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Aula 1

Contenção e posicionamento

Nessa aula, você degustará de informações sobre: contenção física e química dos animais, posicionamento correto e acessórios de auxílio ao posicionamento.

25 minutos

introdução

Caro aluno, seja bem-vindo!
Daremos início à Aula 5 da Unidade 2, referente à disciplina de Radiologia Veterinária.
Nessa aula, você degustará de informações sobre: contenção física e química dos animais, posicionamento correto e acessórios de auxílio ao posicionamento.
Na radiologia veterinária, diferente da radiologia humana, o paciente não costuma ser tão colaborativo e, na maioria das vezes, fica agressivo, sendo necessário o uso de contenção física ou até mesmo de contenção química.
Então, destrincharemos os principais métodos de contenção fica e química que podem ser usados nos pacientes. Lembrando também que existem diferentes espécies, tipos de manejo, tipos de contenção e protocolos anestésicos.

Contenção animal

Dentro da medicina veterinária, a noção básica de contenção é necessária. Vamos para o conceito geral:

Na rotina dos atendimentos veterinários, a contenção tem um importante papel. Mas, um dos grandes problemas enfrentados, é a relutância do tutor em conter ou permitir que se contenha fisicamente o animal (FEITOSA, 2017).
De acordo com Martins (2019), por mais tranquilo que esteja o paciente, ambientes estranhos, com ruídos e odores incomuns, como as clínicas veterinárias, aparentemente são hostis para eles. Portanto, é recomendado sempre realizar a contenção, independentemente do temperamento do paciente, pois até o animal mais calmo poderá reagir agressivamente como resposta à dor ou ao desconforto, gerando acidentes, muitas vezes perigosos. A sensibilidade do paciente se torna aumentada pela dor e, às vezes, apenas acariciá-lo nestas áreas já pode desencadear uma reação agressiva, que seria apenas uma atitude de defesa deste animal, culminando em mordidas, arranhões, coices ou em um acidente mais grave.
Temos como principais objetivos na contenção dos animais domésticos:

No momento da contenção, devemos realizá-la da forma mais branda possível, evitando movimentos bruscos, gritos, uso excessivo de força e até mesmo agressividade, pois comportamentos como esses podem alterar significativamente os parâmetro vitais do animal, interferindo diretamente no procedimento que será realizado (FEITOSA, 2017).
No entanto, antes de realizar todo o procedimento de contenção, devemos tentar amenizar os efeitos causados pelo examinador e o ambiente estranho para o animal. Para isso, devemos manter um contato direto, acariciando o animal (aproximação de forma vagarosa e sempre mostrando que o animal pode confiar em você), chamando pelo nome, estalando os dedos, acarinhando-o, falando palavras de recompensa e sempre cedendo a uma oportunidade de o paciente lhe conhecer melhor, para que ele não se sinta inseguro na realização dos próximos procedimentos (FEITOSA, 2017).
O local onde realizaremos a contenção também deve ser escolhido minuciosamente. Superfícies duras e escorregadias costumam deixar o paciente bem nervoso e agitado, podendo acontecer acidentes muito graves tanto para o animal como para o examinador, o médico veterinário ou até mesmo o próprio tutor (FEITOSA, 2017).
A contenção do paciente deve começar sempre de maneira simples, por exemplo, coleira e guia para os cães, cabresto para os cavalos e, se necessário, progredir para mecanismos mais completos e drásticos, levando sempre em consideração a espécie de animal que está sendo trabalhada (MARTINS, 2019).

Figura 1 | Contenção de felino com máscara
Fonte: acervo do autor.
Figura 2 | Demonstração do uso de focinheira em canino
Fonte: acervo do autor.

diferença entre as espécies

CÃES: antes de qualquer aproximação, o técnico radiográfico e o médico veterinário devem questionar o tutor sobre o temperamento do animal, principalmente quando se tratar de raças grandes e que desempenham papel de guarda. A contenção pode e deve ser realizada pelo tutor, sob auxílio e instrução do técnico ou do veterinário e, para a segurança de todos, é imprescindível a utilização da focinheira, pois, na maioria dos casos, os animais estarão ou poderão vir a sentir dor. Para o exame radiográfico que necessite de decúbito, a contenção em si pode ser realizada com o animal deitado, sendo seus membros presos com as mãos, enquanto a cabeça do paciente pode ser presa pelos antebraços (FEITOSA, 2017). 
GATOS: apesar de serem menores e mais leves que a maioria dos cães, conter gatos é muito mais trabalhoso e requer mais cuidado e habilidade do técnico, pois os felinos são mais rápidos e ágeis e conseguem se soltar com facilidade quando contidos. Os gatos são também muito mais susceptíveis ao estresse causado pelo ambiente e pela contenção, por isso, examinador e médico veterinário devem estar sempre atentos, pois estes animais podem, inclusive, apresentar parada cardiorrespiratória durante o exame. Pode-se também fazer uso de focinheira para evitar mordidas, tais como com os cães, e utilizar esparadrapos nas patas, para evitar arranhaduras. Depois de se proteger de mordidas e arranhaduras, pode-se colocar o felino em decúbito e passar uma toalha de mão dobrada em volta do pescoço do gato, impedindo-o de virar a cabeça para morder e, neste caso, a focinheira pode ser retirada para permitir melhor ventilação do paciente (FEITOSA, 2017). 
EQUINOS, CAPRINOS, OVINOS E BOVINOS: grandes animais, normalmente, são submetidos a exames de imagem com aparelhos portáteis, permanecendo nas propriedades, onde normalmente há troncos e bretes de contenção, que facilitam enormemente o trabalho do técnico e do médico veterinário. Mesmo que haja suspeita de luxações e fraturas em membros, estes animais são costumeiramente examinados em estação, não sendo necessário o decúbito. 
Outra grande procura na radiologia veterinária é o atendimento de animais silvestres, aumentando a cobrança por profissionais capacitados para tal serviço. Como em qualquer animal, os animais silvestres exigem um manejo mais cuidadoso, delicado e paciente. Para isso, podemos também utilizar alguns artifícios para aquisição de uma imagem radiográfica de excelência, como corda e fita adesiva (cuidado com olhos e penas).

Figura 3 | Posicionamento lateral de uma chinchila
Fonte: Han e Hurd (2007, p. 158).
Figura 4 | Posicionamento dorsoventral manual de uma cobra
Fonte: Han e Hurd (2007, p. 172).

