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Aula 1

Radiofrequência

Nesta unidade você aprenderá assuntos fundamentais para a complementação de seus estudos focados na radiologia.

16 minutos

introdução

Caro estudante,
Nesta unidade você aprenderá assuntos fundamentais para a complementação de seus estudos focados na radiologia. O conteúdo abordado será dividido em três blocos: o primeiro bloco abrangerá os conceitos da radiofrequência, o segundo bloco tratará das ondas de rádio e do espectro eletromagnético e, por fim, o terceiro bloco enfatizará os tipos de ondas.
Os assuntos abordados nesta aula fazem parte de um conceito fundamental para o aprendizado dos equipamentos focados na ressonância magnética.
Bons estudos! 

Conceito de Radiofrequência

Conceito de radiofrequência

A frequência é uma grandeza física que indica o número de ocorrências de um evento (ciclos, voltas, oscilações etc.) em um determinado intervalo de tempo.
O conceito de radiofrequência é usado para designar as frequências do espectro eletromagnético que são utilizadas nas radiocomunicações.
A radiofrequência (RF) é a faixa de frequência que abrange aproximadamente de 3 kHz a 300 GHz e que corresponde à frequência das ondas de rádio. Ela geralmente se refere a oscilações eletromagnéticas em vez de mecânicas nessa faixa de frequência.

Figura 1 | Radiofrequência
Fonte: Wikipedia.

Podemos observar na Figura 1 cinco ondas com diferentes frequências (a azul é a de maior frequência) com oscilações repetitivas suaves, sendo esta uma onda contínua. Repare que o comprimento da onda é inversamente proporcional à frequência.

Propriedades de corrente elétrica em radiofrequência 

Devemos enfatizar que as correntes elétricas oscilam por meio da frequência de rádio, apresentando propriedades especiais que não se encontram nas correntes contínuas ou alternadas com baixa frequência. Uma corrente de radiofrequência pode irradiar sua energia para fora do condutor por meio das ondas eletromagnéticas. A radiofrequência também não penetra profundamente em condutores elétricos, dessa forma flui apenas ao longo da superfície. As correntes em radiofrequência podem ionizar o ar facilmente, gerando um caminho condutor na corrente.

Características das ondas eletromagnéticas

As ondas eletromagnéticas são formadas por campos elétricos e campos magnéticos variáveis que se propagam no vácuo com a velocidade c=300.000 km/s.
Em outros meios materiais propagam-se com velocidade menor que no vácuo. O comprimento (λ – lambda) de um ciclo completo da grandeza (m, cm, mm) pode ser obtido como a distância entre duas cristas ou dois vales sucessivos.

Frequência da onda

Podemos dizer que a frequência das ondas se dá pelo número de ciclos por segundo. Sua unidade de medida é Hertz (Hz), e 1Hz equivale a 1 ciclo/s.

Figura 2 | Frequência da onda
Fonte: Moraes e Jardim (2010, p. 95).

Velocidade da onda eletromagnética

Descreve-se como velocidade da onda eletromagnética a rapidez com que a energia se desloca de um meio para o outro (no vácuo). Assim, a velocidade depende das características do meio material.

Energia eletromagnética

A energia eletromagnética está relacionada à eletricidade, ao magnetismo e à radiação eletromagnética.
Em sua residência por exemplo, a energia elétrica é convertida em trabalho pelos eletrodomésticos por meio de motores que usam a indução eletromagnética ou da luz produzida pelas lâmpadas. A energia elétrica sempre converte uma forma de energia em outra, e é equivalente ao produto de potência e do período (tempo) em que é utilizada, medida em Kwh (quilowatts por hora) e utilizada para calcular a conversão de enérgica, como prever a temperatura máxima em um equipamento que use a eletricidade para produção de calor.
A energia elétrica produzida em energias hidrelétricas e nucleares é utilizada como alternativa na produção de energia que não agrida o meio ambiente e que proporcione eletricidade de maneira eficiente.

Ondas de Rádio e Espectro Eletromagnético

Ondas de rádio

As ondas eletromagnéticas são também denominadas ondas hertzianas e popularmente conhecidas como ondas de radiofrequência ou simplesmente ondas de rádio. Estas, por sua vez, são somente ondas; não apresentam massa. Podemos exemplificar como as ondas de raios X e raios ɣ (gama).
Assim, as ondas de rádio são identificadas como um tipo de radiação eletromagnética com comprimento de onda maior (e frequência menor) do que a radiação infravermelha. 
Podemos dizer que as ondas de rádio representam a propagação de energia de um ponto ao outro no espaço, sem que as partículas do meio material se desloquem com a energia. Onda de rádio ou eletromagnética é uma combinação de um campo elétrico e um campo magnético, que se propagam em uma mesma direção, porém, em planos ortogonais. São fenômenos eletromagnéticos cuja corrente de deslocamento é preponderante às correntes de condução (frequência alta ou condutividade baixa).
Os campos eletromagnéticos são regidos por equações de ondas nas quais as ondas eletromagnéticas ocorrem quando um campo elétrico variante no tempo produz um campo magnético também variante no tempo. Pode-se considerar, que o campo magnético, variando com o tempo, gera um campo elétrico que também varia com o tempo, o qual, por sua vez, gera um campo magnético. Como o processo se repete, a onda se propaga através do espaço vazio com a velocidade da luz.
O movimento dos elétrons entre os níveis de energia que emitem a energia está apresentado na forma de onda de rádio e ou eletromagnética.

Figura 3 | Antena Yagi-Uda
Fonte: Wikipedia.

A Figura 3 ilustra como funciona uma antena Yagi-Uda. Consiste em quatro antenas dipolo de meia onda em linha; um elemento acionado (E) que está conectado ao transmissor e irradia as ondas de rádio e três elementos parasitas, dois diretores (D1, D2) e um refletor (R), que atuam como ressonadores, absorvendo e reirradiando as ondas do elemento acionado com uma fase diferente. As ondas de rádio de todos os quatro elementos se combinam e interferem, aumentando a potência irradiada na direção desejada (para cima) e diminuindo a potência irradiada em outras direções.
As ondas de rádio de cada elemento individual (linhas móveis onduladas) são mostradas em uma cor diferente.
As ondas na direção direta estão em fase e interferem construtivamente, somando-se para produzir uma força de sinal mais alta, enquanto as ondas na direção reversa estão fora de fase, cancelando-se parcialmente para produzir uma força de sinal mais baixa nessa direção.

Espectro eletromagnético

A radiação eletromagnética é uma oscilação em fase dos campos elétricos e magnéticos que, autossustentando-se, encontram-se desacoplados das cargas elétricas que lhe deram origem. As oscilações dos campos magnéticos e elétricos são perpendiculares entre si e podem ser entendidas como a propagação de uma onda transversal, cujas oscilações são perpendiculares à direção do movimento da onda (como as ondas da superfície de uma lâmina de água), que pode se deslocar através do vácuo.
Definimos, então, que o espectro eletromagnético é uma tabela ou gráfico que relaciona o tipo de onda em função de sua energia da onda.

Figura 4 | Espectro eletromagnético
Fonte: Wikipedia.

A Figura 4 ilustra um espectro completo da radiação eletromagnética com a porção visível em destaque.

