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Aula 1

Interações biológicas do campo

Essa unidade abordará os seguintes componentes do sistema de ressonância magnética: magneto principal, bobinas de gradiente, ondas de radiofrequência, bobinas de radiofrequência, computador e workstation; zonas de segurança I, II, III e IV; linha de 5 Gauss; efeitos biológicos de campos eletromagnéticos.

17 minutos

introdução

Caro estudante, estamos iniciando a unidade da disciplina Ressonância Magnética. Essa unidade abordará os seguintes componentes do sistema de ressonância magnética: magneto principal, bobinas de gradiente, ondas de radiofrequência, bobinas de radiofrequência, computador e workstation; zonas de segurança I, II, III e IV; linha de 5 Gauss; efeitos biológicos de campos eletromagnéticos. Essa disciplina é de vital importância para a formação de um tecnólogo em radiologia, pois trata-se de conhecer técnicas de exames da ressonância magnética que são muito utilizadas no diagnóstico de diversas doenças atualmente. A ressonância magnética é amplamente utilizada no acompanhamento de tumores no cérebro, doenças na articulação temporomandibular (ATM), síndrome de túnel do carpo, e por não fazer uso de radiação ionizante, pode ser uma opção para evitar dose de radiação no paciente, mesmo que ainda seja um exame caro.
Vamos aprofundar nossos conhecimentos e aprender mais a respeito dessa área. Bons estudos!

Componentes do sistema de Ressonância Magnética.

Caro estudante, a aplicação do princípio da RM exige uma grande quantidade de equipamentos de ponta. Os cinco componentes principais do sistema de RM são:

O magneto fornece o campo magnético estático, de força constante, extremamente poderoso, em torno do qual os núcleos oscilam. Existem três tipos possíveis de magnetos no sistema de RM. Cada um tem características próprias, entretanto, os três compartilham o mesmo objetivo: criar o campo magnético, que é medido em tesla. As forças de campo magnético usadas clinicamente variam de 0,1 a 3 tesla. Já as forças de campo estáticas, que circundam o magneto, chamadas de campos magnéticos em franja, são algumas vezes medidas em Gauss, e 1 tesla equivalente a 10.000 Gauss.

Magnetos resistivos

Os magnetos resistivos precisam de grandes quantidades de energia elétrica para fornecer altas correntes necessárias à produção de campos magnéticos de alta frequência. O custo da energia elétrica precisa ser considerado parte do custo de operação da unidade. Além disso, as correntes elétricas produzem calor, que precisa ser dissipado por um eficiente sistema de refrigeração.

Magnetos permanentes

O custo inicial do magneto permanente fica entre os outros dois tipos de magneto. Como a energia elétrica não é necessária para esse magneto, o custo operacional é quase desprezível. Uma desvantagem, entretanto, é a inabilidade para desligar a força do campo magnético caso objetos ferromagnéticos se alojem no interior do magneto. Se isso acontecer, os objetos terão de ser removidos contra a energia total do campo magnético.

Magnetos supercondutores

É o magneto mais comum, de grande porte, que também usa o princípio do eletromagneto. Além disso, esse magneto também usa a propriedade de supercondutividade, que é demonstrada por alguns materiais a temperaturas extremamente baixas. Um material supercondutivo é aquele que já perdeu toda resistência à corrente elétrica. Quando isso ocorre, grandes correntes elétricas podem ser mantidas sem o uso de energia elétrica. Logo, os custos de funcionamento do magneto supercondutor são considerados desprezíveis.

Bobinas de radiofrequência (RF)

Agem como antenas para produzir e detectar as ondas de rádio, que são denominadas sinal de RM. Uma bobina de RF típica é embutida na armação do magneto e, dessa forma, não fica visível. Essas bobinas RF embutidas – algumas vezes denominadas bobinas corporais – envolvem o paciente completamente. Algumas bobinas, como as de superfície, são colocadas na área a ser submetida ao exame, como a bobina de cabeça e a de joelho. Outro tipo de bobina de RF é a bobina de arranjo de fase (phased array), que consiste em múltiplas bobinas e receptores que são agrupados em conjunto, para o uso durante a obtenção de imagens.

Sistema de suporte eletrônico

Fornecem voltagem e corrente para todas as partes do sistema de RM, como boninas de gradiente, sistema de resfriamento, magneto e computador. O transmissor e o receptor de RF são também parte do sistema de suporte eletrônico.

Computador e monitores

O computador processa as informações de todas as partes do sistema de RM e disponibiliza as imagens no display.

Figura 1 | Equipamento de RM (aberto)
Fonte: Shutterstock.
Figura 2 | Componentes do sistema de RM
Fonte: Shutterstock.

Zonas de segurança I, II, III e IV em RM.

Caro estudante, iniciaremos apresentando um quadro com o sumário da obtenção de imagens com o funcionamento da RM e dos componentes que fazem parte desse sistema:

Quadro 1 | Obtenção de imagens em RM
ETAPA COMPONENTE RESULTADO
1. Aplicação do campo magnético estático Magneto Os núcleos se alinham e oscilam.
2. Aplicação dos gradientes de campo magnético Bobinas de gradiente Os núcleos oscilam em uma frequência particular para permitir a seleção de cortes.
3. Aplicação dos pulsos de radiofrequência Bobina ou antena emissora de RF Os núcleos na área do corte oscilam em fase em um ângulo maior.
3. Aplicação dos pulsos de radiofrequência Bobina ou antena receptora de RF O sinal elétrico é recebido nos núcleos e enviado ao computador.
5. Conversão do sinal em imagem Computador e monitor A imagem reconstruída é exibida.
Fonte: adaptado de Bontrager e Lampignano (2015, p. 24).

Um campo magnético estático envolve o magneto e é denominado campo magnético adventício. Certos itens não são permitidos dentro desses campos adventícios, e a monitoração é importante antes de permitir que qualquer pessoa entre na sala da RM. Cartazes de alerta e sistemas de segurança para portas têm que ser utilizados, para evitar que pessoal não autorizado entre em áreas restritas, dentro do campo magnético adventício.
Esses campos são geralmente medidos em Gauss (G). A força magnética do campo adventício é inversamente proporcional ao cubo da distância a partir do interior do magneto, o que torna o perigo maior à medida que se chega mais próximo do magneto.
Geralmente, os equipamentos utilizados nos pacientes – como tanques de oxigênio, equipamentos para monitoração de pacientes, cadeiras de rodas e macas – não são permitidos dentro da linha de 50 Gauss, a não ser que sejam equipamentos de material não metálico, especialmente projetados para serem usados em RM.
Nos ambientes de um serviço de RM existem riscos potenciais para o paciente e acompanhantes e, devido a esse motivo, o American College of Radiology (ACR) adotou as restrições para acesso a todos os ambientes de ressonância magnética, por meio da aplicação do conceito de quatro zonas (zonas de segurança progressiva). Esse conceito impõe restrições progressivas ao acesso de pessoas no ambiente de ressonância magnética, a fim de evitar acidentes dentro da sala de exames. Essas zonas, que variam de I a IV, são definidas a seguir:

Apresentaremos a seguir o questionário que deve ser aplicado na recepção e reconferido na Zona 3:

Figura 3 | Modelo de questionário de segurança usado em RM
Fonte: Hospital Albert Einstein ([s. d.], [s. p.]).