Contenção química

Nem sempre é possível realizar procedimentos em animais apenas com a contenção física. Nestes casos, é necessário recorrer à contenção química, por meio do uso de fármacos, para a realização de um exame satisfatório e seguro. Tranquilizando esses animais agressivos, agitados e estressados, eles se tornam mais fáceis de serem examinados e, consequentemente, diminuem-se as possibilidades de alterações panorâmicas (FEITOSA, 2017).
Antes de qualquer sedação ou anestesia geral, é importante seguir um conjunto de etapas preparatórias. A avaliação pré-anestésica tem como objetivo fornecer todas as informações relacionadas ao estado do paciente, tais como: fatores de risco individuais, história, exame físico, exames laboratoriais e cardíacos. Uma vez que o paciente pertence a um grupo de risco da Sociedade Americana de Anestesiologia (ASA), sistema de classificação do estado físico, o anestesista pode criar um plano anestésico individualizado (BEDNARSKI, 2015). 
Anestésicos injetáveis e inalatórios são rotineiramente usados nos procedimentos de diagnóstico por imagem. A pré-medicação consiste na administração de tranquilizantes, sedativos, opioides ou em uma combinação desses medicamentos. Todas essas drogas auxiliam na contenção do animal, reduzindo seu estresse e diminuindo a dose de indução e anestésico inalatório utilizado. Escolher o medicamento mais adequado para o paciente pode ser uma tarefa desafiadora. A decisão deve ser tomada de acordo não apenas com o estado de saúde do paciente mas também com o temperamento e a espécie animal, a duração média do procedimento e a preferência pessoal (BEDNARSKI, 2015). 
A anestesia é frequentemente necessária para pacientes submetidos a procedimentos diagnósticos que utilizam dispositivos perigosos ou quando os animais não cooperam ou são submetidos a procedimentos dolorosos (DEGAN; SONEA, 2019). Exames radiográficos do crânio, radiografias intraorais, de seguimento da coluna ou ainda animais que estejam sentindo muita dor, assim como exames para diagnóstico de displasia coxofemoral, sempre devem ser realizados sob sedação/anestesia.
Quando há necessidade de anestesia geral, essa pode alterar mais ou menos o organismo e diferentes funções do corpo. A anestesia geral é tipicamente mantida com anestésicos inalatórios, como isoflurano ou sevoflurano, embora possa ser obtida com o uso de drogas injetáveis, em “bolus” repetidos ou em infusão contínua, como o propofol (BEDNARSKI, 2015). 
Usando anestesia inalatória, os riscos para uma situação de emergência são reduzidos, mas não eliminados. Os problemas mais comuns esperados são hipoxemia, hipoventilação, hipotensão, arritmias cardíacas, acidose e hipotermia. O monitoramento dos pacientes anestesiados durante o exame de imagem é importante (COSTEA, 2016). 
De acordo com Feitosa (2017), a sedação ou anestesia dos pacientes deve ser realizada exclusivamente por um médico veterinário anestesista, e este deve acompanhar o paciente durante todo o decorrer do procedimento, desde a preparação pré-anestésica, durante o exame e após este, em todo o seu período de recuperação. Neste período, é possível que haja alterações na temperatura corporal, redução na frequência respiratória e alterações na frequência cardíaca e na pressão arterial destes animais.

Figura 5 | Anestesia inalatória em pombo
Fonte: acervo do autor.
Figura 6 | Anestesia inalatória em pombo
Fonte: acervo do autor.

Vídeo Resumo

Caro aluno, iniciaremos a nossa primeira videoaula da Unidade 2, na qual abordaremos os principais assuntos trabalhados na Aula 1.
Começaremos falando sobre os principais desafios na contenção física dos animais domésticos; na sequência, abordaremos sobre a necessidade de submeter um animal a uma contenção química (riscos e benefícios); findaremos a aula conversando sobre o posicionamento e os acessórios que podem ser utilizados para auxiliar no preparo desse animal, para a aquisição de uma boa imagem.

 

Saiba mais

Para a complementação de nossa aula, indico a leitura do artigo: Eficácia do sistema de contenção (automatizado e mecânico) no atordoamento de bovinos.
Este artigo discute e ilustra os métodos de contenções, sendo estas automatizadas e mecânicas em bois.

Aula 2

Tipos de posicionamento

Nessa aula, você degustará de informações sobre os tipos de posicionamento equipamento-paciente para exames de RX em pequenos animais.

26 minutos

introdução

Caro aluno, seja bem-vindo!
Daremos início à Aula 6 da Unidade 2, referente à disciplina de Radiologia Veterinária.
Nessa aula, você degustará de informações sobre os tipos de posicionamento equipamento-paciente para exames de RX em pequenos animais, discutindo sobre a escolha ideal do tipo de aparelho; na sequência, sobre as técnicas utilizadas para realizar o cálculo de kV e mAs e, para finalizar a aula, sobre as técnicas radiográficas e a obtenção de imagens de qualidade, como também a utilização de alguns aparelhos e apetrechos que ajudarão na escolha e no aperfeiçoamento da técnica que será utilizada.

Equipamento-paciente para exames de RX

A escolha do tipo de equipamento a se utilizar deve ser feita através da análise da necessidade, do número e tipo de atendimento e do grau de tecnologia que é desejado. Os aparelhos móveis, portáteis e fixos são tipos básicos de equipamentos de raio X. A demanda de casos deve ser considerada como baixo volume, médio volume e alto volume e influenciará na escolha da aquisição do aparelho. Para um número de casos de baixo volume (dois casos semanais) e com maior número de radiografias de extremidades de grandes animais, é indicada a unidade portátil; já para a prática de médio volume (3 a 15 casos semanais), as unidades móveis podem ser consideradas; para a prática de alto volume, é indicada a unidade fixa (HAN; HURD, 2007)
A unidade portátil pode ser carregada até o animal. Seu principal uso está voltado para a radiografia de extremidades de grandes animais, podendo ser utilizada em pequenos animais em alguns casos. Aparelhos móveis são restritos ao ambiente hospitalar, sendo possível mover entre salas e consultórios e tem versatilidade suficiente para serem utilizados em pequenos animais e para extremidades de grandes animais. A unidade fixa possui aparelhos instalados em sala com proteção adequada e têm seu uso prático na clínica médica de pequenos animais (HAN; HURD, 2007).
Os aparelhos podem ser dotados de sistema analógico ou digital. Para o processamento das imagens analógicas, é necessário equipamento específico (câmara escura, tanques com produtos químicos e filme radiográfico). A imagem é formada a partir da sensibilização dos cristais de prata presentes no filme radiográfico pela radiação, dando origem à imagem latente que é reduzida para prata-preto-metálica em contato com o fixador. Os sistemas de radiografia digital são divididos genericamente como radiografia computadorizada (CR) e radiografia digital direta (DDR) (THRALL, 2010; MELO, 2009).
A radiografia computadorizada usa um cassete revestido por fósforo fotoestimulável (PSP), o qual, após sua exposição à radiação, produz uma imagem latente que será estimulada por um laser de escaneamento. É preciso que se faça a utilização de um leitor da imagem nos dispositivos de CR, responsável por fazer a conversão do sinal luminoso em eletrônico. A radiografia digital direta (DDR) se subdivide em três tipos: sistema com detector de tela plana indireta, sistema com detector de tela plana indireta e dispositivo de carga acoplada. Os detectores de tela plana indireta são assim nomeados pois necessitam de um estímulo luminoso visível para a formação da imagem, que serão processados da tela intensificadora para sinal eletrônico, lidos por uma matriz de transistores e se transforma em arquivo eletrônico (THRALL, 2010; MELO, 2009; SILVA, 2013).
Detectores de tela plana diretos não possuem luz visível como etapa intermediária, são dotados de fotocondutor (selênio amorfo), que a partir da incidência dos raios X coletam os elétrons liberados, formando uma carga que será lida diretamente pela matriz, processada pelo sistema e transformada em arquivo eletrônico. Dispositivos de carga acoplado possuem chips, em que é focalizada toda a luz incidida pela tela intensificadora, sendo assim, a qualidade da imagem dependerá da capacidade de focalização e de coleta de luz, podendo gerar distorções e degradação da imagem. É mais utilizada em seres humanos para a radiografia de pequenas áreas (THRALL, 2010; MELO, 2009; SILVA, 2013).