Tipos de ondas

Tipos de ondas

Ondas mecânicas: essas ondas são as mais conhecidas, já que estão presentes em todas as partes; são por exemplo, as ondas do mar, as ondas sonoras e as ondas sistêmicas. Todas têm duas características: são governadas pelas leis de Newton e existem apenas em meios materiais, como o ar, a água e as rochas.
Logo, podemos dizer que as ondas mecânicas são ondas que precisam de um meio para se propagar, e deslocam-se através do som. Como exemplo podemos citar as ondas sonoras, em que ocorre vibração, compressão e rarefação do ar.

Ondas eletromagnéticas: essas ondas podem ser menos conhecidas, mas são muito usadas; entre elas estão a luz visível e ultravioleta, as ondas de rádio e televisão, as micro-ondas, os raios X e as ondas de radar. As ondas eletromagnéticas não precisam de um meio material para existir. A luz das estrelas, por exemplo, propaga-se no vácuo com a mesma velocidade, que é de c=299.792.458 m/s.
Conclui-se, então, que as ondas eletromagnéticas são ondas que não precisam de um meio para se propagar. Elas são não visíveis e não audíveis (não podemos escutá-las). Podemos exemplificá-las com o espectro eletromagnético, citando as micro-ondas, o infravermelho, a luz, os raios ultravioletas, os raios X e raios ɣ.

Ondas de matéria: embora essas ondas sejam usadas em laboratórios, são menos conhecidas. Estão associadas a elétrons, prótons e outras partículas elementares e associadas a átomos e moléculas. São chamadas de ondas de matéria porque normalmente pensamos nas partículas como elementos da matéria.

Características das ondas

As ondas sonoras se propagam no ar com velocidade de 300 m/s.
As ondas eletromagnéticas se propagam no ar ou no vácuo, com velocidade de 300.000.000 m/s. (velocidade da luz).
As ondas transportam energia, mas não transportam matéria.
A velocidade de propagação das ondas eletromagnéticas é de 3.108m/s (sendo esta uma constante).
As ondas podem ser: transversais e longitudinais.
Ondas transversais: as ondas transversais são ondas cuja direção de propagação se faz de forma perpendicular à direção da vibração. Podemos exemplificar como ondas transversais as ondas que se propagam em uma corda.

Figura 5 | Onda transversal
Fonte: Wikipedia.

Ondas longitudinais: as ondas longitudinais são aquelas cuja direção de propagação da onda coincide com a direção da vibração. Podemos exemplificar as ondas longitudinais com as ondas sonoras.
É fundamental ressaltar que tanto as ondas transversais como as ondas longitudinais são denominadas ondas progressivas quando se propagam de um lugar a outro. Assim, são as ondas que se propagam, e não o meio material no qual a onda se move. 
Na Figura 6 podemos observar tipos de ondas transversais, longitudinais e ondas de superfície.

Figura 6 | Tipos de ondas
Fonte: Shutterstock.

Equação ondulatória

A velocidade de propagação pode sofrer alterações dependendo do meio onde ela está, então descrevemos:
λ (lambda)⇨ é o comprimento da onda, distância entre dois pontos consecutivos que se repetem.
f (frequência)⇨ é o número de oscilações por segundo (hertz).
V (velocidade) (C) ⇨ velocidade de propagação da onda.
A fórmula da equação ondulatória é:
V = λ. f

Figura 7 | Equação ondulatória
Fonte: Wikipedia.

Vídeo Resumo

Caro estudante, seja muito bem-vindo ao vídeo de revisão da quinta aula da Unidade 2 da disciplina Ressonância Magnética. 
Os assuntos abordados nesta revisão são de suma importância para a complementação e absorção de seu conhecimento.
Daremos início ao vídeo enfatizando os conceitos da radiofrequência; dando sequência, abordaremos as ondas de rádio e o espectro eletromagnético, e por fim abrangeremos os tipos de ondas utilizados na RM.

 

Saiba mais

Para complementação e aprimoramento de seus estudos, indicamos o artigo “Espectroscopia de prótons por ressonância magnética”, que tem por objetivo analisar amostras tridimensionais (“voxel”). De acordo com o “voxel”, a espectroscopia pode ser dividida em “voxel” único e “voxel” múltiplo. 
Também indico o artigo: O Espectro eletromagnético e as interações de cada faixa espectral com a matéria, que tem por objetivo mostrar os aspectos históricos do desenvolvimento dos conceitos sobre a radiação eletromagnética.

Aula 2

Tecnologia dos equipamentos

Para a complementação de seu estudo, nesta unidade abrangemos as tecnologias dos equipamentos de ressonância magnética.

15 minutos

introdução

Boas-vindas, estudante! 
Para a complementação de seu estudo, nesta unidade abrangemos as tecnologias dos equipamentos de ressonância magnética. O material será dividido em três momentos de aula: no primeiro momento descreveremos a evolução tecnológica dos equipamentos de ressonância magnética, no segundo momento enfatizamos os tipos de equipamentos em ressonância magnética, descrevendo os conceitos de campo fechado e aberto, e no terceiro e último momento focaremos os tipos de filtros e GAP.
Bons estudos! 

Evolução tecnológica dos equipamentos

Evolução tecnológica dos equipamentos de RM

A evolução dos equipamentos de ressonância magnética proporcionou à medicina um grande avanço, principalmente para diagnosticar vários tipos de patologias que até há pouco tempo necessitavam de procedimentos invasivos para laudo e diagnóstico do paciente.
Com as constantes novidades no meio tecnológico a serviço do diagnóstico e do tratamento das doenças, principalmente nas atividades diretamente relacionadas aos pacientes, os equipamentos médicos se tornaram cada vez mais eficientes. Esse processo acabou motivando – e, de certa forma, pressionando – as instituições de saúde a adquirir novas e melhoradas tecnologias o tempo todo.

Evolução da ressonância magnética

Ao longo das últimas décadas, a imagem médica evoluiu muito no critério sensibilidade, e a ressonância magnética ocupa o posto de um dos métodos mais precisos de diagnóstico por imagem, permitindo a análise de qualquer órgão ou tecido que tenha água em sua composição, o que auxilia na identificação de tumores, doenças degenerativas, ortopédicas, neurológicas e cardiovasculares com mais precisão.
Destacamos os seguintes marcos históricos:

  1. Descoberta da ressonância magnética em 1946 por Bloch e seus colaboradores na Universidade de Stanford. Na sequência, Purcell, em Harvard, iniciou as aplicações na medicina, um dos maiores avanços do século XX na área.
  2. Em 1972 foi produzida a primeira imagem de ressonância magnética, uma amostra de água produzida por Lauterbur.
  3. No ano de 1974 foi feita a primeira imagem de ressonância magnética de um animal vivo.

O futuro da ressonância magnética

A evolução da ressonância magnética tem sido muito grande e feita em várias direções. Em primeiro lugar, ressaltamos que as sequências de imagens são obtidas mais rapidamente no intuito de diminuir os artefatos similares de movimento. Atualmente existem sequências obtidas em uma única apneia do paciente, ou seja, em cerca de vinte segundos, ou ainda com sequências independentes da respiração.
A combinação dessas sequências com a administração do meio de contraste farmacológico – os quelatos de gadolínio – permitiu maior capacidade de detecção e melhor caracterização das lesões. Esses contrastes são de administração muito segura, praticamente sem contraindicações, sobretudo se comparados com os contrastes iodados.
Os exames contrastados de ressonância magnética inovaram a angiografia por RM, com associação de aquisições volumétricas e doses relativamente elevadas de gadolínio.

