Comentários

0%

Aula 1

Introdução da RM

Para aprimorar seus estudos e conhecimento, abordaremos nesta unidade os princípios básicos da Ressonância Magnética, destacando desde os primórdios até os dias atuais.

16 minutos

introdução

Boas-vindas, estudante!
Daremos início neste momento à Aula 1, referente à primeira unidade da disciplina de Ressonância Magnética. 
Para aprimorar seus estudos e conhecimento, abordaremos nesta unidade os princípios básicos da Ressonância Magnética, destacando desde os primórdios até os dias atuais, abrangendo as sequências de pulsos T1 e T2, definindo qual a finalidade de cada uma dessas sequências perante o exame de RM e analisando o funcionamento dos campos magnéticos, focando na interação física que ocorre com o corpo humano para a realização do exame.
Vamos lá e aproveite esta aula para estudar e aumentar seu conhecimento cada vez mais! 

Princípios básicos de ressonância magnética

Caro estudante,
Ao abordarmos a introdução da Ressonância Magnética, é fundamental destacarmos os primórdios dessa modalidade de diagnóstico por imagem, sendo ela fundamental para a área da medicina.

Ressonância Magnética

Podemos dizer que a Ressonância Magnética se caracteriza por ser um fenômeno físico de troca de energia entre força periódica e corpos em movimento, gerando um campo magnético de alta frequência. Dessa forma, baseia-se na troca de energia entre núcleos de átomos de hidrogênio com ondas eletromagnéticas provenientes de campos magnéticos oscilatórios (Figura 1).

Figura 1 | Fenômeno da ressonância
Fonte: Nóbrega (2006, p. 2).

Sempre que a frequência oscilatória dos campos aplicados coincidirem com a frequência de rotação dos núcleos de hidrogênio, haverá o processo de troca de energia. Para que esse processo ocorra de forma controlada, é necessário que os núcleos dos hidrogênios estejam alinhados. O campo magnético externo é o responsável por esse alinhamento; quanto maior for a potência do campo magnético externo, maior será a quantidade de hidrogênios que se alinharão com este. Nessa situação, uma parcela de hidrogênios absorverá a energia das ondas eletromagnéticas externas e mudará de orientação em relação ao campo magnético.
A porcentagem de hidrogênio que mudou de orientação assume um estado energizado e posteriormente irá liberar energia em forma de sinal de ressonância magnética.
A obtenção das imagens por ressonância magnética a partir do hidrogênio se deve ao fato de esse elemento estar amplamente distribuído nos tecidos biológicos e por suas características em responder a campos magnéticos externos como se fosse um pequeno imã. 
Os scanners de Ressonância Magnética usam campos magnéticos fortes, ondas de rádio e gradientes de campo para gerar imagens dos órgãos no corpo humano. A Ressonância Magnética não utiliza radiação ionizante (raios X), o que a distingue da Tomografia Computadorizada, que é uma modalidade de diagnóstico por imagem que utiliza o raios X.
A Ressonância Magnética é classificada como uma técnica de imagem médica usada na radiologia para formar imagens da anatomia e dos processos fisiológicos do corpo. Esse processo ocorre através das ondas de rádio que envolvem o campo magnético.

Conceitos 

Podemos dizer quer a Ressonância Magnética (Figura 2) é um exame de diagnóstico por imagem que retrata imagens de alta definição dos órgãos através da utilização do campo magnético. A Ressonância Magnética não utiliza radiação, porém uma vez que o aparelho tem um potente campo magnético é preciso tomar cuidado para o que não utilizar durante o exame, como: joias, objetos metálicos, maquiagem e outros.

Figura 2 | Equipamento de Ressonância Magnética
Fonte: Pixabay.

A Figura 2 ilustra uma sala de exames de Ressonância Magnética, contendo o equipamento de RM, sendo ele composto por um magneto, bobinas gradientes, bobinas de radiofrequência, um sistema de receptor de imagens e o computador.

Sequências de pulsos T1 e T2

Relaxação Longitudinal (sequência de pulsos T1)

Na busca da condição de equilíbrio, os prótons que absorveram energia no processo de excitação passam a liberá-los para o meio e assumem o estado de menor energia.
Os hidrogênios ligados aos diversos tecidos do corpo humano apresentam comportamentos diferentes quanto ao retorno à condição de equilíbrio, fenômeno esse conhecido como recuperação da magnetização longitudinal. Hidrogênios ligados à água apresentam tempos longos de recuperação longitudinal, enquanto os ligados à gordura recuperam rapidamente essa condição. Tal característica dos tecidos biológicos possibilita o estudo da Ressonância Magnética por contraste, influenciado pela relaxação longitudinal, produzindo imagens ponderadas em T1.
Considera-se o T1 de um tecido o tempo necessário para a recuperação de aproximadamente 63% da magnetização longitudinal dos prótons desse tecido.

Relaxação transversal (sequência de pulsos T2)

Quando o pulso de radiofrequência é emitido, a sua frequência e o seu endereçamento quântico são feitos de tal forma que apenas a população de hidrogênios de mesma frequência e com as mesmas fases absorve a energia dessas ondas. A população de hidrogênio que absorve a energia desloca-se para o lado de alta energia (spin down) e, com isso, uma magnetização resultante surge no plano transversal (magnetização transversal). Nessas condições, os hidrogênios que contribuem para a resultante transversal possuem a mesma fase e o valor da resultante magnética é máximo, porém, o contraste entre os tecidos é mínimo.
Após algum tempo, os átomos excitados alteram a sua fase, resultado da interação com átomos vizinhos e da falta de homogeneidade do campo magnético principal, ocasionando uma redução na amplitude do vetor magnetização transversal, no entanto é possível obter contraste entre os tecidos nesse momento. O padrão de imagem estabelecido nessas condições é o que conhecemos por T2. Em outras palavras, podemos dizer que T2 é a ponderação de imagem influenciada pelas características de relaxação transversal dos hidrogênios ligados aos diversos tecidos biológicos. A principal característica da imagem T2 é que os líquidos se apresentam claros (hiperintensos) na imagem. Tecidos musculares, vísceras, parênquimas em geral dão pouco sinal e se apresentam escuros.
O tempo de relaxação transversal (T2) de um tecido em particular é o tempo necessário para que o vetor magnetização decaia até aproximadamente 37% do seu valor original.

Resumo:

Nas sequências de pulsos T1 e T2, podemos dizer que se trata de uma carga elétrica em movimento e essas por sua vez produzem um campo magnético. 
As ponderações T1 e o T2 são sequências de contraste, que medem as diferenças dos parâmetros em cada tecido (Figura 3).
Podemos dizer que: T1 significa o tempo de relaxamento longitudinal e T2 significa o tempo de relaxamento transversal.
As sequências T1 possuem um tempo de repetição curto e o tempo de eco curto, já as sequências T2 possuem o tempo de repetição longo e o tempo de eco longo.

Figura 3 | Ressonância magnética ponderada em T1, ponderada em T2 e ponderada por DP
Fonte: Wikipedia.

A Figura 3 representa exemplos de exames de ressonância magnética ponderados em T1, ponderados em T2 e ponderados em PD. A imagem ponderada em T1 mostra uma visão transversal, as imagens ponderadas em T2 e PD mostram uma visão coronal de um cérebro humano.

Funcionamento dos campos magnéticos

Caro estudante,
Para compreendermos melhor o funcionamento dos campos magnéticos, primeiramente vamos entender quem foi Lamor e o que é a frequência de Larmor ou também denominada como Lei de Larmor.

Larmor

Foi um físico inglês que no ano de 1897 demonstrou que o efeito de um campo magnético sobre partículas carregadas que descrevem órbitas circulares era o de sobrepor a frequência processional em torno de um campo externo.

