Comentários

0%

FOCO NO MERCADO DE TRABALHO

ANATOMOFISIOLOGIA DAS GLÂNDULAS ENDÓCRINAS

Débora Nunes Martins Bueno

Fonte: Shutterstock.

Deseja ouvir este material?

Áudio disponível no material digital.

sem medo de errar

De acordo com o caso apresentado nesta Seção 4.2, em que foi relatada a história de Celi, que ficou em coma por 2 semanas por apresentar um nível de glicose muito alto na corrente sanguínea e foi diagnosticada com diabetes melito tipo 1. 
Nesta seção, nós estudamos sobre o sistema endócrino e falamos sobre a localização e função de suas glândulas e seus órgãos, mas também falamos na Seção 4.1 da regulação do eixo hipotálamo-hipófise de algumas glândulas. Sendo assim, agora vamos utilizar todo esse conhecimento para discutir o caso clínico apresentado, analisando principalmente os seguintes pontos:

A diabetes melito é um distúrbio endócrino de um hormônio produzido e secretado pelo pâncreas, a insulina. Este distúrbio tem dois tipos: o tipo 1 é a incapacidade das células do pâncreas de produzir insulina e o tipo 2, em que mesmo com a produção e secreção de insulina o corpo rejeita sua utilização.
O tipo apresentado pelo caso clínico é a diabetes melito tipo 1, em que a célula beta que secreta insulina é atacada pelo sistema imunológico da própria pessoa, causando a destruição desta célula, ou por fatores genéticos em que a pessoa nasce sem a célula beta. Com isso, não ocorre produção de insulina, o que causa um aumento de glicose na corrente sanguínea, pois o corpo não consegue sem insulina transportar a glicose para dentro das células. A pessoa sobrevive por um bom tempo, utilizando os triglicérides presentes no tecido adiposo, para quebrá-lo em ácidos graxos e glicerol, assim o corpo usa os ácidos graxos para gerar ATP para gerar energia. Porém, a longo prazo, o corpo produz muitos corpos cetônicos causando uma queda no pH sanguíneo, levando à cetoacidose que se não for tratada pode levar a pessoa à morte.
Assim, neste caso, Celi terá que fazer uso de insulina para o resto da vida, com o intuito de manter os níveis de glicose sanguínea dentro do normal, além de manter a dieta regrada, com ingestão de menos carboidratos e zero açúcar.

Avançando na prática

A síndrome de Cushing

O ciclista Ranieri tem 46 anos, é atleta há mais de 20 anos e começa a perceber que mesmo com uma dieta regrada seu corpo tem mudado muito nos últimos meses, apresentando gordura localizada em apenas algumas regiões do corpo, sendo visível o acúmulo de gordura no tronco, a face muito arredondada e sua pele fina e com algumas estrias bem avermelhadas. Os amigos de Ranieri o aconselharam a procurar um médico, pois esses sintomas poderiam indicar um distúrbio hormonal devido a sua idade. O atleta procurou um médico endocrinologista, que o examinou e pediu para que ele fizesse exames de imagem e laboratoriais. Ao analisar os exames, o médico constatou um aumento da glândula suprarrenal e um aumento considerável de cortisol na corrente sanguínea.

Ranieri apresenta uma hipersecreção de cortisol devido a um tumor na glândula suprarrenal, ocasionando a síndrome de Cushing. A alteração nas características físicas do atleta se dá, pois ocorre uma degradação das proteínas dos músculos esqueléticos de pernas e braços e uma redistribuição da gordura corporal. 
Aproximadamente 10% das pessoas têm tumores benignos nas glândulas suprarrenais, o que ocasiona a produção exagerada de corticosteroides; tratamentos como radioterapia podem amenizar o tumor e a glândula volta a ter picos normais de liberação de cortisol, mas em alguns casos há necessidade de cirurgia para retirada do tumor. 
O nível alto de cortisol gera sintomas do tipo hiperglicemia, osteoporose, fraqueza, hipertensão, imunidade baixa e muita oscilação de humor.

Bons estudos!

AVALIE ESTE MATERIAL

OBRIGADO PELO SEU FEEDBACK!