ou aquelas que acabaram de entrar na menopausa. Os sintomas mais frequentes dos cistos ovarianos são dor e pressão no abdome, dor durante a relação sexual, menstruação irregular, dolorosa e pode ocorrer hemorragia vaginal. A maioria dos cistos ovarianos não precisa de tratamento, mas quando apresentam um tamanho acima de 5cm, precisam ser removidos cirurgicamente.