Figura 1 | Angio-RM
Fonte: Pisco (2010, p. 41).

A Figura 1 ilustra uma Angio-RM com aquisição volumétrica ponderada em T1 com contraste (gadolínio). Na imagem, observamos uma prótese da aorta abdominal.
Para a caracterização desse e de outros avanços destaca-se a inovação nas antenas, que permitem enormes ganhos na relação entre sinal e ruído.
Paralelamente, ocorre o avanço das fronteiras nos estudos funcionais (difusão e perfusão, entre outros) e de intervenção.
Igualmente ocorre avanço no campo da utilização de contrastes novos, já com aplicações clínicas com a introdução de contrastes específicos para o sistema mononuclear fagocitário e hepatócito seletivo.
Em resumo, a ressonância magnética é uma técnica que não utiliza radiação ionizante, sendo ela multiplanar, com boa resolução de contraste, que pode ser espacial ou temporal.

Tipos de equipamentos em RM

Tipos de equipamentos em ressonância magnética

Na ressonância magnética encontramos dois tipos de equipamentos que são utilizados para a realização dos exames: os de campo aberto e os de campo fechado.

Equipamento de ressonância magnética campo aberto

A ressonância magnética de campo aberto é um exame de imagem que emprega um campo magnético e um aparelho específico para obter registros de partes internas do corpo. Esse modelo de equipamento apresenta três lados abertos, passando maior segurança e conforto para o paciente. Como o paciente não entra na máquina para realizar o exame, esse equipamento é indicado para:
Pacientes claustrofóbicos: no caso de pacientes que têm fobia de locais fechados, o equipamento de campo aberto proporciona maior conforto, diminuindo a sensação de estar enclausurado.
Pacientes com obesidade avançada: permite a realização de pacientes obesos, pois o de campo fechado não possibilita a realização do exame.
Pacientes gestantes: o exame de ressonância magnética de campo aberto é uma opção de teste de imagem que não usa radiação ionizante para obter os registros e diagnósticos precisos na avaliação de determinadas patologias ou alterações fisiológicas em gestantes. Além disso, no final da gestação, quando a barriga está crescida, o aparelho de campo aberto proporciona maior conforto para as pacientes.
Realização de extremidades do corpo: em extremidades, como pés e mãos, há mais facilidade para examinar com o suporte de um aparelho que possibilita mais mobilidade para o técnico e o paciente.
Como visto, a ressonância magnética de campo aberto é mais recomendada para avaliar essas estruturas.

Figura 2 | Equipamento de RM campo aberto
Fonte: Freepik.

Em resumo, a ressonância de campo aberto é o exame de imagem que emprega um campo magnético e um aparelho específico para obter registros de partes internas do corpo. Em vez do tradicional equipamento de RM fechado, essa variação do teste utiliza um aparelho com três lados abertos, proporcionando mais conforto e segurança ao paciente.

Equipamento de ressonância magnética campo fechado

Esses equipamentos são os mais comuns do mercado. Apresentam desenho semelhante a um tomógrafo, com uma abertura de 60 a 70 cm para a entrada do paciente para realizar o exame, e 
utilizam cerca de 1 a 3 Tesla de potência.
Os equipamentos de RM de campo fechado são aqueles em que o paciente entra na máquina para a efetivação do exame. Caracterizam-se por ter um melhor desempenho do que o de campo aberto.
Os dispositivos de campo fechado podem ter alguns entraves, principalmente com pacientes claustrofóbicos ou com quadro de obesidade elevada, assim, estes pacientes podem ter dificuldade em se ajustar ao procedimento. Nesses casos indicam-se os equipamentos de campo aberto, que permitem reduzir o desconforto no paciente, mas tendem a ter um desempenho inferior em relação ao campo fechado.

Figura 3 | Equipamento de RM campo fechado
Fonte: Freepik.

Filtro e GAP

Filtro

No equipamento de ressonância magnética, o filtro é um recurso classificado como computacional, que pode proporcionar aumento na resolução das imagens que serão adquiridas de acordo com a necessidade clínica da imagem. A espessura de corte (slice) vai variar de acordo com o modelo do equipamento e o fabricante, variando entre de 1 e 10 mm. Cada equipamento pode proporcionar valores específicos a seu modelo e fabricante; não há como padronizar determinados protocolos, mas, sim, aproximá-los, conforme a necessidade do serviço.

Funcionalidades do filtro

O filtro tem a função de minimizar as distorções na imagem. Além de proporcionar valores específicos de acordo com cada modelo de equipamento, gera um aumento na resolução da imagem. Como já foi falado, a espessura dos cortes vai variar conforme o modelo e o fabricante do equipamento, e para isso é necessário seguir corretamente os protocolos preestabelecidos de cada equipamento.

Filtro de Fourier

Esse tipo de filtro é fundamental, pois permite a passagem das frequências altas e reduz as amplitudes das frequências baixas. Esse processo faz com que os detalhes finos da imagem sejam enfatizados. Assim, atenuam-se ou eliminam-se as baixas frequências, realçando então as altas frequências. Normalmente são usados para realçar os detalhes na imagem.
Com o filtro de Fourier o efeito obtido é, em geral, tornar mais nítidas as transições entre regiões diferentes, denominadas bordas, realçando o contraste da imagem. O efeito indesejado do filtro de Fourier é enfatizar o ruído e/ou imperfeições presentes nas imagens.

Figura 4 | Processos do Filtro de Fourier
Fonte: Wikimedia.

Filtro Wavelet

O filtro de Wavelet tem como função representar, decompor ou descrever outras funções, como uma série de dados que são descritos no domínio de tempo. Logo, é possível analisar as outras funções em diferentes escalas de tempo e frequência. A decomposição de uma função com o uso do filtro Wavelet é denominada transformada de Wavelet, que por sua vez tem suas variantes: contínuas e discretas.
As funções de Wavelet são ferramentas importantes em relação aos processamentos dos sinais, devido à sua capacidade de decompor as funções tanto no domínio da frequência como no domínio de tempo.
Esse filtro é muito aplicado para a compressão de dados, eliminação de ruídos na imagem, separação dos componentes no sinal, identificação de singularidade e detecção das autossemelhanças, entre outras funções.
O filtro de Wavelet pode expandir suas definições, obtendo maior número de dimensões, o que é fundamental para o tratamento e melhor qualidade das imagens.

GAP

GAP é uma palavra inglesa cujo significado é lacuna, vão ou brecha. Na ressonância magnética, o GAP é o intervalo entre os cortes, que pode variar de acordo com o fabricante do equipamento, variando de 0 a 50 mm. De acordo com o modelo do equipamento, o GAP pode conter três tipos de aquisição: aquisição como espaçamento, faceamento e volumétrica.

Figura 5 | Análise da imagem em RM
Fonte: Freepik.

