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Aula 1

Protocolos de RM de esqueleto axial e crânio

Esta Unidade abordará os protocolos de RM em: coluna vertebral: cervical, torácica, lombar e sacrococcígea; crânio rotina (sem contraste e com contraste); articulações temporomandibulares (ATM); crânio - tumores

17 minutos

introdução

Esta Unidade abordará os protocolos de RM em: coluna vertebral: cervical, torácica, lombar e sacrococcígea; crânio rotina (sem contraste e com contraste); articulações temporomandibulares (ATM); crânio - tumores. Essa disciplina é de vital importância para a formação de um Tecnólogo em Radiologia, pois trata-se de conhecer técnicas de exames da Ressonância Magnética, que é muito utilizada no diagnóstico de diversas doenças na atualidade. 
A Ressonância Magnética é amplamente utilizada no acompanhamento de tumores no cérebro, doenças na articulação temporomandibular (ATM) e, por não fazer uso de radiação ionizante, pode ser uma opção que evita dose de radiação no paciente, apesar de ainda ser um exame caro.
Avante, querido estudante! Vamos aprofundar nossos conhecimentos e aprender mais sobre a nossa área!

Protocolos de RM em coluna vertebral: cervical, torácica, lombar e sacrococcígea

Caro estudante, além de obrigatórios, os protocolos de exames em ressonância magnética (RM) são extremamente necessários, pois introduzem a padronização das condutas durante o exame e auxiliam na uniformização das práticas e de alguns tipos de ferramentas, que facilitam a detecção de patologias e, ainda, organizam e orientam a tomada de decisões da equipe multidisciplinar.
A obtenção de imagens através da RM pode ser definida como o uso de campos magnéticos e ondas de rádio para obter uma imagem matematicamente reconstruída, com grande qualidade.
As estruturas que ficam mais bem demonstradas na RM de coluna vertebral são as seguintes: medula espinhal, tecido nervoso, discos intervertebrais, medula óssea, espaços das facetas articulares, veia basivertebral e ligamento amarelo.
Os fatores técnicos são: 

Posição da parte a ser examinada:

Imagens ponderadas em T1: são úteis para demonstrar detalhes anatômicos como raízes nervosas circundadas por gordura, informações referentes a discos, vértebras, facetas articulares e forames invertebrais. São também úteis na avaliação de cistos e lipomas.
Imagens ponderadas em T2: são necessárias na avaliação de doença discal, alterações medulares, tumores e alterações inflamatórias. Imagens gradiente-eco (GE) ou spin-eco usando ponderação em T2 produzem um efeito mielográfico mostrando nítido contraste entre a medula e o LCR.

Figura 1 | Equipamento de Ressonância Magnética
Fonte: Shutterstock.

Falaremos a seguir sobre os protocolos usados em RM de coluna vertebral: cervical, torácica, lombar e sacrococcígea.

Quadro 1 | Protocolo de RM de coluna cervical
Contraste Não
Indicações Tumores da medula cervical;
Cervicalgia; Braquialgia; Cervicobraquialgia;
Hérnia discal.
Sequências 1. Sagital T1
2. Sagital T2
3. Sagital T2 Fat Sat
4. Axial T1
5. Axial T2
6. Axial T2 Gradiente Echo
Fonte: elaborado pela autora.
Quadro 2 | Protocolo de RM de coluna torácica
Contraste Não
Indicações Tumores da medula torácica; Dorsalgia; Hérnia discal.
Sequências 1. Sagital T1
2. Sagital T2
3. Sagital T2 Fat Sat
4. Axial T1
5. Axial T2
Fonte: elaborado pela autora.
Quadro 3 | Protocolo de RM de coluna lombar
Contraste Não
Indicações Tumores do cone medular;
Disrafismos da medula espinhal;
Lombalgia; Ciatalgia; Lombociatalgia; Hérnia discal.
Sequências 1. Sagital T1
2. Sagital T2
3. Sagital T2 Fat Sat
4. Axial T1
5. Axial T2
Fonte: elaborado pela autora.
Quadro 4 | Protocolo de RM de coluna sacrococcígea
Contraste Não
Indicações Tumores Sacrais; Fratura sacral e coccígea; Coccidínia.
Sequências 1. Sagital T1
2. Sagital T2
3. Sagital T2 Fat Sat
4. Coronal T1
5. Coronal T2 Fat Sat
6. Axial T1
7. Axial T2 Fat Sat
Fonte: elaborado pela autora.

RM crânio rotina (sem contraste e com contraste); RM de crânio - tumores

Caro estudante, a RM de crânio e encéfalo é certamente o método de diagnóstico por imagem mais completo e eficaz para a maioria das patologias que afetam essa região. Pode-se destacar: cefaleia, esclerose múltipla, convulsão/epilepsia, avaliação de tumor primário e/ou metástases, toxoplasmose, doenças inflamatórias, doenças infecciosas, acidente vascular cerebral (AVC, AVCH, AIT), trauma, hidrocefalia, malformação do SNC.
A bobina de crânio é a utilizada (bobina de quadratura ou phased-array) e o posicionamento do paciente é feito em decúbito dorsal, com a cabeça apoiada no suporte de crânio. Estabelecimento do ponto de referência zero na glabela. A cabeça deve ser fixada com fitas ou velcros e o uso de almofadas laterais pode ajudar na imobilização.
Algumas bobinas de crânio possuem espelhos que poderão ser ajustados para que o paciente tenha uma visão externa do sistema. Essa medida pode reduzir a sensação de claustrofobia do paciente durante a realização do exame.

Quadro 5 | Protocolo de RM de crânio rotina (sem contraste)
Contraste Não
Indicações Check up; Cefaleia em geral; Mioclonia; Tontura; Zumbido; Vertigem; Surdez; Perda auditiva;
Afasia; AIT; AVC; HAS; Angiopatia Amiloide; Eclâmpsia; Alteração do estado mental; Doenças psiquiátricas; Ataxia; Síndrome cerebelar; Trauma.
Sequências 1. Sagital T1
2. Axial T2
3. Axial FLAIR
4. Axial Difusão
5. Mapa ADC
6. Axial Gradiente Echo/SWI
7. Coronal T2 Fat Sat
Importante 1. Tontura ou vertigem → não realizar T2 pesado cortes finos.
2. Não realizar sequências adicionais se pedido médico for enfático em certa região (ex.: RM de crânio com ênfase em mastoide → realizar somente crânio).
Fonte: elaborado pela autora.
Quadro 6 | Protocolo de RM de crânio rotina (com contraste)
Contraste Sim (Gadolínio)
Indicações Iguais ao estudo sem contraste, porém no pedido deve haver a solicitação com contraste.
Sequências 1. Sagital T1
2. Axial T2
3. Axial FLAIR
4. Axial Difusão
5. Mapa ADC
6. Axial Gradiente Echo/SWI
7. Coronal T2 Fat Sat
8. Axial T1 Fat Sat – Pós-contraste (gadolínio)
Importante 1. Tontura ou vertigem → não realizar T2 pesado cortes finos.
2. Não realizar sequências adicionais, mesmo se pedido médico foi enfático em certa região (ex.: RM de crânio com ênfase em mastoide → realizar somente crânio).
3. Caso o pedido seja de lesão inflamatória/infecciosa, realizar protocolo específico.
Fonte: elaborado pela autora.
Quadro 7 | Protocolo de RM de crânio - tumor
Contraste Sim (Gadolínio)
Indicações Neoplasias primárias ou secundárias (metástases) cerebrais;
Linfoma primário ou secundário cerebral.
Sequências 1. Sagital T1
2. Axial T2
3. Axial FLAIR
4. Axial Difusão
5. Mapa ADC
6. Axial Gradiente Echo/SWI
7. Coronal T2
8. Sagital T1 Volumétrico - Pós-contraste
9. Axial T1 Fat Sat Pós-contraste
Importante 1. Somente realizar técnicas avançadas se houver pedido médico.
2. Seguir protocolo de tumores com técnicas avançadas.
3. Realizar somente as técnicas pedidas pelo médico assistente.
Fonte: elaborado pela autora.
Figura 2 | RM de crânio
Fonte: Shutterstock.
Figura 3 | Bobina de crânio em RM realizada em cão
Fonte: Shutterstock.
Figura 4 | Paciente sendo posicionado no gantry e tecnólogo dentro da sala de comando da RM
Fonte: Shutterstock.