Frequência de Larmor

Essa frequência é expressa sempre que tiver uma partícula carregada em uma órbita limitada em uma região finita do espaço, onde atua um campo de força central, em que a adição de um campo magnético fraco produz um movimento de precessão sobreposto ao movimento inicial da partícula carregada (B = 0). 
Dessa forma, destacamos que a expressão realizada pela frequência de Larmor do movimento de precessão nuclear é:

v=  wv=w02π 

Podemos observar a frequência de precessão de Larmor na Figura 4.Dessa forma, destacamos que a expressão realizada pela frequência de Larmor do movimento de precessão nuclear é:

Figura 4 | Frequência de precessão de Larmor
Fonte: Wikipedia.

Funcionamento dos campos magnéticos

De um modo simples, a Ressonância Magnética é uma interação entre um campo magnético externo, ondas de rádio e núcleos de hidrogênio no corpo (que são, eles mesmos, pequenos magnetos).
Quando colocado em um campo magnético, o corpo torna-se temporariamente magnetizado, ou seja, os núcleos de hidrogênio alinham-se com o campo magnético, criando a magnetização. Em equilíbrio, a magnetização resultante é paralela ao eixo z do campo magnético externo. Isso se chama magnetização longitudinal (T1).
Um pulso de radiofrequência de Larmor inclina a magnetização longitudinal em direção ao plano transverso, criando a magnetização transversa (T2). A magnetização longitudinal recupera-se parcialmente entre os pulsos de radiofrequência aplicados repetidamente a intervalos de TR (tempo de repetição) com a constante de T1.
A pressão da magnetização transversa induz o sinal elétrico na bobina, decaindo na constante de tempo T2. O volume da imagem é restrito a um corte por frequências específicas no pulso de radiofrequência e no gradiente do campo magnético. 

Exemplificando

A ressonância magnética emite ondas de radiofrequência junto ao ímã acoplado ao aparelho, enxergando o interior do corpo humano, mapeando a posição de moléculas de água. Na Figura 5 podemos observar a interação magnética que ocorre através do alinhamento dos eixos equivalentes norte e sul dos ímãs.

Figura 5 | Alinhamento dos eixos magnéticos
Fonte: Wikipedia.

Interações físicas com o corpo humano

O nosso corpo possui diferentes tecidos e densidades, o aparelho cria um campo magnético nesses tecidos para que os núcleos dos átomos de hidrogênio que estão desalinhados se alinhem e formem pequenos ímãs, depois de atravessar o corpo humano, a radiofrequência produz uma vibração que é detectada e enviada ao computador. O computador avalia os sinais recebidos e transforma-os em imagens, mostrando a anatomia, órgãos, tecidos sem submeter o corpo a qualquer tipo de radiação.

Figura 6 | Interação da radiofrequência com o corpo
Fonte: Shutterstock.

Vídeo Resumo

Estudante,
Chegamos ao momento de nossa videoaula, aqui você degustará uma revisão dos principais assuntos abordados na Aula 1, sendo eles fundamentais para a complementação e absorção de seu conhecimento.
Daremos início abrangendo os princípios da Ressonância Magnética, dando seguimento nos estudos das sequências de pulsos T1 e T2 e finalizando com a abordagem do funcionamento dos campos magnéticos.

 

Saiba mais

Prezado estudante,
Para complementação e aprimoramento de seus estudos, indico o artigo: Imagem por ressonância magnética: princípios básicos.
Esse artigo tem por objetivo ilustrar que a imagem por ressonância magnética (IRM) é o método de diagnóstico por imagem não invasivo mais sensível para avaliar partes moles, particularmente o encéfalo, porém trata-se de uma técnica onerosa. 

Aula 2

Radiofrequência e sua aplicação clínica na RM

É importante ressaltar que a Ressonância Magnética é um exame de diagnóstico por imagem, fundamental para a identificação de estruturas patológicas, auxiliando o médico tanto no diagnóstico como no tratamento do paciente.

16 minutos

introdução

Prezado estudante, 
O conteúdo desta unidade servirá para aprimorar seus estudos e enobrecer seu conhecimento. No primeiro bloco, abordaremos a utilização de pulsos de radiofrequência nas aplicações clínicas dos exames de Ressonância Magnética, no segundo bloco, dando continuidade, destacaremos os métodos de sequências e pulsos da RM e, por fim, no terceiro bloco abrangeremos a técnica de inversão-recuperação.
É importante ressaltar que a Ressonância Magnética é um exame de diagnóstico por imagem, fundamental para a identificação de estruturas patológicas, auxiliando o médico tanto no diagnóstico como no tratamento do paciente. 
Vamos lá e aproveite esta aula para estudar e aumentar seu conhecimento cada vez mais! 

Utilização de pulsos de radiofrequência nas aplicações clínicas dos exames de RM

Conceito de Ressonância Magnética

A escolha da radiofrequência a ser utilizada para afetar a pressão dos prótons depende da velocidade de pressão em que o próton já esteja girando para o valor escolhido, ou seja, o adequando para entrar na ressonância com os prótons. Isso significa que enquanto o próton gira, o campo magnético parece estar exatamente no tempo apropriado para ter efeito máximo em forçar o próton para fora do campo magnético estático. Essa simetria ou concordância, entre uma força e um sistema que se alteram periodicamente entre si (Figura 1).

Figura 1 | Movimento de precessão
Fonte: Nóbrega (2006, p. 2).

Resumidamente, podemos dizer que a Figura 1 representa o movimento de precessão, onde o núcleo do átomo de hidrogênio responde à força magnética externa, alinhando-se com o campo magnético. Nessas condições, o seu spin nuclear sofre distorções e passa a descrever um movimento rotacional cônico em torno do próprio eixo.

Recebimento do sinal de RM

O próton é classificado como um pequeno magneto que, ao girar, emite ou cria ondas eletromagnéticas. Essas ondas emitidas de prótons dentro do tecido humano são captadas por uma antena ou bobina receptora durante a fase de recepção do processo de ressonância magnética. Esse sinal elétrico obtido na bobina receptora é enviado a um computador que utilizará técnicas semelhantes à da tomografia computadorizada para reconstruir a imagem do paciente. 
Em resumo, a aplicação do pulso de radiofrequência causa dois efeitos:
1º efeito: transfere energia para o vetor magnetização, desviando-o do alinhamento ou jogando-o para o plano transversal, quando for de 90º.
2º efeito: faz com que os núcleos retornem, momentaneamente, em fase no plano transversal.
Cessando a radiofrequência, é possível medir o processo de relaxação dos spins de volta ao seu estado inicial e duas constantes de tempo são criadas para caracterizar os processos envolvidos: T1 e T2.

Onde:

T1 está relacionada ao retorno da magnetização para o eixo longitudinal e é influenciada pela interação dos spins com a rede.
T2 faz referência à redução da magnetização no plano transversal e é influenciada pela interação spin-spin (dipolo-dipolo).

Conceitos: pulso de radiofrequência

Podemos dizer que o estudo das sequências de pulso é parte integral do aprendizado da Ressonância Magnética. 
Uma sequência de pulso é, por definição, uma série de pulsos de radiofrequência (RF), aplicações de gradiente e intervalos de tempo de intervenção. 
As sequências de pulso nos permitem controlar o modo pelo qual o sistema aplica pulsos e gradientes. Dessa maneira, a qualidade e a ponderação da imagem são determinadas. 
Existem diversos tipos de sequências de pulso e cada um tem um propósito específico.
É possível, a partir da aplicação de pulsos de diferentes ângulos, obter diferentes contrastes entre os tecidos.

