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Aula 1

Qualidade da imagem em medicina nuclear

Esta aula servirá para que você aprenda não somente conceitos novos sobre medicina nuclear de forma teórica mas também conceitos que servirão para você utilizar no seu cotidiano em um setor que utiliza a aplicação de radiações ionizantes tanto para tratamento quanto para diagnóstico.

17 minutos

introdução

Prezado aluno, esta aula servirá para que você aprenda não somente conceitos novos sobre medicina nuclear de forma teórica mas também conceitos que servirão para você utilizar no seu cotidiano em um setor que utiliza a aplicação de radiações ionizantes tanto para tratamento quanto para diagnóstico. Para você que trabalhará com radiação ionizante, conhecer como se comporta a formação da imagem, o que significa resolução espacial, contraste, ruído e CNR é extremamente importante para o seu crescimento profissional. Esses conceitos estão diretamente ligados ao trabalho diário em um setor de medicina nuclear. Portanto, essa aula é muito importante para a sua formação.

Características de formação da imagem

O que significa resolução espacial e como ela interfere na formação da imagem médica?

Resolução espacial é determinada pela capacidade que um sensor tem em fazer a divisão ou resolução dos elementos na superfície (órgão, objeto, terrestre). Portanto, a resolução espacial está diretamente relacionada ao detalhamento observado. Quanto maior a resolução espacial, melhor será o detalhamento observado. Cabe ressaltar que essa definição não deve ser confundida com o tamanho do pixel. 
Equipamentos que têm a capacidade de formar uma imagem têm o fator resolução espacial intrinsecamente. Cada tipo de sensor tem uma certa capacidade de definição do tamanho do pixel, e essa divisão corresponde à menor parcela imageada, ou seja, o pixel é a menor unidade em uma imagem. As dimensões que o pixel tem são chamadas de resolução espacial. Quanto menor for o tamanho ou a dimensão do pixel, maior será a resolução espacial daquela imagem. 
Temos também a diferença entre a resolução espectral e a resolução espacial. A resolução espectral é referente à capacidade de maior número de bandas, com menor largura de intervalo. Já a resolução espacial resulta na capacidade de um objeto ser visto de forma clara e objetiva.
Logo, a chamada resolução espacial mostra a capacidade de um dispositivo em reproduzir detalhes finos. A resolução é demonstrada com a amplitude Full-Width-at-Half-Maximum (FWHM), que, traduzido para o português, significa “tem largura a meia altura”. Quanto maior for a FWHM, maior é o aspecto confuso da imagem, ou seja, os denominados borrões. Dessa forma, quanto menores os valores de FWHM, há a indicação de uma melhor resolução de detecção, assim a imagem terá um melhor detalhamento e definição. Como um exemplo, podemos citar as câmaras de cintilação, as quais têm como princípio a conversão do sinal recebido de radiação em estímulos de luz. Essa luz é captada por um fotodiodo e, por fim, é lida e quantificada. Esse tipo de detector de radiação tem resoluções espaciais de 6 a 8 mm, levando a uma alta resolução. 

O que o contraste contribui para uma imagem médica?

O contraste auxilia na visualização das estruturas em uma imagem médica. Nesse momento, podemos relembrar como era o funcionamento da formação da imagem na radiologia convencional, pois o princípio é o mesmo e de fácil compreensão. Em uma simples imagem de raio-X, conseguimos ver os ossos esbranquiçados e com fundo preto. O que isso significa? Isso significa que o feixe de radiação foi quase que totalmente atenuado (filtrado) pelos ossos e pelas outras estruturas que atravessou com diferentes energias, porém atravessou e sensibilizou o exame, deixando essa região na coloração preta. Portanto, o contraste é a capacidade de distinguirmos estruturas em relação às outras partes da imagem. Por exemplo, se o objeto, o fundo e as bordas estão bem definidos, significa que o contraste está bom. Nesse caso, o kVp, que está relacionado com a energia do feixe, é o responsável pela definição do contraste. Na medicina nuclear, não é diferente, pois o contraste da imagem é determinado como sendo a capacidade de se distinguir estruturas e enxergar o seu limite. Lembrando que, na medicina nuclear, as imagens mostram um exame funcional e não anatômico, como na radiologia.

Ruído

O ruído, como o próprio nome induz, é tudo aquilo que interfere na definição da imagem, ou seja, imagem pixelada, com artefatos, o que dificulta a visualização.

Contraste, ruído e CNR

Nesta aula, abordaremos somente a área de medicina nuclear, e não a radioterapia, devido ao fato de que, na radioterapia, não há formação de imagem. Portanto, os fatores descritos nesta aula não fazem parte do cotidiano da radioterapia. 
Como na medicina nuclear a formação da imagem é relacionada à funcionalidade do órgão, e não à visualização anatômica, a necessidade de que a resolução espacial seja alta é de extrema importância, pois é necessário delimitar visualmente as estruturas em questão para serem analisadas. Outro exemplo que podemos utilizar para compreender o que significa a resolução espacial, junto ao contraste e ao ruído, são os exames de mamografia. Esse tipo de exame é considerado o padrão ouro no rastreamento de patologias mamárias e no diagnóstico precoce do câncer de mama, devido à alta capacidade do equipamento na resolução espacial. Logo, esse equipamento tem alta capacidade de distinguir estruturas pequenas e próximas em uma estrutura homogênea. 

O que significa CNR

A CNR é traduzida do inglês como sendo relação contraste-ruído. Esse fator é essencial em imagem médica, e devemos levar esse parâmetro com seriedade. Todo e qualquer ruído é o que queremos reduzir ao máximo ou eliminar em qualquer processo de formação de imagem. Há duas maneiras de combinar o contraste e o ruído por um simples parâmetro denominado como razão sinal ruído (SNR), ou também podemos utilizar a CNR. A SNR é calculada pela razão entre o sinal e o ruído, enquanto a CNR é calculada como sendo a razão entre o contraste e o ruído. Essa denominação CNR é a mais utilizada no ambiente hospitalar. Sempre que você for tratar assuntos relacionados às imagens médicas e às suas definições, o CNR e o SNR estarão no meio da discussão. 
Para que um diagnóstico seja preciso e objetivo, é essencial que a qualidade da imagem esteja boa. Portanto, para que essa qualidade seja mantida, parâmetros, como resolução espacial, resolução de contraste, CNR e SNR, devem ser considerados e observados. A resolução espacial e o contraste estão relacionados às avaliações subjetivas, ou seja, às avaliações visuais do médico, para que, por fim, ele faça o diagnóstico. De forma sucinta, podemos definir a resolução espacial como a nitidez e os detalhes que são observados na imagem. Ela está também relacionada à capacidade visual do monitor de imagem. Já o contraste pode ser definido de forma sucinta como sendo a diferença entre o brilho que podemos encontrar comparando as áreas mais claras e as áreas mais escuras da imagem. Sendo assim, quando, em uma imagem, é perceptível a distinção entre tecidos semelhantes, podemos afirmar que ela tem boa qualidade. 
Independentemente de querermos que os ruídos sejam zerados, isso é impossível, pois é um fator inerente ao sistema de imagens, no qual inúmeros fatores contribuem para a sua aparição, podendo ser desde problemas no equipamento, manuseio do profissional da área, tempo de vida do equipamento, entre outros. Portanto, sempre devemos tentar prever ao máximo todo e qualquer fator que influencie a relação sinal-ruído, pois, assim, conseguiremos buscar o melhor cenário possível. 