RM de articulações temporomandibulares (ATM)

Caro estudante, a articulação temporomandibular (ATM) é a articulação da mandíbula com o crânio, especificamente o processo condilar da mandíbula com o osso temporal. A simetria ditada pela ATM deve ser constante, pois como está ligada com as articulações da coluna cervical e cintura escapular, a ATM acaba por ser um pêndulo e sua distonia provoca distúrbios posturais diretos na coluna cervical e na cintura escapular. Consequentemente, podem ocorrer alterações posturais que acometem a coluna lombar e os membros inferiores.
A disfunção temporomandibular (ATM) ou craniomandibular é um conjunto de sintomas que são resultado de uma má relação entre a mandíbula e o osso temporal, o que acaba por ocasionar problemas relacionados com os músculos da mastigação.
A disfunção temporomandibular (ATM) pode originar dores musculares, articulares, zumbidos no ouvido, dor referida no ouvido (otalgia), trigger-points (acúmulos de íon cálcio no interior do músculo mastigatório), limitação de abertura da boca, bruxismo (ranger noturno dos dentes) ou bracidismo (apertamento dos dentes na boca ao dormir).
Estudos da articulação temporomandibular (ATM) estão relacionados com luxações da articulação, limitação funcional, dor local, estalos súbitos e diagnósticos prévios de lesão da cartilagem articular. O exame é realizado com sequência em boca fechada e boca aberta.
Nas aquisições com a boca aberta, o paciente deve ser orientado a fazer a abertura total da boca e manter-se imóvel durante a aquisição das imagens. Para tal, pode-se utilizar o acessório de abertura de boca, disponível em alguns equipamentos, ou utilizar palitos abaixadores de língua.

Quadro 8 | Protocolo de RM de ATM
Contraste Não
Indicações Disfunção das ATMs; Dor à mastigação; Doenças reumatológicas.
Sequências 1. Coronal T1 – Boca fechada (coronais separados de cada côndilo)
2. Sagital DP – Boca fechada
3. Sagital T2 Fat Sat – Boca fechada
4. Dinâmico de abertura bucal
5. Sagital DP – Boca aberta
Importante 1. A abertura máxima deverá ser medida antes do início do exame e anotada.
2. O estudo dinâmico deverá ser realizado com três aberturas (pequena, média e máxima).
3. Identificar em cada sequência o lado condilar correspondente e se a boca está aberta ou fechada.
4. Se houver metal odontológico não realizar Fat Sat.
Fonte: elaborado pela autora.

Apresentamos a seguir o protocolo de RM de órbitas, pois estudos da órbita são realizados na presença de massas locais, neurite óptica e distúrbios visuais importantes. A bobina de crânio poderá ser utilizada, entretanto, estudos com bobina de superfície também devem ser considerados. Planos axiais e coronais com 3 mm de espessura são usuais. O T2 deve ser obtido com técnica de supressão de gordura.

Quadro 9 | Protocolo de RM de órbitas
Contraste Sim
Indicações Alterações visuais, diplopia, exoftalmia, proptose, enoftalmia;
Neurite óptica; 
Esclerose múltipla;
Linfoma, hemangioma; Linfangioma, melanoma, retinoblastoma;
Tireoidopatia de Graves; Pseudotumor inflamatório.
Sequências 1. Axial T1 3/1 mm (espessura/espaçamento)
2. Axial T2 Fat Sat 3/1 mm
3. Coronal T1 3/1 mm (da ponte até o final do globo ocular)
4. Coronal T2 Fat Sat 3/1 mm (da ponte até o final do globo ocular)
5. Axial T1 Fat Sat – Pós-contraste 3/1 mm
6. Coronal T1 Fat Sat – Pós-contraste 3/1 mm (da ponte até o final do globo ocular)
Importante 1. Pedir ao paciente para fixar o olhar e manter o olho fechado.
2. Se houver metal odontológico não realizar Fat Sat.
Fonte: elaborado pela autora.

Vídeo Resumo

Caro estudante, a seguir apresentaremos um vídeo onde serão abordados pontos importantes sobre protocolos de RM: RM de coluna vertebral: cervical, torácica, lombar e sacrococcígea; RM crânio rotina; RM de articulações temporomandibulares (ATM); e RM de crânio - tumores. Um vídeo é uma excelente oportunidade para fixar pontos-chaves da disciplina, tais como: entender em qual posicionamento colocamos o paciente no equipamento, se usamos ou não contraste.

 

Saiba mais

Estudante, convidamos você a conhecer um pouco mais sobre a Ressonância Magnética nos links a seguir, com o objetivo de se familiarizar mais com os ambientes e as técnicas de nossa área de atuação.

Aula 2

Protocolo de RM esqueleto apendicular

Esta Unidade abordará os protocolos de RM de: ombro, cotovelo, joelho, tornozelo e punho.

16 minutos

introdução

Esta Unidade abordará os protocolos de RM de: ombro, cotovelo, joelho, tornozelo e punho. Esta disciplina é de vital importância para a formação de um Tecnólogo em Radiologia, pois trata-se de conhecer técnicas de exames da Ressonância Magnética que são muito utilizadas no diagnóstico de diversas doenças na atualidade. 
A Ressonância Magnética é amplamente utilizada no diagnóstico e acompanhamento de bursite, instabilidade acromioclavicular, artrite, condromatose, tumores e pode ser uma opção que evita dose de radiação no paciente, apesar de ainda ser um exame caro.
Avante, querido estudante! Vamos aprofundar nossos conhecimentos e aprender mais sobre a nossa área!

Protocolos de RM de cotovelo e ombro

Caro estudante, a RM de ombro é um exame de imagens indicado para avaliar ossos, articulações e tecidos moles da região do ombro. O médico ortopedista tende a solicitar esse exame para pacientes que estão com dor no ombro e que não apresentam nenhuma melhora diante da terapia médica convencional, que serve para excluir a rotura dos tendões da coifa, lesão do labrum glenoideus e dos rotadores. A coifa dos rotadores consiste em músculos que prendem a escápula à cabeça do úmero, ela fortalece a articulação do ombro e ajuda a girar o braço.

Figura 1 | Região anatômica do ombro 
Fonte: Shutterstock.
Figura 2 | Imagem de RM do ombro
Fonte: Shutterstock.

Diferentemente do equipamento de Ressonância Magnética fechado (o mais comumente utilizado), a RM de extremidades proporciona conforto, menos ruídos e evita situações de claustrofobia, principalmente para idosos e crianças.

Figura 3 | Equipamento de RM de extremidades
Fonte: Shutterstok.

Falaremos a seguir sobre os protocolos usados em RM de ombro e cotovelo:

Quadro 1 | Protocolo de RM de ombro (sem contraste)
Contraste Não
Indicações Atletas jovens; Bursite; Capsulite adesiva; Doença degenerativa; Episódio de instabilidade/luxação; Frouxidão capsular; Instabilidade acromioclavicular; Instabilidade/luxação glenoumeral; Lesão do manguito rotador; Lesões ligamentares; Tendinopatia.
Protocolo Rotina
Sequências a) Coronal T1
b) Coronal T2 FAT
c) Axial DP FAT
d) Sagital T2 FAT
e) Sagital T1
Documentação
  • Sagitais: filme de 20
  • Coronais: filme de 15 ou 16
  • Axial: filme de 20
  • Coronal oblíquo: filme de 8 a 12
Observações O EXAME NÃO DEVE SER REALIZADO COM O BRAÇO EM ROTAÇÃO INTERNA
  • Incluir a articulação acromioclavicular nas imagens axiais.
  • Adaptar o FOV ao tamanho do ombro, utilizando o menor FOV possível.
  • Dar o maior zoom possível na documentação fotográfica.
  • Exame a ser documentado de cima para baixo.
Fonte: elaborado pela autora.
Quadro 2 | Protocolo de RM de ombro (com contraste)
Contraste Sim
Indicações Artrites; Condromatose; Infecção; Sinovite; Tumores.
Protocolo Rotina com contraste
Sequências a) Coronal T1
b) Coronal T2 FAT
c) Axial DP FAT
d) Sagital T2 FAT
e) Sagital T1
f) Axial T1 FAT Gd
g) Coronal T1 FAT Gd
h) Sagital T1 FAT Gd
Documentação
  • Sagitais: filme de 20
  • Coronais: filme 12
  • Axial: filme 20
  • Coronal oblíquo: filme d
Observações O EXAME NÃO DEVE SER REALIZADO COM O BRAÇO EM ROTAÇÃO INTERNA
  • Adaptar o FOV ao tamanho do ombro, utilizando o menor possível.
  • Dar o maior zoom possível na documentação fotográfica.
  • Exame a ser documentado de cima para baixo.
Fonte: elaborado pela autora.
Quadro 3 | Protocolo de RM de cotovelo
Contraste Não
Indicações Artrose; Bursite; Corpos Livres; Epicondilite; Patologias mal caracterizadas e indefinidas; Tendinopatia; Tênis Elbow; Lesões Condrais; Trauma e luxação.
Protocolo Rotina
Sequências a) Coronal T2 FAT
b) Coronal T1
c) Sagital T2 FAT
d) Axial T2 FAT
e) Axial T1
Documentação
  • Axiais em filme de 20
  • Coronais em filme de 16 a 20
  • Sagital 16 a 20
Observações
  • Fotografar de proximal para distal.
  • Incluir sempre a inserção distal do bíceps braquial.
  • Zoom adequado na documentação.
Fonte: elaborado pela autora.