Sequência de pulsos

Sequência de pulsos

Observar a forma como os pulsos de radiofrequência são aplicados e como a obtenção dos sinais de Ressonância Magnética influenciam no contraste das imagens é possível a partir da aplicação de pulsos de diferentes ângulos e obtenção de diferentes contrastes entre os tecidos. 
O Tempo de Eco é o tempo medido entre a aplicação do pulso de radiofrequência de 90º e a amplitude máxima do sinal de RM em uma frequência spin-eco.
O tempo de repetições é o tempo medido entre os dois pulsos de radiofrequência de 90º em uma sequência spin-eco.

Sequências de pulso spin-eco

A sequência de pulso spin-eco se caracteriza pela aplicação de um pulso inicial de RF de 90º, seguido de um pulso de RF de 180º (Figura 2).
O pulso de 90º é denominado com pulso seletivo e o pulso de 180º denomina-se como pulso de refasamento dos prótons. 

Figura 2 | Pulso spin-eco
Fonte: Shutterstock.

A Figura 2 representa um vetor de diagrama esquemático de um eco de rotação usado para ressonância magnética.

Intervalo de tempo eco

O intervalo de tempo t entre a aplicação desses dois pulsos irá determinar o surgimento do eco em 2 t.
Chamaremos de tempo de eco (TE) o intervalo de tempo entre a aplicação do pulso inicial de radiofrequência de 90º e o pico do eco.
O tempo entre sucessivos pulsos de radiofrequência (RF) de 90º é chamado de tempo de repetição. Enquanto o tempo de eco determina o quanto de relaxação no plano longitudinal estará presente no eco, o tempo de repetição estabelece o quanto de magnetização longitudinal se recuperou entre sucessivos pulsos de 90º.
Na Figura 3 podemos observar os efeitos do tempo de repetição e tempo de eco no sinal de ressonância magnética, através do tempo de relaxamento T1, sendo esse o tempo que leva para o componente de magnetização longitudinal retornar ao seu estado de equilíbrio. Já o T2 possui um tempo de eco longo de magnetização, sendo essa transversal.

Figura 3 | Aplicação de pulsos T1 e T2
Fonte: Wikimedia.

A Figura 3 ilustra os efeitos de tempo de repetição (TR) e tempo de eco (TE) no sinal de Ressonância Magnética.

Spin-eco turbo

Como o nome sugere, spin-eco turbo ou rápido é uma sequência de pulso spin-eco, porém com tempos de escaneamento muito mais curtos do que nas sequências spin-eco convencionais.
Para compreender como o spin-eco rápido consegue isso, é importante fazer uma recapitulação sobre aquisição de dados em sequências spin-eco convencionais. Um pulso de excitação de 90° é seguido por um pulso de refasagem de 180°. Apenas uma etapa de codificação de fase é aplicada por tempo de repetição em cada corte e, portanto, apenas uma linha do espaço K é preenchida em cada tempo de repetição.

Técnica de inversão-recuperação

Técnica de inversão e recuperação

A técnica de inversão e recuperação foi desenvolvida logo no princípio da RM para fornecer bom contraste T1 em sistemas de baixo campo. No entanto, os tempos de escaneamento eram relativamente longos e quando começaram a ser usados os sistemas supercondutores de alto campo, essa sequência se tornou, de certa forma, redundante. 
Dessa forma, podemos dizer que a técnica de inversão e recuperação ressurgiu em combinação com spin-eco rápido para produção de imagens em poucos minutos. Geralmente é empregada para suprimir o sinal de determinados tecidos, juntamente com tempo de eco longo e ponderação em T2, embora, em sistemas de baixo campo, ainda seja usada para obtenção de contraste em T1.

Aplicabilidade da técnica de inversão e recuperação

A sequência de IR (inversão e recuperação) utiliza três pulsos de excitação (Figura 4):

Figura 4 | Técnica de IR
Fonte: Nóbrega (2006, p. 13).

O princípio da sequência baseia-se em suprir o sinal de um tecido conhecendo-se o seu tempo de inversão. Entende-se por tempo de inversão (TI) o tempo necessário para que a resultante magnética dos hidrogênios ligados a um tecido em particular possa migrar do eixo longitudinal de maior energia até o plano transversal. Nesse momento se um pulso de 90 graus for aplicado, os hidrogênios do tecido vão se posicionar novamente no eixo Z e, dessa forma, não poderão contribuir com o sinal da Ressonância Magnética.

A sequência de inversão e recuperação (IR) possui três aplicações principais, sendo elas:

Técnica EPI – Eco planar imagem

A imagem eco planar EPI em RM é uma técnica ultrarrápida de obtenção das imagens acopladas às sequências de pulsos spin-eco e gradiente de eco. Nessa técnica de imagem o preenchimento do espaço K pode ser obtido em um único TR (single shot). As condições de fase e frequência são obtidas durante o decaimento do sinal, sem a utilização de pulsos de RF codificadores. Essa técnica permite a obtenção de imagens em frações de segundos (Figura 5).

Figura 5 | Técnica eco planar (EPI)
Fonte: Nóbrega (2006, p. 14).

Essa técnica de obtenção de imagens por ressonância magnética vem sendo largamente utilizada nos estudos funcionais de difusão, perfusão e avaliação por RM. Na difusão, o eco planar avalia o sinal de hidrogênio com mobilização restrita, onde é observado nas isquemias cerebrais. A perfusão avalia o aporte sanguíneo a um tecido e é realizada com o meio de contraste.
Dessa forma, a ressonância magnética funcional por ativação é uma das técnicas mais promissoras nos estudos das atividades cerebrais em funções motoras, sensitivas e cognitivas. Nessa técnica, o córtex cerebral envolvido com uma determinada tarefa atrai células sanguíneas carregadas com oxigênio (oxiemoglobinas) que produz uma amplificação discreta do sinal de RM.

Vídeo Resumo

Caro estudante,
Daremos início ao nosso vídeo de revisão da segunda aula da Unidade 1, referente à disciplina de Ressonância Magnética, abordaremos os principais assuntos mencionados nesta aula, sendo eles fundamentais para a complementação e absorção de seu conhecimento.
No primeiro momento deste vídeo, daremos ênfase na utilização de pulsos de radiofrequência nas aplicações clínicas dos exames de RM, dando seguimento nos estudos das sequências de pulsos e finalizando com a abordagem da técnica de inversão-recuperação.

 

Saiba mais

Prezado estudante, 
Para complementação e aprimoramento de seus estudos, indico o artigo: Simulação de sinais de RMN através das equações de Bloch.

Esse artigo tem por objetivo apresentar de maneira simples, rápida e quantitativa os fenômenos básicos da RMN, para que os estudantes possam entender a maioria das aplicações da RMN em alto campo, baixo campo e imagens. 
tTambém indico o artigo: Os fundamentos quânticos da Ressonância Magnética Nuclear

Aula 3

Formação das imagem de RM

Nesta unidade você aprenderá assuntos fundamentais para a complementação de seus estudos na Radiologia. O conteúdo abordado será dividido em três blocos, o primeiro bloco abrangerá a formação das imagens de Ressonância Magnética, no segundo serão abordados os sinais radiológicos emitidos pelo equipamento de RM e os fatores de qualidade das imagens e, por fim, o terceiro bloco ficará na relação sinal-ruído e relação contraste-ruído.

16 minutos

introdução

Estudante, 
Iniciaremos nossa terceira aula da primeira unidade referente à disciplina de Ressonância Magnética. 
Nesta unidade você aprenderá assuntos fundamentais para a complementação de seus estudos na Radiologia. O conteúdo abordado será dividido em três blocos, o primeiro bloco abrangerá a formação das imagens de Ressonância Magnética, no segundo serão abordados os sinais radiológicos emitidos pelo equipamento de RM e os fatores de qualidade das imagens e, por fim, o terceiro bloco ficará na relação sinal-ruído e relação contraste-ruído.
Todos os conteúdos abordados nesta aula fazem parte de um conceito fundamental para o resultado satisfatório do exame de Ressonância Magnética.
Vamos lá e aproveite esta aula para estudar e aumentar seu conhecimento cada vez mais! 

