introdução
Esta Unidade abordará os protocolos de RM de: ombro, cotovelo, joelho, tornozelo e punho. Esta disciplina é de vital importância para a formação de um Tecnólogo em Radiologia, pois trata-se de conhecer técnicas de exames da Ressonância Magnética que são muito utilizadas no diagnóstico de diversas doenças na atualidade.
A Ressonância Magnética é amplamente utilizada no diagnóstico e acompanhamento de bursite, instabilidade acromioclavicular, artrite, condromatose, tumores e pode ser uma opção que evita dose de radiação no paciente, apesar de ainda ser um exame caro.
Avante, querido estudante! Vamos aprofundar nossos conhecimentos e aprender mais sobre a nossa área!
Protocolos de RM de cotovelo e ombro
Caro estudante, a RM de ombro é um exame de imagens indicado para avaliar ossos, articulações e tecidos moles da região do ombro. O médico ortopedista tende a solicitar esse exame para pacientes que estão com dor no ombro e que não apresentam nenhuma melhora diante da terapia médica convencional, que serve para excluir a rotura dos tendões da coifa, lesão do labrum glenoideus e dos rotadores. A coifa dos rotadores consiste em músculos que prendem a escápula à cabeça do úmero, ela fortalece a articulação do ombro e ajuda a girar o braço.


Diferentemente do equipamento de Ressonância Magnética fechado (o mais comumente utilizado), a RM de extremidades proporciona conforto, menos ruídos e evita situações de claustrofobia, principalmente para idosos e crianças.

Falaremos a seguir sobre os protocolos usados em RM de ombro e cotovelo:
Contraste | Não |
Indicações | Atletas jovens; Bursite; Capsulite adesiva; Doença degenerativa; Episódio de instabilidade/luxação; Frouxidão capsular; Instabilidade acromioclavicular; Instabilidade/luxação glenoumeral; Lesão do manguito rotador; Lesões ligamentares; Tendinopatia. |
Protocolo | Rotina |
Sequências | a) Coronal T1 b) Coronal T2 FAT c) Axial DP FAT d) Sagital T2 FAT e) Sagital T1 |
Documentação |
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Observações | O EXAME NÃO DEVE SER REALIZADO COM O BRAÇO EM ROTAÇÃO INTERNA
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Contraste | Sim |
Indicações | Artrites; Condromatose; Infecção; Sinovite; Tumores. |
Protocolo | Rotina com contraste |
Sequências | a) Coronal T1 b) Coronal T2 FAT c) Axial DP FAT d) Sagital T2 FAT e) Sagital T1 f) Axial T1 FAT Gd g) Coronal T1 FAT Gd h) Sagital T1 FAT Gd |
Documentação |
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Observações | O EXAME NÃO DEVE SER REALIZADO COM O BRAÇO EM ROTAÇÃO INTERNA
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Contraste | Não |
Indicações | Artrose; Bursite; Corpos Livres; Epicondilite; Patologias mal caracterizadas e indefinidas; Tendinopatia; Tênis Elbow; Lesões Condrais; Trauma e luxação. |
Protocolo | Rotina |
Sequências | a) Coronal T2 FAT b) Coronal T1 c) Sagital T2 FAT d) Axial T2 FAT e) Axial T1 |
Documentação |
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Observações |
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RM de joelho e tornozelo
Caro aluno, as estruturas mais bem demonstradas nas imagens de RM do joelho e tornozelo são: ligamentos, tendões, nervos e vasos sanguíneos.
Quanto aos fatores técnicos, podemos citar:
- Bobinas de superfície para membros (extremidades).
- Sequências ponderadas em T1.
- Sequências ponderadas em T2.
- Se a região de interesse for profunda, é escolhida uma bobina que circunde o objeto. Se a estrutura for superficial, é escolhida uma bobina que repouse sobre a anatomia.
Contraste | Não |
Indicações | Artrose; Atrito da banda íleo-tibial; Cisto poplíteo; Fratura subcondral; Lesões condrais; Menisco operado; Meniscopatia; Osteonecrose; Pós-artroscopia; Tendinopatia; Traumas. |
Protocolo | Rotina |
Sequências | a) Sagital DP b) Sagital T2 FAT c) Coronal T1 d) Coronal DP FAT e) Axial T2 FAT |
Documentação |
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Observações | 1. Dar o maior zoom possível na documentação fotográfica. 2. Adaptar o FOV ao tamanho do joelho. 3. Documentar o coronal T1 apenas nos casos de edema ósseo, fraturas e traumas. |
Contraste | Sim |
Indicações | Artrites; Condromatose; Infecção; Sinovite; Tumores. |
Protocolo | Rotina com contraste |
Sequências | a) Sagital DP b) Sagital T2 FAT c) Coronal T1 d) Coronal DP FAT e) Axial T2 FAT f) T1 FAT Axial Gd g) T1 FAT Coronal Gd h) T1 FAT Sagital Gd |
Documentação |
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Observações | 1. Adaptar o FOV ao tamanho do joelho. 2. Documentar o coronal T1 apenas nos casos de edema ósseo. |
Contraste | Não |
Indicações | Lesão dos ligamentos cruzados anterior e posterior. |
Protocolo | Ligamento |
Sequências | a) Sagital DP b) Sagital T2 FAT c) Coronal T1 d) Coronal DP FAT e) Axial T2 FAT f) T2 oblíquo s/ FAT |
Documentação |
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Observações |
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Contraste | Não |
Indicações | Artrose; Bursite; Corpos livres; Epicondilite; Patologias mal caracterizadas e indefinidas; Tendinopatia; Tênis elbow; Lesões Condrais; Trauma e luxação. |
Protocolo | Rotina |
Sequências | a) Coronal T2 FAT b) Coronal T1 c) Sagital T2 FAT d) Axial T2 FAT e) Axial T1 |
Documentação |
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Observações |
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Contraste | Sim |
Indicações | Artrites; Condromatose; Infecção e Sinovite. |
Protocolo | Rotina com contraste |
Sequências | a) Coronal T2 FAT b) Coronal T1 c) Axial T2 FAT d) Axial T1 e) Sagital T2 FAT f) Axial T1 FAT Gd g) Coronal T1 FAT Gd h) Sagital T1 FAT Gd |
Documentação |
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Observações |
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RM de punho
Caro estudante, dentre as doenças comuns nos punhos, podemos citar a síndrome do túnel do carpo, o dedo em martelo, o dedo em gatilho, a tenossinovite de Quervain, o cisto sinovial e as fraturas do punho. O surgimento de patologias na mão é proveniente de movimentos repetitivos. Esses traumas são denominados de LER (lesões por esforço repetitivo) e quando são provenientes de traumas decorrentes de ações realizadas durante o trabalho, são diagnosticados como DORT (doença osteoarticular relacionada ao trabalho).
A síndrome do túnel do carpo ocorre quando o nervo mediano, que se localiza dentro do túnel do carpo, sofre compressão. Esse nervo é responsável pela sensibilidade do polegar, do indicador médio e de parte do dedo anelar. Quando isso ocorre, o paciente sente dor na mão e dormência. Em muitos casos, há limitação dos movimentos e diminuição da força, o que prejudica o desempenho de quem tem essa doença, em suas atividades diárias e no trabalho.
Em decorrência de mudanças hormonais, muitas mulheres apresentam a síndrome do túnel do carpo após o período da menopausa. Metade dos casos de síndrome do túnel do carpo ocorre nas duas mãos (bilateralmente), em mulheres na faixa etária dos 40 aos 60 anos. Pacientes acometidos com doenças como diabetes, doenças renais e hipotireoidismo também pertencem ao grupo de risco para a síndrome de túnel do carpo.