Linha de 5 Gauss. Efeitos biológicos de campos

Caro estudante, a linha de 5 Gauss estabelece o perímetro em volta de um equipamento de RM em que o campo magnético estático é mais alto e pode provocar acidentes. A interferência elétrica com implantes eletromecânicos é a segunda preocupação nas salas de RM. Além do campo magnético estático, os pulsos de RF podem induzir voltagem nas derivações dos marcapassos, portanto, esses equipamentos não são permitidos dentro da linha de 5 Gauss. 
Outros dispositivos que podem ser afetados pela RM são implantes cocleares, neuroestimuladores, bombas de infusão de drogas implantadas e estimuladores de crescimento ósseo. Outros objetos como cartões de crédito, relógios analógicos, celulares e moedas também são proibidos dentro da sala de exames de RM.
Objetos metálicos como, clipes cirúrgicos, placas e pinos de material ferromagnético também podem ter interação com o campo estático. O campo magnético pode provocar torque ou movimento de torção do objeto, o que ocasiona danos aos tecidos que circundam o sítio cirúrgico.

Figura 4 | Cartazes de aviso e segurança em RM 
Fonte: Shutterstock.

Aquecimento local de tecidos e objetos metálicos

Uma grande preocupação que existe na RM é com o aquecimento local de tecidos e grandes objetos metálicos dentro do corpo do paciente. Os pulsos de RF que passam através do corpo do paciente causam aquecimento tissular, ou seja, aquecimento dos tecidos. Esse aquecimento é medido em watts por quilograma (W/kg) e é chamado de TAE ou taxa de absorção específica. O operador do equipamento de RM tem que se preocupar com os limites da TAE. Geralmente, esse controle é feito inserindo o peso do paciente, no início do exame, a fim de que esse cálculo seja feito.
O calor produzido é dependente do número de cortes, do ângulo de inversão, do número de médias de sinal, do tempo de repetição (TR) e do tipo de tecido. O corpo é capaz de dispersar o calor produzido por meio dos processos circulatórios e evaporativos normais. Nos níveis de RF usados na RM não foi demonstrada a ocorrência de qualquer aquecimento tecidual biologicamente prejudicial à saúde.
As gestantes não devem fazer exames de RM de rotina, justamente pelo fato que o aumento de temperatura pode ser danoso ao feto.

Figura 5 | Placa de perigo – campo magnético forte
Fonte: Shutterstock.

Interferência elétrica com as funções das células nervosas e fibras musculares

Campos magnéticos induzidos por gradientes podem se modificar rapidamente, causando corrente elétrica nos tecidos. Essa corrente elétrica pode interferir na função normal das células nervosas e das fibras musculares. A alteração máxima de campo magnético de gradiente permitida na RM é pelo menos 10 vezes mais baixa do que o valor de limiar para a fibrilação e, portanto, não tem sido considerada um problema sério.

Riscos ocupacionais 

Nenhum efeito biológico adverso foi registrado para tecnólogos e técnicos que trabalham com RM. Como precaução, alguns centros de RM recomendam que profissionais que estejam grávidas sejam afastadas da sala de varredura quando os gradientes estão em funcionamento. Cientistas continuam a investigar a possibilidade e a ocorrência de efeitos adversos como resultado de campos eletromagnéticos.

Figura 6 | Refrigeração com hélio do sistema de RM
Fonte: Shutterstock.

Vídeo Resumo

Caro estudante, o vídeo a seguir abordará pontos importantes acerca da segurança em RM. É uma excelente oportunidade para fixar pontos-chave da disciplina, como linha de 5 Gauss, efeitos biológicos dos campos eletromagnéticos, considerações básicas de segurança em RM e risco potencial de projéteis em RM, entre outros.

 

Saiba mais

Convidamos você a conhecer um pouco mais sobrea respeito da segurança em ressonância magnética nos artigos indicados a seguir, com o objetivo de se familiarizar mais com os ambientes e as técnicas de nossa área de atuação.

Aula 2

Controle de riscos

Esta aula abordará o gerenciamento dos riscos em RM, como acidentes envolvendo campo magnético, radiofrequência, falha humana; condição insegura e ato inseguro, claustrofobia, sedação, uso de contraste; paciente com insuficiência renal e administração de contraste, falta de treinamento do staff de RM.

16 minutos

introdução

Esta aula abordará o gerenciamento dos riscos em RM, como acidentes envolvendo campo magnético, radiofrequência, falha humana; condição insegura e ato inseguro, claustrofobia, sedação, uso de contraste; paciente com insuficiência renal e administração de contraste, falta de treinamento do staff de RM. A disciplina é de vital importância para a formação de um tecnólogo em radiologia, pois trata-se de conhecer técnicas de exames da ressonância magnética que são muito utilizadas no diagnóstico de diversas doenças atualmente. Apesar de não usar radiação ionizante, a RM pode apresentar situações de risco, pois quaisquer objetos ferromagnéticos podem interagir com o campo magnético e provocar sérios acidentes.
Vamos aprofundar nossos conhecimentos e aprender mais a respeito de RM. Bons estudos!

Gerenciamento dos riscos em RM

Estudante, apesar do processo de obtenção de imagens em RM não utilizar radiação ionizante e o método ser considerado bastante seguro, existem riscos associados à realização dos exames e ao ambiente de RM que podem provocar acidentes graves, associados à morte de pacientes, indivíduos do público e de profissionais da área.
Não há dados que explicitem danos biológicos importantes provocados pela exposição à RM, seja pelo campo magnético estático ou pelos gradientes de campos. A maior parte dos acidentes relatados em RM está relacionada ao campo magnético estático do equipamento, entretanto, há outras fontes de risco, como os gradientes de campo magnético, a RF (Radiofrequência), os meios de contraste à base de gadolínio e os criogênicos (hélio líquido), que também oferecem riscos e devem ser sempre levados em consideração em uma análise criteriosa de segurança em RM.
A maior preocupação com segurança em RM resulta da interação dos campos magnéticos com tecidos do corpo humano e objetos metálicos ou ferromagnéticos. Podemos iniciar falando do risco potencial de projéteis, pois um objeto metálico – como uma chave inglesa – pode ser suspenso no ar pela ação do campo magnético à medida que é fortemente atraído na direção do magneto. Assim, é necessário um controle rigoroso que impeça a entrada de qualquer material ferromagnético na sala de exames de RM.
Esse controle fica evidente quando falamos do questionário de segurança que é preenchido pelo paciente na recepção quando vai marcar o exame de RM, e que é repassado por um profissional na antessala, antes de o paciente entrar para fazer o exame. Esse questionário tenta identificar se o paciente tem alguma contraindicação absoluta para RM, como marcapassos, clipes ferromagnéticos para aneurismas, fragmentos metálicos no olho, implantes cocleares, prótese valvar cardíaca Starr Edwards (modelo pré-6000), bombas internas de infusão de drogas, neuroestimuladores e estimuladores de crescimento ósseo, entre outros.
Cada pessoa envolvida na programação e preparo do paciente em RM desempenha um papel fundamental para a realização de um exame seguro e bem-sucedido. Um formulário com as explicações de como será realizado o exame pode ser fornecido ao paciente a fim de tranquilizá-lo e ganhar sua confiança. Isso é importante, pois quanto mais relaxado estiver o paciente durante o exame, maior a probabilidade de o exame ser bem-sucedido.
Deve-se permitir tempo suficiente para inquirir a respeito da história do paciente, explicar o exame detalhadamente, remover todos os objetos metálicos e assegurar que o paciente esteja confortável durante o exame. A seguir, citamos informações que devem ser dadas aos pacientes durante o preparo para o exame de RM: 

Observação: algumas sequências de pulso geram um ruído de volume muito alto, que está associado ao uso do gradiente. O paciente deve ser informado a esse respeito, e será necessária a proteção do ouvido com o uso de protetores auriculares e abafadores de som.