RM de joelho e tornozelo

Caro aluno, as estruturas mais bem demonstradas nas imagens de RM do joelho e tornozelo são: ligamentos, tendões, nervos e vasos sanguíneos.
Quanto aos fatores técnicos, podemos citar:

Quadro 4 | Protocolo de RM de joelho
Contraste Não
Indicações Artrose; Atrito da banda íleo-tibial; Cisto poplíteo; Fratura subcondral; Lesões condrais; Menisco operado; Meniscopatia; Osteonecrose; Pós-artroscopia; Tendinopatia; Traumas.
Protocolo Rotina
Sequências a) Sagital DP
b) Sagital T2 FAT
c) Coronal T1
d) Coronal DP FAT
e) Axial T2 FAT
Documentação
  • Sagitais: filme de 20
  • Coronais: filme de 12
  • Axial: filme de 20
Observações 1. Dar o maior zoom possível na documentação fotográfica.
2. Adaptar o FOV ao tamanho do joelho.
3. Documentar o coronal T1 apenas nos casos de edema ósseo, fraturas e traumas.
Fonte: elaborado pela autora.
Quadro 5 | Protocolo de RM de joelho (com contraste)
Contraste Sim
Indicações Artrites; Condromatose; Infecção; Sinovite; Tumores.
Protocolo Rotina com contraste
Sequências a) Sagital DP
b) Sagital T2 FAT
c) Coronal T1
d) Coronal DP FAT
e) Axial T2 FAT
f) T1 FAT Axial Gd
g) T1 FAT Coronal Gd
h) T1 FAT Sagital Gd
Documentação
  • Sagitais: filme de 20
  • Coronais: filme de 12
  • Axial: filme de 20
Observações 1. Adaptar o FOV ao tamanho do joelho.
2. Documentar o coronal T1 apenas nos casos de edema ósseo.
Fonte: elaborado pela autora.
Quadro 6 | Protocolo de RM de joelho
Contraste Não
Indicações Lesão dos ligamentos cruzados anterior e posterior.
Protocolo Ligamento
Sequências a) Sagital DP
b) Sagital T2 FAT
c) Coronal T1
d) Coronal DP FAT
e) Axial T2 FAT
f) T2 oblíquo s/ FAT
Documentação
  • Sagitais: filme de 20
  • Coronais: filme de 12
  • Axial: filme de 20
  • Coronal oblíquo: filme de 9 a 12
Observações
  • Adaptar o FOV ao tamanho do joelho.
  • Documentar o coronal T1 apenas nos casos de edema ósseo.
Fonte: elaborado pela autora.
Quadro 7 | Protocolo de RM de tornozelo
Contraste Não
Indicações Artrose; Bursite; Corpos livres; Epicondilite; Patologias mal caracterizadas e indefinidas; Tendinopatia; Tênis elbow; Lesões Condrais; Trauma e luxação.
Protocolo Rotina
Sequências a) Coronal T2 FAT
b) Coronal T1
c) Sagital T2 FAT
d) Axial T2 FAT
e) Axial T1
Documentação
  • Axiais em filme de 20
  • Coronais em filme de 16 a 20
  • Sagital 16 a 20
Observações
  • Fotografar de proximal para distal.
  • Incluir sempre a inserção distal do bíceps braquial.
Fonte: elaborado pela autora.
Quadro 8 | Protocolo de RM de tornozelo (com contraste)
Contraste Sim
Indicações Artrites; Condromatose; Infecção e Sinovite.
Protocolo Rotina com contraste
Sequências a) Coronal T2 FAT
b) Coronal T1
c) Axial T2 FAT
d) Axial T1
e) Sagital T2 FAT
f) Axial T1 FAT Gd
g) Coronal T1 FAT Gd
h) Sagital T1 FAT Gd
Documentação
  • Axiais em filme de 20
  • Coronais em filme de 12 a 16
  • Sagital
Observações
  • Fotografar de proximal para distal e de anterior para posterior.
  • Incluir sempre a inserção distal do bíceps braquial.
Fonte: elaborado pela autora.

RM de punho

Caro estudante, dentre as doenças comuns nos punhos, podemos citar a síndrome do túnel do carpo, o dedo em martelo, o dedo em gatilho, a tenossinovite de Quervain, o cisto sinovial e as fraturas do punho. O surgimento de patologias na mão é proveniente de movimentos repetitivos. Esses traumas são denominados de LER (lesões por esforço repetitivo) e quando são provenientes de traumas decorrentes de ações realizadas durante o trabalho, são diagnosticados como DORT (doença osteoarticular relacionada ao trabalho).
A síndrome do túnel do carpo ocorre quando o nervo mediano, que se localiza dentro do túnel do carpo, sofre compressão. Esse nervo é responsável pela sensibilidade do polegar, do indicador médio e de parte do dedo anelar. Quando isso ocorre, o paciente sente dor na mão e dormência. Em muitos casos, há limitação dos movimentos e diminuição da força, o que prejudica o desempenho de quem tem essa doença, em suas atividades diárias e no trabalho.
Em decorrência de mudanças hormonais, muitas mulheres apresentam a síndrome do túnel do carpo após o período da menopausa. Metade dos casos de síndrome do túnel do carpo ocorre nas duas mãos (bilateralmente), em mulheres na faixa etária dos 40 aos 60 anos. Pacientes acometidos com doenças como diabetes, doenças renais e hipotireoidismo também pertencem ao grupo de risco para a síndrome de túnel do carpo.

Fonte: Shutterstock .
Fonte: Shutterstock.

A seguir apresentaremos alguns protocolos de punho:

Quadro 9 | Protocolo de punho
Contraste Não
Indicações Condropatia; Dor; Lesão fibrocartilagem triangular; Lesão ligamentar; Tendinopatia; Tenossinovite; Túnel do carpo.
Protocolo Rotina
Sequências a) Coronal T1
b) Coronal T2 FAT
c) Axial T1
d) Axial T2 FAT
e) Sagital T2 FAT
f) Coronal T2*
Documentação
  • Axiais em filme de 20
  • Coronais em filme de 12 a 16
  • Sagital em filme de 12 a 16
 
Observações 1. Adaptar o FOV ao tamanho do punho.
2. Zoom adequado na documentação fotográfica.
3. Exame a ser documentado de cima para baixo.
Fonte: elaborado pela autora.
Quadro 1 | Protocolo de RM de ombro (sem contraste)
Contraste Sim
Indicações Artrites; Infecção; Sinovite; Tumores.
Protocolo Rotina com contraste
Sequências a) Coronal T1
b) Coronal T2 FAT
c) Axial T1
d) Axial T2 FAT
e) Sagital T2 FAT
f) Axial T1 FAT Gd
g) Coronal T1 FAT Gd
Documentação
  • Coronais em filme de 12 a 16
  • Axiais em filme de 16 a 20
  • Sagital em filme de 12 a 16
Observações 1. Adaptar o FOV ao tamanho do punho
2. Zoom adequado na documentação fotográfica
3. Exame a ser documentado de cima para baixo.
Fonte: elaborado pela autora.
Quadro 11 | Protocolo de punho (artro)
Contraste Não
Indicações Solicitação clínica.
Protocolo Artro
Sequências a) Coronal T1 FAT
b) Coronal T2 FAT
c) Axial T1
d) Axial T2 FAT
e) Sagital T1
f) Coronal T2*
Documentação
  • Axiais em filme de 20
  • Coronais em filme de 12 a 16
  • Sagital em filme de 12 a 16
Observações
  • Adaptar o FOV ao tamanho do punho.
  • Zoom adequado na documentação fotográfica.
  • Exame a ser documentado de cima para baixo.
Fonte: elaborado pela autora.