Formação das imagens de RM

Formação das imagens de Ressonância Magnética

As imagens de Ressonância Magnética consistem em várias colunas e linhas, que são chamadas de matriz. Podemos dizer que cada coluna de descrição contém quadrados denominados de pixel. Os sinais retirados do corpo são distribuídos por esses quadrados (pixel) para que sejam organizados de acordo com sua disposição no corpo. Esse mecanismo depende de um dispositivo graduado que fornece a cada slide a força do corpo. Um certo sinal e a força do sinal capturado dão uma cor ao tom cinza, de modo que a imagem de ressonância magnética cria um tom cinza.
Podemos observar através da Figura 1 os programas de computador que ajudam a armazenar, organizar, exibir, recuperar e facilitar a interpretação das imagens.

Figura 1 | Programação de exame de Ressonância Magnética
Fonte: Wikimedia Commons.

Formação das imagens – Codificação espacial

Podemos dizer que um paciente no interior do magneto experimenta um campo magnético proporcional a Bo. Todos os prótons que ficam sob ação do campo principal precessionam na mesma frequência (equação de Larmor). Para obter imagens de regiões específicas do paciente, é necessário codificar espacialmente os prótons, diferenciando-os quanto às suas frequências de precessão. Somente dessa forma podemos obter imagens dos pés, do abdome ou da cabeça do paciente.
A codificação espacial é obtida a partir da aplicação de campos magnéticos que variam de intensidade numa certa direção, alterando as frequências de precessão dos prótons de hidrogênio na direção do campo gradiente. Uma vez codificados espacialmente os prótons de hidrogênio, torna-se possível a excitação seletiva de uma região ou o corte a partir da aplicação de pulsos de radiofrequência direcionados (campos B1).

Conceito de formação da imagem

Prezado estudante, podemos afirmar que campos gradientes são campos magnéticos que apresentam variações lineares de intensidade ao longo de uma certa direção aumentando ou diminuindo o campo magnético local. No equipamento de Ressonância Magnética, os campos gradientes atuam a partir do isocentro magnético, aumentando gradativamente a intensidade em uma direção e diminuindo também de forma gradativa a intensidade na direção oposta. No isocentro magnético o campo magnético local será sempre equivalente a Bo (Figura 2).

Figura 2 | Esquema do campo magnético
Fonte: Nóbrega (2006, p. 19).

Gradientes do sistema de Ressonância Magnética

O sistema de Ressonância Magnética apresenta três eixos físicos:

Ao longo de cada eixo encontram-se bobinas gradientes. No momento da formação da imagem, as bobinas geram os campos gradientes necessários para a seleção do corte e codificação espacial do sinal de Ressonância Magnética.
O gradiente responsável pela seleção de corte é denominado gradiente seletivo (Gz). Os gradientes que codificam o sinal nos planos de cortes são denominados: gradiente de fase (Gy) e gradiente de frequência (Gx).

Aquisição da imagem de Ressonância Magnética

Nesse exame podemos observar nitidamente como ocorre a aquisição da imagem na RM e diferenciar a intensidade de sinal entre os tecidos no corte sagital. Observamos que a parte óssea é mais hiperdensa e o ar hipodenso.

Figura 3 | RM de crânio corte sagital
Fonte: Wikimedia Commons.

Sinais radiológicos; Fatores de qualidade das imagens

Prezado estudante,
Para entender um pouco mais sobre os sinais radiológicos, vamos descrever a funcionalidade de cada gradiente que forma os sistemas de RM.

Gradiente Seletivo (Gz)

O gradiente seletivo é responsável pela determinação do plano de corte. Quando se escolhem imagens axiais, o gradiente seletivo fica posicionado ao longo do eixo Z do equipamento. Nessas condições observa-se que os prótons do paciente apresentam diferentes frequências de precessão entre os pés e a cabeça. Quando a escolha da imagem for coronal, o gradiente seletivo ficará ao longo do eixo Y. Nesse momento os prótons apresentarão diferentes frequências de precessão entre a anatomia posterior e anterior do paciente. Nos cortes sagitais o campo de gradiente estará ao longo do eixo X e as frequências de precessão serão diferenciadas entre os lados direito e esquerdo do paciente.
No processo de formação da imagem, o gradiente Gz é o primeiro a entrar em ação, codificando os prótons pelas suas frequências de precessão. A aplicação dos pulsos de RF direcionados permite a obtenção do sinal de RM em qualquer plano ao longo dessa direção.

Gradiente Codificador de Fase (Gy)

Uma vez selecionado o corte, o plano correspondente precisará ainda ser codificado em duas dimensões para a reconstrução de uma imagem bidimensional (2D). Em uma das dimensões a codificação será feita pela fase dos prótons de hidrogênio.
A codificação por fase é obtida pela aplicação durante um determinado período de tempo de um campo gradiente ao longo de uma das direções do plano de corte. O gradiente aplicado acelera a frequência de precessão fazendo com que a fase dos prótons se diferencie na direção do gradiente. Em RM a codificação pelo gradiente de fase Gy é individual para cada linha da imagem. Imagens de alta resolução, usando matrizes altas, demoram mais tempo para serem adquiridas; por esse motivo, é muito comum a utilização de matrizes assimétricas, como 256 x 192.

Gradiente Codificador de Frequência (Gx)

A outra dimensão da imagem é codificada pela frequência de precessão dos prótons de hidrogênio. O gradiente responsável por isso é o gradiente codificador de frequência, que por sua vez também é denominado gradiente de leitura. A denominação de gradiente de leitura deve-se ao fato de o sistema interpretar o sinal da RM quando ele encontra-se em ação e que coincide com o eco verificado na sequência spin-eco. O gradiente codificador de frequência também será responsável pelas dimensões do campo de visão (FOV) da região de estudo. Quanto maior a amplitude do gradiente, menor será seu campo de visão.

Fatores de qualidade das imagens

Um dos principais fatores para ter um sinal com boa qualidade na imagem é observar o paciente, pois qualquer movimento que ele faça, mesmo que mínimo, causará uma distorção na imagem, comprometendo então todo seu exame. O uso correto das técnicas, sequências de pulso e parâmetros é o que garante a qualidade dos exames (Figura 4). Como na Ressonância Magnética temos uma grande variedade de sequências de pulso, bobinas, gradientes de campo magnético etc., conhecer bem todos os recursos do equipamento é o que faz a diferença. Muitas vezes não adianta ter um equipamento moderno e atualizado se não houver conhecimento da equipe sobre tudo isso.

Figura 4 | RM com boa qualidade
Fonte: Wikimedia Commons.

A Figura 4 ilustra um tumor de meningioma.

Relação sinal-ruído e relação contraste-ruído

Relação sinal-ruído

A relação sinal-ruído é classificada como um parâmetro extremamente importante na avaliação da qualidade das imagens por RM e pode ser utilizada a fim de comparar diferentes técnicas para obtenção de imagens ou como parte de um programa de garantia de qualidade. 
Todas as medidas físicas incluem tanto o ruído aleatório quanto o sistemático, que podem afetar gravemente a precisão ou a interpretação de uma medida. 
Existem duas principais causas comuns de ruído na imagem: 

  1. O movimento aleatório de compostos corporais carregados, que produz interferência eletromagnética.
  2. Resistência elétrica da bobina receptora.