Figura 1 | Aparelho de raio X fixo/portátil
Fonte: acervo do autor.

Cálculos de Kv, mAs e técnicas radiográficas

No estudo da radiologia, as variáveis de exposição são de suma importância para o controle de contraste, densidade e detalhes radiográficos. Qualquer mudança em qualquer uma destas variáveis demanda no ajuste (aumento ou decréscimo) em outros fatores, para que se mantenha a densidade radiográfica. O ajuste é feito através do painel de controle e é imprescindível que se conheçam as técnicas de posicionamento e manipulação do equipamento (SILVA, 2016; THRALL, 2010).
A quilovoltagem (Kv) é o poder de penetração do raio X, sendo influenciada pela energia dos elétrons ao atingirem o alvo. É responsável pelo controle de qualidade dos raios produzidos e está relacionada a fatores, como espessura e densidade da estrutura a ser radiografada, distância foco-filme (DFF) e distância foco-objeto (DFO). O ajuste será feito de acordo com a espessura do local a ser radiografado, desta forma, quanto mais espesso o local, maior a necessidade de ajuste do Kv. Para se ter uma medida mais exata da espessura da região, usa-se o espessômetro (paquímetro) (SILVA, 2013; HAN; HURD, 2007). No cálculo da quilovoltagem, faz-se uso da seguinte fórmula: Kv = 2 x E + K, em que E representa a espessura da estrutura a ser radiografada, e K, a constante do aparelho. 
A miliamperagem (mA) pode ser definida como a quantidade de elétrons produzidos (quantidade de radiação produzida na ampola) e designa a quantidade de elétrons gerados no filamento do cátodo, portanto há o aumento da densidade radiográfica ao aumentar a mA. O foco fino e o foco grosso se definem a partir da espessura do alvo de tungstênio e auxiliam na formação dos detalhes da imagem. O tempo (s) está ligado ao mA e corresponde ao intervalo de duração em que os raio X são produzidos, controlando o número de raios gerados a cada exposição. Quanto maior este tempo de exposição, maior será a quantidade de raios produzidos. O tempo e o mA são inversamente proporcionais, deste modo, quanto maior o tempo de exposição, menor a miliamperagem. O produto destas grandezas resulta na miliamperagem/segundo (mAs), sendo preferível a utilização de maior mA e menor tempo de exposição (SILVA, 2016; SILVA, 2013; HAN; HURD, 2007). A mAs pode ser calculada através da seguinte equação: mAs = Kv x CM, em que Kv se refere à quilovoltagem, e CM, ao coeficiente miliamperimétrico.
O coeficiente miliamperimétrico é um fator variável de acordo com a densidade do tecido a ser radiografado, sendo definidos valores a serem utilizados em cada estrutura (abdome, tórax, coluna) (SILVA, 2013).

Figura 2 | Espessômetro radiográfico
Fonte: acervo do autor.
Figura 3 | Aplicação do espessômetro
Fonte: acervo do autor.

A Figura 3 representa um espessômetro radiográfico, utilizado para medir a espessura da cavidade abdominal de um caprino jovem, macho, com suspeita de ter ingerido corpo estranho. 

Obtenção da qualidade radiográfica

As imagens radiográficas tradicionalmente são formadas pela exposição dos cristais de prata presentes nos filmes à radiação. Porém, nas últimas décadas, mostrou-se prática e necessária a produção de imagens digitais. Radiografias feitas com tela intensificadora e filme, apesar de ainda serem muito utilizadas na Medicina Veterinária, tendem a cair em desuso com o avanço da radiografia digital e o uso de aparelhos mais sofisticados (THRALL, 2010).
Na radiografia computadorizada (CR), diferentemente da radiografia convencional, ao invés da utilização de chassis com filmes radiográficos, faz-se o uso de lâminas de imagem (placas de fósforo), sendo necessário um leitor de lâmina de imagem, para que seja feita a amplificação do sinal pelo fotomultiplicador/detector, permitindo que o sinal analógico se torne digital e seja armazenado em um computador. Já o sistema de radiografia digital (DR) é o mais moderno e se divide em: conversão direta (detectores tem alta capacidade de absorção e conversão de raios X) e conversão indireta (possui cintilador responsável pela conversão dos raios X em fótons de luz) e o sensor transmite a imagem diretamente para a tela do computador, sem a necessidade da utilização de placa (SILVA, 2016; THRALL, 2010).
Diversos fatores são responsáveis por afetar a qualidade da imagem radiográfica, os quais podem ser causados pelo paciente, pela regulação do aparelho radiográfico ou pela inabilidade de uso das técnicas radiográficas. O movimento (do filme ou do paciente) tem como consequência a perda do detalhe radiográfico, provocando um “borramento”. Outra causa de perda de detalhes é o efeito penumbra, que promove o embaçamento das estruturas a serem avaliadas. Existem três fatores principais que interferem na quantidade de penumbra na radiografia: tamanho do ponto focal, distância foco-filme (DFF) e distância filme-objeto (DFO) (HAN; HURD, 2007; SILVA, 2016; KEALY; MCALLISTER; GRAHAM, 2012).
O efeito penumbra é diretamente proporcional ao tamanho do ponto focal, sendo assim, quanto maior o ponto focal, maior o efeito penumbra. A distância foco-filme (distância entre o alvo e o filme) é inversamente proporcional à penumbra, uma vez que, quando há o aumento da DFF, é observada a diminuição do efeito penumbra. À relação entre a DFF e a penumbra, aplica-se a lei do quadrado do inverso (dobrando a DFF, aumenta-se a mA em quatro vezes, com o intuito de manter a densidade radiográfica). A distância filme-objeto é a distância entre o filme e a estrutura a ser radiografada, sendo que, ao diminui-la, diminui-se também o efeito penumbra (HAN; HURD, 2007; SILVA, 2016; KEALY; MCALLISTER; GRAHAM, 2012).
A distorção acontece quando não é possível avaliar devidamente as estruturas anatômicas em seu formato e tamanho. Pode ser causada pelo mau posicionamento da fonte de radiação ou do paciente. A principal alteração observada na distorção é o encurtamento, em que a distorção gerada causa redução do comprimento da estrutura (geralmente, ossos longos), ocorrendo quando a estrutura a ser radiografada não está paralela à superfície de gravação da imagem (HAN; HURD, 2007; KEALY; MCALLISTER; GRAHAM, 2012).