Vídeo Resumo

Caro estudante, seja muito bem-vindo ao vídeo de revisão da quinta aula da Unidade 2da disciplina Ressonância Magnética. 
Neste vídeo, abordaremos assuntos fundamentais para a complementação e desenvolvimento de seu conhecimento.
Daremos início ao vídeo descrevendo as evoluções tecnológicas dos equipamentos de ressonância magnética; na sequência, daremos ênfase aos tipos de equipamentos atualmente utilizados para a realização de exames na RM, e por fim destacamos a função dos filtros e GAP.

 

Saiba mais

Para complementação e aprimoramento de seus estudos, indicamos o artigo “Protocolo de testes de aceitação em equipamentos de imagem por ressonância magnética”, cujo objetivo é criar um protocolo de testes de aceitação para equipamentos de imagem por ressonância magnética e demonstrar como e quais tipos de dispositivos de teste podem ser usados para a coleta de dados.
Também indicamos o artigo: Ressonância Magnética (RM) Abordagem, Dados Técnicos e Posicionamento do Usuário

Aula 3

Campos Magnéticos

Nesta unidade abordaremos os conceitos dos campos magnéticos e suas particularidades; daremos ênfase à noção do campo estático e finalizaremos nossos estudos ressaltando o alinhamento dos polos.

15 minutos

introdução

Os assuntos abordados nesta unidade são para a complementação de seus estudos e conhecimentos área da radiologia. 
Nesta unidade abordaremos os conceitos dos campos magnéticos e suas particularidades; daremos ênfase à noção do campo estático e finalizaremos nossos estudos ressaltando o alinhamento dos polos.
Os conteúdos abordados nos três momentos da aula são considerados conceitos fundamentais para um resultado satisfatório no exame de ressonância magnética.
Bons estudos! 

Campo magnético

Campo magnético

A ressonância magnética estuda os núcleos atómicos ao alinhá-los a um campo magnético constante, para posteriormente perturbar este alinhamento com o uso de um campo magnético alternado, de orientação ortogonal. Como resultado dessa perturbação, origina-se uma diferença de energia que é evidenciada ao se excitar tais átomos por uma radiação eletromagnética de mesma frequência. Essas frequências correspondem tipicamente ao intervalo de radiofrequências do espectro eletromagnético.

Figura 1 | Campo magnético
Fonte: Shutterstock.

A Figura 1 representa um esquema vetorial de campo magnético científico e eletromagnetismo, esquema de corrente elétrica e polos magnéticos e diagrama do campo magnético da Terra.

Campo magnético do ímã

Sabemos que a direção das linhas do campo magnético de um ímã são demonstradas pelo alinhamento da limalha de ferro colocado sob um ímã. Dessa forma, a alta permeabilidade magnética das limalhas individuais fazem com que o campo magnético seja maior em suas pontas. Isso faz com que as limalhas individuais atraiam umas às outras, formando grupos alongados que desenham linhas. Nesse processo não se espera que essas linhas sejam linhas de campo precisas para o magneto, mas ainda a magnetização do próprio ferro deve alterar o campo magnético.

Figura 2 | Campo magnético do ímã
Fonte: Wikimedia.

A ressonância magnética requer um campo magnético que seja forte e uniforme. A força de campo do ímã é medida em teslas, e enquanto a maioria dos sistemas operam a 1,5 teslas, sistemas comerciais estão disponíveis entre 0,2 e 7 teslas. A maioria dos ímãs clínicos são classificados como ímãs supercondutores, que requerem hélio líquido. Logo, as intensidades de campo mais baixas podem ser alcançadas com ímãs permanentes, que são frequentemente usados em scanners de ressonância magnética de campo aberto.

Campos magnéticos ultrabaixos

Atualmente, a ressonância magnética foi demonstrada também em campos ultrabaixos, ou seja, na faixa microtesla a militesla, em que a qualidade de sinal suficiente é possível por pré-polarização e medindo os campos de precessão de Larmor em cerca de 100 microtesla com dispositivos de interferência quântica e supercondutores altamente sensíveis.

Força do magneto 

Os polos magnéticos iguais quando aproximados se repelem, enquanto polos opostos se atraem. Esse é um exemplo específico de uma regra geral que postula que os magnetos são atraídos para regiões de campo magnético maior. Por exemplo, polos opostos atraem-se porque cada magneto é empurrado no campo magnético maior do polo do outro.

Figura 3 | Força do magneto
Fonte: Wikimedia.

A Figura 3 refere-se a uma comparação entre os campos magnéticos produzidos por um dipolo e por um dipolo intrínseco, ilustrando a força em um magneto devido a um campo magnético não uniforme.

Campos secundários e estáticos

Campos secundários

As correntes secundárias ao fluírem pelo condutor criam um campo novo, denominado campo magnético secundário, que por sua vez traz consigo informações do condutor. 
O campo secundário altera o campo primário, e como consequência disso surge o campo resultante, que nada mais é do que uma composição do primário com o secundário.

Correntes secundárias

Os métodos eletromagnéticos envolvem a propagação de campos eletromagnéticos de baixa frequência e baseiam-se nos fenômenos físicos de eletricidade e magnetismo. Dessa forma, quando uma corrente elétrica passa por um fio é gerado um campo magnético nas vizinhanças desse fio. Consequentemente, quando se estabelece uma corrente AC (alternating current – corrente alternada), por exemplo, em um fio colocado sobre a superfície, fluem correntes elétricas nos condutores subsuperficiais. Esse processo é conhecido como indução eletromagnética. Consequentemente, a corrente alternada fluindo na bobina cria um campo eletromagnético primário nas proximidades da bobina, causando o fluxo de correntes secundárias em condutores em subsuperfície. As correntes secundárias, por sua vez, ao fluírem pelo condutor criam um campo novo, denominado campo magnético secundário, que traz consigo informações sobre o condutor.

Campo magnético estático (B0)

Os equipamentos de RM disponíveis no mercado têm intensidades de campos magnéticos que variam de 0,2 teslas a 3,0 teslas para usos clínicos, porém, na área de pesquisa, a intensidade inclusive pode ser superior a 7,0 teslas. As regras de segurança sofrem alteração quando o campo é superior a 3,0 teslas, especialmente quanto à movimentação das pessoas em relação ao campo. 
O campo magnético estático (B0) oferece dois tipos básicos de riscos: atração de objetos ferromagnéticos e alterações no funcionamento dos equipamentos.
Objetos compostos de ferro, níquel e cobalto, por exemplo, apresentam comportamento ferromagnético e serão atraídos pelo campo magnético do equipamento. O risco pode ser de atração (como no caso de um cilindro de oxigênio, uma tesoura, uma enceradeira, entre outros equipamentos metálicos) ou de torção (torque) em um objeto implantado no corpo, como um clipe de aneurisma cerebral. Quanto maior for a massa ferromagnética, maior será a força de atração do campo para com o objeto. Dessa força de atração pode ainda resultar o chamado efeito míssil, em que o objeto é acelerado em direção ao magneto, podendo acarretar choque violento com o paciente ou membro da equipe.
Todos os objetos que necessitarem ser levados para dentro da sala de RM devem ser cuidadosamente verificados, de forma a garantir que não haverá risco de atração com o campo magnético.
Pacientes, acompanhantes, membros da equipe técnica e médica ou qualquer pessoa que necessite entrar na sala de exames devem ser cuidadosamente questionados e revisados para que não portem materiais ferromagnéticos ou que não tenham implantes ou equipamentos sensíveis ao campo magnético. Pacientes portadores de implantes eletricamente ativos (como marcapassos cardíacos, desfibriladores cardíacos, neuroestimuladores e implantes cocleares, entre outros) devem ser questionados mesmo antes de entrar no setor de ressonância magnética.