Aplicação da relação sinal-ruído (SNR)

Em Ressonância Magnética a qualidade da imagem pode ser medida pela relação sinal-ruído (SNR – signal-to-noise ratio). Essa relação mede em termos qualitativos o sinal puro de RM. Quanto maior o seu valor, menor será a influência dos fatores que contribuem para a degradação da imagem.
O ruído se caracteriza pela formação da imagem granulada que se sobrepõe à imagem real do objeto, dificultando sua visualização. Imagens com baixos valores de relação sinal-ruído são pobres em detalhes. 

Principais fatores que afetam a relação sinal-ruído

Podemos dizer que quanto maior for o campo magnético principal de um sistema de ressonância, maior será a quantidade de núcleos de hidrogênio que se alinharam com o campo. Com mais hidrogênios disponíveis, haverá um ganho proporcional no sinal gerado pelo paciente. Pode-se dizer que altos campos magnéticos resultam em melhora direta do sinal de Ressonância Magnética.

Relação contraste-ruído

Figura 5 | RM com a resolução de contraste de boa qualidade

Figura 5 | RM com a resolução de contraste de boa qualidade
Fonte: Shutterstock.

A Figura 5 demonstra uma projeção axial de RM ilustrando o cérebro e sulco com globos oculares e nervos ópticos.

Sinais radiológicos

A Ressonância Magnética é uma tecnologia de imagem médica que usa ondas de rádio e um campo magnético para criar imagens detalhadas de órgãos e tecidos, sendo possível a avaliação de:

Na Ressonância Magnética o contraste por densidade está relacionado aos sinais radiológicos com diferenças na intensidade de sinal entre os tecidos, que são consequência de seu número relativo de prótons de hidrogênio livres por unidade de volume. Para produção de contraste por diferenças na densidade entre os tecidos, o componente transversal de magnetização precisa refletir essas diferenças.

Vídeo Resumo

Estudante, 
Boas-vindas ao vídeo de revisão da aula, referente à disciplina de Ressonância Magnética. Os assuntos abordados nesta revisão são de suma importância para a complementação e absorção de seu conhecimento.
Iniciaremos o vídeo falando sobre a formação das imagens de Ressonância Magnética, dando sequência, abordaremos os sinais radiológicos e os fatores de qualidade da imagem e, por fim, abrangeremos a relação sinal-ruído e a relação contraste-ruído.

 

Saiba mais

Para complementação e aprimoramento de seus estudos, indico o artigo: Ressonância magnética: princípios de formação da imagem e aplicações em imagem funcional.

Esse artigo tem por objetivo explorar de forma introdutória e simplificada a física da imagem por ressonância magnética e demonstrar os mecanismos e as aplicações da RM funcional.

Também indico o artigo: Ressonância magnética das vias lacrimais: estudo comparativo entre bobinas de superfície convencionais e microscópicas

Aula 4

Normas de segurança para aquisição de imagem através da RM

É de suma importância ressaltar que o conteúdo desta unidade lhe trará base para o aprendizado e aperfeiçoamento das técnicas e medidas de segurança da Ressonância Magnética.

17 minutos

Proteção em RM

Querido estudante, 
Daremos início à Aula 4, referente à unidade da disciplina de Ressonância Magnética. 
É de suma importância ressaltar que o conteúdo desta unidade lhe trará base para o aprendizado e aperfeiçoamento das técnicas e medidas de segurança da Ressonância Magnética.
O conteúdo abordado será dividido em três blocos, no primeiro bloco o foco será a proteção em RM; no segundo, será abordada a conscientização de segurança no setor de RM e, por fim, no terceiro bloco enfatizaremos os acidentes ocasionados no setor de RM.
É importante ressaltar as principais normas de segurança aplicadas à execução dos exames de Ressonância Magnética.
Vamos lá e aproveite esta aula para estudar e aumentar seu conhecimento cada vez mais! 

Proteção em RM

Proteção em Ressonância Magnética

A Ressonância Magnética é descrita como um exame de alta sensibilidade e especificidade que permite obter imagens de alta definição e vários planos de estudos, associada a uma grande capacidade de caracterização tecidual.
A segurança em Ressonância Magnética deve ser pensada de forma a envolver toda a equipe de profissionais de um serviço, incluindo desde as pessoas que atuam diretamente no sistema até os profissionais que atuam na área administrativa. As pessoas envolvidas na marcação dos exames devem apresentar um conhecimento mínimo sobre o método, bem como suas contraindicações. Essa atitude é importante para uma primeira triagem, visando impedir que pacientes apresentem riscos potenciais caso venham a se submeter a esse procedimento.

Contraindicação total ao exame de Ressonância Magnética

Estão restritos totalmente ao exame pacientes que possuem marcapasso cardíaco, implantes eletrônicos, grampos de aneurisma ou clips metálicos, com cirurgia pregressa do ouvido interno, fragmentos metálicos, gestantes no primeiro trimestre gestacional.

Contraindicação parcial ao exame de Ressonância Magnética

Próteses metálicas; claustrofobia; gestantes após o terceiro trimestre gestacional, sem objetos metálicos ou ferro magnéticos nos quais podem ser atraídos pelo magneto. 
É recomendado que o paciente coloque um avental hospitalar apropriado e remova todos os pertences, como brincos, piercings, adornos de metal, entre outros, pois esses objetos podem sofrer atração magnética.

Riscos em potencial na Ressonância Magnética

Podemos dizer que objetos metálicos podem transformar-se em projéteis caso não sejam retirados. Podem sofrer superaquecimentos causando queimaduras. Geram interferência elétrica na função normal das células nervosas e fibras musculares.
É fundamental que o setor de Ressonância Magnética possua cartazes de advertências e sistemas de segurança nas portas, a fim de impedir a entrada de pessoas não autorizadas. (Figuras 1).

Figura 1 | Cartaz de advertência no setor de RM
Fonte: Wikimedia Commons.

Interferência elétrica com implantes eletromecânicos 

O campo magnético pode causar danos aos marca-passos cardíacos, onde os pulsos de radiofrequência podem induzir voltagens, alterando as derivações do marca-passo. Outros dispositivos também podem ser afetados como os neuroestimuladores, estimuladores de crescimento ósseo e implantes cocleares.

Atração de objetos metálicos

Podemos citar grampos, clips cirúrgicos e próteses de material ferromagnético. O magneto pode ocasionar a atração desses objetos, lesionado o tecido adjacente ou local cirúrgico no paciente. Em pacientes que possuam estilhaços metálicos ou projetil de arma de fogo, recomenda-se a realização de rastreamento por Radiografia Convencional.

Aquecimento local de tecido e objetos metálicos

Podemos dizer que o tecido biológico sofre aquecimento pelo depósito de radiofrequência. Caso haja algum objeto metálico no corpo do paciente, este sofrerá um aquecimento. É fundamental controlar os níveis de aquecimento para não ocasionar um acidente. O aquecimento dos tecidos em condições normais pode ser considerado como discreto, porém não há como controlar o aquecimento em objetos metálicos.

Interferência elétrica com funções normais das células nervosas e fibras musculares

Os campos magnéticos introduzidos por gradientes e que se modificam rapidamente podem causar corrente elétrica nos tecidos, que podem ser suficientemente grandes para interferir na função normal das células nervosas e fibras musculares.

Conscientização de segurança

Conscientização de segurança

O Brasil possui uma legislação restrita e ainda pouco divulgada sobre aspectos de segurança em Ressonância Magnética. Portanto, é dever das instituições e dos que trabalham na área garantir a segurança dos pacientes, acompanhantes, colaboradores e prestadores de serviço na sua relação com o ambiente físico da Ressonância Magnética.
Apesar de o processo de obtenção de imagens por Ressonância Magnética não utilizar radiação ionizante e o método ser considerado seguro, existem muitos riscos associados à realização dos exames e ao ambiente de Ressonância Magnética, que já conduziram a acidentes graves associados à morte de pacientes e trabalhadores. 