Vídeo Resumo

Caro estudante, a seguir apresentaremos um vídeo onde serão abordados pontos importantes sobre protocolos de RM: de cotovelo e ombro; de joelho e tornozelo; e de punho. Um vídeo é uma excelente oportunidade para fixar pontos-chaves da disciplina, tais como: entender em qual posicionamento colocamos o paciente no equipamento, se usamos ou não contraste, quais as indicações para o exame.

 

Saiba mais

Convidamos você a conhecer um pouco mais sobre a Ressonância Magnética nos links a seguir, com o objetivo de se familiarizar mais com os ambientes e as técnicas de nossa área de atuação.

Aula 3

Protocolos de RM abdome e pelve

Esta Unidade abordará os protocolos de RM de abdome superior, RM de pelve (masculina) e RM de pelve (feminina).

16 minutos

introdução

Esta Unidade abordará os protocolos de RM de abdome superior, RM de pelve (masculina) e RM de pelve (feminina). Essa disciplina é de vital importância para a formação de um Tecnólogo em Radiologia, pois trata-se de conhecer técnicas de exames da Ressonância Magnética, que são muito utilizadas no diagnóstico de diversas doenças na atualidade. 
A Ressonância Magnética é amplamente utilizada no diagnóstico e acompanhamento de pancreatite, cálculo na vesícula, peritonite, cirrose, doença inflamatória pélvica (DIP) e pode ser uma opção que evite dose de radiação no paciente, apesar de ainda ser um exame caro.
Avante, querido estudante! Vamos aprofundar nossos conhecimentos e aprender mais sobre a nossa área!

Protocolos de RM de abdome superior

Caro estudante, a Ressonância Magnética do Abdome Superior é um exame de imagem que capta imagens nítidas da região superior do abdome. É utilizado na investigação de patologias no fígado, baço, pâncreas, adrenais, vesícula biliar e vias biliares. 
A RM do abdome superior é importante no estadiamento de tumores, especialmente tumores pediátricos, tais como neuroblastoma e tumor de Wilm.
Preparo pré-exame: pedir aos pacientes que jejuem ou bebam apenas água quatro horas antes do exame. Glucagon é frequentemente administrado para reduzir a peristalse intestinal.
Fatores técnicos do exame:

Como posicionar o paciente:

Imagens ponderadas em T1: são úteis para demonstrar detalhes anatômicos. Também ajudam a identificar tumores contendo gordura e hemorragia.
Imagens ponderadas em T2: são úteis para demonstrar alterações no conteúdo de água nos tecidos associados com tumores e outras alterações.
No passado, a avaliação do abdome através da RM era limitada, devido a artefatos causados por movimentos respiratório, cardíacos e peristálticos. Entretanto, sistemas de RM mais modernos usam controle através de movimentos respiratórios e movimentos cardíacos, reduzindo bastante o tempo da varredura.

Figura 1 | RM de abdome superior
Fonte: Shutterstock.

Falaremos a seguir sobre os protocolos de RM de abdome superior:

Quadro 1 | Protocolo de RM de abdome superior
Contraste Sim
Indicações Abdome rotina
Protocolo Abdome rotina
Sequências a) Axial T2 1º eco Trigger resp. – Fat Sat – 6 mm de espessura
b) Axial T2 1º eco apneia - opcional
c) Coronal 2D Fiesta
d) Axial In/Out Phase Dual
e) Axial Difusão/Mapa ADC
f) Axial Lava 3D apneia - Pré-contraste
g) Axial Lava 3D apneia - Pós Contrastes - Fases: arterial/portal/equilíbrio
h) Coronal Lava 3D - Pós-contraste - apneia
Adicionar sequências Lesões adrenais: no axial e coronal in/out phase dual - cortes finos nas adrenais.
Documentação Usar filme de até 20 imagens.
Observações Buscopan simples 1 ampola (20 mg) I.V. diluída em 10 ml de água destilada estéril, 10 minutos antes do exame.
Fonte: elaborado pela autora.
Quadro 2 | Protocolo de RM de abdome superior - adrenais
Contraste Sim
Indicações Adrenais; Glândulas suprarrenais (lesões menores que 3,0 cm).
Protocolo Abdome adrenais
Sequências a) Localizador 3 planos (sem apneia)
b) Localizador 3 planos (apneia)
c) ASSET cal.
d) Axial T2 1º eco Trigger resp. – 6 mm
e) Axial T2 2º eco - Trigger resp.
f) SS - FSE cor. loc. apneia
g) Axial T2 1º eco apneia - opcional
h) Axial T2 2º eco apneia - opcional
i) 2D Fiesta ASSET
j) 2D Fiesta Fat Sat - Coronal
k) Axial in/out of Phase (dual) - cortes finos na adrenal (axial/coronal)
l) Difusão antes do contraste.
m) Axial LAVA 3D apneia pré-Gd – com FAT e sem FAT
n) Axial Lava 3D apneia Gd arterial/portal/equilíbrio.
o) Cor apneia Gd. – LAVA 3D
p) Axial – apneia Gd. – LAVA 3D
Observações Buscopan simples 1 ampola (20 mg) I.V. diluída em 10 ml de água destilada estéril, 10 minutos antes do exame.
Fonte: elaborado pela autora.

RM de pelve (masculina)

Caro estudante, a anatomia pélvica é bem demonstrada na ressonância magnética. Nos seres humanos a pelve ou bacia é a região de transição entre o tronco e os membros inferiores. O períneo é definido como a região superficial entre a sínfise púbica e o cóccix, tanto em homens quanto em mulheres.
A pelve óssea é formada pelos seguintes ossos: osso do quadril, formado pela fusão do ílio, ísquio e púbis; sacro; e cóccix. A pelve contém os principais órgãos abdominais, como bexiga, partes finais dos ureteres, órgãos genitais, órgãos pélvicos, reto, vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos.
Entretanto, a pelve humana varia do homem para a mulher. Nas mulheres, a pelve alberga órgãos como os ovários e o útero. A pelve feminina, por alojar o feto durante toda a gestação, é mais larga e rasa e apresenta o forame obturador mais arredondado do que nos homens. No homem a pelve é mais estreita e o forame obturador é triangular e profundo. A pelve mais larga deixa as mulheres mais propensas a lesões graves desse complexo. Uma informação que deve ser acrescentada é que a pelve feminina estreita, devido ao envelhecimento da mulher, sua saída da fase reprodutiva e entrada na menopausa.

Figura 2 | Ossos da pelve humana
Fonte: Shutterstock.
Figura 3 | Pelve masculina versus Pelve feminina
Fonte: Shutterstock.
Figura 4 | Radiografia de pelve masculina
Fonte: Shutterstock.

A seguir apresentaremos protocolos de RM de pelve (geral e masculina):

Quadro 3 | Protocolo de RM de pelve geral
Contraste Sim
Indicações Pelve geral
Protocolo Pelve geral
Sequências a) Localizador 3 planos
b) Localizador com SS-FSE cor
c) Sagital T2 Trigger– FOV 24
d) Axial T2 Trigger FOV 24
e) Coronal T2 Trigger FOV 24
f) Axial 3D LAVA Pré-Gd (sem FAT)
g) Axial SPGR – Pré-Gd – apneia – 3D – LAVA - FAT
h) Axial Gd. Apneia FMPSPGR FAT- 3D – LAVA - FAT
i) Coronal Gd. 2D Apneia FMPSPGR FAT
j) Sagital Gd 2D Apneia FMPSPGR FAT
Observações Buscopan Simples 1 ampola (20 mg) I.V. diluída em 10 ml de água destilada estéril, 10 minutos antes do exame.
Fonte: elaborado pela autora.
Quadro 4 | Protocolo de RM de pelve próstata endorretal
Contraste Não
Indicações Próstata endorretal
Protocolo Próstata endorretal
Sequências A - Bobina torso ou Pélvica PA
1. Localizador 3 planos
2. Localizador coronal T2/apneia
3. Axial T1 (FSPGR) - Varredura Pelve + Axial T2 FAT – Trigger (panorâmica pelve)
4. Axial T2 - localizado na Próstata FSE – sem FAT (oblíquo)
5. Cor T2 FSE localizado na próstata (sem FAT) – oblíquo
B - Bobina endorretal
1. Localizador 3 planos
2. Axial T2 FSE sem FAT
3. Coronal T2 FSE sem FAT
4. Sagital T2 FSE sem FAT
5. Axial T1 FSE Sem FAT
Observações Buscopan Simples 1 ampola (20 mg) I.V. diluída em 10 ml de água destilada estéril, 10 minutos antes do exame. Fleet enema – via retal (preparo intestinal).
Fonte: elaborado pela autora.