Figura 4 | Símbolo internacional de alerta quanto à presença de magnetismo intenso
Fonte: Wikipedia.

Alinhamento dos Polos

Alinhamento dos polos

Como você pode perceber, a sala de ressonância magnética utiliza um campo magnético e ondas de rádio frequência. Conhecido como campo magnético principal, esse campo também pode ser denominado B0.
A ressonância magnética mede a intensidade dos prótons de hidrogênio – lembrando que a frequência natural do hidrogênio é 42,57 Hz, a frequência utilizada para a excitação dos prótons tem que ser igual ou semelhante à frequência natural do hidrogênio.
Na tentativa de comparar o alinhamento e o movimento de giro dos spins, podemos fazer uma analogia com um pião de brinquedo sob a ação do campo gravitacional. 
Sob a ação de um campo magnético, os prótons de hidrogênio realizarão um movimento determinado pela equação de Larmor. 
A equação de Larmor determina a velocidade com que os prótons de hidrogênio girem durante o exame. Quanto maior a velocidade de rotação, melhor sinal, e quanto menor a velocidade de rotação, mais baixo o sinal.
Na ressonância magnética, o paciente é sempre colocado em um campo magnético externo de potência fixa representada por um único vetor denominado vetor de magnetização efetiva (VME). Portanto, o VME seria um vetor que representaria a diferença de energia entre a população de prótons de hidrogênio de baixa e alta energias e, quando este estado é alcançado, dizemos que os tecidos do paciente estão em equilíbrio e totalmente magnetizados. Pode-se provocar uma mudança na direção do VME de um determinado tecido do paciente à medida que uma maior quantidade de energia é acrescentada ao sistema, pois quanto maior for a quantidade de campos magnéticos protônicos, maior é a intensidade do VME. Quanto maior o campo magnético em que está inserido o paciente, maior o sinal, é por isso que, em campos de alta potência, os sinais obtidos são melhores.
O nome dado ao ângulo de inclinação dos vetores é Flip Angle, do qual o VME sai do alinhamento. Por meio dele ocorre o processo de transferência do plano longitudinal para o plano transverso.

Aplicabilidade do alinhamento dos polos

Podemos observar o efeito de alinharem-se paralelamente vários dipolos magnéticos (Figura 5). Há na superfície da estrutura associada uma corrente ligada. Na figura à esquerda, o raciocínio análogo é utilizado para explicar densidade superficial de carga resultante de uma polarização elétrica uniforme.

Figura 5 | Alinhamento dos polos
Fonte: Wikipedia.

Quando o paciente é submetido ao campo magnético os átomos entram em compasso e giram no próprio eixo, conforme podemos observar na Figura 6.

Figura 6 | Ação do campo magnético
Fonte: Wikipedia.

Ao analisarmos a Figura 6, podemos concluir que se não ocorrer uma ação do campo magnético no paciente o alinhamento dos átomos de hidrogênio ocorrerá de forma aleatório; e quando houver a ação do campo magnético os átomos de hidrogênio ficarão todos alinhados, fazendo com que o equipamento de ressonância magnética consiga captar os sinais emitidos e transformá-los em imagem.

Vídeo Resumo

Neste momento daremos início ao vídeo de revisão da Aula 7 da Unidade 2 referente à disciplina Ressonância Magnética, seja muito bem-vindo!
Iniciaremos o vídeo falando dos campos magnéticos; dando sequência, abordaremos as noções do campo estático, e por fim abrangeremos o alinhamento dos polos.
Os assuntos que destacamos nesta revisão são de suma importância para a complementação e absorção de seu conhecimento.

 

Saiba mais

Para complementação e aprimoramento de seus estudos, indicamos o artigo “A física na ressonância magnética” cujo objetivo é promover a divulgação dos conceitos físicos envolvidos na formação de imagens por meio da ressonância magnética (RM).
Também indicamos o artigo “Roteiro para a experiência de levitação de um imã repelido por um supercondutor no Ensino de Física”.

Aula 4

Magnetos

Por meio de conteúdos abordados nesta unidade você aprenderá assuntos de suma importância para seus estudos. O conteúdo abordado será dividido em três blocos: no primeiro bloco, descreveremos os magnetos e suas funcionalidades enfatizando nos sistemas de ressonância magnética, no segundo bloco serão abordados os tipos de gradientes, por fim, no terceiro bloco descreveremos as bobinas.

15 minutos

introdução

Olá, estudante! 
Neste momento, iniciamos mais uma aula da disciplina Ressonância Magnética. 
Por meio de conteúdos abordados nesta unidade você aprenderá assuntos de suma importância para seus estudos. O conteúdo abordado será dividido em três blocos: no primeiro bloco, descreveremos os magnetos e suas funcionalidades enfatizando nos sistemas de ressonância magnética, no segundo bloco serão abordados os tipos de gradientes, por fim, no terceiro bloco descreveremos as bobinas.
Devemos ressaltar que os conteúdos abordados nesta aula são fundamentais para um bom resultado referente aos exames de ressonância magnética.
Bons estudos!

Magnetos e Sistema da RM

Magneto

O componente mais visível e mais discutido do sistema de ressonância magnética é o magneto. Cada tipo de magneto tem características próprias, entretanto, compartilham um objetivo comum: a criação do campo magnético, que é medido em teslas. As intensidades de campos usados na ressonância magnética variam de 0,1 a 3,0 teslas.

Figura 1 | Magneto
Fonte: Shutterstock.

Magnetos permanentes

Os custos elevados de operação associados a outros tipos de magnetos, energia elétrica e o criogênio para a refrigeração não existem no magneto permanente. Determinados materiais na natureza podem adquirir propriedades magnéticas permanentes, como os imãs de geladeira. Para uso em ressonância magnética determinados magnetos permanentes podem ser construídos em grandes tamanhos, obtendo-se intensidade de campos de até 0,3 tesla. Alguns equipamentos de RM são construídos com forma de placas paralelas, sustentadas por quatro pilares, nos quais se empregam os magnetos permanentes. Esse tipo de equipamento é conhecido popularmente como ressonância aberta. 
O custo operacional de um equipamento permanente é muito reduzido, pois ele não necessita de energia elétrica nem de refrigeração. Entretanto, tem a desvantagem de não poder ser desligado, pois a força de seu campo magnético é constante, o que dificulta o processo de manutenção do equipamento. Se objetos metálicos ficam presos no orifício central do magneto, terão de ser arrancados com muita força física, tal que seja capaz de vencer a força total do campo magnético. Além disso, os magnetos não podem ser transportados em caminhões metálicos comuns.

Magnetos resistivos

Podemos dizer que os magnetos resistivos funcionam conforme o princípio do eletromagneto, por meio do qual um campo magnético pode ser criado passando-se uma corrente elétrica através de uma bobina de fios. Os magnetos resistivos exigem grandes quantidades de energia elétrica – muitas vezes ela é maior do que a necessária para a utilização dos equipamentos radiológicos, a fim de fornecer altas correntes para a produção de campos magnéticos de grande intensidade. O custo desta energia deve ser contabilizado como parte do custo do exame. 
As altas correntes elétricas produzem calor, que deve ser dissipados com um sistema eficiente de resfriamento. O calor é produzido pela resistência do próprio fio por meio do sistema Joule. Sistemas resistivos típicos produzem campos magnéticos de 1 tesla.