Como e onde são utilizados os parâmetros de qualidade da imagem

Todo e qualquer equipamento de imagem em um sistema hospitalar, seja na área de radiologia ou medicina nuclear, passa pelos mesmos problemas quando o assunto é formação e detalhamento da imagem. Por isso, atualmente, os equipamentos, quando adquiridos pelo hospital, já vêm com um software instalado, o qual permite que façamos a utilização de filtros que suavizam essa relação de contraste, sinal e ruído. 
Como você pode imaginar, antigamente, quando um paciente buscava os serviços hospitalares para realizar os exames e, por algum motivo, a imagem não ficava com uma definição adequada para que o médico conseguisse dar o diagnóstico, o exame era refeito. Cabe ressaltar aqui que, hoje, temos protocolos de proteção radiológica que nos ditam diretrizes que devem ser seguidas, e uma delas é que a dose no paciente deve ser tão baixa quanto razoavelmente exequível, o princípio ALARA. Portanto, a opção de submeter o paciente a um novo exame está fora de cogitação. Sendo assim, esses softwares são responsáveis por utilizar diversos filtros que corrigem a maioria dos problemas que podemos ter, por exemplo, movimentação do paciente, procedimento errado do técnico e equipamento descalibrado. Porém, há uma janela de soluções apenas que o equipamento consegue corrigir. Normalmente, ele consegue fazer as correções necessárias de melhoramento da imagem. 
Como foi dito, a medicina nuclear difere do radiodiagnóstico por formar imagens funcionais e não anatômicas, mas o que isso significa?
A medicina nuclear é utilizada na detecção de doenças em seus estágios iniciais. Esses estágios iniciais, antes mesmo que a doença cause alterações estruturais, são detectáveis pelos exames cuja finalidade é a anatomia, ou seja, o radiodiagnóstico. Essa técnica é utilizada em diversos hospitais para o diagnóstico de doenças, como câncer, doenças cardíacas, neurológicas, gastrointestinais e endócrinas. No coração, podemos analisar o fluxo arterial sanguíneo e os danos que o músculo pode ter sofrido. Em sistemas renais, podemos avaliar a funcionalidade dos rins e saber se a filtragem está ocorrendo da forma correta. Na tireoide, podemos analisar a funcionalidade das glândulas e do cérebro, analisar os impulsos nervosos e detectar pacientes com convulsão, perfusão sanguínea, entre outros. 
Logo, trata-se de uma área extremamente necessária para o avanço da medicina e o diagnóstico preciso, portanto a definição da imagem, os estudos relacionados ao contraste, o detalhamento e o ruído se fazem necessários. 
A medicina nuclear ainda não é uma área que está presente em todos os hospitais do Brasil, devido ao preço de sua criação e manutenção. Para ser criado um centro de medicina nuclear, é necessário um investimento muito alto, pois os equipamentos têm valores extremamente altos. Contudo, é uma área de extrema importância e que auxilia e muito no diagnóstico precoce de diversas doenças, sendo uma maneira primordial para o diagnóstico e o tratamento. 

Vídeo Resumo

Se as áreas de radioterapia e medicina nuclear te encantam, assim como me encantam, esse vídeo é para você. Nesta aula, abordaremos temas importantes para a sua formação. Conheceremos como funciona a formação da imagem, os parâmetros que influenciam na qualidade da imagem e o que significa o CNR. Esses são assuntos que farão com que seu cotidiano seja facilitado durante seus planejamentos e, certamente, garantirão que inúmeros acidentes não ocorram.

 

Saiba mais

Se você ficou entusiasmado com o conteúdo desta aula e queira aprofundar seus conhecimentos nas áreas de radioterapia e medicina nuclear, tenho uma ótima notícia. Há inúmeros artigos científicos, inclusive on-line, que você pode usar para explorar ainda mais esse mundo tão inovador e de grande importância. 

Através deste link, você terá acesso a um estudo publicado na Scielo, intitulado Normatização dos equipamentos e técnicas de exames para realização de procedimentos em cardiologia nuclear: controle de qualidade e desempenho da instrumentação. Esse estudo descreve a qualidade e o desempenho da instrumentação na área da medicina nuclear. 

Através deste link, você terá acesso a um estudo publicado na Scielo, intitulado A tomografia por emissão de pósitrons: uma nova modalidade na medicina nuclear brasileira. Esse estudo descreve o PET-CT, que é um equipamento utilizado na medicina nuclear. 

Aula 2

Dosimetria interna nos exames de medicina nuclear versus dosimetria interna nos tratamentos de radioterapia

Esta aula servirá para que você aprenda não somente conceitos novos sobre medicina nuclear de forma teórica mas também os conceitos que servirão para você utilizar no seu cotidiano em um setor que utiliza a aplicação de radiações ionizantes tanto para tratamento quanto para diagnóstico.

17 minutos

introdução

Prezado aluno, esta aula servirá para que você aprenda não somente conceitos novos sobre medicina nuclear de forma teórica mas também os conceitos que servirão para você utilizar no seu cotidiano em um setor que utiliza a aplicação de radiações ionizantes tanto para tratamento quanto para diagnóstico. Para você que trabalhará com radiação ionizante, conhecer como se comporta a formação da imagem e o que significa resolução espacial, contraste, ruído e CNR é extremamente importante para o seu crescimento profissional. Esses conceitos estão diretamente ligados ao trabalho diário em um setor de medicina nuclear. Portanto, essa aula é muito importante para a sua formação.