RM de pelve (feminina)

Caro estudante, as indicações mais comuns para a RM de pelve feminina são os miomas uterinos, endometriose, tumores pélvicos e cistos complexos do ovário. Para o exame, o posicionamento do paciente deve ser em decúbito dorsal, com os braços acima da cabeça ou sobre o tórax.
O uso da cinta de compensação respiratória é também indicado para esse exame. Nas sequências pélvicas para indivíduos do sexo feminino é importante a aquisição de imagens com ponderação T1 e supressão de gordura. A presença de pequenos sangramentos e processos hemorrágicos ocorre com frequência nessa região.
Na pelve feminina também está indicado fazer os três planos em ponderação T2 e um deles com supressão de gordura.
A ressonância magnética é um exame frequentemente solicitado para a avaliação das mulheres com suspeita de endometriose. A endometriose é uma patologia em que as células do tecido que reveste o útero, o endométrio, em vez de serem expulsas durante o período menstrual, movimentam-se em sentido oposto e caem nos ovários ou na cavidade abdominal, onde voltam a multiplicar-se e a sangrar constantemente.

Figura 5 | Endometriose
Fonte: Shutterstock.
Figura 6 | Pelve feminina
Fonte: Shutterstock.
Figura 7 | RM de pelve (feminina)
Fonte: Shutterstock.

A seguir apresentaremos alguns protocolos de pelve feminina:

Quadro 5 | Protocolo de pelve feminina - endometriose
Contraste A critério do radiologista
Indicações Endometriose
Protocolo Pelve feminina endometriose
Sequências 1. Localizar 3 planos
2. Sagital T2 no plano útero – alta resolução
3. Coronal T2 (oblíquo - no plano do útero) – alta resolução
4. Axial T2 (oblíquo – no plano do útero) alta resolução
5. Axial 3D LAVA sem FAT
6. Axial 3D LAVA com FAT
7. Axial 3d LAVA-FAT-Gd
8. Sagital Gd FAT
9. Coronal Gd FAT
Observações Buscopan Simples 1 ampola (20 mg) I.V. diluída em 10 ml de água destilada estéril, 10 minutos antes do exame. Gel de ultrassom via vaginal - 40 ml - rotina. Gel de ultrassom via retal – 50 ml - a critério do radiologista.
Fonte: elaborado pela autora.
Quadro 6 | Protocolo de pelve – assoalho pélvico
Contraste Não
Indicações Pesquisa de incontinência urinária; Incontinência fecal; Cistocele; Retocele.
Protocolo Assoalho Pélvico/Pelve Dinâmico
Sequências 1. Localizador 3 planos
2. Sagital T2 SS-FSE
3. Axial T2 SS FSE
4. Axial T2 FSE FOV 20 Esp. 20 mm Matriz 256 x 256
5. Coronal T2 FSE FOV 20 Esp. 20 mm Matriz 256 x 256
6. Sagital T2 FSE FOV 20 Esp. 20 mm Matriz 256 x 256
7. Axial T1 FOV 20 Esp. 20 mm Matriz 256 x 256
8. Sagital dinâmico
Observações 1. Bexiga cheia
2. Gel Retal 150-200 ml
Fonte: elaborado pela autora.
Quadro 7 | Contraindicações absolutas para RM
Contraindicações absolutas para RM
Marcapasso
Clipes ferromagnéticos para aneurisma
Fragmentos metálicos no olho
Implantes cocleares
Prótese valvar cardíaca Starr-Edwards modelo pré-6000
Bombas internas de infusão de drogas
Neuroestimuladores
Estimuladores de crescimento ósseo
Fonte: Bontrager (2015, p. 773).

Vídeo Resumo

Caro estudante, a seguir apresentaremos um vídeo onde serão abordados pontos importantes sobre protocolos de RM de abdome superior; protocolo RM de pelve (masculina); e protocolo RM de pelve (feminina). Um vídeo é uma excelente oportunidade para fixar pontos-chaves da disciplina, tais como: entender em qual posicionamento colocamos o paciente no equipamento, se usamos ou não contraste, quais as indicações para o exame.

 

Saiba mais

Convidamos você a conhecer um pouco mais sobre a Ressonância Magnética nos links a seguir, com o objetivo de se familiarizar mais com os ambientes e as técnicas de nossa área de atuação.

Aula 4

Protocolos de RM cardíaca

Esta Unidade abordará os Protocolos de RM Cardíaca. Esta disciplina é de vital importância para a formação de um Tecnólogo em Radiologia, pois trata-se de conhecer as técnicas de exames da Ressonância Magnética que são muito utilizadas no diagnóstico de diversas doenças na atualidade.

17 minutos

introdução

Esta Unidade abordará os Protocolos de RM Cardíaca. Esta disciplina é de vital importância para a formação de um Tecnólogo em Radiologia, pois trata-se de conhecer as técnicas de exames da Ressonância Magnética que são muito utilizadas no diagnóstico de diversas doenças na atualidade. A Ressonância Magnética é amplamente utilizada no diagnóstico e acompanhamento de doenças cardíacas e pode ser uma opção que evite dose de radiação no paciente, apesar de ainda ser um exame caro.
Avante, querido estudante! Vamos aprofundar nossos conhecimentos e aprender mais sobre a nossa área!

Protocolos de RM cardíaca. Protocolo de RM de aorta

Caro estudante, desde sua origem a Ressonância Magnética sempre se mostrou extremamente inovadora e os protocolos estão cada vez mais completos e complexos. Os estudos deixaram de ser meramente anatômicos e passaram a trazer também informações funcionais. A Ressonância Magnética Cardíaca (RMC) é uma técnica que apresenta muitas vantagens no estudo de diversas patologias miocárdicas, dentre elas está a não utilização das radiações ionizantes, a possibilidade de aquisição de imagens em todos os planos anatômicos, a capacidade de caracterização dos tecidos e a avaliação qualitativa e quantitativa dos movimentos de sístole e diástole e do fluxo sanguíneo.
Os protocolos para a realização da RCM estão em constante evolução, as sequências gradiente eco com baixo tempo de aquisição tornaram possível os estudos de movimento de parede com alta resolução espacial e temporal. As sequências de perfusão e realce tardio destacam a RCM como padrão-ouro no estudo de isquemias e infartos. Além disso, os estudos de RM Funcional estão cada vez mais presentes nos estudos cardíacos, sendo possível realizar espectroscopia e difusão com tractografia no miocárdio.
Todos os avanços tecnológicos trazidos pela RM fazem da RMC um método muito promissor no diagnóstico diferencial de uma grande variedade de patologias cardíacas.
Em RM cardíaca os três planos anatômicos (sagital, coronal e axial) não são suficientes para o estudo efetivo das estruturas anatômicas, devido ao seu formato e sua disposição do mediastino. O coração é um órgão de formato aproximadamente cônico, com a base voltada para trás e para a direita, e o ápice voltado para a frente e para a esquerda e dois terços do seu volume estão situados à esquerda da linha sagital mediana. Devido a essas características, tornou-se necessária a criação de planos de cortes anatômicos específicos para os exames cardíacos.
Em seguida, veremos o protocolo de RM de aorta:

Quadro 1 | Protocolo de RM de aorta
Indicações Aorta - Rotina “Tricks”
Contraste Sim
Protocolo Aorta - Rotina “Tricks”
Sequências a) Localizador 3 Planos.
b) CAL APNEA (para calibração).
1. Série sangue escuro:
2. Se apneia Axial Duplo IR.
c) Se sem apneia Axial T1 SE.
d) Série sangue escuro:
e) Se apneia Coronal Duplo IR.
f) Se sem apneia Coronal T1 SE.
g) Cine FIESTA oblíqua coronal (OAE).
h) Angio TRICKS.
i) Coronal abdome LAVA BH Asset.
Documentação Seguir o padrão de documentação de RM de tórax/abdome, inclusive a série LAVA.
A série angiográfica será fotografada pelo médico.
Cine:
- Formatar em 6 imagens/filmes.
- Na coluna da esquerda, imagens em final de diástole.
- Na coluna da direita, imagens em final de sístole.
- Na primeira imagem das respectivas colunas, o texto “diástole” e “sístole” em caracteres grandes.
- Cine OAE (eixo curto): imagens do ápice em direção à base.
- Todas as imagens com a mesma magnificação.
Fonte: elaborado pela autora.
Figura 1 | Ressonância magnética cardíaca
Fonte: Shutterstock.
Figura 2 | Ressonância magnética cardíaca
Fonte: Shutterstock.
Figura 3 | Ressonância magnética cardíaca
Fonte: Shutterstock.