Figura 1 | Uso de abafadores de som em RM
Fonte: Shutterstock.

Condição insegura e ato inseguro, claustrofobia, sedação, uso de contraste

Caro estudante, o interior do gantry, por ser um espaço estreito e confinado, pode causar ansiedade e acabar por desencadear claustrofobia em alguns pacientes. Várias medidas podem ser tomadas para evitar essa situação, como música e técnicas de relaxamento; orientação para que os pacientes fechem os olhos e pensem em um ambiente livre e ventilado; uso de equipamentos humanizados, com céu estrelado, por exemplo; mover o paciente lentamente pelo magneto; uso de espelhos que permitam ao paciente visualizar o ambiente fora do magneto. Enfim, não é aconselhável falar a respeito de claustrofobia, entretanto, o tecnólogo deve estar preparado para lidar com a situação, caso ela aconteça.
Em algumas situações poderá ser necessária a sedação do paciente, todavia, isso encarece e aumenta a complexidade para a realização do exame de RM, pois o paciente tem que ser monitorizado atentamente caso seja sedado, e não pode ser autorizado a viajar sozinho para casa após sedação.
O uso do contraste também é uma situação que precisa ser controlada em RM. Os agentes de contraste à base de gadolínio, que são usados em RM, são muito mais seguros que o contraste iodado, entretanto, existem complicações que devem ser reconhecidas, para orientação e tratamento adequados. A incidência de reações adversas aos meios de contraste em RM varia entre 2% e 4%, e casos de reações adversas agudas maiores ao gadolínio, como laringoespasmo e choque anafilático, são consideradas raras.

Figura 2 | Gadolínio usado em RM (Tabela periódica)
Fonte: Wikimedia.
Figura 3 | Gadolínio (aparência branco prateada)
Fonte: Wikimedia.

O efeito desejado e o mais importante do contraste gadolínio como meio de contraste para RM é a redução do tempo de relaxamento T1 e T2 dos prótons de água nos tecidos em que se encontra o composto. É importante observar que as imagens de RM não mostram o gadolínio propriamente dito, e sim, seu efeito paramagnético sobre os tecidos ao seu redor. De maneira geral, o gadolínio acelera o ritmo com que os prótons de água se alinham com o campo magnético principal, e isso resulta em maior sinal de RM e em contraste mais alto, especialmente em áreas nas quais o gadolínio cruza a barreira hematoencefálica.
O gadolínio-DTPA é aplicado em dose de 0,2 ml/kg, com a velocidade de injeção não excedendo a 10 ml/min. A injeção pode ser seguida por um flush de solução salina. O paciente pode experimentar uma sensação no local da injeção, e deve ser observado durante e após a injeção quanto a possíveis reações. O gadolínio tem uma toxidade mais baixa e tem menos efeitos colaterais do que o contraste iodado.
O gadolínio melhora a visualização de tumores pequenos e de tumores isointensos com o encéfalo normal. 

Figura 4 | Gadolínio-DTPA (frasco)
Fonte: Shutterstock.

Paciente com insuficiência renal e administração de contraste, falta de treinamento do staff de RM

Caro estudante, a principal via de excreção dos agentes de contraste são os rins, portanto, a insuficiência renal é uma contraindicação ao uso de contraste em RM. A gravidez também pode ser uma contraindicação ao uso de gadolínio-DTPA.
O agente de contraste permanece confinado intravascularmente por um período, a não ser que a barreira hematoencefálica tenha sido danificada por processos patológicos. O gadolínio é geralmente usado em sequências de pulso T1.
Esse contraste frequentemente ajuda a diferenciar doenças primárias (tumores) de efeitos secundários (edema). Além disso, ele ajuda na avaliação de metástases, infecções, processos inflamatórios e infartos cerebrais subagudos. Na coluna vertebral, o gadolínio-DTPA aumenta a sensibilidade na detecção de tumores primários e secundários, e pode ajudar a diferenciar fibrose de doença discal recorrente na coluna pós-operatória.
A falta de treinamento em trabalhadores que trabalham e circulam em ambientes físicos de RM pode levar a graves acidentes, dos quais podemos citar:

Pelos casos citados fica evidente que todos os trabalhadores que levam pacientes para a RM (enfermagem, maqueiros etc.), que fazem higienização da sala, que trabalham na recepção e trabalham no setor propriamente dito, enfim, todos os profissionais que circulam no ambiente da RM, necessitam receber treinamento de segurança para esse ambiente.

Figura 5 | Treinamento dos profissionais de RM
Fonte: Shutterstock.

Vídeo Resumo

A seguir apresentaremos um vídeo que aborda pontos importantes de segurança em RM, para fixação de temas importantes da disciplina, como gerenciamento dos riscos em RM (acidentes envolvendo campo magnético, radiofrequência), condição insegura e ato inseguro, claustrofobia, sedação, uso de contraste, paciente com insuficiência renal e administração de contraste, falta de treinamento do staff de RM.

 

Saiba mais

Estudante, convidamos você a conhecer um pouco mais a respeito de segurança em ressonância magnética no artigo indicado a seguir, com o objetivo de se familiarizar mais com os ambientes e as técnicas de nossa área de atuação. “Complicações do uso intravenoso de agentes de contraste à base de gadolínio para ressonância magnética”.

Aula 3

Regulamentação federal

Esta aula abordará a Instrução Normativa nº 97 de 27 de maio de 2021, a disposição sobre requisitos sanitários e a garantia de qualidade e de segurança em RM. Essa disciplina é de vital importância para a formação de um tecnólogo em radiologia.

16 minutos

introdução

Caro estudante, iniciamos neste momento a Aula 15 da disciplina Ressonância Magnética. Esta aula abordará a Instrução Normativa nº 97 de 27 de maio de 2021, a disposição sobre requisitos sanitários e a garantia de qualidade e de segurança em RM. Essa disciplina é de vital importância para a formação de um tecnólogo em radiologia, pois trata-se de conhecer técnicas de exames da ressonância magnética que são muito utilizadas no diagnóstico de diversas doenças, e aprender acerca de segurança em ambientes de RM. A Instrução Normativa nº 97 trata justamente de requisitos sanitários para a garantia da qualidade e de segurança em sistemas de ressonância magnética.
Vamos aprofundar nossos conhecimentos e aprender mais a respeito de RM. Bons estudos!

Instrução Normativa Nº 97, de 27/05/2021

Caro estudante, em 1975 foi comprado pelo Departamento de Química da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) um equipamento de ressonância magnética (RM), e talvez esse seja o primeiro equipamento de RM do Brasil.
Durante muito tempo foi um método novo de diagnóstico por imagem, cujas instruções não eram contempladas em normas e resoluções. Apesar de não utilizar a radiação ionizante, essa é uma técnica que apresenta outras situações que precisam ser analisadas. 
Hoje, sabemos que para maior segurança o campo magnético precisa ser limitado a uma potência de 3 Tesla – conforme estudos, dentro desse limite não há alterações importantes na morfologia dos tecidos vivos. Já em pesquisas com animais são utilizados campos de até 7 Tesla.
As novas normas da Anvisa para serviços de radiologia diagnóstica ou intervencionista trazem as seguintes alterações: Resolução RDC nº 611/2022, que é a consolidação da Resolução RDC nº 330/2019 e da Resolução nº 440/2020, revogando-as, sem alterações de mérito destas normas. 
As Instruções Normativas de nº 90 a nº 97, de 27 de maio de 2021, da Anvisa, dispõem sobre requisitos sanitários para a garantia da qualidade e da segurança nos seguintes sistemas: 

Por estarmos estudando ressonância magnética, nos deteremos mais na Instrução Normativa nº 97, de 27 de maio de 2021. Essa instrução detalha a relação mínima de testes de aceitação e de controle de qualidade que devem ser realizados pelos serviços de RM, determinando as respectivas periodicidades e tolerâncias permitidas pela norma.
Veja o quadro a seguir:

Quadro 1 | Testes de aceitação e de controle de qualidade para os serviços de RM
Fonte: ABFM (2022, p. 72).