Grandezas em medicina nuclear e radioterapia

Em todas as áreas hospitalares onde há a utilização da radiação ionizante, o conceito de dose está envolvido. Seja na radioterapia, na medicina nuclear ou no radiodiagnóstico, a dose é empregada, pois há a interação da radiação com o corpo humano. O que se modifica entre as áreas é o nível de energia e, por consequência, o nível de dose empregado em cada modalidade médica. No radiodiagnóstico, de modo geral, quando comparado à medicina nuclear e à radioterapia, tem um emprego de dose consideravelmente baixa. Na modalidade de radiodiagnóstico, o exame que mais apresenta dose é a tomografia computadorizada. Se colocarmos em ordem de comparação, em um exame de tomografia computadorizada, a energia empregada é 400 vezes maior do que em um exame de raios-X comum. 
A dose é diretamente proporcional ao poder de penetração da radiação ionizante. Radiação é energia em trânsito, ou seja, ela sai do seu lugar de origem (sua fonte) e seu alcance é diretamente proporcional à sua energia. Contudo, dependendo do número de anteparos que essa radiação encontra durante a sua trajetória, ela vai ficando menos energética, sofrendo o processo de atenuação. Quando uma pessoa é submetida a certos níveis de radiação, ela sofrerá os efeitos biológicos causados pela radiação. Esses efeitos podem ser classificados como estocásticos e determinísticos. 
Os efeitos estocásticos são aqueles em que não há um limiar de dose estabelecido, ou seja, podem ocorrer em qualquer dose. É um efeito probabilístico, a probabilidade de ocorrer um dano cresce linearmente com a dose acima de 100 mGy. Esse tipo de efeito tem a probabilidade de um dia desenvolver uma leucemia (oito anos, em média) ou um câncer sólido (15 a 25 anos, em média). 
Os efeitos determinísticos são aqueles que ultrapassam o limiar de dose do órgão ou tecido. Logo, há uma grande quantidade de morte celular da região. Esse efeito é observado em altas doses. Há um limiar de dose para o surgimento da reação tecidual (0,15 – 1,5 Gy). Os efeitos são causados em um curto intervalo de tempo, em horas ou semanas, como mucosite, eritema e descamação da epiderme, queimaduras, entre outros. 
Portanto, a radiação ionizante, além de ter diferentes formas de propagação e de fontes radioativas, difere em níveis de dano quando interage com o corpo humano. Com o avanço da tecnologia, vieram também avanços nas formas de medições e quantificações da radiação, sempre com o intuito de prevenir a saúde humana. Assim, as variáveis relacionadas às radiações ionizantes foram começando a ganhar nomes e, com isso, veio a necessidade de utilizar grandezas para facilitar o nosso entendimento. Diante disso, as grandezas e as unidades de medida são um norte para quem está vendo o resultado, pois, como tudo na física deve ser acompanhado da sua unidade de medida, com apenas um número, nós não conseguimos interpretar se ele está abaixo, dentro do esperado ou acima do esperado. 
Com isso, vieram as determinações de grandezas, como dose absorvida, atividade, dose equivalente, equivalente de dose, entre outras, bem como as unidades de medida, como Grey (Gy), Becquerel (Bq), Curie (Ci) e Sievert (Sv). Assuntos, como reciprocidade de dose e atividade acumulada, também foram descobertos através do avanço tecnológico. 

Utilização das grandezas e suas unidades

Para falarmos sobre a utilização das grandezas e das unidades, devemos lembrar o que são e como funcionam os mecanismos de ação das radiações.
As radiações ionizantes podem interagir diretamente com componentes do DNA, proteínas e lipídeos, provocando alterações estruturais, constituindo cerca de 30% do efeito biológico das radiações. Podem também interagir de forma indireta, ionizando a água (processo chamado de radiólise), gerando radicais livres. Neste caso, o efeito indireto corresponde a 70% dos efeitos biológicos produzidos pela radiação. E esse valor deve-se ao fato de a água ocupar uma parcela substancial da composição das células do corpo humano. 

As grandezas radiológicas

Grandezas físicas:

Grandezas de proteção:

A proteção radiológica sempre te acompanhará no seu cotidiano, portanto saber como evitar a possibilidade de ocorrência de efeitos estocásticos e determinísticos é de sua responsabilidade. 
A interação da radiação com a matéria é de extrema importância para o seu conhecimento, pois cada tipo é utilizado para uma finalidade. Por exemplo, na faixa de energia empregada no radiodiagnóstico, é bastante importante que ocorra o efeito fotoelétrico. Como, normalmente, os materiais têm números atômicos altos, utilizando-se baixas faixas de energia, há uma maior probabilidade de ocorrência de efeito fotoelétrico.
O efeito Compton não é desejado em imagens médicas, devido à poluição da imagem, ela fica ruidosa, dificultando a diferenciação de estruturas.
A formação de pares é muito empregada em medicina nuclear, pois a faixa de energia empregada nessa modalidade médica é bastante alta em comparação ao radiodiagnóstico. Logo, para altas energias, a ocorrência de formação de pares é frequente, até porque a imagem formada em medicina nuclear é baseada no princípio da formação de pares.

A reciprocidade de dose

Esse assunto está relacionado ao tempo de exposição e à sensibilidade. A intensidade de um feixe de radiação é diretamente proporcional à corrente empregada (miliampere (mA)) no tubo. Portanto, podemos afirmar que, em uma dada exposição (mAs), pode ser produzida com muitas combinações diferentes de tempo e mA. Assim, a lei da reciprocidade determina que é possível permutar a intensidade de radiação em mA pelo tempo de exposição e ter como resultado a mesma exposição na formação da imagem. Podemos utilizar como exemplo a seguinte situação: uma imagem produzida com 100mA em 1s causará a mesma densidade do filme de uma imagem com 200mA em 0,5s, ou 500mA em 0,2s. Todas resultam na mesma densidade de imagem. 
A atividade acumulada é um fator referente ao cálculo de dose que um paciente pode receber em um órgão de interesse. Existem modelos matemáticos e estatísticos que estimam o valor das doses absorvidas correspondente, importante para o rastreamento de dose que cada paciente recebe quando faz intervenções/exames em medicina nuclear. Esse cálculo pode ser realizado em radioterapia, porém, como o intuito da radioterapia é destruir o tecido tumoral, esse cálculo de estimativa não é tão relevante. A radioterapia trabalha no limiar de dose, justamente para que aquele tecido tumoral perca totalmente as suas funções. 

Grandezas radiológicas e dose absorvida

Dose absorvida é a quantidade de energia que foi depositada pela radiação em um órgão ou tecido. É simbolizada pela letra “D”, e a sua unidade de medida no sistema internacional (SI) é o Grey (Gy), como mostra a equação a seguir:

D=ΔEDΔm=[JKg]=Gy 

Onde o D é a variável de dose absorvida,  é a variação de energia depositada e  é a variação de massa onde essa radiação foi depositada. Essa medida é expressa em Joule/Kg, pois a energia é dada em Joule e a massa em quilograma, equivalente ao Grey.
Sendo assim, é muito importante distinguir radioatividade de uma fonte radioativa e a dose de radiação que essa fonte pode causar. Dose de radiação depende dos seguintes fatores:

A radiação é classificada como ionizante e não ionizante. A ionizante é aquela capaz de causar ionização nos meios em que está atravessando/interagindo. Ionização é a capacidade de retirar elétrons dos átomos que estão no material do meio em que a radiação está incidindo. Dentro das radiações ionizantes, nós temos mais duas classificações: radiações corpusculares e eletromagnéticas. As corpusculares são aquelas em que elementos radioativos instáveis emitem partículas, buscando a estabilidade. Partículas alfa, que têm carga +2 e número de massa igual a 4, e beta, que não têm massa e podem ter carga +1 e -1. Já as radiações eletromagnéticas são energias em forma de ondas, que não têm carga nem massa.
Portanto, a utilização de fatores, como unidades de medida e grandezas, fará com que a aplicação da radiação seja cada vez mais segura. 
Cálculos, como atividade acumulada e reciprocidade de dose, são parâmetros que somente trarão benefícios aos humanos. O avanço tecnológico na medicina nuclear e na radioterapia é constante e sempre busca utilizar menos dose de radiação e obter o máximo de benefício, seja no tratamento ou no diagnóstico.