Dicas de segurança

  1. Antes de marcar o exame, verifique se o paciente não se enquadra na lista de contraindicações.
  2. Verifique se o paciente sofre de claustrofobia.
  3. Esclareça corretamente como será realizado o exame ao paciente.
  4. Conforte o paciente da melhor maneira possível enquanto aguarda sua vez de realizar o exame.
  5. O paciente deve ser entrevistado antes do início do exame, a fim de que se possa investigar sobre cirurgias prévias, ferimentos por metais, presença de marca-passo, entre outros.
  6. Assegure-se de que todos os objetos que possam sofrer ações do campo magnético tenham sido removidos.
  7. Tatuagens devem ser cobertas com pano umedecido e, se forem na região dos olhos, haverá contraindicação, pois podem superaquecer o local.
  8. Sutiãs e cintos devem ser removidos. A roupa do paciente deve ser substituída por avental ou roupão próprio do hospital.
  9. Investigue sempre a indicação do exame e a hipótese diagnóstica. Os pacientes em geral nada sabem sobre os efeitos do campo magnético. Verifique as informações no prontuário do paciente. Retire as dúvidas com o acompanhante se este for esclarecido.
  10. A ansiedade causada pela claustrofobia pode ser atenuada das seguintes formas:
    • Pelo uso de um espelho retrovisor, para que o paciente possa ver a saída do túnel do magneto.
    • Paciente posicionado em decúbito ventral.
    • Pedindo para o paciente manter os olhos fechados ou cobertos com uma venda.
    • Removendo o travesseiro a fim de que o rosto do paciente fique mais afastado do teto do magneto.
    • Conversando com o paciente a cada sequência ou tirá-lo brevemente do magneto, o que pode ajudá-lo a realizar o exame sem anestesia.
    • Iluminar e ventilar o magneto.
    • Manter, se for necessário, o acompanhante do paciente junto a ele durante o exame.
Quadro 1 | Indicações para o exame de Ressonância Magnética quanto à segurança
Paciente grávida Apresenta contraindicação até o terceiro mês.
Presença de projétil de arma de fogo Não tem contraindicação, exceto se o projetil estiver próximo a órgãos vitais.
Carros de emergência Não podem entrar na sala de exames, exceto se forem próprios de RM.
Próteses dentárias Não têm contraindicação, mas produzem artefatos na imagem.
Próteses em geral Pode realizar o exame sob cuidados.
Clip cirúrgico de aneurisma Não pode realizar o exame.
Punção venosa com agulha metálica Pode realizar o exame.
Valvas cardíacas Algumas podem outras não, é preciso investigar os materiais da valva e o ano de sua fabricação.
Marca-passo Não pode realizar o exame.
Anéis e brincos Devem ser retirados.
Roupas próprias Devem ser trocadas.
Fonte: adaptado de Nóbrega (2006, p. 43).

Acidentes

Acidentes

A maior parte dos acidentes está relacionada ao campo magnético estático do equipamento, porém outras fontes de risco como os gradientes de campo magnético, radiofrequência, meio de contraste à base de gadolínio e os criogênicos (ex.: hélio líquido), também oferecem perigo e devem ser considerados numa análise de segurança no setor.
É fundamental orientar o paciente quanto ao uso de objetos metálicos, bem como próteses fixas e móveis, marca-passos, pois esses objetos são atraídos para o campo magnético gerado pelo equipamento e pode lesionar o paciente.
É importante também orientar a equipe que realiza a limpeza nesse local, pois qualquer tipo de objeto metálico que estiver na sala será puxado para o magneto, danificando então o equipamento.

Medidas de segurança na Ressonância Magnética

A segurança em Ressonância Magnética é um conjunto de ações e recursos utilizados para proteção da radiação não ionizante, servindo para diminuir riscos e obter uma estabilidade no setor.
Muitas lesões relacionadas à Ressonância Magnética decorreram do aparente descumprimento de princípios de segurança ou do uso de informações impróprias ou desatualizadas, principalmente no que diz respeito aos diversos tipos de implantes metálicos e demais aparelhos médicos implantáveis. 
Proteger o cliente dos riscos e acidentes relacionados ao ambiente de Ressonância Magnética depende do entendimento dos efeitos biológicos dos campos eletromagnéticos, bem como dos riscos que envolvem a presença de diversos tipos de implantes, aparelhos e acessórios médicos implantáveis dentro desse ambiente. 

Efeitos biológicos

Não se tem notícias de efeitos biológicos adversos a longo prazo para pessoas que trabalham no departamento de Ressonância Magnética. Por precaução, recomenda-se que as funcionárias grávidas não permaneçam dentro da sala de exames quando os gradientes estiverem ativados.
Com relação aos funcionários do setor de Ressonância Magnética, deve-se proceder uma investigação do eventual risco potencial de cada um, bem como oferecer-lhes treinamento adequado para condutas de rotina visando as normas de segurança em Ressonância Magnética.

Quenching (Extinção)

Quenching é o processo de perda súbita do campo magnético que é gerado pelas bobinas, de modo que elas deixam de ser supercondutoras e passam a agir como se fossem bobinas de resistência. Isso faz com que o hélio escape do banho criogênico rapidamente. Esse processo pode acontecer por acidente ou por indução manual no caso de emergência (Figura 2).

Figura 2 | Sensor do nível de oxigênio
Fonte: Nóbrega (2006, p. 42).

A decisão de induzir o quenching deve ser tomada em conjunto pelo operador do equipamento, médico e engenheiro do serviço, pois implica danos irreparáveis nas bobinas supercondutoras. Os alarmes que detectam a baixa nos níveis de O2 na sala e que pode significar escape de gás hélio devem ser sempre testados, e quando forem acionados, o paciente deve ser removido imediatamente da sala de exames (Figura 3).

Figura 3 | Dispositivo automático de quench
Fonte: Nóbrega (2006, p. 42).

Sala de Ressonância Magnética

Para finalizar, é importante ressaltar que o tecnólogo em radiologia é considerado fundamental para o exame de ressonância magnética, pois além de realizar a aquisição das imagens, ele também estará atento a quaisquer reações que o paciente possa ter, dessa forma, rapidamente ele acionará a equipe médica e de enfermagem, para uma possível intervenção e atendimento por imediato.

Figura 4 | Sala de RM
Fonte: Shutterstock.

Vídeo Resumo

Chegamos ao momento do nosso vídeo de revisão da quarta aula, referente à disciplina de Ressonância Magnética. Neste vídeo falaremos dos principais assuntos mencionados nesta aula, sendo eles fundamentais para a complementação e absorção de seu conhecimento.
O conteúdo explanando ensinará sobre os seguintes temas: principais normas de segurança aplicadas à execução dos exames de RM; proteção em RM; conscientização de segurança e acidentes. 

 

Saiba mais

Para complementação e aprimoramento de seus estudos, indico o artigo: Protocolo de testes de aceitação em equipamentos de imagem por Ressonância Magnética.