Protocolo de RM cardíaco. Eixos anatômicos para o estudo cardíaco

Caro estudante, a nomenclatura utilizada para definir os planos de corte em RMC possui variações. No Brasil, as denominações mais utilizadas na prática clínica são: eixo curto, eixo longo e quatro câmaras. Os três planos anatômicos utilizam como referência a linha formada pelo septo interventricular.

Figura 4 | Septo interventricular 
Fonte: Wikimedia Commons.

O eixo curto, geralmente, é o primeiro plano adquirido, porque serve como referência para a programação dos outros dois planos. As imagens são adquiridas perpendiculares ao septo interventricular, partindo do ápice para a base do coração.
Nas sequências do eixo longo são adquiridos cortes paralelos ao septo interventricular cobrindo toda a área cardíaca.
A programação para a sequência de quatro câmaras utiliza como referência a linha do septo visualizada no eixo curto previamente adquirido. Os cortes iniciam ao nível da face diafragmática e terminam na altura da bifurcação da artéria pulmonar.

Figura 5 | Planos de corte em RMC (eixo curto, eixo longo e quatro câmaras)
Fonte: Nacif et al. (2010, p. 757).

O início do exame. Sequências localizadoras da RMC de acordo com os planos do tórax. (A) Coronal, (B) Sagital e (C) Axial. (C) Planejamento do plano eixo longo duas câmaras localizador que inclui o átrio esquerdo (AE) e o ventrículo esquerdo (VE). (D) Eixo longo, duas câmaras localizador e o planejamento do eixo longo, quatro câmaras localizador. (E) Eixo longo quatro câmaras localizador e o planejamento do eixo curto. (F) Eixo longo, duas câmaras localizador e o planejamento do eixo curto. (G) Eixo curto, imagens da base do coração ao ápex.
A seguir apresentaremos o protocolo de RM do coração: 

Quadro 2 | Protocolo de RM do coração
Contraste Não
Indicações Coração - Pacientes Instáveis
Protocolo Pacientes Instáveis
Sequências a) Localizador 3 Planos.
b) Série sangue escuro - sem apneia Axial T1 SE.
c) Cine FIESTA oblíqua axial (4 câmaras) 6 cortes.
d) Cine FIESTA oblíqua coronal (OAE) 8 cortes.
e) Perfusão.
f) Realce Tardio 4 Câmaras.
g) Realce Tardio OAE.
Documentação Cine:
- Formatar em 6 imagens/filmes.
- Na coluna da esquerda, imagens em final de diástole.
- Na coluna da direita, imagens em final de sístole.
- Na primeira imagem das respectivas colunas, o texto “diástole” e “sístole” em caracteres grandes.
- Cine OAE (eixo curto): imagens do ápice em direção à base.
- Cine 4 câmaras: imagens superiores para inferiores.
- Todas as imagens com a mesma magnificação.
Axial duplo/triplo IR:
- Formatar em 6 imagens/filmes. Dependendo do número de imagens, pode ser formatado em 9 imagens/filmes.
- Imagens superiores para inferiores.
- Todas as imagens com a mesma magnificação.
Perfusão:
- Formatar em 12 imagens/filmes.
- Na coluna da esquerda, imagens antes do contraste.
- Na coluna do meio, imagens durante o pico de contrastação miocárdica.
- Na coluna da direita, imagens tardias após o contraste.
- Todas as imagens com a mesma magnificação.
Realce tardio:
- Sempre que possível, formatar em 6 imagens/filmes. Dependendo do número de imagens, pode ser formatado em 9 imagens/filmes.
- Cine OAE (eixo curto): imagens do ápice em direção à base.
- Cine 4 câmaras: imagens superiores para inferiores.
- Todas as imagens com a mesma magnificação.
Fonte: elaborado pela autora.

Protocolos de RM cardíaca. Equipamentos e posicionamento do paciente em RMC

Caro estudante, para a realização de uma RMC são necessários alguns requisitos técnicos. Somente equipamentos mais modernos dispõem dos softwares necessários para a aquisição das imagens. 
Para a execução de um protocolo básico de RMC é necessário dispor de:

O exame é realizado com o paciente em decúbito dorsal, na mesa de exames, entrando com os pés em direção ao magneto, monitorando com os dispositivos de sincronização cardíaca e respiratória. O paciente deve ser posicionado de modo que a luz de alinhamento longitudinal fique na linha média e a luz de alinhamento horizontal passe ao nível da quarta vértebra torácica ou dos mamilos. A bobina deve ser posicionada de modo que gere sinal satisfatório do ápice pulmonar ao polo superior do rim esquerdo.
O coração é um órgão difícil de ser estudado pela RM porque está em constante movimento e gera artefatos de imagem. Os movimentos de sístole e diástole ocorrem de maneira repetitiva, mantendo-se a mesma frequência e amplitude, devido a esses movimentos cíclicos é possível sincronizar o disparo da radiofrequência e a leitura do sinal de RM. A sincronização é feita por meio de eletrocardiograma (ECG), dessa forma, cada imagem sempre é adquirida na mesma fase do ciclo cardíaco, reduzindo os artefatos e o mapeamento incorreto, decorrentes dos movimentos cardíacos.
Apresentaremos um outro protocolo de RMC:

Quadro 3 | RM do coração
Contraste Sim
Indicações Rotina de viabilidade
Protocolo Viabilidade
Sequências a) Localizador 3 Planos.
b) Série sangue escuro:
1. Se apneia Axial Duplo IR.
2. Se sem apneia Axial T1 SE.
c) Cine FIESTA oblíqua axial (4 câmaras) 6 cortes.
d) Cine FIESTA oblíqua coronal (OAD) 4 cortes para VAo.
e) Cine FIESTA oblíqua coronal (OAE) 8 cortes.
f) Perfusão.
g) Realce Tardio 4 Câmaras.
h) Realce Tardio OAD.
i) Realce Tardio OAE.
Documentação Cine:
- Formatar 6 imagens/filmes.
- Na coluna da esquerda, imagens em final de diástole.
- Na coluna da direita, imagens em final de sístole.
- Na primeira imagem das respectivas colunas, texto “diástole” e “sístole” em caracteres grandes.
- Cine OAE (eixo curto): imagens do ápice em direção à base.
- Cine 4 câmaras: imagens superiores para inferiores.
- Cine 2 câmaras e 3 câmaras: imagens da direita (septo) para a esquerda.
- Todas as imagens com a mesma magnificação.
Axial duplo/triplo IR:
- Formatar 6 imagens/filmes. Dependendo do número de imagens, pode ser formatado 
9 imagens/filmes.
- Imagens superiores para inferiores.
- Todas as imagens com a mesma magnificação.
Perfusão:
- Formatar 12 imagens/filmes.
- Na coluna da esquerda, imagens antes do contraste.
- Na coluna do meio, imagens durante o pico de contrastação miocárdica.
- Na coluna da direita, imagens tardias após contraste.
- Todas as imagens com a mesma magnificação.
Realce tardio:
- Sempre que possível, formatar 6 imagens/filmes. Dependendo do número de imagens, pode ser formatado em 9 imagens/filmes.
- Cine OAE (eixo curto): imagens do ápice em direção à base.
- Cine 4 câmaras: imagens superiores para inferiores.
- Cine 2 câmaras e 3 câmaras: imagens da direita (septo) para a esquerda.
- Todas as imagens com a mesma magnificação.
Fonte: elaborado pela autora.