Vídeo Resumo

Se as áreas de radioterapia e medicina nuclear te encantam, assim como me encantam, esse vídeo é para você. Nesta aula, abordaremos temas importantes para a sua formação. Conheceremos como funcionam as grandezas radiológicas e suas unidades de medida e compreenderemos o que é atividade acumulada e para que serve a reciprocidade de dose. Esses são assuntos que farão com que seu cotidiano seja facilitado durante seus planejamentos e, certamente, garantirão que inúmeros acidentes não ocorram.

 

Saiba mais

Se você ficou entusiasmado com o conteúdo desta aula e quer aprofundar seus conhecimentos nas áreas de radioterapia e medicina nuclear, tenho uma ótima notícia. Há inúmeros artigos científicos, os quais você pode usar para explorar ainda mais esse mundo tão inovador e de grande importância. 

Através deste link, você terá acesso a um estudo publicado na Scielo, intitulado Recomendações para se evitar grandes erros de dose em tratamentos radioterapêuticos. Esse estudo descreve como evitar erros de dose em tratamentos de radioterapia. 

Através deste link, você terá acesso a um estudo publicado na Scielo, intitulado Braquiterapia de alta taxa de dose associada a radioterapia externa no tratamento de angiossarcoma extenso do couro cabeludo: relato de caso. Esse estudo fala sobre outra modalidade de tratamento em radioterapia, que é a braquiterapia. 

Aula 3

Proteção radiológica em serviços de medicina nuclear e radioterapia

Esta aula servirá para que você aprenda não somente conceitos novos sobre medicina nuclear de forma teórica mas também os conceitos que servirão para você utilizar no seu cotidiano em um setor que utiliza a aplicação de radiações ionizantes tanto para tratamento quanto para diagnóstico.

17 minutos

introdução

Prezado aluno, esta aula servirá para que você aprenda não somente conceitos novos sobre medicina nuclear de forma teórica mas também os conceitos que servirão para você utilizar no seu cotidiano em um setor que utiliza a aplicação de radiações ionizantes tanto para tratamento quanto para diagnóstico. Para você que trabalhará com radiação ionizante, conhecer como se comporta a formação da imagem e saber o que significa resolução espacial, contraste, ruído e CNR é extremamente importante para o seu crescimento profissional. Esses conceitos estão diretamente ligados ao trabalho diário em um setor de medicina nuclear. Portanto, essa aula é muito importante para a sua formação.

Protocolos de proteção radiológica

A aplicação de fontes radioativas na atividade médica abrange indivíduos, pacientes, indivíduos ocupacionalmente expostos (IOEs) e público/familiares que transitam no setor. Atualmente, existem riscos detalhados a respeito de altas doses de radiação. Contudo, ainda é pouco explorado o efeito acometido por doses baixas de radiação, menores que 0,2 Gy, que são recebidas pelos trabalhadores e pelo público. Quando tivemos os avanços referentes aos danos que a radiação pode trazer, houve a necessidade de regulação e controle do uso de fontes radioativas, e isso teve como resultado as leis e os regulamentos atuais. Em âmbito nacional, a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) estabelece os requisitos básicos de proteção radiológica, quando há o emprego da radiação ionizante. A principal função da radioproteção é utilizar um padrão de proteção sem limitar os benefícios que a prática oferece. Por isso, temos os princípios básicos de radioproteção: justificação, otimização e limitação da dose individual. Esses princípios foram denominados como ALARA, do inglês As Low As Reasonably Achievable, ou seja, que a dose deve ser tão baixa quanto razoavelmente exequível. 
O setor de medicina nuclear e radioproteção engloba uma série de medidas que estão contidas dentro de um planejamento de proteção radiológica. Para que um setor de medicina nuclear seja implementado, um documento deve ser enviado para a CNEN com informações relevantes sobre a proteção radiológica, constando as exigências das normas vigentes e explicitando os motivos da instalação, o projeto de blindagens e sobre a área física, como serão armazenadas as fontes radioativas, como serão o gerenciamento dos rejeitos radioativos e as estimativas de dose, como serão as sinalizações predial, a identificação das áreas, a classificação das áreas e a qualificação de todos os profissionais envolvidos no setor. Nesse documento, também deve constar quem será o responsável legal pela instalação, denominado como supervisor de radioproteção. Esse profissional será responsável pela proteção radiológica.

Fatores de radioproteção

Os três fatores que são utilizados para minimizar a dose recebida são:

A radioterapia é uma área destinada para tratamento com a aplicação da radiação ionizante, de forma essencial para o tratamento de câncer. Contudo, como essa modalidade trabalha no limiar de dose, ou seja, ela utiliza energias limites para cada região do corpo, há a necessidade de estudos aprofundados sobre possíveis danos que pode causar. Todas as normas de proteção radiológica são atribuídas, na radioterapia, à CNEN, que fiscaliza e normatiza o setor.

Radioproteção nos setores de medicina nuclear e radioterapia

Medicina nuclear

Instalação física

Com requisitos mínimos exigidos pela CNEN, um setor de medicina nuclear deve conter as seguintes dependências:

Antes de todas essas áreas serem construídas, já se deve ter em mente as características particulares, como o número de pacientes por sala, o tipo de procedimento, as particularidades de cada serviço, onde ficarão os departamentos de recursos humanos e financeiro, os pisos e as paredes, que devem ser revestidos com materiais lisos e de fácil limpeza e desinfecção, sempre atendendo às exigências do órgão regulatório.
Nas salas onde ocorrem a produção e a manipulação de radiofármacos, os pisos e as paredes devem ter cantos arredondados, uma bancada lisa, um tanque com profundidade mínima de 40 cm e torneiras sem que o controle seja manual. Caso o setor utilize também fontes que sejam voláteis, o setor deve conter, na instalação, serviços de ventilação e um sistema de extração de ar.

Classificação das áreas

Dentro do setor de medicina nuclear, separamos o controle de exposição ocupacional de três formas: área livre, área controlada e área supervisionada. Como o próprio nome já leva ao entendimento, na área livre, os níveis de radiação são baixos o suficiente para que o serviço de proteção assegure a segurança de todos que transitam. Na área controlada, há um nível criteriosamente maior de radiação, portanto já temos regras especiais de radioproteção e segurança, prevenindo possíveis danos por contaminação radioativa ou exposições desnecessárias. E na área supervisionada, as condições de radioproteção são mantidas em forma de supervisão, mesmo que medidas de proteção e segurança específicas não sejam necessárias normalmente. Essas áreas são sinalizadas através do símbolo internacional de radiação ionizante.