A maior preocupação em RM resulta da interação dos campos magnéticos com objetos metálicos ou ferromagnéticos, pois podem ser atraídos pelo forte campo magnético do equipamento de RM, causando sérios acidentes. Logo, cada pessoa envolvida na programação e preparo do paciente desempenha um papel essencial para a realização de um exame seguro e bem-sucedido.

Figura 1 | Acidentes em RM
Fonte: Shutterstock.
Figura 2 | Placa de segurança com aviso de campo magnético em RM
Fonte: Shutterstock.
Figura 3 | Controle de qualidade em RM
Fonte: Shutterstock. 

Disposição sobre requisitos sanitários

As salas de RM devem ter isolamento acústico, de forma a atender aos limites de exposição a níveis de ruído acústico estabelecidos nas normas. O ruído se dá no exame de RM devido às bobinas de gradiente, e deve ser controlado com o uso de abafadores de som e protetores auriculares.
O ruído pode ser classificado de acordo com o nível de pressão sonora (NPS) apresentado, e o Decibel (dB) é a unidade logarítmica normalmente utilizada. O NPS é caracterizado por meio de níveis subjetivos. Observe o quadro a seguir:

Quadro 2 | Ruído e sua classificação
Intensidade em dB Nível de ruído
0 a 19 dB Nível muito silencioso
20 a 39 dB Nível silencioso
40 a 59 dB Nível tranquilo
60 a 79 dB Nível moderado
80 a 99 dB Nível barulhento
100 a 129 dB Nível muito barulhento
≥ 120 dB Limiar de desconforto auditivo
130 a 150 dB Limiar da dor auditiva
Ruído que pode levar a perda auditiva irreversível
Fonte: elaborado pela autora.

O projeto básico de arquitetura das salas de exame de RM deve prever a abertura da porta de acesso para fora da sala, caso os equipamentos que utilizam líquidos criogênicos, com tubo Quench, apresentem problemas. Os funcionários também precisam ser treinados para retirar o paciente da sala, devido à presença de líquidos criogênicos. 
O projeto de blindagem da sala de RM deve ter laudo de compatibilidade eletromagnética, contendo estudo de compatibilidade eletromagnética da instalação com os demais produtos para a saúde e sistemas passíveis de perturbação eletromagnética.
A sala de exames da RM também deve ter sinalização nas portas de acesso, informando os riscos e a proibição da entrada de pessoas com implantes ou outros objetos incompatíveis com a tecnologia, em linguagem ou simbologia internacionalmente aceita e compreensível para os indivíduos do público.
O serviço de RM deve ter classificação de áreas conforme quadro a seguir:

Quadro 3 | Classificação de áreas na RM
Zona Classificação
Zona 1 Região onde fica o público em geral. Sem restrição de acesso.
Zona 2 Região de contato entre os funcionários, pacientes e familiares.
Zona 3 Região que apresenta perigo, pois é sala de espera (antessala), próximo ao ambiente de RM. Nesse ambiente, o funcionário repassa o questionário (ficha de informação) que é aplicado na recepção quando o paciente vai marcar o exame de RM, conferindo se realmente não existe contraindicação alguma que impeça o paciente de fazer o exame. Essa etapa é a última conferência que possibilita evitar o acidente dentro da sala de RM.
Zona 4 Região da porta de acesso ao equipamento de RM. Dentro da sala de exames.
Fonte: elaborado pela autora.
Fonte: elaborado pela autora.
Fonte: Shutterstock.

Garantia de Qualidade e de segurança em RM

Caro estudante, o objetivo do controle de qualidade em aparelhos de RM é assegurar que o tecnólogo em radiologia obtenha imagens de alta qualidade, facilitando o diagnóstico de inúmeras patologias. Os benefícios da garantia de qualidade são imprescindíveis: além da melhoria das imagens, o controle de qualidade auxilia na redução de custos do serviço porque elimina gastos com rejeitos e remarcação de exames, além de aumentar a vida útil do equipamento, que tem um custo alto. Testes de aceitação e de constância devem ser realizados para garantir a qualidade da imagem e assegurar que artefatos de imagem não prejudiquem o diagnóstico do médico.
Para o controle da qualidade, as máquinas de RM devem passar por calibrações periódicas com o objetivo de manter o campo magnético o mais homogêneo possível. Caso o campo de uma RM não seja homogêneo, haverá alteração no sinal captado pelo equipamento, o que poderá ocasionar imagens distorcidas, impossibilitando o diagnóstico.

Figura 5 | Artefato em imagem de RM
Fonte: adaptada de Palácio et al. (2002, p. 374).

Na Figura 5 apresentamos o artefato de suscetibilidade magnética devido à presença de sutura metálica na pelve. 
Os artefatos de movimento são os mais comuns encontrados na imagem em RM. Quando o movimento é periódico, ou seja, ocorre de maneira regular, o resultado é a replicação dos tecidos em movimento, comumente chamado de artefato fantasma. É observado ao longo da direção da codificação da fase da imagem e independe da direção do movimento. Movimentos fisiológicos que comumente resultam em artefatos fantasmas incluem os movimentos respiratórios.
Para minimizar o risco de quenching é necessário controlar a qualidade da energia na sala de RM, fator essencial para evitar surpresas quanto à oscilação da corrente elétrica e até mesmo interrupções no fornecimento de energia ao equipamento.
Uma conferência de testes básicos é recomendada pelo controle de qualidade em RM. Essa avaliação inclui os parâmetros mostrados no quadro a seguir:

Quadro 4 | Conferências recomendadas pelo controle de qualidade em RM
Homogeneidade de campo estático
Distorção geométrica e linearidade espacial
Uniformidade da imagem de RM
Distorção geométrica e linearidade espacial
Espessura da fatia
Resolução espacial de alto contraste
Distorção geométrica ou linearidade espacial
Artefatos na imagem
Avaliação de refrigeração e criogenia
Flutuações no campo magnético
Verificação das bobinas de RF.
Checklist geral da integridade do equipamento de RM, acessórios e sala de exames
Inspeção anual no setor de ressonância magnética em relação à segurança
Medições de sinal para ruído (SNR) e contraste para ruído (CNR)
Uniformidade espacial do SNR
Fonte: elaborado pela autora.
Quadro 5 | Benefícios do controle de qualidade em RM
Precisão nos resultados
Redução da repetição de exames
Diminuição dos custos
Agilidade na realização de exames
Reconhecimento da qualidade pelos profissionais da saúde
Fonte: elaborada pela autora.

É importante ressaltar que não é preciso esperar que os equipamentos façam imagens de baixa qualidade para providenciar a manutenção corretiva dos equipamentos. Essa ação costuma ter um custo alto para os serviços, pois os equipamentos ficam parados por vários dias. A manutenção preventiva periódica é muito importante, porque evita que o equipamento fique parado, aguardando a chegada do técnico ou de peças, e os mantém ligados, funcionando a pleno vapor.