Magnetos supercondutores

Esse tipo de magneto é construído com um supercondutor, regido também pelo princípio do eletromagnetismo. Ele utiliza uma propriedade que é apresentada por alguns materiais em temperaturas extremamente baixas: a condutividade. Um material supercondutor é aquele que perdeu toda a resistência em relação à passagem da corrente elétrica. Quando isso ocorre, correntes elétricas muito grandes podem ser mantidas com pouco dispêndio de energia elétrica. Assim, o custo elétrico de operação do magneto é mínimo.
Por outro lado, o custo do sistema de refrigeração para manter o supercondutor em temperaturas muito baixas é alto. Os materiais utilizados na refrigeração, chamados de criogênios, são o nitrogênio líquido (-196 °C) e o hélio líquido (-268°C). O custo de manter esse sistema de resfriamento intensivo é da mesma grandeza ou maior que o custo da energia elétrica para os magnetos resistivos. 

Gradientes

Gradientes de campo magnético

Os gradientes de campo magnético são variações rápidas do campo que ocorrem durante o processo de obtenção das imagens. As variações de campo magnético podem induzir correntes elétricas no corpo do paciente que podem resultar em estímulo de músculos periféricos e até mesmo choques elétricos. A probabilidade de ocorrência é maior quando do uso de sequências de pulso rápidas (gradiente eco e imagem eco planar) e nas extremidades dos magnetos, especialmente nos magnetos supercondutores de formato cilíndrico.
Normas regulamentadoras limitam o valor máximo do gradiente para que nenhuma estimulação cardíaca ocorra. O ruído acústico produzido pelos gradientes pode ser superior a 80 decibéis (80 dB), assim, é obrigatório o uso de proteção auricular para pacientes e qualquer pessoa que permaneça dentro da sala do magneto durante a aquisição de imagens.

Gradientes

O magneto complementar, também denominado gradientes x, y e z, refere-se a magnetos auxiliares com potências bem menores das do magneto principal. Os cortes oblíquos são selecionados por associação de dois gradientes.

Gradiente X

Gradiente X (plano sagital) são planos de secção paralelos aos planos laterais, que dividem o corpo em duas metades (Figura 2).

Figura 2 | Plano sagital
Fonte: Wikimedia.
Figura 3 | Ressonância magnética de crânio plano sagital
Fonte: Freepik.

Podemos observar na Figura 3, de ressonância magnética do crânio, plano sagital, um caso de tumor indicado na imagem pela cor vermelha.

Gradiente Y

Gradiente Y (plano coronal) são planos de secção paralelos aos planos ventral e dorsal, que dividem o corpo de forma a separar os planos ventral ou anterior e plano dorsal ou posterior.

Figura 4 | Plano coronal
Fonte: Wikimedia.
Figura 5 | Ressonância magnética cerebral plano coronal
Fonte: Freepik.

A Figura 5 ilustra uma sequência de imagens de ressonância magnética cerebral no plano coronal.

Gradiente Z

Gradiente Z (plano axial) são planos de secção paralelos aos planos cranial e podal, que dividem o corpo em superior e inferior.

Figura 6 | Plano axial
Fonte: Wikimedia.
Figura 7 | Ressonância magnética cerebral e órbita plano axial
Fonte: Freepik.

A Figura 7 ilustra uma ressonância magnética cerebral e órbita no plano axial, apresentando uma lesão cística bem delimitada, com projeção papilar interna na face.

Cuidados com o gradiente de campo magnético

Para obtermos com sucesso as medidas de proteção relacionadas ao paciente, devemos seguir alguns parâmetros básicos:

  1. Fornecer protetor auricular para pacientes, acompanhantes ou qualquer pessoa que permaneça dentro da sala do magneto durante a aquisição de imagens.
  2. Evitar que a pele do paciente fique em contato direto com a carcaça interna do magneto ou com partes da bobina. Utilizar espumas isoladoras e a roupa apropriada para o exame, para este fim.
  3. Criar registros de ocorrência em pacientes de estímulo de nervos periféricos, sensações de choque ou surgimentos de flashes luminosos (magnetofosfenos) durante a realização de exames para que sejam relatados ao fabricante e responsáveis pela manutenção dos equipamentos.

Bobinas

Bobinas de radiofrequência

As bobinas de radiofrequência são utilizadas para excitar os spins ou captar os sinais da ressonância magnética. Essas bobinas precisam produzir um campo de radiofrequência homogêneo e bem delimitado pela região de interesse. Bobinas avulsas podem ser usadas para excitação e captação dos sinais ou para ambas as funções. Em qualquer caso, existe uma alta sensibilidade das bobinas, que precisam estar sincronizadas e alinhadas com a frequência do núcleo de interesse.
Quando um paciente ou objeto é introduzido em uma bobina de radiofrequência, uma carga é adicionada à bobina. Nos tradicionais campos de ressonância magnética, que variam de 0,5 tesla a 1,5 tesla, o ruído introduzido pelo paciente se sobrepõe ao ruído inerente do sistema de radiofrequência. 
As bobinas de radiofrequência flexíveis circulares e de superfície permitem maior liberdade de posicionamento e mais conforto para a realização do exame. Existem outros tipos de bobinas que recebem e emitem sinais chamados de quadraturas. É um desenvolvimento que melhora a relação sinal/ruído e diminui a potência de radiofrequência transmitida ao paciente. Atualmente existem novas bobinas que são conhecidas por sinergia, compostas por um conjunto de pequenas bobinas de quadratura que atuam simultaneamente, aumentando a relação sinal/ruído e o campo de visão (FOV).

As bobinas podem ser divididas em quatro grandes grupos:
Bobinas de superfície: são bobinas que só recebem radiofrequência. São subdivididas em dois subgrupos: as lineares flexíveis, conhecidas como R1 e E1; e as lineares rígidas, conhecidas como T-L spine, anterior neck e sinergias (contém multicanais para realizar os exames), e ainda as circulares flexíveis, também conhecidas como C1, C2, C3 e C4.

Figura 8 | Bobina de superfície (abdome)
Fonte: Nobrega (2006, p. 48).

Bobinas de quadraturas: são as bobinas que recebem e emitem radiofrequência, utilizadas para se obter sinal por toda a volta do órgão em questão. Essas bobinas são: head coil, neck quad, body coil e knee.

Figura 9 | Bobina de volume encéfalo (head coil)
Fonte: Nobrega (2006, p. 48).
Figura 10 | Bobina de volume joelho (knee coil)
Fonte: Nobrega (2006, p. 48).
Figura 11 | Bobina de corpo (body coil)
Fonte: Nobrega (2006, p. 48).

Bobinas phase array: também conhecidas como arranjo de fase, essas bobinas permitem simular uma quadratura. São elas: torso e body upper around.

Figura 12 | Bobina de coluna (CTL coil)
Fonte: Nobrega (2006, p. 48).
Figura 13 | Bobina de mama (breast coil)
Fonte: Nobrega (2006, p. 48).