Radioterapia

Instalação física

A radioterapia é submetida a uma dupla fiscalização sanitária: CNEN e Vigilância Sanitária (Anvisa). O setor de radioterapia é semelhante ao de medicina nuclear no sentido predial:

Classificação das áreas

Dentro do setor de radioterapia, as áreas são menos separadas, como no setor de medicina nuclear. Atualmente, com a utilização do acelerador linear, facilitou e muito o trabalho dos supervisores de proteção radiológica quanto aos acidentes radiológicos, como contaminação. O setor de radioterapia deve ser regido por todas as diretrizes de proteção radiológica, e a sala de exame deve seguir as normas. As salas de exame devem passar por cálculos de blindagem, que blindam totalmente a radiação de alta energia dissipada pelo equipamento, como também devem conter um corredor denominado como labirinto, e as portas devem ser de chumbo. Todo o setor deve conter sinalizadores, para que o público consiga compreender as áreas transitáveis e bloqueadas.

Equipamentos utilizados na medicina nuclear e radioterapia

Equipamentos de medicina nuclear

O serviço de medicina nuclear deve possuir no local, em plenas condições de funcionamento, no mínimo, os seguintes equipamentos e materiais:

O responsável legal deve garantir o acesso a um monitor de contaminação de superfície e a um monitor de taxa de exposição às reservas em plenas condições de funcionamento.

Fontes radioativas e manipulação

No setor de medicina nuclear, o fator dose é o resultado da exposição das fontes radioativas utilizadas no setor, sendo elas: Co-57, Ba-133, Cs-137 e Ge-68 (fontes seladas) e Tc-99m, I-131, Ga-67, In-111, Lu-177, Tl201, F-18 etc. (fontes não seladas).

Armazenamento de rejeitos

Rejeitos são materiais radioativos que ainda apresentam atividade radioativa acima do limite, que garante não causar danos, e não podem ser mais utilizados no setor. Eles devem ser separados de acordo com as suas características, sejam elas física, biológica, química ou radiológica. Após isso, eles são inseridos em recipientes adequados e identificados. E só assim, depois de identificados, deve ser registrado um formulário próprio para serem recolhidos por serviços adequados.

Controle de qualidade

O controle de qualidade é responsável pelo funcionamento adequado e dentro das normas previstas de todos os equipamentos do setor. Quando um equipamento está devidamente calibrado, garante uma melhor acurácia nos exames e tratamentos, diminuindo as chances do paciente de ser exposto a doses desnecessárias. A legislação prevê ciclos de certos testes que devem ser seguidos e registrados periodicamente, garantindo que o setor está em concordância com as normas.

Equipamentos de radioterapia

O serviço de radioterapia deve possuir, no local, em plenas condições de funcionamento, no mínimo, os seguintes equipamentos e materiais:

Rejeitos radioativos

Na radioterapia atual, há o tratamento de teleterapia, que é o emprego do equipamento denominado acelerador linear, que nada mais é do que um equipamento de raios X, com uma energia extremamente alta, da ordem de mega elétron-volts. Logo, trata-se de uma radiação artificial, livrando, assim, de rejeitos radioativos em grandes quantidades. Contudo, nesse setor, há uma forma de tratamento chamada de braquiterapia, na qual se utiliza fontes de radiação não seladas para a realização da terapia. Desse modo, há um controle semelhante ao da medicina nuclear no quesito de como lidar com os rejeitos radioativos.

Controle de qualidade

O controle de qualidade no setor de radioterapia é realizado pelo supervisor de proteção radiológica ou pelos residentes, mantendo a qualidade da aplicação da prática. Esse setor é fiscalizado pela CNEN e pela Anvisa, portanto o nível de critério é extremamente alto. Devido ao fato de a radioterapia operar no limiar de dose, o equipamento não pode estar descalibrado, pois um erro pode causar danos irreversíveis ao paciente. Logo, o controle de qualidade deve ser seguido fielmente.

Vídeo Resumo

Se as áreas de radioterapia e medicina nuclear te encantam, assim como me encantam, esse vídeo é para você. Nesta aula, abordaremos temas importantes para a sua formação. Conheceremos como funciona a proteção radiológica na medicina nuclear e na radioterapia e as diferenças e semelhanças das áreas. Esses são assuntos que farão com que seu cotidiano seja facilitado durante seus planejamentos e, certamente, garantirão que inúmeros acidentes não ocorram.

 

Saiba mais

Se você ficou entusiasmado com o conteúdo desta aula e quer aprofundar seus conhecimentos nas áreas de radioterapia e medicina nuclear, tenho uma ótima notícia. Há inúmeros artigos científicos, inclusive on-line, que você pode usar para explorar ainda mais esse mundo tão inovador e de grande importância. 

Através deste link, você terá acesso a um estudo publicado na Scielo, intitulado Contribuição da medicina nuclear para a avaliação dos linfomas. Esse estudo mostra uma das contribuições da medicina nuclear na saúde. 

Através deste link, você terá acesso a um estudo publicado na Scielo, intitulado Efeitos da radioterapia no tecido ósseo. Esse estudo fala sobre a acurácia e os efeitos causados pela radioterapia no tecido ósseo. 

Aula 4

Controle de qualidade em medicina nuclear e radioterapia

Esta aula servirá para que você aprenda não somente conceitos novos sobre medicina nuclear de forma teórica apenas mas também os conceitos que servirão para você utilizar no seu cotidiano em um setor que utiliza a aplicação de radiações ionizantes tanto para tratamento quanto para diagnóstico.

18 minutos

introdução

Prezado aluno, esta aula servirá para que você aprenda não somente conceitos novos sobre medicina nuclear de forma teórica apenas mas também os conceitos que servirão para você utilizar no seu cotidiano em um setor que utiliza a aplicação de radiações ionizantes tanto para tratamento quanto para diagnóstico. Conhecer como é feito o controle de qualidade dos equipamentos e o treinamento de IOE e proteção radiológica é extremamente importante para o seu crescimento profissional. Esses conceitos estão diretamente ligados ao trabalho diário em um setor de medicina nuclear. Portanto, essa aula é muito importante para a sua formação.