Vídeo Resumo

Caro estudante, neste momento daremos início ao nosso vídeo da Aula 15, e serão abordados pontos importantes que tratam de segurança em RM. Um vídeo é uma excelente oportunidade para fixar pontos essenciais da disciplina, como a Instrução Normativa Nº 97 de 27/05/2021, a disposição sobre requisitos sanitários e a garantia de qualidade e de segurança em RM.

 

Saiba mais

Convidamos você a conhecerem um pouco mais a respeito de segurança em ressonância magnética nos textos indicados a seguir, com o objetivo de se familiarizar mais com os ambientes e as técnicas de nossa área de atuação.

Aula 4

Regulamentação do CONTER

Esta aula abordará a Resolução CONTER nº 2/2002, que institui e normatiza o diagnóstico por imagem em RM; o Plano Operacional Padrão – POP; e procedimentos e segurança em exames de RM (CONTER).

18 minutos

introdução

Esta aula abordará a Resolução CONTER nº 2/2002, que institui e normatiza o diagnóstico por imagem em RM; o Plano Operacional Padrão – POP; e procedimentos e segurança em exames de RM (CONTER). Essa disciplina é de vital importância para a formação de um tecnólogo em radiologia, pois trata-se de conhecer técnicas de exames da ressonância magnética que são muito utilizadas no diagnóstico de diversas patologias. A ressonância magnética é uma técnica muito segura, pois não utiliza a radiação ionizante como princípio básico para a obtenção das imagens, entretanto, há que se considerar outras possibilidades de acidentes como os gradientes de campo magnético, a RF (Radiofrequência), os meios de contraste à base de gadolínio e os criogênicos (hélio líquido), que também oferecem riscos.
Vamos aprofundar nossos conhecimentos e aprender mais da nossa área. Bons estudos!

Resolução CONTER Nº 02/2002 – Institui e normatiza o diagnóstico por imagem em RM

Caro estudante, no art. a2, da Resolução nº 2, de 14 de janeiro de 2002 (CONTER 2002), fica definido que compete aos técnicos e tecnólogos em radiologia operar o equipamento de RM para a obtenção das imagens diagnósticas; realizar as verificações do equipamento de RM, conforme orientam as normas; aplicar e cumprir os procedimentos de segurança em RM, garantindo a saúde dos trabalhadores, pacientes e acompanhantes; e verificar, periodicamente, os níveis de hélio líquido e a pressão nos magnetos supercondutores.
Essa resolução visa instituir e normatizar as funções dos técnicos e tecnólogos nas salas de exames de RM. Os tecnólogos em radiologia deverão também informar o peso do paciente, inicialmente, a fim de evitar problemas com a administração do contraste (gadolínio), quando solicitado pelo médico; evitar que pacientes com marcapasso, clipes de aneurisma e neurotransmissores entrem na sala de exames, fornecer protetores auriculares e abafadores de som aos pacientes que passarão pelo exame; exigir que pacientes com piercing ou maquiagem retirem esses itens antes de adentrar a sala; e evitar que pacientes queimem os braços ao encostá-los dentro do gantry.

Figura 1 | Queimaduras em RM
Fonte: Shutterstock.
Figura 2 | Posicionamento do paciente
Fonte: Shutterstock.

O profissional não pode esquecer de orientar o paciente a não encostar os braços dentro do gantry, porque podem ocorrer queimaduras. Para tanto, o paciente precisa ser posicionado de forma confortável e segura, logo no início do exame.
Entre as condutas instituídas pela Resolução nº 2/2002 pelo CONTER, podemos citar:

Quadro 1 | Segurança dentro da sala de RM
Não permitir que o paciente seja submetido ao exame de RM sem ter antes preenchido o questionário de segurança.
Evitar que cabos e bobinas entrem em contato com o corpo do paciente.
Evitar que o paciente entre em contato com as paredes do gantry.
Não permitir que o paciente entre na sala de exames portando objetos ferromagnéticos.
Na hipótese de gravidez, não realizar o exame.
Orientar os pacientes claustrofóbicos como proceder durante o exame, para evitar a crise.
Na ocorrência de vazamento de gás hélio, iniciar os procedimentos para resgate do paciente com a máxima urgência.
Na ocorrência de acidentes com atração de grandes objetos ferromagnéticos que possam colocar em risco a vida do paciente, providenciar o rebaixamento do campo magnético.
Fonte: elaborado pela autora.

Os processos de trabalho em RM devem ser implementados de forma a garantir que nenhuma pessoa entre nas zonas 3 ou 4, com o magneto ligado, gerando campo magnético, portanto implantes, clipes ou objetos ferromagnéticos, incompatíveis com o campo magnético estático, que possam comprometer a segurança ou qualidade dos procedimentos na sala de RM.
Também deve ser garantido, que nenhum paciente que tenha contraindicações ao exame, chegue a realizá-lo.
O programa de educação permanente dos serviços de saúde deve conter as orientações para toda a equipe, que trabalha na RM, sobre segurança e restrições de acesso às zonas 3 e 4, quando o magneto estiver gerando campo magnético.

Figura 3 | Diagrama funcional das zonas de segurança em RM
Fonte: adaptada de Mazzola et al. (2019).

Plano Operacional Padrão – POP

Caro estudante, iniciaremos apresentando o Plano Operacional Padrão – POP, que contém procedimentos de segurança em exames de ressonância magnética.

Quadro 2 | Principais riscos potenciais relacionados à RM
1. Aquecimento do paciente e queimaduras.
2. Dano auditivo em pacientes e profissionais.
3. “Efeito míssil”, que se refere ao movimento de elementos ferromagnéticos causado pela interação com o campo magnético, movimentação/alteração de implantes.
4. Reações adversas relacionadas ao uso de contraste (gadolínio).
5. Evento criogênico, relacionado ao quenching total ou parcial de hélio.
6. Incêndio.
Fonte: elaborada pela autora.

O principal objetivo do POP em RM é definir e padronizar a atuação dos profissionais das técnicas radiológicas em relação aos processos envolvidos na proteção, no preparo e na aquisição de imagens em RM, porque mesmo não usando a radiação ionizante, ficam caracterizados outros perigos ao serem realizados exames em RM.
O POP insere a figura do supervisor de segurança em ressonância magnética (SATRs), que deve supervisionar a rotina de trabalho da equipe e prestar todas as orientações necessárias ao bom andamento do serviço. A atuação do supervisor de segurança em RM se dá como a ampliação das possibilidades dos profissionais do setor em verificar, monitorar e garantir a segurança de todos os envolvidos no processo, profissionais e pacientes, em relação aos exames em RM.
Os tecnólogos e técnicos em radiologia devem conferir as informações do questionário e termo de consentimento antes de permitir a entrada dos pacientes na sala de exame; em seguida, devem realizar o exame, definindo o protocolo a ser utilizado conforme a solicitação médica; durante a realização do exame devem monitorar parâmetros técnicos do equipamento e do ambiente da sala de exames em RM. Nunca devem permitir a permanência de pessoas perto da porta da sala de RM. Em caso de pacientes do sexo feminino em idade fértil, perguntar da possibilidade de gravidez ou de uso de dispositivo intrauterino (DIU).
O Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia (CONTER) estabeleceu os principais deveres de um supervisor de segurança em radiologia no que se refere à execução de suas atividades na Resolução CONTER nº 11, de 11 de novembro de 2011, e que inclui o supervisor de segurança em RM:

Quadro 3 | Resolução CONTER nº 11, de 11 de novembro de 2011
I - supervisionar e orientar o trabalho de aplicação das técnicas radiológicas no local onde exerça a função;
II - zelar pelo cumprimento das disposições constantes no código de ética profissional, devendo, no âmbito de sua atuação, levar ao conhecimento do conselho regional qualquer infração verificada;
III - elaborar e manter atualizada relação dos profissionais sob sua supervisão, com os respectivos números dos registros profissionais;
IV - elaborar e alterar as escalas de serviço e de plantões dos profissionais sob sua supervisão;
V - informar à chefia imediata sobre quaisquer problemas existentes com equipamentos, fontes emissoras de radiação, acessórios e equipamentos de proteção radiológicas, relativos ao serviço sob sua supervisão;
VI - informar ao Supervisor de Radioproteção a ocorrência de qualquer fato que possa influir nos níveis de exposição à radiação ou risco de acidentes;
VII - manter em livro próprio o registro de defeitos em equipamentos, fontes de radiação, acessórios e equipamentos de proteção radiológica, bem como as chamadas e a realização de manutenção preventiva e corretiva nas instalações.
Fonte: adaptado de CONTER (2011).