Figura 4 | Magnificação
Fonte: Han e Hurd (2007, p. 16).

A Figura 4 representa uma magnificação, na qual o mesmo crânio é utilizado nas duas imagens. O crânio colocado diretamente no chassi (A) e o crânio elevado 25 cm e se apresenta maior com detalhes reduzidos (B).

Vídeo Resumo

Caro aluno, iniciaremos a nossa segunda videoaula da Unidade 2, na qual abordaremos os principais assuntos trabalhados na Aula 6. 
Começaremos falando sobre os tipos de posicionamento equipamento-paciente para exames de RX em pequenos animais; na sequência, abordaremos sobre as técnicas utilizadas para realizar o cálculo de kV e mAs; concluiremos a aula comentando e discutindo sobre técnicas radiográficas e obtenção de imagens de qualidade.

 

Saiba mais

Para complementação de nossa aula, lhe indico o artigo: Descrição das técnicas radiográficas intraorais utilizadas na Medicina Veterinária.
Este material complementar apresenta as técnicas radiográficas utilizadas para as radiografias intraorais focadas na radiologia veterinária de felinos e caninos. 

Aula 3

Técnicas de incidência

Nessa aula, você poderá degustar de informações sobre técnicas de incidência dos raios x em pequenos animais; técnicas de incidência dos raios X em grandes animais e regime de operação dos aparelhos radiológicos.

25 minutos

introdução

Caro aluno, seja bem-vindo!
Daremos início à Aula 7 da Unidade 2, referente à disciplina de Radiologia Veterinária.
Nessa aula, você poderá degustar de informações sobre técnicas de incidência dos raios x em pequenos animais; técnicas de incidência dos raios X em grandes animais e regime de operação dos aparelhos radiológicos.
Nossos pacientes costumam chegar bastante estressados para a manipulação e, consequentemente, para a realização dos exames de imagem, sendo importante conhecer sobre o manejo e, principalmente, sobre os posicionamentos adequados para cada espécie, evitando erros e a exposição desnecessária do animal à radiação. Então, discutiremos sobre a obtenção de imagens radiográficas com qualidade e com posicionamento correto para cada exame discutido e as diferenças entre as espécies trabalhadas. Também, focaremos no regime de operação dos aparelhos radiológicos.

Técnicas de incidência dos raios X em pequenos animais

As incidências radiográficas são baseadas no plano anatômico animal. As projeções são nomeadas de acordo com a direção em que o raio central entra e sai na estrutura que está sendo radiografada. Com isso, são descritas diferentes incidências, conforme a área de estudo e a espécie animal a ser trabalhado (HAN; HURD, 2007).
Na radiografia do crânio, as incidências mais utilizadas são as projeções lateral (laterolateral) e ventrodorsal. Na projeção lateral, o paciente se encontra em decúbito lateral e faz-se o posicionamento de forma que haja sobreposição dos ramos da mandíbula, sendo importante centralizar o feixe primário no crânio de forma que a luz do colimador mostre a ponta do nariz, o topo da cabeça, a base do crânio e a mandíbula. Na projeção ventrodorsal, o paciente é colocado em posição ventrodorsal com os membros anteriores voltados caudalmente e a luz do colimador deve mostrar a ponta do nariz, a base do crânio e os lados direito e esquerdo da cabeça (HAN; HURD, 2007).
Para a obtenção de radiografias de boa qualidade da coluna vertebral, é necessário que o animal esteja em anestesia geral (contenção química). Em exames de coluna vertebral, é imprescindível posicionar o centro longitudinal do feixe primário na vértebra e colimar a largura do feixe para aumentar o detalhe. As principais incidências utilizadas são: lateral, ventrodorsal e dorsoventral, sendo também possível realizar as projeções oblíqua, lateral flexionada e lateral estendida para avaliação das vértebras cervicais (HAN; HURD, 2007).
No esqueleto apendicular, as principais incidências realizadas são a mediolateral e a craniocaudal. Na incidência mediolateral, o membro de interesse é aproximado da mesa, e o contralateral deve ser tracionado caudalmente, o feixe incide na parte medial e sai na face lateral do membro. Na incidência craniocaudal, deve-se levar em consideração o posicionamento do animal em estação, e o feixe incide da parte mais cranial para a parte voltada mais caudalmente. Para a avaliação de carpo, metacarpos e dígitos, faz-se a incidência dorsopalmar com o paciente em decúbito esternal. E, para avaliação de pelve, é possível utilizar a posição ventrodorsal estendida e ventrodorsal flexionada. Para exames do tórax e abdome, as projeções empregadas são a lateral e a ventrodorsal, podendo ser utilizado o posicionamento dorsoventral na avaliação torácica (HAN; HURD, 2007).
Em aves, os principais posicionamentos são: ventrodorsal, laterolateral do crânio, ventrodorsal do crânio, craniocaudal do membro pélvico, mediolateral do membro pélvico, mediolateral da asa e craniocaudal da asa. Importante ressaltar que, para um bom resultado na radiografia laterolateral, as seguintes estruturas precisam se sobrepor: acetábulo, clavícula, coracoide e rins. Em jabutis, são feitas incidências rostrocaudal, dorsoventral e laterolateral, sendo contraindicado o posicionamento ventrodorsal, evitando compressão de órgãos. Em cobras, as incidências utilizadas são a laterolateral e a dorsoventral (HAN; HURD, 2007).

Figura 1 | Exame radiográfico de jabuti em projeção laterolateral
Fonte: acervo do autor.
Figura 2 | Radiografia em projeção mediolateral do membro anterior de um canino
Fonte: acervo do autor.