Parâmetros do controle de qualidade

Na área de medicina nuclear, o termo controle de qualidade vem do inglês “quality assurance”, que classifica coletivamente todos os aspectos da especialidade, que tem como contribuição direta ou indireta para a qualidade dos resultados obtidos. Logo, o controle de qualidade está relacionado desde o início de uma tomada de decisão para um determinado exame até o registro final de casos para a estatística médica, a marcação de exames, a preparação de um radiofármaco, a instrumentação eletrônica, entre outros fatores relacionados ao cotidiano do setor. O controle de qualidade atende do macro ao micro. 
Cada área tem seus objetivos específicos para o controle de qualidade, contudo o foco de todas é fazer com que os benefícios sejam maximizados e os danos sejam minimizados ao máximo. O controle de qualidade no processo de tomada de decisão tem o intuito de garantir que a informação do exame gere um resultado o mais fidedigno possível, minimizando o risco ao paciente. Essa etapa trata-se da eficácia e inclui a análise de risco que todo exame em que há o emprego da radiação ionizante tem o risco/benefício. O controle de qualidade na medicina nuclear, mais precisamente na preparação de radiofármacos, é formulado para garantir que estes elementos sejam administrados aos pacientes de forma correta e precisa, sem colocá-los em risco. Portanto, o controle de qualidade não está somente no equipamento, mas em todo o processo. Cada etapa tem o seu controle de qualidade. Já nos equipamentos de medicina nuclear, que trazem imagens internas do paciente, o intuito do controle de qualidade é assegurar que essas imagens representem a real variação da distribuição de radionuclídeo no corpo do paciente, minimizando ao máximo as possíveis variações intrínsecas ao equipamento. Logo, os parâmetros de cada equipamento devem ser controlados e realizados manutenções de forma periódica, para que a garantia de que tais dispositivos funcionem dentro dos limites definidos na avaliação seja satisfatória.
Como citado, a necessidade do controle de qualidade nos equipamentos de imagem, sejam eles na medicina nuclear ou no radiodiagnóstico, é fazer com que os equipamentos reproduzam de forma fidedigna e real o que está ocorrendo no corpo do paciente. No caso da medicina nuclear, que não forma imagens anatômicas, e sim imagens funcionais, o detector do equipamento deve estar calibrado de forma que ele consiga captar o máximo de radiação recebida em seu detector, para transformar esse sinal e mostrar a distribuição do traçador radioativo no interior do paciente. 
Na radioterapia, o uso da radiação ionizante para fins terapêuticos teve seu início por volta do ano de 1900, através do estudo que comprovou que a radiação tinha como consequência a destruição de tecidos e, desta forma, poderia ser utilizada como tratamento. Contudo, a linha entre destruir células tumorais e destruir células saudáveis é muito tênue. Quando tratamos de radioterapia, células saudáveis também morrem. Devido a isso, o controle de qualidade da radioterapia é a única que responde a dois órgãos de vigilância: Anvisa e CNEN. A radioterapia opera no limiar de dose, ou seja, no limite de dose que cada órgão suporta. Com isso, a chance de matar o tecido tumoral aumenta, entretanto o equipamento não pode sequer estar descalibrado nessa operação, pois poderá acarretar danos irreversíveis para o paciente.

Testes para o controle de qualidade e proteção de IOE

O controle de qualidade em radioterapia segue padrões internacionais para a realização dos testes. Um dos órgãos é o International Comission on Radiation Units and Measurements (ICRU), o qual recomenda uma variação de incerteza no tratamento de radioterapia de não mais que 5%. Logo, todos os planejamentos de cálculos de dose para os tratamentos em todos os pacientes não podem ultrapassar esse valor. Todos do setor de radioterapia devem ser responsáveis pela conduta de sempre seguir as normas de controle de qualidade, porém, caso ocorra um erro, o responsável é o especialista do setor, o físico médico, com título de especialista.
A frequência dos testes varia de acordo com a capacidade do dispositivo de perder suas configurações de calibração. Diante disso, o desempenho das máquinas pode ser afetado por um mau funcionamento, sendo ele falha mecânica, acidentes físicos, falha nos componentes, troca de componentes, envelhecimento do equipamento etc. Há inúmeras causas para o equipamento operar de forma não satisfatória. Devido a essa ampla quantidade de variáveis, os testes de controle de qualidade servem para que elas não ocorram. Os testes de controle de qualidade têm a função de manutenção preditiva, pois o foco dele é evitar que o problema ocorra, assim sempre mantemos os testes para evitar que os erros ocorram durante um exame. Na radioterapia, existem testes que são diários, semanais, mensais e anuais. Como exemplo de teste diário, temos o teste de indicador de distância; de teste semanal, temos a verificação da posição da fonte; de teste mensal, temos o indicador do tamanho do campo (colimador); de teste anual, podemos ressaltar o teste de constância do fator de transmissão no filtro.
A medicina nuclear segue também normas de órgãos internacionais, como a International Atomic Energy Agency (IAEA), que faz um levantamento crítico dos programas de controle de qualidade que são aplicados em diversos países. Todos os órgãos disponibilizam acesso a treinamentos e grupos especializados para serem consultados sobre as normas a serem aplicadas no controle de qualidade e suas atualizações. Como requisitos básicos para um programa satisfatório de qualidade da instrumentação na área de medicina nuclear, temos:

Cada tipo de teste tem uma periodicidade a ser realizada. O tempo entre uma calibração e outra depende da capacidade do equipamento em manter aquela calibração inicial. A medicina nuclear também tem testes diários, mensais, semestrais e anuais. Como exemplo de teste diário, temos o teste de reprodutibilidade com uma fonte selada de radiação gama; de teste mensal, temos o teste da linearidade de resposta a atividade; de teste semestral, temos a linearidade da resposta e energia do analisador; de teste anual, temos o teste de precisão e exatidão, que precisa de, no mínimo, três tipos de fontes radioativas de forma não selada e que originam radiação gama.

Individuo ocupacionalmente exposto (IOE) e suas proteções

Caro aluno, você sabe qual o significado de IOE?

IOE significa Indivíduo Ocupacionalmente Exposto. A prática de IOE envolve a exposição normal ou potencial de indivíduos a quaisquer atividades humanas que introduzem fontes de exposição, vias de exposição adicionais ou estendam a exposição a mais pessoas. De acordo com a obrigação, o IOE deve ser medido e receber um adicional de 30%, que corresponde à periculosidade de seu salário. Qual é o limite de exposição à radiação tolerável? A dose de exposição ocupacional do pessoal é de profissional da área de radiologia, não podendo o profissional aceitar dose que ultrapasse o limite anual estabelecido pela CNEN.
Cada tecido tem seus próprios limites definidos, portanto, para o cálculo da estimativa, cada tecido ou órgão possui um fator de ponderação para determinar a dose efetiva ou para o cálculo de todo o corpo. De acordo com a Comissão Internacional de Proteção Radiológica (ICRP), os fatores da ICRP 60 são estabelecidos na Norma 3.01, que são as Diretrizes Básicas de Proteção Radiológicas da CNEN, estabelecida no ano de 2011. 
Os valores dos limites variam com o tempo. Eles dependem do estado de desenvolvimento da prática de radioproteção no mundo ou num determinado país, dos limites de detecção dos equipamentos que medem as grandezas operacionais vinculadas às grandezas primárias estabelecidas em norma e das prioridades estabelecidas pelos grupos humanos em determinada época.
A lei deve ser estritamente observada. Dessa forma, você evita acidentes de trabalho, pois eles podem causar danos às pessoas, aos materiais e ao meio ambiente. É importante saber que a radiação, especialmente a radiação ionizante, pode ter diferentes efeitos biológicos nas pessoas a ela expostas, dependendo da dose de exposição. Se você deseja evitar todos os efeitos da radiação ionizante no local de trabalho, precisa de serviços de proteção radiológica cuidadosamente preparados. Um plano de proteção radiológica detalhado e eficaz é essencial quando você trabalha em uma indústria ou em um hospital que o utiliza. No processo, de acordo com a regulamentação da CNEN, todos os profissionais expostos à radiação devem estar totalmente protegidos.
A Anvisa, a CNEN e a ICRP possuem os protocolos de proteção radiológica bem detalhados. Além de conhecer os danos causados pela radiação, a interação da radiação com a matéria e os tipos de blindagens para os diferentes tipos de radiações ionizantes, você deve conhecer quais órgãos de vigilância fiscalizam esse tipo de trabalho e quais são as normativas e diretrizes propostas por eles.