A seguir apresentaremos alguns protocolos de punho:
Contraste | Não |
Indicações | Condropatia; Dor; Lesão fibrocartilagem triangular; Lesão ligamentar; Tendinopatia; Tenossinovite; Túnel do carpo. |
Protocolo | Rotina |
Sequências | a) Coronal T1 b) Coronal T2 FAT c) Axial T1 d) Axial T2 FAT e) Sagital T2 FAT f) Coronal T2* |
Documentação |
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Observações | 1. Adaptar o FOV ao tamanho do punho. 2. Zoom adequado na documentação fotográfica. 3. Exame a ser documentado de cima para baixo. |
Contraste | Sim |
Indicações | Artrites; Infecção; Sinovite; Tumores. |
Protocolo | Rotina com contraste |
Sequências | a) Coronal T1 b) Coronal T2 FAT c) Axial T1 d) Axial T2 FAT e) Sagital T2 FAT f) Axial T1 FAT Gd g) Coronal T1 FAT Gd |
Documentação |
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Observações | 1. Adaptar o FOV ao tamanho do punho 2. Zoom adequado na documentação fotográfica 3. Exame a ser documentado de cima para baixo. |
Contraste | Não |
Indicações | Solicitação clínica. |
Protocolo | Artro |
Sequências | a) Coronal T1 FAT b) Coronal T2 FAT c) Axial T1 d) Axial T2 FAT e) Sagital T1 f) Coronal T2* |
Documentação |
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Observações |
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Vídeo Resumo
Caro estudante, a seguir apresentaremos um vídeo onde serão abordados pontos importantes sobre protocolos de RM: de cotovelo e ombro; de joelho e tornozelo; e de punho. Um vídeo é uma excelente oportunidade para fixar pontos-chaves da disciplina, tais como: entender em qual posicionamento colocamos o paciente no equipamento, se usamos ou não contraste, quais as indicações para o exame.
Saiba mais
Convidamos você a conhecer um pouco mais sobre a Ressonância Magnética nos links a seguir, com o objetivo de se familiarizar mais com os ambientes e as técnicas de nossa área de atuação.