Técnicas de incidência dos raios X em grandes animais

As técnicas descritas na literatura concentram-se no posicionamento de equinos e são limitadas às extremidades por conta da baixa adaptabilidade dos aparelhos radiográficos móveis e portáteis. Projeções envolvendo o crânio, a pelve e o tórax necessitam de uma máquina com alta capacidade de miliamperagem (mA) e estão além do enfoque deste texto (HAN; HURD, 2007). Para a realização dos exames, são necessários dispositivos radiográficos específicos, como blocos de madeira, para se conseguir certos posicionamentos (buscando elevação do casco para facilitar a realização do exame radiográfico), túnel para chassi, caixa navicular (útil para radiografar o osso sesamoide distal) e suporte para chassi (permite que a pessoa que segura o chassi se posicione longe do animal e do feixe primário) (HAN; HURD, 2007; O’BRIEN, 2006).
Nos equinos, as projeções oblíquas são de grande utilidade, permitindo avaliar estruturas que poderiam se sobrepor nas projeções ortogonais. A falta de preparo do casco é uma das principais causas de inconclusão de estudos radiográficos da extremidade distal, uma vez que é necessário a retirada das ferraduras, a limpeza dos cascos e o preenchimento adequado dos sulcos da ranilha, para que se tenha visualizações satisfatórias de algumas das estruturas (O’BRIEN, 2006). As principais incidências utilizadas para a visualização do osso navicular (sesamoide distal) são as projeções oblíquas dorsoproximal-palmarodistal (o feixe incide dorsalmente na parte proximal do osso e sai palmar na parte distal do osso), dorsopalmar-dorsoplantar (o animal fica sobre o túnel do chassi com o membro de interesse posicionado cranialmente) e palmaroproximal-dorsodistal (o animal fica sobre o túnel do chassi com o membro de interesse posicionado caudalmente) (HAN; HURD, 2007; O’BRIEN, 2006).
Para avaliação da terceira falange, as incidências utilizadas são lateromedial (o feixe entra lateralmente e sai medialmente), dorsopalmar (o feixe entra dorsalmente e sai após a parte palmar), dorsolateral-palmaromedial oblíqua (o feixe entra dorsalmente, voltado lateralmente e sai na parte palmar e medialmente; segura-se o chassi contra o aspecto palmaromedial do membro) e dorsomedial-palmarolateral oblíqua. O nome de cada incidência se refere ao local em que o feixe entra e em seguida, sai. As articulações metatarsofalangiana e metacarpofalangiana são avaliadas através de incidências dorsopalmar (o chassi é posicionado na superfície plantar/palmar do membro) e lateromedial (HAN; HURD, 2007; O’BRIEN, 2006). 
Para radiografias padrão do metacarpo, empregam-se as projeções lateromedial, dorsopalmar, oblíqua dorsolateral-palmaromedial e oblíqua dorsomedial-palmarolateral. Essas mesmas incidências são realizadas no tarso, substituindo o termo palmar por plantar, por se tratar do membro pélvico (HAN; HURD, 2007). Para avaliação do carpo, as incidências dorsopalmar, lateromedial, oblíqua dorsolateral-palmaromedial, oblíqua dorsomedial-palmarolateral e lateromedial flexionada (flexão do membro, aproximadamente, 60°, mantendo o metacarpo paralelo e o rádio perpendicular ao solo) são utilizadas. Para todas as projeções supracitadas, é de extrema importância que o animal esteja simetricamente posicionado, para que as patas sustentem o corpo corretamente (HAN; HURD, 2007; O’BRIEN, 2006).

Figura 3 | Posicionamento e elevação dos membros anteriores de equino com auxílio de blocos de madeira (material radiotransparente)
Fonte: acervo do autor.
Figura 4 | Posicionamento dorsolateral-palmaromedial oblíquo em equino
Fonte: acervo do autor.

Contenção química

Para garantir a segurança das pessoas e dos animais presentes na sala de raio X, existem cuidados básicos para a realização dos exames, bem como equipamentos específicos para assegurar a saúde de todos. A sala de raio X é composta por portas de proteção radiológica, paredes revestidas com argamassa baritada, biombo blindado, vidro plumbífero e luz de atenção, que é acionada no momento anterior ao disparo do raio (HAN; HURD,2007; THRALL, 2010).
As unidades fixas (aparelhos de raio X instalados em uma sala apropriada) têm diferentes capacidades de exposição. São constituídas por um cabeçote, que é a parte mais externa, revestido internamente com chumbo e é responsável pela proteção elétrica e mecânica, dissipação de calor e absorção de radiação extrafocal. O cabeçote possui uma janela para a saída do feixe de raio X. Dentro do cabeçote, encontra-se a ampola. O espaço entre a ampola e o cabeçote é preenchido por óleo, que funciona como protetor elétrico e térmico. A ampola é revestida por vidro plumbífero e é resistente a altas temperaturas e ao vácuo criado em seu interior e possui dois eletrodos em seu interior (cátodo e ânodo). O cátodo (-) possui filamento em espiral e contém dois filamentos com diferentes dimensões. O ânodo (+) comporta um alvo de tungstênio com alto ponto de fusão e é classificado em ânodo fixo (máquinas de baixa corrente) e ânodo giratório (radiodiagnóstico; função de espalhar o calor) (HAN; HURD, 2007; THRALL, 2010).
O painel de controle tem como função o ajuste de miliamperagem, quilovoltagem e tempo. A miliamperagem (mA) diz respeito à quantidade de elétrons produzidos e, consequentemente, o número de raios liberados. Existem aparelhos com mA fixo ou variável e com diferentes capacidades, sendo considerado, em média, 30 a 150mA foco fino e 200 a 500mA foco grosso. A quilovoltagem (Kv) é o poder de penetração do raio e determina a energia do feixe de radiação. O tempo corresponde ao intervalo durante o qual os raios X estão sendo produzidos, está relacionado ao circuito temporizador e controla o número total de raios gerados a cada exposição, ou seja, quanto maior o tempo de exposição, mais raios serão produzidos. O produto da miliamperagem (mA) pelo tempo do fluxo em segundos resulta na miliamperagem/segundo (mAs). A variação do mA e do tempo de exposição causa variação no grau de enegrecimento (HAN; HURD, 2007; THRALL, 2010).
Os chassis são dispositivos em forma de livro à prova de luz que contêm o filme e o mantém em contato com os écrans. O écran é uma película de substância química que, quando irradiada, gera raios UV e luz visível, sensibiliza o filme e produz a imagem. O filme é feito à base de poliéster e é sensível à radiação X, enegrecendo após perda de prata metálica. Para a diminuição da ação de raios secundários, pode-se utilizar a grade Potter Bucky (sistema Potter Bucky) (HAN; HURD, 2007).

Figura 5 | Chassis de vários tamanhos
Fonte: acervo do autor.
Figura 6 – Aparelho de raio X fixo
Fonte: acervo do autor.

Vídeo Resumo

Caro aluno, iniciaremos a nossa terceira videoaula da Unidade 2, na qual abordaremos os principais assuntos trabalhados na Aula 7.
Começaremos falando sobre as principais técnicas de incidência dos raios X em pequenos animais, como também em animais silvestres); dando sequência, falaremos sobre as técnicas de incidência dos raios X em grandes animais; findaremos a aula abordando o regime de operação dos aparelhos radiológicos na medicina veterinária.

 

Saiba mais

Para complementação de nossa aula, lhe indico o artigo: Sinovite proliferativa crônica da articulação metacarpofalangiana em equinos: relato de caso.
Este artigo avalia e descreve um comparativo relacionado com a sinovite proliferativa crônica dos equinos.

Aula 4

Avaliações articulares

Nessa aula, você degustará de informações sobre: desvios angulares e rotacionais, sistemas de medidas e aplicação de medidas às patologias dos animais domésticos (patologias ortopédicas hereditárias, luxações de articulações, síndrome do navicular em equinos, angulação para auxílio no ferrageamento de equinos).

