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sem medo de errar
Conforme a situação apresentada nesta Seção 4.1, em que conhecemos o caso de Felipe, jovem que começou a apresentar sintomas desagradáveis e mudanças físicas.
Nesta seção, nós estudamos sobre a anatomia e a fisiologia do sistema endócrino, compreendemos o funcionamento do eixo hipotálamo-hipófise e conhecemos os hormônios liberados pelas glândulas hipófise e pineal. Portanto, quando olhamos para a situação-problema proposta, podemos destacar alguns pontos importantes:
- Crescimento inadequado das suas extremidades na fase adulta.
- Hiperidrose.
- Dores articulares.
- Acromegalia.
A acromegalia é uma condição em que ocorre uma hipersecreção de hormônio do crescimento (GH), ocasionando um aumento na espessura de ossos das mãos, dos pés, da face e mandíbula, além de alterações no tamanho de outros tecidos do corpo, como o fígado.
Na fase adulta, os ossos já se consolidaram, por este motivo com uma secreção exagerada do GH, ocorre somente a espessura e não o crescimento ósseo. Esta condição está associada, geralmente, a um tumor hipofisário que ocasiona distúrbios de secreção pela adeno-hipófise. Em alguns casos, se faz uma cirurgia para a retirada do tumor que está comprimindo a glândula hipófise e gerando o desajuste da secreção do GH, assim, após a cirurgia de retirada do tumor, existe a possibilidade de os níveis de GH serem restaurados para o nível sanguíneo normal evitando a progressão da doença. Mas, existem alguns casos inoperáveis e a alternativa de tratamento é com radioterapia e terapia medicamentosa, a fim de diminuir a secreção de GH na corrente sanguínea.
Avançando na prática
O transtorno afetivo sazonal
A estudante de pedagogia Bruna, de 22 anos de idade, começou a apresentar alguns sintomas típicos da depressão, porém, os seus familiares estranharam, pois Bruna sempre foi extrovertida, estudiosa e animada. No entanto, todos observaram que ao final do outono e assim que começou o inverno, a faculdade de Bruna começou a ter aulas online e ela começou a sair cada vez menos de casa, mesmo nos momentos em que não tinha aulas, estava estudando ou lendo um livro em casa. Com o passar dos meses, as notas de Bruna começaram a decair e ela passou a apresentar sintomas que incluem crises de ansiedade, perda de interesse em qualquer atividade e a jovem tem se sentido muito triste, com irritabilidade frequente, além de estar se isolado socialmente e apresentar muita insônia. Por influência da família, ela decide procurar um médico psiquiátrico, o qual chegou ao diagnóstico de transtorno afetivo sazonal (TAS).
O transtorno afetivo sazonal é um tipo de depressão que é causado pela alteração da estação climática, afligindo as pessoas principalmente no inverno, pois é uma época em que os dias se tornam mais curtos e as noites mais longas. Assim, a falta de iluminação ocasiona superprodução de melatonina porque as noites se tornam maiores no inverno e com isso a pessoa sente muita fadiga e falta de energia. Além disso, o triptofano é uma molécula precursora para a síntese de melatonina e serotonina, assim, com a baixa luminosidade aumenta a secreção de melatonina (que está relacionadao com a regulação do sono) e ainda a baixa luminosidade diminui a secreção de serotonina (que é um neurotransmissor do encéfalo que regula o humor). Por este motivo, a pessoa tem sintomas de sonolência excessiva e depressão. O tratamento ofertado para este tipo de transtorno afetivo sazonal é a terapia de luz artificial (fototerapia), que tem demostrado trazer alívio aos sintomas descritos pela pessoa acometida.