Equipamento de proteção individual e coletiva (EPI e EPC)

Vídeo Resumo

Se as áreas de radioterapia e medicina nuclear te encantam, assim como me encantam, esse vídeo é para você. Nesta aula, abordaremos temas importantes para a sua formação. Conheceremos como funciona a proteção radiológica dos IOEs na medicina nuclear e na radioterapia e como funcionam os testes de controle de qualidade. Esses são assuntos que farão com que seu cotidiano seja facilitado durante seus planejamentos e, certamente, garantirão que inúmeros acidentes não ocorram.

 

Saiba mais

Se você ficou entusiasmado com o conteúdo desta aula e quer aprofundar seus conhecimentos nas áreas de radioterapia e medicina nuclear, tenho uma ótima notícia. Há inúmeros artigos científicos, inclusive on-line, que você pode explorar ainda mais esse mundo tão inovador e de grande importância. 

Através deste link, você terá acesso a um estudo publicado na Scielo, intitulado Levantamento do controle de qualidade de calibradores de dose de radiofármacos em serviços de medicina nuclear na cidade de São Paulo. Esse estudo mostra um estudo feito sobre os testes de controle de qualidade nos equipamentos de medicina nuclear da cidade de São Paulo. 

Através deste link, você terá acesso a um estudo publicado na Scielo, intitulado Análises de protocolos teleterápicos de controle de qualidade de alguns serviços locais, baseados no TG40 e ARCAL XXX. Esse estudo fala sobre protocolos de controle de qualidade em serviços de radioterapia. 

Aula 5

Revisão da unidade

13 minutos

Competência desenvolvida na unidade – Conhecendo o funcionamento da medicina nuclear e radioterapia

A medicina nuclear e a radioterapia são áreas em que há o emprego da radiação ionizante em seu cotidiano. Na radioterapia, a radiação ionizante não é empregada para formação de imagem, portanto não tem como finalidade diagnóstica somente terapêutica. Já na medicina nuclear, temos as duas modalidades, a diagnóstica e a terapêutica. O controle de qualidade em ambas as áreas é extremamente criterioso, pois, na radioterapia, o cálculo somatório feito para um tratamento de câncer é realizado no limiar de dose, ou seja, o limite aceitável antes de ocorrer os efeitos determinísticos. E a medicina nuclear, tanto no diagnóstico quanto no tratamento, faz o uso de fontes não seladas, que são manipuladas (radiofármacos e contrastes radioativos) e administradas no paciente. Sendo assim, qualquer falha no controle de qualidade em ambas as áreas, certamente, causará danos irreversíveis ao paciente. Todo emprego da radiação ionizante é acompanhado do conceito de dose. Com o avanço da tecnologia, vieram também avanços nas formas de medições e quantificações da radiação, sempre com o intuito de prevenir a saúde humana. Assim, as variáveis relacionadas às radiações ionizantes foram começando a ganhar nomes e, com isso, veio a necessidade de utilizar grandezas para facilitar o nosso entendimento. As grandezas e as unidades de medida são um norte para quem está vendo o resultado, pois como tudo na física deve ser acompanhado da sua unidade de medida, com apenas um número, nós não conseguimos interpretar se ele está abaixo, dentro do esperado ou acima do esperado. O conceito reciprocidade de dose é definido como o tempo de exposição à corrente, e pode ser manipulada de tal forma que resulte em inúmeras combinações diferentes. Podemos utilizar como exemplo a seguinte situação: uma imagem produzida com 100mA em 1s causará a mesma densidade do filme de uma imagem com 200mA em 0,5s ou 500mA em 0,2s. Todas resultaram na mesma densidade de imagem. A proteção radiológica está presente em todo e qualquer setor em que há a utilização da radiação ionizante. Sempre se deve ter em mente os três princípios básicos de radioproteção: justificação, otimização e limitação de dose individual, bem como o princípio ALARA, do inglês As Low As Reasonably Achievable, que significa que a dose deve ser tão baixa quanto razoavelmente exequível. Os protocolos de proteção radiológica e controle de qualidade estão em constante avanço e mudanças, sempre buscando maximizar os benefícios para os pacientes e minimizar os danos causados pela radiação ionizante.

Revisão da unidade

Se as áreas de radioterapia e medicina nuclear te encantam, assim como me encantam, esse vídeo é para você. Nesta aula, abordaremos temas importantes para a sua formação. Conheceremos como funcionam os controles de qualidade nos setores de radioterapia e medicina nuclear, a dosimetria interna nos exames e a proteção radiológica envolvida. Esses são assuntos que farão com que seu cotidiano seja facilitado durante seus planejamentos e, certamente, garantirão melhoria na sua qualidade de trabalho.

 

ESTUDO DE CASO

Imagine que você seja um estudante, cujo objetivo é trabalhar em um hospital de grande porte e que tenha as áreas de diagnóstico e tratamento bem definidas e estruturadas, com equipamentos de última geração.
Você terminou seu curso e enviou seu currículo para um hospital de referência, que te selecionou para trabalhar no centro de medicina nuclear. Assim, você iniciou seus trabalhos nesta instituição.
Ocorreram dois eventos no setor que você trabalha:
Evento 1: em um dia, você chegou para trabalhar, fez os testes de controle diário para liberar o equipamento e o setor iniciou os exames de diagnóstico e tratamento normalmente. Por volta das onze horas da manhã, você está acompanhando o exame de uma paciente na gama-câmara e, ao finalizar o exame e olhar no monitor do workstation, você percebeu que a imagem não está com uma qualidade aceitável. Você percebeu que a imagem não tem uma definição correta do contorno das estruturas, não consegue definir onde um órgão começa e outro finaliza, e notou que há uma má definição da imagem como um todo, ela se mostra “pixelada” e não permite que você enxergue com clareza as estruturas. Você chama o técnico chefe do setor ou o físico médico local para notificar o problema e, ao mostrar a imagem para eles e como você percebeu esse problema, eles pedem para você explicar o que aconteceu e quais problemas acarretam essas consequências. Você é uma pessoa recém-formada na área de Radiologia, com os estudos afiados e recentemente contratado em um hospital referenciado, onde você sonhava em trabalhar. Como se portaria nesse caso? 
Evento 2: você iniciou seus trabalhos no mesmo hospital e no mesmo centro de medicina nuclear. O técnico responsável olha para o calendário e vê que naquele dia é a empresa responsável retirará os rejeitos radioativos e pede para você fazer a conferência dos rejeitos que estão armazenados no ambiente seguro e iniciar o processo de descarte dos novos materiais. Como você agiria nesse caso? 
De acordo com seus conhecimentos em controle de qualidade, qualidade de imagem e proteção radiológica, como você solucionaria esses casos?