22 minutos

introdução

Caro aluno, seja bem-vindo!
Daremos início à Aula 8 da Unidade 2, referente à disciplina de Radiologia Veterinária.
Nessa aula, você degustará de informações sobre: desvios angulares e rotacionais, sistemas de medidas e aplicação de medidas às patologias dos animais domésticos (patologias ortopédicas hereditárias, luxações de articulações, síndrome do navicular em equinos, angulação para auxílio no ferrageamento de equinos).
A realização de exames para avaliação de problemas articulares é bem comum dentro da medicina veterinária, sendo assim muito importante ter o domínio da técnica para obter imagens de qualidade. Em se tratando de grandes animais, o exame radiográfico é realizado e utilizado para fechar grandes negociações, já que tem extrema importância para a aquisição de cavalos atletas.

Luxação patelar e ruptura do ligamento cruzado cranial em pequenos animais

A luxação de patela é uma afecção na articulação fêmoro-tíbio-patelar, frequentemente encontrada na clínica de pequenos animais, e é o exemplo mais comum de deslocamento do osso sesamoide. Caracteriza-se pelo deslizamento da patela do sulco troclear e está constantemente associada à ruptura do ligamento cruzado cranial do joelho. Algumas raças apresentam predisposição ao desenvolvimento desta condição, principalmente raças miniatura e de pequeno porte de cães (Poodle, Boston Terrier, Yorkshire Terrier, Chihuahua, Pinscher Miniatura, Bichon Frisé, Pequinês e Spitz Alemão miniatura) e em gatos Devon Rex. Pode ser congênita ou adquirida (trauma) e o deslocamento pode ocorrer lateralmente ou medialmente (mais comum), em um membro (unilateral) ou nos dois (bilateral) (PINHEIRO et al., 2019; THRALL, 2014; SONTAG, 2019; NOLASCO et al., 2021).
A radiografia é um dos principais exames complementares que permitem avaliar a luxação patelar. O posicionamento adequado é essencial para a observação desta condição e são indicadas as projeções mediolateral, craniocaudal e pélvica ventrodorsal com tração caudal dos membros pélvicos e leve rotação medial, com o intuito de posicionar as patelas dentro da tróclea. Quando esta enfermidade está presente e o posicionamento é feito de maneira criteriosa, é possível observar na radiografia a patela fora do sulco troclear (PINHEIRO et al., 2019; THRALL, 2014).
O ligamento cruzado cranial origina-se da área intercondilar do côndilo femoral lateral, prolonga-se craniodistalmente e insere-se na área intercondilar central da tíbia (KÖNIG; LIEBICH, 2016). Este ligamento pode se romper através de traumas ou degeneração, tendo o fator genético também como influência, acometendo um maior número de cães de grande porte (Akita, São Bernardo, Rottweiler e Labrador, por exemplo). Os cães com esta condição apresentam claudicação e aumento da sensibilidade da articulação fêmoro-tíbio-patelar. O diagnóstico definitivo é feito através do teste de compressão tibial e do teste de gaveta. Como exame complementar, o raio X, geralmente, é o primeiro exame a ser solicitado (JÚNIOR; TUDURY, 2007; KÖNIG; LIEBICH, 2016; OLIVEIRA et al., 2009).
As projeções mais utilizadas são mediolateral, craniocaudal e mediolateral em estresse do joelho com a articulação tarsal em máxima flexão. As alterações radiográficas fornecem informações sobre a gravidade de cada caso, e as mais comuns de serem encontradas são a presença de osteófitos, entesófitos e a diminuição da área que corresponde ao coxim gorduroso. Na técnica de posicionamento do animal, aplicam-se as forças de rotação e tração, pois são forças que os músculos exercem sobre os ossos quando o animal se encontra em estação e atividade normais. Sem a aplicação destas forças, é raro observar as alterações radiográficas características para ruptura do ligamento cruzado cranial, a não ser que haja alguma estrutura empurrando a tíbia cranialmente. Por este motivo, a incidência mediolateral sob stress se mostra a mais útil para a avaliação da ruptura do ligamento cruzado cranial (JÚNIOR; TUDURY, 2007; KÖNIG; LIEBICH, 2016; OLIVEIRA et al., 2009).

Figura 1 | Mensuração do ângulo do platô tibial
Fonte: acervo do autor.

Síndrome do navicular em equinos

O osso sesamoide distal (OSD) ou navicular, presente nos equinos, possui uma forma de lançadeira ou navio, que possui conexão com diversas estruturas do esqueleto apendicular. Formado por duas superfícies: articular e flexora, em que a articular proximal terá conexão com a falange média, a articular distal com a falange distal e a flexora com o tendão flexor digital profundo (TFDP) e a bursa navicular. Possui duas bordas, proximal e distal, além de duas extremidades, medial e lateral, que ajudam na fixação do osso através de ligamentos conectados às falanges previamente citadas (THRALL, 2014).
A sua função é auxiliar no trabalho dos ligamentos que realizam a flexão dos membros, e a síndrome do sesamoide distal impede o desempenho do cavalo, causando injúrias econômicas (PEIXOTO et al., 2010). É um processo degenerativo do osso que acomete estruturas conectadas, principalmente o TFDP. Contém origem duvidosa, tendendo a questões vasculares, como falta de suprimento sanguíneo e isquemia, idade, sendo mais acometido em animais mais velhos, temperamento – animais mais “quentes” têm uma tendência maior, conformação anatômica que pode ser hereditária – sem muitas evidências – e/ou prática excessiva ou em piso inadequado, situações que demande sustentação demasiada do membro em relação ao peso e atividade, gerando desgaste (URRY, L. A. et al., 2017).
Sua manifestação, por se tratar de uma síndrome, contém diversas formas e anormalidades no casco. É importante salientar que não existem sinais clínicos patognomônicos. Dentro delas, há claudicação bilateral no costume, mas pode ser unilateral ocasionalmente, principalmente em membros anteriores, de caráter progressivo. Há encurtamento dos passos, fazendo com que o equino tropece com mais frequência pela tentativa de se apoiar com a pinça do casco, assim como também faz em repouso. A morfologia do casco também pode sofrer alterações, principalmente em redução e afunilamento de pinça, como aumento dos bulbos/talões (CAMPEBELL, 2017).
O diagnóstico é feito através de anamnese, exame físico com o uso também de teste de pinça, teste de prancha e cunha, e bloqueio de nervos plantares e palmares (CAMPEBELL, 2017). Uso de diagnóstico por imagem, principalmente radiografia e ultrassonografia, também são métodos de eleição (PEIXOTO et al., 2010). As projeções radiográficas para avaliação são DPPD 60° (dorsoproximal-palmarodistal), lateromedial, PPPD (palmaroproximal-palmarodistal) ou Skyline, DP (dorsopalmar). Os sinais encontrados mais comuns são: entesófitos ou remodelamento na borda proximal e extremidades, invaginações sinoviais ou fragmentos ósseos na borda distal, erosões corticais ou mineralização do TFDP no córtex flexor, esclerose em cavidade medular (THRALL, 2014). A presença de osteófitos pode ter associação também à síndrome, apesar de ser uma representação de senilidade (CAMPEBELL, 2017). Em ultrassonografia, visibiliza-se bursite, irregularidade das bordas do TFDP, calcificação de ligamento sesamoide distal ímpar, tendinites, irregularidade na superfície flexora e margens, tanto dorsal quanto palmar, e espessamento dos coxins (PEIXOTO et al., 2010).