Procedimentos e segurança em exames de RM (CONTER)

O POP foi publicado em Brasília, pelo CONTER, em 2020. Surgiu da necessidade de regulamentar a área de RM no Brasil.
A seguir, vamos aprofundar conhecimentos no que se refere a cuidados com o campo magnético estático (B0), com o gradiente de campo magnético e com a radiofrequência.
Veja os quadros a seguir:

Quadro 4 | Cuidados com campo magnético estático (B0)
1. Demarcar a linha de 5 Gauss utilizando cartazes, marcações no piso e obstáculos.
2. Criar mecanismo físico de restrição de acesso ao setor de RM (leitoras de crachá, portas com senha).
3. Proibir acesso ao ambiente de RM de qualquer pessoa portadora de marcapassos e neuroestimuladores.
4. Nunca levar para dentro da sala de exames materiais desconhecidos ou não revisados quanto à presença de partes ferromagnéticas.
5. Não permitir entrada do paciente portando qualquer objeto metálico como anéis, brincos, relógio, carteira, piercing e próteses dentárias removíveis.
6. Somente utilizar na sala de exames equipamentos próprios para o ambiente da RM e certificados por empresas de reconhecida competência.
7. Colaboradores externos ao setor, como pessoal de manutenção e higienização, só devem ser autorizadas a entrar na sala após repasse formal de instruções de segurança.
8. Conhecer a localização e forma de acionamento dos botões de parada elétrica e de desligamento do campo magnético.
Fonte: elaborado pela autora.
Quadro 5 | Cuidados com o gradiente de campo magnético
1. Disponibilizar protetor auricular para pacientes, acompanhantes ou qualquer pessoa que permaneça dentro da sala do magneto durante a aquisição de imagens.
2. Evitar que a pele do paciente fique em contato direto com a carcaça interna do magneto ou com partes da bobina. Utilizar espumas isoladoras e roupa apropriada para o exame para este fim.
3. Criar registros de ocorrência em pacientes de estímulo de nervos periféricos, sensações de choque ou surgimentos de flashes luminosos durante a realização de exames para que sejam relatados ao fabricante e responsáveis pela manutenção dos equipamentos.
Fonte: elaborado pela autora.
Quadro 6 | Cuidados com a radiofrequência
1. Disponibilizar avental ou roupa apropriada e confeccionada com tecido natural para que o paciente substitua suas roupas para realização do exame.
2. Informar ao equipamento, no início do exame, o valor de massa corporal (kg) e idade, permitindo o correto funcionamento das limitações de SAR.
3. Não cobrir excessivamente o paciente.
4. Não utilizar plásticos ou outros materiais que causem abafamento e aumento da Transpiração.
5. Não iniciar o exame em paciente com suor ou que esteja urinado.
6. Não permitir que mãos e pés fiquem cruzados ou em contato direto de pele com pele, evitando assim um efeito de antena que resulte em queimaduras e choques nos pontos de contato.
7. Verificar cabos e conectores das bobinas quanto à integridade física, evitando riscos de choques e faiscamento.
8. Manter contato permanente com o paciente, orientando-o a acionar a campainha ligada ao alarme sonoro, caso sinta aquecimento ou desconforto durante o exame.
Fonte: adaptado de CONTER (2011).

Alguns cuidados com os gases criogênicos devem ser tomados: no caso de magnetos supercondutores, a porta da sala de exames deve abrir para o lado externo, ou a sala deve ter uma válvula de compensação de pressão bidirecional e com dimensão apropriada; não respirar gases ou vapores criogênicos; não tocar com as mãos em superfícies congeladas no magneto.

Vídeo Resumo

Caro estudante, a seguir apresentaremos um vídeo que abordará pontos importantes da segurança em RM: Resolução CONTER nº 2/2002, que institui e normatiza o diagnóstico por imagem em RM; Plano Operacional Padrão – POP; Procedimentos e segurança em exames de RM (CONTER).
TAG: Resolução CONTER nº 2/2002; Plano Operacional Padrão – POP; Procedimentos e segurança em exames de RM (CONTER).

 

Saiba mais

Caro estudante, convidamos você a conhecer um pouco mais do tema segurança em ressonância magnética no texto indicado a seguir, com o objetivo de se familiarizar mais com os ambientes e as técnicas de nossa área de atuação. 
Segurança do paciente em exames de ressonância magnética de pelve: um relato de experiência

Aula 5

Revisão da unidade

16 minutos

Efeitos biológicos de campos eletromagnéticos; Gerenciamento de riscos em RM; Garantia de Qualidade e segurança em RM; Procedimentos e segurança em exames de RM 

Efeitos biológicos de campos eletromagnéticos

Os avanços tecnológicos têm aumentado o número de equipamentos elétricos e eletrônicos nas residências e ambientes de trabalho, trazendo como consequência a exposição humana a muitas fontes de irradiação eletromagnética que apresentam diversos níveis de potência e frequência. Por muitos anos, os cientistas acreditaram que o campo eletromagnético (CEM) com frequência baixa (50/60 Hz) não seria capaz de causar efeitos e alterações significativas em seres humanos.
Entretanto, pesquisadores como Savitz et al. (1998) demonstram que a exposição ocupacional aos campos magnético e elétrico pode estar associada a um maior risco do aparecimento de doenças neurodegenerativas como Alzheimer, Parkinson e esclerose amiotrófica lateral.

Gerenciamento de riscos em RM

Apesar de não utilizar radiação ionizante como princípio produtor da imagem, a RM apresenta outros riscos, relacionados ao ambiente da sala de exames. A maior preocupação com segurança em RM resulta da interação dos campos magnéticos com tecidos do corpo humano e objetos ferromagnéticos. O aparelho de RM conta com um grande imã capaz de gerar um campo magnético 30 mil vezes mais forte do que o campo magnético da Terra. Em virtude desse campo magnético, pacientes que portem dispositivos metálicos ou eletrônicos como marcapassos (não compatíveis), clipes de aneurisma cerebral (antigos), fixadores ortopédicos externos, pinos ou placas de metal não podem realizar o exame.
Além disso, os cuidados com a radiofrequência também são imprescindíveis. É necessário informar ao equipamento, logo no início do exame, o valor da massa corporal em quilogramas e idade do paciente, a fim de permitir ao equipamento o correto funcionamento das limitações de SAR (Specific Absorption Rate, ou taxa de absorção específica). Além disso, é essencial verificar a integridade física de cabos e conectores das bobinas, com o objetivo de evitar riscos de queimaduras, choque e faiscamento.
Apesar de não utilizar radiação ionizante como princípio produtor da imagem, a RM apresenta outros riscos, relacionados ao ambiente da sala de exames. A maior preocupação com segurança em RM resulta da interação dos campos magnéticos com tecidos do corpo humano e objetos ferromagnéticos. O aparelho de RM conta com um grande imã capaz de gerar um campo magnético 30 mil vezes mais forte do que o campo magnético da Terra. Em virtude desse campo magnético, pacientes que portem dispositivos metálicos ou eletrônicos como marcapassos (não compatíveis), clipes de aneurisma cerebral (antigos), fixadores ortopédicos externos, pinos ou placas de metal não podem realizar o exame.
Além disso, os cuidados com a radiofrequência também são imprescindíveis. É necessário informar ao equipamento, logo no início do exame, o valor da massa corporal em quilogramas e idade do paciente, a fim de permitir ao equipamento o correto funcionamento das limitações de SAR (Specific Absorption Rate, ou taxa de absorção específica). Além disso, é essencial verificar a integridade física de cabos e conectores das bobinas, com o objetivo de evitar riscos de queimaduras, choque e faiscamento.