Vídeo Resumo

Caro estudante, a seguir apresentaremos um vídeo onde serão abordados pontos importantes sobre Protocolos de RM Cardíaca; Eixos anatômicos para estudos cardíacos; e Equipamentos e posicionamento do paciente em RMC. Um vídeo é uma excelente oportunidade para fixar pontos-chaves da disciplina, tais como: entender em qual posicionamento colocamos o paciente no equipamento, se usamos ou não contraste, quais as indicações para o exame.

 

Saiba mais

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Aula 5

Revisão da unidade

15 minutos

RM de abdome superior versus RM de pelve masculina 

Caro estudante, na RM de abdome superior usa-se a bobina torso (arranjo de fase) e a bobina de corpo (body coil). O paciente é posicionado em decúbito dorsal, com braços ao longo do corpo, apêndice xifoide no centro da bobina. Deve-se utilizar a cinta de compensação respiratória (respiratory gating), que deve ser posicionada no abdome ou tórax do paciente, no local de maior amplitude de expansão em função da respiração. Esse cuidado é essencial, a fim de se obter o registro mais fiel possível da respiração do paciente. 
Outro cuidado que se deve ter é quanto à orientação do padrão respiratório durante o exame. O paciente precisa ser orientado a ter uma respiração tranquila, calma e compassada, evitando respirações profundas ou alterações do seu ritmo. Em algumas sequências, o paciente será orientado a respirar fundo e prender a respiração. É igualmente importante orientar o paciente que esse procedimento deve ser feito sempre com a mesma intensidade.
Exames de abdome superior são, geralmente, feitos com meio de contraste. A injeção do contrate é dinâmica, com aquisições de imagem nos tempos: arterial, portal e de equilíbrio. Essas imagens são frequentemente comparadas com as obtidas pela tomografia computadorizada.
Já na RM de pelve masculina, as bobinas utilizadas são a bobina de torso, bobina pélvica ou bobina endorretal, dependendo da indicação clínica do exame, que pode ser tumor de próstata, doenças da bexiga, processos infecciosos.
O paciente deve ser posicionado em decúbito dorsal, com os braços acima da cabeça ou sobre o tórax e usar a cinta de compensação respiratória. Os cuidados com esse dispositivo são os mesmos citados em abdome superior.
Exames de pelve masculina podem ser realizados com a bobina endorretal. Essas bobinas aumentam a relação sinal-ruído do local e conferem melhor qualidade às imagens, particularmente nos exames da próstata.
Em seguida, apresentaremos os protocolos de RM de abdome superior e pelve:

Quadro 1 | Protocolo de RM de abdome superior – Renal
Contraste Sim
Indicações Rins
Protocolo Rins ou Renal
Sequências 1. Localizador 3 planos (sem apneia)
2. Localizador 3 planos (apneia)
3. ASSET cal.
4. Axial T2 1º eco Trigger resp. – 6 mm
5. Axial T2 2º eco - Trigger resp.
6. SS- FSE cor. loc. apneia
7. Axial T2 1º eco apneia - opcional
8. Axial T2 2º eco apneia - opcional
9. 2D Fiesta ASSET
10. 2D Fiesta Fat Sat - Coronal
11. Axial in/out off phase (dual) – Axial e Coronal
12. Difusão (antes do contraste)
13. Axial LAVA 3D apneia pre-Gadolínio – com FAT e sem FAT
14. Axial Lava 3D apneia Gadolínio arterial / portal/ equilíbrio. (FAT)
15. Coronal apneia Gadolínio – FAT LAVA 3D
16. Axial - Apneia Gadolínio – FAT LAVA 3D
Observações Buscopan simples 1 ampola (20 mg) I.V. diluída em 10 ml de água destilada estéril, 10 minutos antes do exame.
Fonte: elaborado pela autora.
Quadro 2 | Protocolo de RM de pelve - Fístula anorretal
Contraste Sim
Indicações Fístula Anorretal
Protocolo Fístula Anorretal
Sequências 1. Localizador 3 planos
2. Localizador T2 SS-FSE Axial/Sagital
3. Axial T2 FSE sem FAT / 4 mm
4. Axial T2 FSE com FAT/ 4 mm
5. Sagital T2 FSE sem FAT/ 4 mm
6. Coronal T2 FSE sem FAT/ 4 mm
7. Axial T1 LAVA 3D FAT – Pré-Gadolínio
8. Axial T1 LAVA 3D FAT – Gadolínio
9. Coronal T1 Gadolínio FAT
10. Sagital T1 Gadolínio FAT
Fonte: elaborado pela autora.

Revisão da unidade

Caro estudante, 
Daremos início ao nosso vídeo de revisão da Unidade 3, onde abordaremos mais informações referentes às técnicas utilizadas nos Protocolos de Ressonância Magnética de esqueleto axial, esqueleto apendicular, abdome superior, pelve e RM cardíaca. Abordaremos o uso da RM para diagnóstico de mioma uterino, endometriose, tumor de próstata, doenças do miocárdio, síndrome do túnel do carpo, entre outras.
TAG: RM crânio rotina; RM de Articulações Temporomandibulares; RM de joelho e tornozelo; RM de abdome superior e pelve e RM cardíaca. 

 

ESTUDO DE CASO

A Ressonância Magnética (RM) é um exame muito solicitado para a avaliação das mulheres com hipótese diagnóstica de endometriose. A endometriose pode ser dividida em superficial, ovariana e profunda. O exame pode identificar a endometriose ovariana e a endometriose profunda, todavia não costuma ser eficaz na endometriose inicial (superficial).
A endometriose é a modificação no funcionamento normal do organismo em que as células do tecido que revestem o útero (endométrio) em vez de serem expulsas durante a menstruação, movimentam-se no sentido oposto e se prendem nos ovários ou na cavidade abdominal, voltando a se multiplicar e sangrar, causando uma inflamação. 
O endométrio é uma mucosa que reveste a parede interna do útero, que é muito sensível às alterações do ciclo menstrual. Também é o local onde o óvulo se implanta depois de ser fertilizado. Se não houver fecundação, a maior parte do endométrio é eliminada durante a menstruação e o que resta torna a crescer. O processo volta a acontecer a cada ciclo menstrual.
A maior dificuldade da ressonância magnética pélvica é a identificação de lesões pequenas no peritônio e no intestino.

A partir das informações fornecidas no texto, vamos agora ao nosso Estudo de Caso:

Paciente feminina, de 35 anos de idade, chega à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) com o seguinte sintoma: cólicas menstruais de forte intensidade, intensidade essa bem maior do que o normal. Além dessas cólicas, a paciente refere dores durante as relações sexuais, dor e sangramento urinário durante a menstruação e dificuldade de engravidar. Essas dores têm se repetido mensalmente, impedindo que a paciente realize suas tarefas diárias e a aproximação do período menstrual tem provocado a instalação de um quadro de forte ansiedade. Apesar de as cólicas e de os incômodos durante o período menstrual serem frequentes nas muitas mulheres, os sintomas provocados pela endometriose chegam a ser incapacitantes, deixando muitas acamadas por vários dias.

Vamos aos questionamentos feitos a partir do Estudo de Caso:

Qual o principal sintoma apresentado pela paciente de 39 anos que chegou na UPA?
O que pode indicar esse sintoma? 
Quais os exames que o médico de plantão, geralmente, pede nesses casos?
Quais as possíveis causas da endometriose?
Como é o tratamento para endometriose?
Quais os principais tipos de endometriose?