Figura 2 | Posicionamento lateral para avaliação do navicular
Fonte: Thrall (2014, p. 555).

Displasia coxofemoral em pequenos animais

As doenças articulares degenerativas são mais comuns em cães em relação a gatos e, dentre os gatos, os de raça, especialmente o Maine Coon, são mais predispostos do que os sem raça definida (THRALL, 2014). É uma doença de caráter hereditário, mas, além de fatores genéticos, os externos/ambientais também influenciam, como exercício repetitivo, traumas ou problemas metabólicos/hormonais. Caracteriza-se por formação anormal das cartilagens, levando à instabilidade da conexão entre o osso coxal e o osso fêmur, bem como luxação ou subluxação. Durante o processo, ocorre a produção de tecido fibroso como forma de amenização fisiológica, mas o desgaste dessa “produção insuficiente” leva à degeneração articular (ROSSI, 2021). 
Seus sinais clínicos costumam ser bilaterais, portanto o felino apresenta uma postura mais “empinada”, rígida e com passadas curtas, a fim de compensar o peso e propor mais conforto. Entretanto, se unilateral, além da elevação de quadril, utiliza a cauda para distribuição de equilíbrio. No geral, gatos não apresentam tantos sinais clínicos quanto cães, pois possuem uma tendência maior em se apoiarem nos membros anteriores que os caninos, porém podem representar intolerância a qualquer movimento que force a articulação coxofemoral, como saltos, o ato de defecar/urinar e escadas. Mudança de comportamento e estresse também podem ser sinais (ROSSI, 2021).
O diagnóstico é feito por uma anamnese, exame físico com teste de ortolani, em busca de frouxidão articular e, especialmente, radiográfico. Radiograficamente observa-se osteófitos, remodelamento e incongruência da cabeça do fêmur, tendo o acetábulo com o seu formato perdido, arrasoamento acetabular, Linha de Morgan (linha precoce formada por entesófitos) e esclerose óssea. As projeções utilizadas são VD (Ventrodorsal), estendendo os membros e rotacionando o joelho medialmente, para que o joelho fique posicionado entre os sucos trocleares do fêmur e LL (Laterolateral) (THRALL, 2014). Outro método muito utilizado é o Ângulo de Norberg e o Índice de Distração (ROSSI, 2021).
Também, podem ser utilizadas técnicas auxiliares na avaliação radiográfica. Dentre elas, destaca-se a de Norberg, em que se mede na radiografia, utilizando-se uma escala. O ângulo é formado utilizando-se: linha ideal, que une as duas cabeças femorais e a linha que une o centro da cabeça do fêmur sujeita a exame, com a borda acetabular crâniolateral do mesmo lado. Qualquer medida constatada inferior a 105° mostra uma inadequada relação entre a cabeça do fêmur e o acetábulo, demonstrando sinais de subluxação ou luxação, o que pode ser caracterizado como DCF (DOUGLAS; WILLIAMSON, 1975). 
A classificação é dividida em cinco categorias, de acordo com as características encontradas: 

Vídeo Resumo

Caro aluno, iniciaremos a nossa quarta videoaula da Unidade 2, na qual abordaremos os principais assuntos trabalhados na Aula 8.
Começaremos nossa aula discutindo sobre luxação patelar e ruptura do ligamento cruzado cranial em pequenos animais; na sequência, falaremos sobre a síndrome do navicular em equinos, e concluiremos abordando sobre a displasia coxofemoral em pequenos animais.

 

Saiba mais

Para contemplarmos o conteúdo de nossa aula, indico-lhe o artigo: Centro instantâneo de movimento, na avaliação ex-vivo da reconstrução extra-articular fabelo-tibial, após transecção do ligamento cruzado cranial em cães.
Este artigo abrange um comparativo relacionado ao efeito biomecânico articular de dois fios de suturas, sendo eles: aço e polipropileno.

Aula 5

Revisão da unidade

24 minutos

Contenção física, química e acessórios para auxiliar na realização do exame radiográfico

Na Medicina Veterinária, a contenção tem a finalidade de restringir a movimentação do animal, com a intenção de avaliar o paciente para a execução de curativos, exames, avaliação e administração de medicamentos (FEITOSA, 2017 ). 
Portanto, é recomendado sempre realizar a contenção, independentemente do temperamento do paciente, pois até o animal mais calmo poderá reagir agressivamente como resposta à dor ou ao desconforto, gerando acidentes, muitas vezes perigosos. 
A sensibilidade do paciente se torna aumentada pela dor e, às vezes, apenas acariciá-lo nestas áreas já pode desencadear uma reação agressiva, que seria apenas uma atitude de defesa deste animal, culminando em mordidas, arranhões, coices ou em um acidente mais grave. 
Temos como principais objetivos na contenção dos animais domésticos: permitir e facilitar o exame físico; evitar fugas; evitar acidentes no paciente, como fraturas; proteger o examinador, o animal e o auxiliar; possibilitar a aplicação de medicações; possibilitar a realização de higienização e de curativos; auxiliar na colheita de sangue; auxiliar no posicionamento dos exames radiográficos, que é o mais importante para este nosso estudo. 
No momento da contenção, devemos realizá-la da forma mais branda possível, evitando movimentos bruscos, gritos, uso excessivo de força e até mesmo agressividade, pois comportamentos como estes podem alterar significativamente os parâmetros vitais do animal, interferindo diretamente no procedimento que será realizado (FEITOSA, 2017). 
Para isso, devemos manter um contato direto, acariciando o animal (aproximação de forma vagarosa e sempre mostrando que o animal pode confiar em você), chamar pelo nome, estalando os dedos, acarinhando-o, falando palavras de recompensa e sempre ceder uma oportunidade do paciente lhe conhecer melhor, para que ele não se sinta inseguro na realização dos próximos procedimentos (FEITOSA, 2017). 
A contenção do paciente deve começar sempre de maneira simples, por exemplo, coleira e guia para os cães, cabresto para os cavalos e, se necessário, progredir para mecanismos mais completos e drásticos, levando sempre em consideração a espécie de animal que está sendo trabalhada (MARTINS, 2019). 
A quilovoltagem (Kv) é o poder de penetração do raio X, sendo influenciada pela energia dos elétrons ao atingirem o alvo, sendo responsável pelo controle de qualidade dos raios produzidos e está relacionada a fatores, como espessura e densidade da estrutura a ser radiografada, distância foco-filme (DFF) e distância foco-objeto (DFO). 
A miliamperagem (mA) pode ser definida como a quantidade de elétrons produzidos (quantidade de radiação produzida na ampola) e designa a quantidade de elétrons gerados no filamento do cátodo, portanto há o aumento da densidade radiográfica ao aumentar a mA. 
Foco fino e foco grosso se definem a partir da espessura do alvo de tungstênio e auxiliam na formação dos detalhes da imagem.