Garantia de qualidade e segurança em RM

A sala de exames da RM deve apresentar sinalização nas portas de acesso, informando os riscos e a proibição da entrada de pessoas com implantes ou outros objetos incompatíveis com a tecnologia, em linguagem ou simbologia internacionalmente aceita e compreensível para os indivíduos do público. O serviço de RM deve ter classificação de áreas de acesso: Zona I, região onde fica o público em geral, sem restrição de acesso; Zona II, região de contato entre os funcionários, pacientes e familiares; Zona III, região que apresenta perigo, pois é a antessala do ambiente de RM; e Zona IV, região da porta de acesso ao equipamento de RM, já dentro da sala de exames.
Os benefícios da garantia de qualidade são importantíssimos, pois promovem a melhoria das imagens e a redução de custos do serviço, além de aumentarem a vida útil do equipamento. Os testes de aceitação e de constância devem ser feitos para garantir a qualidade da imagem e assegurar que artefatos não prejudiquem o diagnóstico do médico.

Procedimentos e segurança em exames de RM

Apesar de não utilizar radiação ionizante como princípio produtor da imagem, a RM apresenta outros riscos, relacionados ao ambiente da sala de exames. A maior preocupação com segurança em RM resulta da interação dos campos magnéticos com tecidos do corpo humano e objetos ferromagnéticos. O aparelho de RM conta com um grande imã capaz de gerar um campo magnético 30 mil vezes mais forte do que o campo magnético da Terra. Em virtude desse campo magnético, pacientes que portem dispositivos metálicos ou eletrônicos como marcapassos (não compatíveis), clipes de aneurisma cerebral (antigos), fixadores ortopédicos externos, pinos ou placas de metal não podem realizar o exame.
Além disso, os cuidados com a radiofrequência também são imprescindíveis. É necessário informar ao equipamento, logo no início do exame, o valor da massa corporal em quilogramas e idade do paciente, a fim de permitir ao equipamento o correto funcionamento das limitações de SAR (Specific Absorption Rate, ou taxa de absorção específica). Além disso, é essencial verificar a integridade física de cabos e conectores das bobinas, com o objetivo de evitar riscos de queimaduras, choque e faiscamento.

Revisão da unidade

Prezado estudante, neste vídeo revisaremos os principais assuntos abordados na Unidade 4. Abrangeremos os efeitos biológicos de campos eletromagnéticos, o gerenciamento de riscos em RM, a garantia de qualidade e segurança em RM e os procedimentos e segurança em exames de RM. Finalizaremos abordando o Procedimento Operacional Padrão (POP), criado pelo CONTER.

 

ESTUDO DE CASO

Caro estudante, para contextualizarmos o seu aprendizado, imagine que ao término da graduação você foi selecionado para concorrer a uma vaga de emprego no hospital geral de sua cidade. No processo seletivo, um dos requisitos básicos era o conhecimento de segurança em RM e legislação para o mercado de trabalho.
Na primeira etapa do processo seletivo, o avaliador analisou seu conhecimento em relação ao gerenciamento de riscos em RM. Na segunda etapa do processo seletivo, analisou seu conhecimento a respeito da classificação de áreas de acesso em RM. Na terceira e última etapa desse processo seletivo, a prova foi baseada no Plano Operacional Padrão (POP), publicado pelo CONTER, em Brasília, no ano de 2020.
Como você foi um bom aluno e obteve destaque positivo em relação aos outros candidatos, foi classificado para a vaga de emprego. Parabéns! Todo o seu esforço valeu a pena!
Você foi contratado como tecnólogo em radiologia para coordenar o setor de ressonância magnética. Imediatamente percebeu a necessidade de criar protocolos para garantir a localização da informação de maneira imediata, facilitando, assim, o acesso de todos os que trabalham direta ou indiretamente na sala de exames de RM.

Reflita

Então vamos colocar a mão na massa:
Como é feito o gerenciamento de riscos no setor de RM?
Como é feita a classificação de áreas em RM, e qual sua importância?
Qual o principal objetivo do POP e o que ele traz de importante para a RM no Brasil?

Resolução do Estudo de Caso

Como é feito o gerenciamento de riscos no setor de RM?
Apesar de o processo de obtenção de imagens por ressonância magnética (RM) não utilizar radiação ionizante e o método ser considerado seguro, existem muitos riscos associados à realização dos exames e ao ambiente de RM que já ocasionaram acidentes graves causando morte de pacientes, de indivíduos ocupacionalmente expostos em geral e de pessoas em geral.
A legislação da área é recente e inclui a Instrução Normativa da Anvisa nº 97, de 27 de maio de 2021. Essa instrução detalha a relação mínima de testes de aceitação e de controle de qualidade que devem ser realizados pelos serviços de RM, determinando as respectivas periodicidades e tolerâncias permitidas. 
Entre os testes de aceitação e controle de qualidade que devem ser feitos em RM estão: verificação da blindagem de radiofrequência, frequência central, visualização de artefatos, análise de imagem residual, homogeneidade do campo estático, exatidão da posição de corte e da espessura de corte, exatidão geométrica, resolução espacial de alto contraste, razão sinal-ruído e uniformidade.
A maior parte dos acidentes relatados em RM está relacionada ao campo magnético estático do equipamento, entretanto, há outras fontes de risco, como os gradientes de campo magnético, a radiofrequência, e os meios de contraste a base de gadolínio e os criogênicos (hélio líquido), que também oferecem riscos e devem ser sempre levados em consideração em uma análise criteriosa de segurança em RM.
As salas de RM devem ter isolamento acústico, de forma a atender aos limites de exposição a níveis de ruído acústico estabelecidos nas normas. O ruído se dá no exame de RM devido às bobinas de gradiente, e deve ser controlado com o uso de abafadores de som e protetores auriculares.