Bobinas endocavitárias: são utilizadas para pequenas regiões, e só recebem radiofrequência. Esse tipo de bobina é utilizado para os exames de próstata. Para prolongamento ou extensão, utilizamos filtros, e para marcar posição ou localização de estruturas, colocamos marcadores.

Vídeo Resumo

Prezado estudante, seja muito bem-vindo ao vídeo de revisão da oitava aula referente à Unidade 2 da disciplina Ressonância Magnética. 
Nesta revisão abordaremos assuntos de suma importância para a complementação e absorção de seu conhecimento.
Iniciaremos o vídeo falando dos magnetos e do sistema da RM; na sequência, abordaremos os tipos de gradientes, e por fim abrangeremos as bobinas utilizadas nos equipamentos de RM.

 

Saiba mais

Para complementação e aprimoramento de seus estudos, indicamos o artigo “Estudo comparativo entre bobinas de corpo e superfície na mamografia por ressonância magnética de próteses de silicone”.
Este artigo tem por objetivo a análise por ressonância magnética das mamas de pacientes com próteses mamárias de silicone, realizada utilizando parâmetros técnicos predeterminados, comparando-se bobina de superfície dedicada às mamas e bobina de corpo no mesmo grupo. 

Aula 5

Revisão da unidade

11 minutos

Radiofrequência; Tecnologia dos Equipamentos; Campos Magnéticos e Magnetos.

Conceitos da radiofrequência

A radiofrequência (RF) é a faixa de frequência que abrange aproximadamente de 3 kHz a 300 GHz e que corresponde à frequência das ondas de rádio.
As correntes elétricas oscilam pela frequência de rádio, com propriedades especiais que não se encontram nas correntes contínuas ou alternadas com baixa frequência. 
Para um melhor entendimento destacamos o espectro eletromagnético, descrito por uma tabela ou um gráfico que relaciona o tipo de onda com a frequência desta onda.

Figura 1 | Espectro eletromagnético
Fonte: Wikimedia.

Tecnologia dos equipamentos

Ao longo das últimas décadas, a imagem médica evoluiu muito no critério sensibilidade, e isso engloba a ressonância magnética, modalidade classificada como um dos métodos mais precisos de diagnóstico por imagem. É importante ressaltar que o exame de RM permite a análise de qualquer órgão ou tecido que tenha água em sua composição, o que auxilia na identificação de tumores, doenças degenerativas, ortopédicas, neurológicas e cardiovasculares com mais precisão.
Os exames contrastados de ressonância magnética trouxeram uma evolução para o diagnóstico por imagem. É possível solicitar exame de RM com ou sem contraste, e o médico solicitante deverá prescrever no pedido a hipótese diagnóstica do paciente e se será com a utilização farmacológica do gadolínio, um meio de contraste paramagnético. 
Em resumo, a ressonância magnética é uma técnica de exames do diagnóstico por imagem que não utiliza radiação ionizante. Sua imagem é fundamental para um diagnóstico médico preciso, auxiliando o médico tanto no tratamento como nos casos pré e pós-operatórios.

Campos magnéticos

A RM estuda os núcleos atômicos ao alinhá-los a um campo magnético constante, para posteriormente perturbar este alinhamento com o uso de um campo magnético alternado, de orientação ortogonal. Na realização do exame para a obtenção da imagem, nos equipamentos de RM ocorre o alinhamento das moléculas de hidrogênio, as quais, por sua vez, emitirão um sinal ao equipamento, que será transformado em imagens.
As correntes secundárias ao fluírem pelo condutor (magneto) criam um campo novo, denominado campo magnético secundário. Os métodos eletromagnéticos envolvem a propagação de campos eletromagnéticos de baixa frequência e baseiam-se nos fenômenos físicos de eletricidade e magnetismo.
Podemos concluir que se não ocorrer uma ação do campo magnético no paciente, o alinhamento dos átomos de hidrogênio ocorrerá de forma aleatório; e quando houver a ação do campo magnético, os átomos de hidrogênio ficarão todos alinhados, fazendo com que o equipamento de ressonância magnética consiga captar os sinais emitidos e transformá-los em imagem.

Magnetos

É fundamental ressaltar que o magneto é o componente mais visível e mais discutido do sistema de ressonância magnética. Cada tipo de magneto tem características próprias, entretanto, compartilham um objetivo comum: a criação do campo magnético, que é medido em teslas. Os magnetos são classificados de três formas: magneto permanente, que não necessita de energia elétrica nem de refrigeração; magneto resistivo, que usa o princípio do eletromagneto, exigindo grande quantidade de energia elétrica; e magneto supercondutor, que pelo princípio do eletromagnetismo, utiliza uma propriedade apresentada por alguns materiais em temperaturas extremamente baixas – a condutividade –, proporcionando baixo consumo de correte elétrica.

Revisão da unidade

Prezado estudante,
Neste vídeo revisaremos os principais assuntos abordados na Unidade 2, abrangendo a instrumentação e equipamentos de ressonância magnética. Iniciaremos nosso vídeo de revisão com os conceitos de radiofrequência, dando sequência com as tecnologias dos equipamentos de RM. Enfatizaremos os estudos dos campos magnéticos, e finalizaremos abordando os magnetos.

 

ESTUDO DE CASO

Caro estudante, para contextualizarmos seu aprendizado, imagine que ao término de sua graduação, você foi selecionado para concorrer a uma vaga de emprego no hospital central de sua cidade. No processo seletivo, um dos requisitos básicos era o conhecimento teórico de como ocorreram os avanços tecnológicos no setor de ressonância magnética. Na primeira etapa do processo seletivo, o avaliador analisará, além dos aspectos históricos, seu conhecimento nos conceitos de radiofrequência e no funcionamento do equipamento de ressonância magnética.
Na segunda etapa do processo seletivo foram realizados testes simultâneos nos equipamentos de ressonância magnética, analisando seu conhecimento nos protocolos de exames com a aplicabilidade dos filtros e GAP.
Na terceira e última etapa desse processo seletivo, a prova foi baseada nos tipos de equipamentos de ressonância magnética, testando seu conhecimento em relação aos tipos de magnetos e sistemas do equipamento. 
Você, como um aluno muito dedicado, teve um destaque positivo diante dos outros candidatos, e foi classificado para a vaga de emprego. 
No período de adaptação e treinamento no setor de ressonância magnética, você anotou atentamente todas as dúvidas que foram surgindo. No final de cada dia fez um relatório para assim que possível esclarecer as dúvidas. 

Reflita

Vamos tirar suas dúvidas neste momento?
O que é uma bobina de radiofrequência?
Como são classificadas as bobinas?
O que são gradientes e quais suas funções? 

Resolução do Estudo de Caso

As bobinas de radiofrequência são utilizadas para excitar os spins ou captar os sinais da ressonância magnética. Elas precisam produzir um campo de radiofrequência homogêneo e bem delimitado pela região de interesse. Bobinas avulsas podem ser usadas para excitação e captação dos sinais ou para ambas as funções. Em qualquer caso, existe uma alta sensibilidade das bobinas, que precisam estar sincronizadas e alinhadas com a frequência do núcleo de interesse.
As bobinas podem ser divididas em quatro grandes grupos:
Bobinas de superfície: são bobinas que só recebem radiofrequência, e são subdivididas em dois subgrupos: as lineares e as flexíveis.
Bobinas de quadraturas: são as bobinas que recebem e emitem radiofrequência, utilizadas para obter sinal por toda a volta do órgão em questão.
Bobinas phase array: também conhecidas como arranjo de fase, essas bobinas permitem simular uma quadratura.
Bobinas endocavitárias: utilizadas para pequenas regiões, e só recebe radiofrequência.