Reflita

Caro estudante, para você compreender um pouco mais sobre o uso e a importância da Ressonância Magnética nos casos de endometriose, doença incapacitante ainda tão pouco discutida entre as mulheres, leia os artigos disponibilizados a seguir:

Resolução do Estudo de Caso

Iniciaremos respondendo os questionamentos feitos anteriormente no Estudo de Caso:

 

Resumo Visual

Figura 1 | Protocolos de RM
Fonte: elaborada pela autora.

referências

11 minutos

Aula 1

BONTRAGER, K. L.; LAMPIGNANO, J. P. Tratado de posicionamento radiográfico e anatomia associada. 8. ed. São Paulo: Elsevier, 2015. 94 p. 
COLICIGNO, P. R. C.; SACCHETTI, J. C. L.; MORAES, C. A.; ARAUJO, A. B. Atlas fotográfico de anatomia. São Paulo: Pearson, 2009. 334 p. 
FANTON, R. Ressonância Magnética: princípio físico e aplicação. São Paulo: Corpus, 2007. 176 p. 
HAGE, M. C. F. N. S.; IWASAKI, M. Imagem por ressonância magnética: princípios básicos. Ciência Rural, Santa Maria, v. 39, n. 4, p. 1287-1295, jul, 2009. Disponível em: https://www.scielo.br/j/cr/a/mmPL6rMp5vmPCRpmYH84Kbm/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 7 out. 2022. 
MAZZOLA, A. A. Ressonância magnética: princípios de formação da imagem e aplicações em imagem funcional. Revista Brasileira de Física Médica, 3(1), 117–129. 2015. Disponível em: https://doi.org/10.29384/rbfm.2009.v3.n1.p117-129. Acesso em: 7 out. 2022. 
MOURÃO, A. P. F. Tecnologia radiológica e diagnóstico por imagem: guia para ensino e aprendizado. 5. ed. São Caetano do Sul: Difusão, 2012. 3 v. (Série Curso de Radiologia). 
NOBREGA, A. I. Técnicas em Ressonância Magnética. São Paulo: Atheneu, 2006. 120 p. (Série Tecnologia em Radiologia Médica). 

Aula 2

ALVES, A. P. et al. Avaliação Clínica e por Ressonância Magnética do Ombro de Pacientes Lesados Medulares. Acta Ortop Bras. 2012;20(5): 291-6. Disponível em: https://www.scielo.br/j/aob/a/t6k6BQc9Z3VjjVjWf37MYYF/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 7 out. 2022.
BONTRAGER, K. L.; LAMPIGNANO, J. P. Tratado de posicionamento radiográfico e anatomia associada. 8. ed. São Paulo: Elsevier, 2015. 94 p. 
COLICIGNO, P. R. C.; SACCHETTI, J. C. L.; MORAES, C. A.; ARAUJO, A. B. Atlas fotográfico de anatomia. São Paulo: Pearson, 2009. 334 p. 
FANTON, R. Ressonância Magnética: princípio físico e aplicação. São Paulo: Corpus, 2007. 176 p. 
KARAM, F. C. et al. A ressonância magnética para o diagnóstico das lesões condrais, meniscais e dos ligamentos cruzados do joelho. Radiol. Bras., 2007;40(3):179-182. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rb/a/cxz57ny7wympf6wgyt8hjmb/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 7 out. 2022.  
MOURÃO, A. P. F. Tecnologia radiológica e diagnóstico por imagem: guia para ensino e aprendizado. 5. ed. São Caetano do Sul: Difusão, 2012. 3 v. (Série Curso de Radiologia). 
NÓBREGA, A. I. Técnicas em Ressonância Magnética. São Paulo: Atheneu, 2006. p. 120 (Série Tecnologia em Radiologia Médica). 
WESTBROOK, C.; TALBOT, J. Ressonância Magnética: Aplicações Práticas. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021.

Aula 3

BOAVENTURA, C. S. et al. Avaliação das indicações de ressonância magnética da pelve feminina em um centro de referência oncológico, segundo os critérios do Colégio Americano de Radiologia. Radiol Bras. 2017 Jan/Fev;50(1):1-6. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rb/a/S98x7scnTXhZXsG3mmMCb3S/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 7 out. 2022.  
BITTENCOURT, L. K. et al. Ressonância magnética multiparamétrica da próstata: conceitos atuais. Radiol Bras. Vol. 47, nº 5 - Set./Out., 2014. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rb/a/KR654tBHqHSx3zZts6fKS6b/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 7 out. 2022.  
BONTRAGER, K. L.; LAMPIGNANO, J. P. Tratado de posicionamento radiográfico e anatomia associada. 8. ed. São Paulo: Elsevier, 2015. 94 p.  
COLICIGNO, P. R. C.; SACCHETTI, J. C. L.; MORAES, C. A.; ARAUJO, A. B. Atlas fotográfico de anatomia. São Paulo: Pearson, 2009. 334 p. 
FANTON, R. Ressonância Magnética: princípio físico e aplicação. São Paulo: Corpus, 2007. 176 p.  
MOURÃO, A. P. F. Tecnologia radiológica e diagnóstico por imagem: guia para ensino e aprendizado. 5. ed. São Caetano do Sul: Difusão, 2012. 3 v. (Série Curso de Radiologia). 
NÓBREGA, A. I. Técnicas em Ressonância Magnética. São Paulo: Atheneu, 2006. p. 120 (Série Tecnologia em Radiologia Médica). 
WESTBROOK, C.; TALBOT, J. Ressonância Magnética: Aplicações Práticas. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021.

Aula 4

BONTRAGER, K. L.; LAMPIGNANO, J. P. Tratado de posicionamento radiográfico e anatomia associada. 8. ed. São Paulo: Elsevier, 2015. 94 p. 
COLICIGNO, P. R. C.; SACCHETTI, J. C. L.; MORAES, C. A.; ARAUJO, A. B. Atlas fotográfico de anatomia. São Paulo: Pearson, 2009. 334 p. 
FANTON, R. Ressonância Magnética: princípio físico e aplicação. São Paulo: Corpus, 2007. 176 p. 
MOURÃO, A. P. F. Tecnologia Radiológica e Diagnóstico por Imagem: guia para ensino e aprendizado. 5. ed. São Caetano do Sul: Difusão, 2012. 3 v. (Série Curso de Radiologia). 
NACIF, M. S. et al. Ressonância Magnética Cardíaca e seus Planos Anatômicos - Como eu Faço? Arq. Bras. Cardiol., 2010; 95(6): 756-763. Disponível em: https://www.scielo.br/j/abc/a/XBcqdWv64pDTgBXyRPKytdr/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 7 out. 2022. 
NÓBREGA, A. I. Técnicas em Ressonância Magnética. São Paulo: Atheneu, 2006. p. 120 (Série Tecnologia em Radiologia Médica). 
SCHVARTZMAN, P. R. Ressonância Magnética na Avaliação da Cardiopatia Isquêmica. Revista da Sociedade de Cardiologia do Rio Grande do Sul. Ano XVII, nº 16, Jan/Fev/Mar/Abr 2009. Disponível em: http://sociedades.cardiol.br/sbc-rs/revista/2009/16/pdf/ressonancia_magnetica_na_avaliacao_da_cardiopatia_isquemica.pdf. Acesso em: 7 out. 2022. 
WESTBROOK, C.; TALBOT, J. Ressonância Magnética: Aplicações Práticas. 5. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021

Aula 5

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COLICIGNO, P. R. C.; SACCHETTI, J. C. L.; MORAES, C. A.; ARAUJO, A. B. Atlas fotográfico de anatomia. São Paulo: Pearson, 2009. 334 p.
COUTINHO JUNIOR, A. C. et al. Ressonância magnética na endometriose pélvica profunda: ensaio iconográfico. Radiol. Bras. 2008 Mar/Abr;41(2):129-134. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rb/a/HH9fwhHHzcj6rQhJxGwyjck/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 7 out. 2022. 
FANTON, R. Ressonância Magnética: princípio físico e aplicação. São Paulo: Corpus, 2007. 176 p. 
MINAIF, K. et al. Endometriose pélvica: comparação entre imagens por ressonância magnética de baixo campo (0,2 T) e alto campo (1,5 T). Radiol Bras. 2008 Nov/Dez;41(6):367-372. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rb/a/8LSYwQTLqptq9fr9D7WhYpg/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 7 out. 2022. 
MOURÃO, A. P. F. Tecnologia radiológica e diagnóstico por imagem: guia para ensino e aprendizado. 5. ed. São Caetano do Sul: Difusão, 2012. 3 v. (Série Curso de Radiologia). 
NÓBREGA, A. I. Técnicas em ressonância magnética. São Paulo: Atheneu, 2006. p. 120 (Série Tecnologia em Radiologia Médica). 
OLIVEIRA, L. A. N.; SUZUKI, L.; ROCHA, S. M. S.; VALENTE, M. Diagnóstico por imagem. Barueri, SP: Manole, 2012. 
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WOODWARD, P. J.; SOHAEY, R.; MEZZETTI, T. P. Endometriosis: radiologic-pathologic correlation. Radiographics. 2001; p. 193-216.  

Imagem de capa: Storyset e ShutterStock.