Como é feita a classificação de áreas em RM e qual sua importância?
O projeto de blindagem da sala de RM deve ter laudo de compatibilidade eletromagnética contendo estudo de compatibilidade eletromagnética da instalação com os demais produtos para a saúde e sistemas passíveis de perturbação eletromagnética.
A sala de exames da RM também deve contar com sinalização nas portas de acesso, informando os riscos e a proibição da entrada de pessoas com implantes ou outros objetos incompatíveis com a tecnologia, em linguagem ou simbologia internacionalmente aceita e compreensível para os indivíduos do público.
O serviço de RM deve ter classificação de áreas conforme segue: Zona I, região onde fica o público em geral, sem restrição de acesso; Zona II região de contato entre os funcionários, pacientes e familiares; Zona III, região que apresenta perigo, pois é a antessala do ambiente de RM; e Zona IV, região da porta de acesso ao equipamento de RM, já dentro da sala de exames.
Todas as pessoas que trabalham em salas de exames de RM devem ter treinamento a respeito dessas zonas e da importância de evitar acidentes.
Em julho de 2001, um menino de seis anos chamado Michael Colombini foi atingido por um cilindro de oxigênio de metal não seguro para RM enquanto estava sendo preparado na mesa do equipamento de RM para realizar um exame com anestesia (MAZZOLA; STIEVEN; HOHGRAEFE NETO; CARDOSO, 2019). Esse grave acidente fez com que parte da segurança em RM fosse revisada mundialmente e novas medidas fossem adotadas para evitar acidentes. 

Qual o principal objetivo do POP e o que ele traz de importante para a RM no Brasil? 

O principal objetivo do POP em RM é definir e padronizar a atuação dos profissionais das técnicas radiológicas em relação aos processos envolvidos na proteção, no preparo e na aquisição de imagens em RM, porque mesmo não usando radiação ionizante, ficam caracterizados outros perigos ao serem realizados exames em RM.
O POP insere a figura do supervisor de segurança em ressonância magnética, que deve supervisionar a rotina de trabalho da equipe e prestar todas as orientações necessárias ao bom andamento do serviço. A atuação do supervisor de segurança em RM se dá como a ampliação das possibilidades dos profissionais do setor em verificar, monitorar e garantir a segurança de todos os envolvidos no processo, profissionais e pacientes, em relação aos exames em RM.
O POP insere também vários tipos de cuidados importante para evitar acidentes, como os cuidados com o campo magnético estático, o gradiente de campo magnético, a radiofrequência e com os líquidos criogênicos.

 

Resumo Visual

Segurança e legislação em RM 
Nesta unidade focamos os seguintes assuntos:

Fonte: elaborada pela autora.

referências

08 minutos

Aula 1

BONTRAGER, K. L.; LAMPIGNANO, J. P. Tratado De Posicionamento Radiográfico e Anatomia Associada. 8. ed. São Paulo: Elsevier, 2015. 94 p.  
COLICIGNO, P. R. C.; SACCHETTI, J. C. L.; MORAES, C. A. de; ARAUJO, A. B. Atlas fotográfico de anatomia. São Paulo: Pearson, 2009. 334 p.  
FANTON, R. Ressonância Magnética: princípio físico e aplicação. São Paulo: Corpus, 2007. 176 p.  
HOSPITAL ALBERT EINSTEIN. Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) para Exames de Ressonância Magnética (RM). Albert Einstein, [s. d.]. Disponível em: https://medicalsuite.einstein.br/Servicos/ConsentimentosInformados/Termo_de_Consentimento_Resson%C3%A2ncia_Magn%C3%A9tica_Portugu%C3%AAs.PDF. Acesso em 30 set. 2022.  
MOURÃO, A. P. F. Tecnologia Radiológica e Diagnóstico por Imagem: guia para ensino e aprendizado. 5. ed. São Caetano do Sul: Difusão, 2012. 3 v. (Série Curso de Radiologia).  
NOBREGA, A. I. da. Técnicas em Ressonância Magnética. São Paulo: Atheneu, 2006. 120 p. (Série Tecnologia em Radiologia Médica). 
STARK, D. D; BRANDLEY JUNIOR, W. G. Ressonância Magnética: Volume I. 3. ed. Rio de Janeiro: Revinter, 1999. 1142 p. 
WESTBROOK, C.; TALBOT, J. Ressonância Magnética – Aplicações Práticas. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021. 

Aula 2

BONTRAGER, K. L.; LAMPIGNANO, J. P. Tratado De Posicionamento Radiográfico e Anatomia Associada. 8. ed. São Paulo: Elsevier, 2015. 94 p. 
COLICIGNO, P. R. C.; SACCHETTI, J. C. L.; MORAES, C. A. de; ARAUJO, A. B. Atlas fotográfico de anatomia. São Paulo: Pearson, 2009. 334 p.  
FANTON, R. Ressonância Magnética: princípio físico e aplicação. São Paulo: Corpus, 2007. 176 p.  
MOURÃO, A. P. F. Tecnologia Radiológica e Diagnóstico por Imagem: guia para ensino e aprendizado. 5. ed. São Caetano do Sul: Difusão, 2012. 3 v. (Série Curso de Radiologia).  
NOBREGA, A. I. da. Técnicas em Ressonância Magnética. São Paulo: Atheneu, 2006. 120 p. (Série Tecnologia em Radiologia Médica). 
STARK, D. D; BRANDLEY JUNIOR, W. G. Ressonância Magnética: Volume I. 3. ed. Rio de Janeiro: Revinter, 1999. 1142 p. 
WESTBROOK, C.; TALBOT, J. Ressonância Magnética – Aplicações Práticas. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021.BONTRAGER, Kenneth L.; LAMPIGNANO, John P. Tratado De Posicionamento Radiográfico e Anatomia Associada: 8. ed. São Paulo: Elsevier, 2015. 94 p.

Aula 3

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FÍSICA MÉDICA. Novas Normas da Anvisa para Serviços de Radiologia Diagnóstica ou Intervencionista. ABFM, 2022. Disponível em: https://abfm.org.br/media/arquivos/novas_normas_abfm.pdf. Acesso em: 16 out. 2022.  
BONTRAGER, K. L.; LAMPIGNANO, J. P. Tratado de Posicionamento Radiográfico e Anatomia Associada. 8. ed. São Paulo: Elsevier, 2015. 94 p.  
BRASIL. Instrução Normativa nº 97, de 27 de maio de 2021. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária, 2021.  
COLICIGNO, P. R. C.; SACCHETTI, J. C. L.; MORAES, C. A. de; ARAUJO, A. B. Atlas fotográfico de anatomia. São Paulo: Pearson, 2009. 334 p.  
FANTON, R. Ressonância Magnética: princípio físico e aplicação. São Paulo: Corpus, 2007. 176 p.  
MOURÃO, A. P. F. Tecnologia Radiológica e Diagnóstico por Imagem: guia para ensino e aprendizado. 5. ed. São Caetano do Sul: Difusão, 2012. 3 v. (Série Curso de Radiologia).  
NOBREGA, A. I. da. Técnicas em Ressonância Magnética. São Paulo: Atheneu, 2006. 120 p. (Série Tecnologia em Radiologia Médica). 
PALÁCIO, G. A. S. et al. Artefato em ressonância magnética do abdome: ensaio iconográfico. Radiologia Brasileira, v. 35, n. 6, nov. 2002. 
STARK, D. D.; BRANDLEY JUNIOR, W. G. Ressonância Magnética: Volume I. 3. ed. Rio de Janeiro: Revinter, 1999. 1142 p. 
WESTBROOK, C.; TALBOT, J. Ressonância Magnética – Aplicações Práticas. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021. 

Aula 4

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CONSELHO NACIONAL DE TÉCNICOS EM RADIOGRAFIA (CONTER). Resolução CONTER nº 11 de 11 de novembro de 2011. Brasília/DF: CONTER, 2011. Disponível em: http://www.conter.gov.br/uploads/legislativo/n._112011.pdf. Acesso em: 20 out. 2022.
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Aula 5

BONTRAGER, K. L.; LAMPIGNANO, J. P. Tratado de Posicionamento Radiográfico e Anatomia Associada. 8. ed. São Paulo: Elsevier, 2015. 94 p.  
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Imagem de capa: Storyset e ShutterStock.