Reflita

Se você ficou entusiasmado com o conteúdo desta aula e quer aprofundar seus conhecimentos nas áreas de radioterapia e medicina nuclear, tenho uma ótima notícia. Há inúmeros livros e artigos científicos, inclusive on-line, que você pode usar para explorar ainda mais esse mundo tão inovador e de grande importância. 

Através deste link, você terá acesso a um estudo publicado na Scielo, intitulado Proposta de método de inspeção de radioproteção aplicada em instalações de medicina nuclear
https://www.scielo.br/j/rb/a/7C4GsmzZ5YnGRNZBcG5rhwn/?lang=pt

Há um estudo muito interessante publicado na Scielo, intitulado Processamento de estruturas tridimensionais de Medicina Nuclear na modalidade PET. Você consegue acessar através do link:
https://www.scielo.br/j/rbeb/a/55RhWmGGSzvQ6s4mVgwGnpp 

Resolução do Estudo de Caso

Resposta para o Evento 1:
Antes de qualquer coisa, tenha sempre em mente que, quando você chamar seus superiores para notificar qualquer problema, muito provavelmente eles já esperam possíveis soluções. E já que você é um profissional recém-formado e que busca ganhar seu espaço e confiança no seu ambiente de trabalho, essa é a melhor hora para colocar em prática os seus conhecimentos adquiridos no decorrer do curso. Então, ao ver uma imagem “pixelada” e ter dificuldade em definir os limites dos órgãos, você já deve pensar que a qualidade de imagem está comprometida, então, agora, basta saber quais fatores interferiram para causar isso. Um dos problemas é a resolução espacial, que é determinada pela capacidade que um sensor tem de fazer a divisão ou resolução dos elementos na superfície (órgão, objeto, terrestre). Portanto, a resolução espacial está diretamente relacionada ao detalhamento observado. Quanto maior a resolução espacial, melhor será o detalhamento observado. Cabe ressaltar que essa definição não deve ser confundida com o tamanho do pixel. A imagem “pixelada” é causada pelo ruído, que é responsável por todo e qualquer problema que interfira na visualização geral da imagem. Outro problema encontrado é o contraste, que auxilia na visualização das estruturas em uma imagem médica. Ele é responsável por deixar mais evidente uma estrutura em relação às outras. Logo, os fatores que solucionam esse problema é resolver a resolução espacial, o ruído e o contraste.
 
Resposta para o Evento 2:
Nesse momento, você deve se lembrar de como se eliminam rejeitos radioativos. Há uma conduta severa perante os órgãos de vigilância que deve ser seguida, para não colocar as pessoas e o meio ambiente em risco com os descartes desses materiais. Sendo assim, você deve ir ao setor em que os rejeitos já estão dispostos para o descarte e verificar se eles estão separados corretamente de acordo com as suas características (física, biológica, química e radiológica), se estão em recipientes corretos e se estão todos identificados. Só assim você poderá entregar para a empresa responsável pelo descarte. Quanto aos rejeitos que você iniciará o processo de descarte, você deve seguir esse passo a passo, separar de acordo com as suas características, colocar em recipientes corretos e identificar todos corretamente.

 

Resumo Visual

referências

06 minutos

Aula 1

BUSHONG, S. C. Ciência Radiológica para Tecnólogos: curso de física, biologia e proteção. Houston, Texas: Professor of Radiology Center, 2008. 1580p. 
KUAHARA, L. T. Desenvolvimento de uma metodologia de calibração "in situ" de medidores de atividade. 2017. Dissertação (Mestrado em Tecnologia Nuclear - Aplicações) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2017. 
OKUNO, E.; YOSHIMURA, E. Física das Radiações. São Paulo, SP: Oficina e Textos, 2010. 296p. 
SOUSA, C. H. S. de. Estimativa das incertezas associadas aos testes de desempenho de calibradores de doses. Rio de Janeiro, RJ: IRD, 2013.
TAUHATA, L. et al. Radioproteção e Dosimetria: Fundamentos. 2014. Rio de Janeiro, RJ: IRD/CNEN, 2014.

Aula 2

BUSHONG, S. C. Ciência Radiológica para Tecnólogos: curso de física, biologia e proteção. Houston, Texas: Professor of Radiology Center, 2008. 1580p.
KUAHARA, L. T. Desenvolvimento de uma metodologia de calibração "in situ" de medidores de atividade. 2017. Dissertação (Mestrado em Tecnologia Nuclear - Aplicações) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2017.
OKUNO, E.; YOSHIMURA, E. Física das Radiações. São Paulo, SP: Oficina e Textos, 2010. 296p.
SOUSA, C. H. S. de. Estimativa das incertezas associadas aos testes de desempenho de calibradores de doses. Rio de Janeiro, RJ: IRD, 2013.
TAUHATA, L. et al. Radioproteção e Dosimetria: Fundamentos. 2014. Rio de Janeiro, RJ: IRD/CNEN, 2014.

Aula 3

BUSHONG, S. C. Ciência Radiológica para Tecnólogos: curso de física, biologia e proteção. Houston, Texas: Professor of Radiology Center, 2008. 1580p. 
KUAHARA, L. T. Desenvolvimento de uma metodologia de calibração "in situ" de medidores de atividade. 2017. Dissertação (Mestrado em Tecnologia Nuclear - Aplicações) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2017. 
OKUNO, E.; YOSHIMURA, E. Física das Radiações. São Paulo, SP: Oficina e Textos, 2010. 296p. 
SOUSA, C. H. S. de. Estimativa das incertezas associadas aos testes de desempenho de calibradores de doses. Rio de Janeiro, RJ: IRD, 2013. 
TAUHATA, L. et al. Radioproteção e Dosimetria: Fundamentos. 2014. Rio de Janeiro, RJ: IRD/CNEN, 2014.

Aula 4

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 20, de 2 de fevereiro de 2006. Estabelece o Regulamento Técnico para o funcionamento de serviços de radioterapia, visando a defesa da saúde dos pacientes, dos profissionais envolvidos e do público em geral. Brasília, DF: Anvisa, [2023]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2006/rdc0020_02_02_2006.html. Acesso em: 21 fev. 2023.
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COMISSÃO NACIONAL DE ENERGIA NUCLEAR. Norma CNEN NN 3.01. Diretrizes básicas de proteção radiológica. Brasília, DF: CNEN, 2014. Disponível em: chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/http://appasp.cnen.gov.br/seguranca/normas/pdf/Nrm301.pdf. Acesso em: 21 fev. 2023.
INTERNATIONAL COMMISSION ON RADIOLOGICAL PROTECTION. Recommendations of the International Commission on Radiation Protection. ICRP Publication 60, v. 21, n. 1-3, 1979.
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Aula 5

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Imagem de capa: Storyset e ShutterStock.