Figura 1 | Aplicação do espessômetro
Fonte: acervo do autor.

Revisão da unidade

Caro aluno, iniciaremos nosso vídeo de revisão, no qual abordaremos os principais assuntos trabalhados na Unidade 2.
Começaremos com um resumo básico da Aula 5: contenção física e química dos animais; posicionamento correto; acessórios de auxílio ao posicionamento. Na sequência, falaremos sobre a Aula 6: tipos de posicionamento equipamento-paciente para exames de RX; cálculo de kV, mAs e técnicas radiográficas. Para concluir o conteúdo abordaremos: desvios angulares e rotacionais; sistemas de medidas; aplicação de medidas às patologias dos animais domésticos (patologias ortopédicas hereditárias, luxações de articulações, síndrome do navicular em equinos, angulação para auxílio no ferrageamento de equinos).

 

ESTUDO DE CASO

Prezado estudante, é com muito carinho que preparei este material para você. Para que possamos reforçar e ampliar o seu aprendizado nesta unidade, trarei uma situação-problema rotineira, na qual você terá que refletir e utilizar todo o seu conhecimento e habilidade na resolução. Vamos lá?
A falcoaria é a arte de criar, treinar e trabalhar com aves de rapina. Em países do Oriente Médio e da Ásia, a falcoaria existia desde os primórdios da civilização, quando homens e aves caçavam juntos. Esta prática ainda permanece viva até hoje em alguns países, como a Mongólia. No Brasil, a caça é proibida, mas a falcoaria tem crescido ultimamente por trabalhar no controle de fauna em empresas alimentícias, em aeroportos e na agricultura. Portanto, não é raro que tenhamos que realizar exames, principalmente exames radiográficos, em gaviões, falcões, águias e corujas.
Chegou ao hospital veterinário um gavião asa-de-telha (Parabuteo unicinctus), espécie que mede entre 48-56 cm de comprimento e envergadura de 115-120 cm (de asa a asa), pesando entre 725 g e 1.000 g (as fêmeas são maiores que os machos). 
O paciente tem o histórico de ter se machucado ao se chocar contra uma prateleira de metal, enquanto estava trabalhando em controle de fauna em um supermercado. O gavião pertence a uma empresa de falcoaria. O animal tem 4 anos de idade, do sexo masculino e, desde o acidente (na noite anterior), não quis se alimentar, não voa e está com a asa esquerda “pendurada” e refere dor à palpação. O gavião asa-de-telha é uma espécie muito arisca e não permite aproximação de desconhecidos com facilidade. O paciente está sentindo dor e, devido à resposta agressiva do animal durante o exame físico e à necessidade de exames complementares, inclusive exame radiográfico, a contenção química deve ser realizada.
De acordo com o histórico apresentado, qual é a sua principal suspeita? Já que o gavião será contido quimicamente, como você realizará sua localização na mesa e como irá fixá-lo? Sabendo que se trata de uma ave rapinante, qual é o melhor posicionamento? E quais são as melhores incidências para diagnosticar realmente o que aconteceu com o membro do gavião? 

Reflita

Meu caro estudante, para que você traga a solução mais acertada para a situação-problema apresentada anteriormente, sugiro que você reflita sobre o que aprendemos nesta unidade e se coloque como se estivesse vivenciando o momento no qual o paciente chega no hospital veterinário. O caso clínico apresentado acontece rotineiramente em clínicas e hospitais que oferecem diagnóstico por imagem para animais e você precisa estar preparado. Animais silvestres e selvagens são pacientes cada vez mais comuns, dado o crescimento destas espécies como animais de trabalho e de estimação.
Lembre-se de tudo o que já estudamos juntos no decorrer desta unidade, sobre posicionamento, contenção, planos e eixos e tipos de fratura mais comuns nesta espécie animal e tenha em mente que, além das habilidades técnicas que estamos desenvolvendo aqui, manter a calma, o equilíbrio e a empatia trará sempre os melhores resultados, seja na resolução deste exercício ou na sua atuação real. 

Resolução do Estudo de Caso

Caro estudante, para consolidar seu aprendizado nesta unidade, resolveremos, agora, o problema do gavião pertencente à empresa de controle de pragas tentando ajudar o mais rápido possível o paciente que sofreu o acidente durante a realização de um trabalho. Para isso, você terá que utilizar todo o seu conhecimento e habilidade para conseguir gerar uma imagem de excelente qualidade, que, consequentemente, trará um diagnóstico preciso. Você está pronto? Vamos começar?
Sabemos que se trata de um paciente que será sedado para a realização do procedimento e conhecemos as técnicas e os aparatos que podem ser utilizados para ajudar no posicionamento do paciente. 
É recomendado que um médico veterinário anestesiologista realize o procedimento de contenção química, pois sabemos que anestésicos injetáveis e inalatórios são rotineiramente usados nos procedimentos de diagnóstico por imagem. A pré-medicação consiste na administração de tranquilizantes, sedativos, opioides ou combinação desses medicamentos. Todas essas drogas auxiliam na contenção do animal, reduzindo seu estresse e diminuindo a dose de indução e anestésico inalatório utilizado. Escolher o medicamento mais adequado para o paciente pode ser uma tarefa desafiadora. A decisão deve ser tomada de acordo não apenas com o estado de saúde do paciente mas também com o temperamento e a espécie animal, a duração média do procedimento e a preferência pessoal (BEDNARSKI, 2015). 
Após a realização da contenção química, podemos, ainda, fazer uso da contenção física para melhor posicionar o paciente, buscando um manejo mais cuidadoso, delicado e breve. Para isso, podemos também utilizar alguns artifícios para aquisição de uma imagem radiográfica de excelência, utilizando corda ou fita adesiva (melhor opção para a ave em questão), tomando sempre muito cuidado com olhos e penas.
Para realizar a imagem do paciente que deu entrada no hospital veterinário, o profissional radiologista deve trabalhar com, no mínimo, duas incidências com um ângulo de 90° de relação entre as duas. As projeções mediolateral da asa esquerda e caudocranial da asa esquerda serão escolhidas para a aquisição da imagem.
Ao término do exame, foi constatada uma fratura fechada transversal na diáfise média radioulnar esquerda, sendo esse paciente encaminhado para o setor de ortopedia para correlação clínica e posterior conversa com os proprietários.

 

Resumo Visual

A importância do conhecimento para obtenção de exames de qualidade.

Figura | Esquema ilustrativo da Unidade 2
Fonte: elaborada pelo autor.

referências

6 minutos

Aula 1

BEDNARSKI, R. M. Dogs and cats. In: GRIMM, K. A. et al. Veterinary anesthesia and analgesia: the fifth edition of Lumb and Jones. Hoboken, Nova Jersey: Wiley-Blackwell, 2015. p. 817-826.
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Aula 2

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Aula 3

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Aula 4

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Aula 5

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Imagem de capa: Storyset e ShutterStock.