Esse artigo tem por objetivo criar um protocolo de testes de aceitação para equipamentos de imagem por ressonância magnética e demonstrar como e quais tipos de dispositivos de teste podem ser usados para a coleta de dados. 
Também indico o artigo: Complicações do uso intravenoso de agentes de contraste à base de gadolínio para ressonância magnética

Aula 5

Revisão da unidade

13 minutos

Funcionalidades dos equipamentos de tomografia computadorizada 

Prezado estudante, neste momento iniciaremos a revisão da Unidade 1, na qual serão enfatizados os principais assuntos trabalhados ao longo das aulas. Vamos lá!
Para iniciar, se faz fundamental ressaltar que a Ressonância Magnética se caracteriza por ser um fenômeno físico de troca de energia entre força periódica e corpos em movimento, gerando um campo magnético de alta frequência. 
Quando o paciente é colocado em um campo magnético, o corpo torna-se temporariamente magnetizado, ou seja, os núcleos de hidrogênio alinham-se com o campo magnético, criando a magnetização.
Para a aquisição da imagem são utilizadas as sequências de pulsos T1 e T2, em que T1 significa o tempo de relaxamento longitudinal e possui um tempo de repetição curto e o tempo de eco curto e T2 significa o tempo de relaxamento transversal e possui o tempo de repetição longo e o tempo de eco longo.
É importante ressaltar que uma sequência de pulso é, por definição, uma série de pulsos de radiofrequência (RF), aplicações de gradiente e intervalos de tempo de intervenção. Observar a forma como os pulsos de radiofrequência são aplicados e como a obtenção dos sinais de Ressonância Magnética influenciam no contraste das imagens é possível a partir da aplicação de pulsos de diferentes ângulos e obtenção de diferentes contrastes entre os tecidos. 
Dessa forma podemos dizer que o princípio da sequência de RM baseia-se em suprir o sinal de um tecido conhecendo-se o seu tempo de inversão. Entende-se por tempo de inversão (TI) o tempo necessário para que a resultante magnética dos hidrogênios ligados a um tecido em particular possa migrar do eixo longitudinal de maior energia até o plano transversal.
Nos equipamentos de Ressonância Magnética, os campos gradientes atuam a partir do isocentro magnético, aumentando gradativamente a intensidade em uma direção e diminuindo também de forma gradativa a intensidade na direção oposta.
Devemos ressaltar que o gradiente responsável pela seleção de corte é denominado gradiente seletivo (Gz). Os gradientes que codificam o sinal nos planos de cortes são denominados: gradiente de fase (Gy) e gradiente de frequência (Gx).
A segurança em Ressonância Magnética é um conjunto de ações e recursos utilizados para a proteção da radiação não ionizante, servindo para diminuir riscos e obter uma estabilidade no setor e deve ser pensada de forma a envolver toda a equipe de profissionais de um serviço, incluindo desde as pessoas que atuam diretamente no sistema até os profissionais que atuam na área administrativa. As pessoas envolvidas na marcação dos exames devem apresentar um conhecimento mínimo sobre o método, bem como suas contraindicações. Essa atitude é importante para uma primeira triagem, visando impedir que pacientes apresentem riscos potenciais caso venham a se submeter a esse procedimento.
Devemos enfatizar que muitas lesões relacionadas à Ressonância Magnética decorreram do aparente descumprimento de princípios de segurança ou do uso de informações impróprias ou desatualizadas, principalmente no que diz respeito aos diversos tipos de implantes metálicos e demais aparelhos médicos implantáveis. 
O Brasil possui uma legislação restrita e ainda pouco divulgada sobre aspectos de segurança em Ressonância Magnética. Portanto, é dever das instituições e dos que trabalham na área garantir a segurança dos pacientes, acompanhantes, colaboradores e prestadores de serviço na sua relação com o ambiente físico da Ressonância Magnética.

Revisão da unidade

Olá, estudante! Chegamos ao momento de nosso vídeo de revisão da unidade, através do qual poderemos relembrar os principais assuntos abordados ao longo das aulas desta unidade. Iniciaremos revendo a introdução à Ressonância Magnética; depois retomaremos a radiofrequência e suas aplicações clínicas; enfatizaremos a formação das imagens e finalizaremos abrangendo as normas de segurança para a aquisição de imagens através da Ressonância Magnética.

 

ESTUDO DE CASO

Boas-vindas, estudante!
Chegamos ao momento de nosso estudo de caso. Para contextualizar seu aprendizado, imagine que você foi classificado para fazer parte do quadro de funcionários em um hospital de sua cidade.
Nesse hospital, você será encarregado da realização dos exames de Ressonância Magnética, função para a qual será necessária a compreensão dos princípios básicos da Ressonância Magnética. É fundamental saber o funcionamento dos magnetos, bem como as sequências de pulsos T1 e T2 para a realização de um exame com excelência de qualidade.
Você, sempre muito atento e dedicado, anota todas as dúvidas e tenta saná-las com os tecnólogos com mais tempo de contratação, além disso, também busca se aprimorar fazendo cursos de extensão.
Com o passar do tempo, você obtém um destaque entre os funcionários, sendo então convidado a fazer parte do grupo de profissionais que realizam palestras e reciclagens no âmbito hospitalar em que trabalha, tornando-se um multiplicador de conhecimento.
Ao montar suas aulas para a palestra, você realiza um questionário contendo os principais assuntos para realizar um exame de Ressonância Magnética com segurança e excelência de qualidade. A partir disso, vamos ajudar os ouvintes de suas palestras a entenderem um pouco mais sobre a Ressonância Magnética?

Reflita

Como ocorre a interação física com o corpo humano no exame de Ressonância Magnética?
Na Ressonância Magnética qual a definição das sequências de pulsos?
No exame de Ressonância Magnética, qual a função do Gradiente Seletivo?
Para que serve a medida de segurança no setor de Ressonância Magnética?

Resolução do Estudo de Caso

O nosso corpo possui diferentes tecidos e densidades, o aparelho cria um campo magnético nesses tecidos para que os núcleos dos átomos de hidrogênio que estão desalinhados se alinhem e formem pequenos ímãs. Depois de atravessar o corpo humano, a radiofrequência produz uma vibração, que é detectada e enviada ao computador. O computador avalia os sinais recebidos e transforma-os em imagens, mostrando a anatomia, órgãos e tecidos sem submeter o corpo a qualquer tipo de radiação.
Podemos dizer que o estudo das sequências de pulso é parte integral do aprendizado da Ressonância Magnética. Uma sequência de pulso é, por definição, uma série de pulsos de radiofrequência (RF), aplicações de gradiente e intervalos de tempo de intervenção. As sequências de pulso nos permitem controlar o modo pelo qual o sistema aplica pulsos e gradientes. Dessa maneira, a qualidade e a ponderação da imagem são determinadas. Existem diversos tipos de sequências de pulso e cada um tem um propósito específico. É possível, a partir da aplicação de pulsos de diferentes ângulos, obter diferentes contrastes entre os tecidos.
O gradiente seletivo é responsável pela determinação do plano de corte. Quando se escolhe imagens axiais, o gradiente seletivo fica posicionado ao longo do eixo Z do equipamento. Nessas condições, observa-se que os prótons do paciente apresentam diferentes frequências de precessão entre os pés e a cabeça. Quando a escolha da imagem for coronal, o gradiente seletivo ficará ao longo do eixo Y. Nesse momento, os prótons apresentarão diferentes frequências de precessão entre a anatomia posterior e anterior do paciente. Nos cortes sagitais, o campo de gradiente estará ao longo do eixo X e as frequências de precessão serão diferenciadas entre os lados direito e esquerdo do paciente.
A medida de segurança no setor de Ressonância Magnética serve para proteger o cliente dos riscos e acidentes relacionados ao ambiente de Ressonância Magnética e depende do entendimento dos efeitos biológicos dos campos eletromagnéticos, bem como dos riscos que envolvem a presença de diversos tipos de implantes, aparelhos e acessórios médicos implantáveis dentro desse ambiente. 

 

Resumo Visual

Prezado estudante, nesta unidade focamos nos seguintes assuntos:

Introdução à RM, radiofrequência, formação da imagem e normas de segurança.

Figura 1 | Introdução à RM
Fonte: elaborada pela autora.

Esse fluxograma retrata os tópicos dos conteúdos abordados na Unidade 1.