O magneto complementar, também conhecido como gradientes x, y e z, compõe-se de magnetos auxiliares com potências bem menores que o magneto principal. Os cortes oblíquos são selecionados por associação de dois gradientes.

 

Resumo Visual

Instrumentação e equipamentos

Nesta unidade estudamos os seguintes assuntos:

Fonte: elaborada pela autora.

Este fluxograma retrata os tópicos dos conteúdos abordados na Unidade 2.

Fonte: elaborada pela autora.

referências

07 minutos

Aula 1

BONTRAGER, K. L.; LAMPIGNANO, J. P. Tratado de Posicionamento Radiográfico e Anatomia Associada: 8. ed. São Paulo: Elsevier, 2015. 94 p.  
FANTON, R. Ressonância Magnética: princípio físico e aplicação. São Paulo: Corpus, 2007. 176 p.  
HALLIDAY, D.; RESNICK, R. Fundamentos de Física. 9. ed. Rio de Janeiro: Gen, 2012. 296 p.  
MORAES, A. F. de; JARDIM, V. Manual de Física Radiológica. São Paulo: Yendis, 2010. 222 p.  
MOURÃO, A. P. F. Tecnologia Radiológica e Diagnóstico por Imagem: guia para ensino e aprendizado. 5. ed. São Caetano do Sul: Difusão, 2012. 3 v. (Série Curso de Radiologia). 
NOBREGA, A. I. da. Técnicas em Ressonância Magnética. São Paulo: Atheneu, 2006. 120 p. (Série Tecnologia em Radiologia Médica). 
NÓBREGA, A. I. da et al. (org.). Tecnologia radiológica e diagnóstico por imagem. 5. ed. v. 4 São Caetano do Sul: Difusão, 2012. 
STARK, D. D.; BRANDLEY JUNIOR, W. G. Ressonância Magnética: Volume I. 3. ed. Rio de Janeiro: Revinter, 1999. 1142 p. 

Aula 2

BONTRAGER, K. L.; LAMPIGNANO, J. P. Tratado de Posicionamento Radiográfico e Anatomia Associada: 8. ed. São Paulo: Elsevier, 2015. 94 p.  
FANTON, R. Ressonância Magnética: princípio físico e aplicação. São Paulo: Corpus, 2007. 176 p.  
MOURÃO, A. P. F. Tecnologia Radiológica e Diagnóstico por Imagem: guia para ensino e aprendizado. 5. ed. São Caetano do Sul: Difusão, 2012. 3 v. (Série Curso de Radiologia). 
NOBREGA, A. I. da. Técnicas em Ressonância Magnética. São Paulo: Atheneu, 2006. 120 p. (Série Tecnologia em Radiologia Médica). 
NÓBREGA, A. I. da et al. (org.). Tecnologia radiológica e diagnóstico por imagem. 5. ed. v. 4 São Caetano do Sul: Difusão, 2012. 
PISCO, J. M. Radiologia e análise de imagens. São Paulo: Rideel, 2010. 
STARK, D. D.; BRANDLEY JUNIOR, W. G. Ressonância Magnética: Volume I. 3. ed. Rio de Janeiro: Revinter, 1999. 1142 p. 

Aula 3

BONTRAGER, K. L.; LAMPIGNANO, J. P. Tratado de Posicionamento Radiográfico e Anatomia Associada: 8. ed. São Paulo: Elsevier, 2015. 94 p. 
 FANTON, R. Ressonância Magnética: princípio físico e aplicação. São Paulo: Corpus, 2007. 176 p.  
MOURÃO, A. P. F. Tecnologia Radiológica e Diagnóstico por Imagem: guia para ensino e aprendizado. 5. ed. São Caetano do Sul: Difusão, 2012. 3 v. (Série Curso de Radiologia). 
NOBREGA, A. I. da. Técnicas em Ressonância Magnética. São Paulo: Atheneu, 2006. 120 p. (Série Tecnologia em Radiologia Médica). 
NÓBREGA, A. I. da et al. (org.). Tecnologia radiológica e diagnóstico por imagem. 5. ed. v. 4 São Caetano do Sul: Difusão, 2012. 
STARK, D. D.; BRANDLEY JUNIOR, W. G. Ressonância Magnética: Volume I. 3. ed. Rio de Janeiro: Revinter, 1999. 1142 p.

Aula 4

BONTRAGER, K. L.; LAMPIGNANO, J. P. Tratado de Posicionamento Radiográfico e Anatomia Associada: 8. ed. São Paulo: Elsevier, 2015. 94 p.  
FANTON, R. Ressonância Magnética: princípio físico e aplicação. São Paulo: Corpus, 2007. 176 p.  
MOURÃO, A. P. F. Tecnologia Radiológica e Diagnóstico por Imagem: guia para ensino e aprendizado. 5. ed. São Caetano do Sul: Difusão, 2012. 3 v. (Série Curso de Radiologia). 
NOBREGA, A. I. da. Técnicas em Ressonância Magnética. São Paulo: Atheneu, 2006. 120 p. (Série Tecnologia em Radiologia Médica). 
NOBREGA, A. I. da et al. (org.). Tecnologia radiológica e diagnóstico por imagem. 5. ed. v. 4 São Caetano do Sul: Difusão, 2012. 
STARK, D. D.; BRANDLEY JUNIOR, W. G. Ressonância Magnética: Volume I. 3. ed. Rio de Janeiro: Revinter, 1999. 1142 p.

Aula 5

BONTRAGER, K. L.; LAMPIGNANO, J. P. Tratado de Posicionamento Radiográfico e Anatomia Associada: 8. ed. São Paulo: Elsevier, 2015. 94 p.  
FANTON, R. Ressonância Magnética: princípio físico e aplicação. São Paulo: Corpus, 2007. 176 p.  
HALLIDAY, D.; RESNICK, R. Fundamentos de Física. 9. ed. Rio de Janeiro: Gen, 2012. 296 p.  
MORAES, A. F. de; JARDIM, V. Manual de Física Radiológica. São Paulo: Yendis, 2010. 222 p.  
MOURÃO, A. P. F. Tecnologia Radiológica e Diagnóstico por Imagem: guia para ensino e aprendizado. 5. ed. São Caetano do Sul: Difusão, 2012. 3 v. (Série Curso de Radiologia). 
NOBREGA, A. I. da. Técnicas em Ressonância Magnética. São Paulo: Atheneu, 2006. 120 p. (Série Tecnologia em Radiologia Médica). 
NÓBREGA, A. I. da et al. (org.). Tecnologia radiológica e diagnóstico por imagem. 5. ed. v. 4 São Caetano do Sul: Difusão, 2012. 
STARK, D. D.; BRANDLEY JUNIOR, W. G. Ressonância Magnética: Volume I. 3. ed. Rio de Janeiro: Revinter, 1999. 1142 p.

Imagem de capa: Storyset e ShutterStock.