Figura 2 | Introdução à Ressonância Magnética
Fonte: elaborada pela autora.

referências

07 minutos

Aula 1

BONTRAGER, K. L.; LAMPIGNANO, J. P. Tratado de posicionamento radiográfico e anatomia associada. 8. ed. São Paulo: Elsevier, 2015. 94 p. 
FANTON, R. Ressonância Magnética: princípio físico e aplicação. São Paulo: Corpus, 2007. 176 p. 
HAGE, M. C. F. N. S.; IWASAKI, M. Imagem por ressonância magnética: princípios básicos. Ciência Rural, Santa Maria, v. 39, n. 4, p. 1287-1295, jul, 2009. Disponível em: https://www.scielo.br/j/cr/a/mmPL6rMp5vmPCRpmYH84Kbm/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 5 out. 2022. 
MOURÃO, A. P. F. Tecnologia radiológica e diagnóstico por imagem: guia para ensino e aprendizado. 5. ed. São Caetano do Sul: Difusão, 2012. 3 v. (Série Curso de Radiologia). 
NÓBREGA, A. I. Técnicas em ressonância magnética. São Paulo: Atheneu, 2006. 120 p. (Série Tecnologia em Radiologia Médica). 
NÓBREGA, A. I. et al. (org.). Tecnologia radiológica e diagnóstico por imagem. 5. ed., v. 4 São Caetano do Sul: Difusão, 2012. 
STARK, D. D.; BRANDLEY JUNIOR, W. G. Ressonância Magnética: Volume I. 3. ed. Rio de Janeiro: Revinter, 1999. 1142 p.

Aula 2

BONTRAGER, K. L.; LAMPIGNANO, J. P. Tratado de posicionamento radiográfico e anatomia associada: 8. ed. São Paulo: Elsevier, 2015. 94 p. 
DIEGUEZ, C. M. T. et al. Os fundamentos quânticos da Ressonância Magnética Nuclear. Revista Brasileira de Ensino de Física [online]. 2018, v. 40, n. 1. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbef/a/VHbzGXCnLH7Wy55qt96bRKt/?format=html. Acesso em: 5 out. 2022. 
FANTON, R. Ressonância Magnética: princípio físico e aplicação. São Paulo: Corpus, 2007. 176 p. 
MORAES, T. B.; COLNAGO, L. A. Simulação de sinais de RMN através das equações de Bloch. Química Nova [online]. 2014, v. 37, n. 8, pp. 1410-1416. Disponível em: https://www.scielo.br/j/qn/a/KXL568kHvbLDxf6mngLrh5p/?lang=pt. Acesso em: 5 out. 2022. 
MOURÃO, A. P. F. Tecnologia radiológica e diagnóstico por imagem: guia para ensino e aprendizado. 5. ed. São Caetano do Sul: Difusão, 2012. 3 v. (Série Curso de Radiologia). 
NÓBREGA, A. I. Técnicas em Ressonância Magnética. São Paulo: Atheneu, 2006. 120 p. (Série Tecnologia em Radiologia Médica). 
NÓBREGA, A. I. et al. (org.). Tecnologia radiológica e diagnóstico por imagem. 5. ed., v. 4 São Caetano do Sul: Difusão, 2012. 
STARK, D. D.; BRANDLEY JUNIOR, W. G. Ressonância Magnética: Volume I. 3. ed. Rio de Janeiro: Revinter, 1999. 1142 p.

Aula 3

ABREU Jr, L. et al. Ressonância magnética das vias lacrimais: estudo comparativo entre bobinas de superfície convencionais e icroscópicas. Radiol Bras. 2008;41(4):251–254. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rb/a/zH8gBN8wvjQ885xhBjbgF5H/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 6 out. 2022. 
BONTRAGER, K. L.; LAMPIGNANO, J. P. Tratado de posicionamento radiográfico e anatomia associada: 8. ed. São Paulo: Elsevier, 2015. 94 p. 
FANTON, R. Ressonância magnética: princípio físico e aplicação. São Paulo: Corpus, 2007. 176 p. 
MAZZOLA, A. A. Ressonância magnética: princípios de formação da imagem e aplicações em imagem funcional. Revista Brasileira de Física Médica. 2009;3(1):117-29. Disponível em: http://hpc.ct.utfpr.edu.br/~charlie/docs/PPGFCET/052_Resson%C3%A2ncia.pdf. Acesso em: 6 out. 2022. 
MOURÃO, A. P. F. Tecnologia radiológica e diagnóstico por imagem: guia para ensino e aprendizado. 5. ed. São Caetano do Sul: Difusão, 2012. 3 v. (Série Curso de Radiologia). 
NÓBREGA, A. I. Técnicas em ressonância magnética. São Paulo: Atheneu, 2006. 120 p. (Série Tecnologia em Radiologia Médica). 
NÓBREGA, A. I. et al. (org.). Tecnologia radiológica e diagnóstico por imagem. 5. ed., v. 4 São Caetano do Sul: Difusão, 2012. 
STARK, D. D.; BRANDLEY JUNIOR, W. G. RESSONÂNCIA MAGNÉTICA: Volume I. 3. ed. Rio de Janeiro: Revinter, 1999. 1142 p. 

Aula 4

BONTRAGER, K. L.; LAMPIGNANO, J. P. Tratado de posicionamento radiográfico e anatomia associada. 8. ed. São Paulo: Elsevier, 2015. 94 p. 
ELIAS Jr.; J. et al. Complicações do uso intravenoso de agentes de contraste à base de gadolínio para ressonância magnética. Radiol. Bras. 2008, 41(4):263-267. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rb/a/3w58wPxSTWBbGFCKPT6CWgL/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 6 out. 2022.   
FANTON, R. Ressonância Magnética: princípio físico e aplicação. São Paulo: Corpus, 2007. 176 p. 
MAZZOLA, A. A. et al. Protocolo de testes de aceitação em equipamentos de imagem por Ressonância Magnética. Radiol. Bras., 2005;38(3):195-204.  Disponível em: https://www.scielo.br/j/rb/a/ncdJnLQjPnWwr3JPFT7ty3c/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 6 out. 2022.   
MOURÃO, A. P. F. Tecnologia radiológica e diagnóstico por imagem: guia para ensino e aprendizado. 5. ed. São Caetano do Sul: Difusão, 2012. 3 v. (Série Curso de Radiologia). 
NÓBREGA, A. I. Técnicas em Ressonância Magnética. São Paulo: Atheneu, 2006. 120 p. (Série Tecnologia em Radiologia Médica). 
NÓBREGA, A. I. et al. (org.). Tecnologia radiológica e diagnóstico por imagem. 5. ed., v. 4 São Caetano do Sul: Difusão, 2012. 
STARK, D. D.; BRANDLEY JUNIOR, W. G. Ressonância Magnética. Volume I. 3. ed. Rio de Janeiro: Revinter, 1999. 1142 p.

Aula 5

BONTRAGER, K. L.; LAMPIGNANO, J. P. Tratado de posicionamento radiográfico e anatomia associada. 8. ed. São Paulo: Elsevier, 2015. 94 p. 
FANTON, R. Ressonância magnética: princípio físico e aplicação. São Paulo: Corpus, 2007. 176 p. 
MOURÃO, A. P. F. Tecnologia radiológica e diagnóstico por imagem: guia para ensino e aprendizado. 5. ed. São Caetano do Sul: Difusão, 2012. 3 v. (Série Curso de Radiologia). 
NÓBREGA, A. I. Técnicas em Ressonância Magnética. São Paulo: Atheneu, 2006. 120 p. (Série Tecnologia em Radiologia Médica). 
NÓBREGA, A. I. et al. (org.). Tecnologia radiológica e diagnóstico por imagem. 5. ed, v. 4 São Caetano do Sul: Difusão, 2012. 
STARK, D. D.; BRANDLEY JUNIOR, W. G. Ressonância Magnética: Volume I. 3. ed. Rio de Janeiro: Revinter, 1999. 1142 p. 

Imagem de capa: Storyset e ShutterStock.