Estamos iniciando a disciplina Exames Radiológicos Especiais. Nesta disciplina, trataremos de termos gerais, planos, secções e linhas, incidência radiográfica, posições do corpo em geral, termos de relação e adicionais de incidência.
17 minutos
introdução
Olá, aluno! Estamos iniciando a disciplina Exames Radiológicos Especiais. Nesta disciplina, trataremos de termos gerais, planos, secções e linhas, incidência radiográfica, posições do corpo em geral, termos de relação e adicionais de incidência. Esta disciplina é essencial para o exercício da profissão de tecnólogo em radiologia, pois a base da obtenção de uma imagem de qualidade para um diagnóstico rápido e preciso é o correto posicionamento do paciente na hora de realizar a técnica do exame. Observar a hipótese diagnóstica do médico solicitante também ajuda a posicionar melhor o paciente, para que seja possível visualizar melhor a parte que o médico deseja avaliar a fim de fechar o diagnóstico do indivíduo. Vamos iniciar mais uma jornada de conhecimento na Radiologia!
Posicionamento em radiologia
Caro aluno, as técnicas radiológicas constituem práticas importantes do diagnóstico por imagem na área médica. Diante disso, convém que elas sejam usadas com critério, segurança e qualidade, garantindo ao paciente/cliente um atendimento humanizado, voltado ao respeito, à ética profissional e à melhor técnica. Nesse contexto, é relevante compreender, primeiramente, que o corpo humano pode ser dividido em planos anatômicos. O plano frontal ou coronal divide o corpo em duas partes: anterior e posterior. O plano sagital mediano divide o corpo em dois lados: direito e esquerdo. E, o plano transversal ou axial em duas porções: parte superior e parte inferior.
Figura 1 | Planos anatômicos
Fonte: Shutterstock.
A posição anatômica fundamental também deve ser usada no momento de posicionar o paciente e consiste no seguinte: postura ortostática (em pé); olhos fixos na linha do horizonte; braços estendidos ao longo do corpo e com as palmas das mãos para frente; e pés unidos com os dedos apontados para a frente.
Figura 2 | Posição anatômica fundamental e planos anatômicos
Fonte: Shutterstock.
O posicionamento radiográfico refere-se ao estudo do posicionamento do paciente para demonstrar radiograficamente ou visualizar partes específicas do corpo na imagem do exame. Com isso, é fundamental que todo profissional que vai trabalhar com diagnóstico por imagem compreenda claramente o emprego correto do termo posicionamento do paciente. Os termos usados para as posições gerais do corpo são:
Ortostática (em pé).
Decúbito dorsal (deitado com as costas na mesa de exames).
Decúbito ventral (deitado com a barriga na mesa de exames).
Decúbito lateral direito (deitado com o lado direito do corpo encostado na mesa de exames).
Decúbito lateral esquerdo (deitado com o lado esquerdo do corpo encostado na mesa de exames).
Trendelenburg (deitado de modo que a cabeça esteja em posição mais baixa que os pés).
Posição de Sim (paciente deita sobre o lado anterior esquerdo, com a perna esquerda esticada e o joelho direito parcialmente fletido).
Posição de Fowler (posição em decúbito, na qual o corpo é inclinado de forma que a cabeça esteja em um nível superior ao dos pés).
Posição de litotomia (posição em decúbito dorsal, na qual os joelhos e o quadril ficam fletidos e a coxa abduzida e rodada externamente, apoiada pelo suporte para os tornozelos).
Além das posições gerais, há também as posições específicas do corpo, descritas pela parte dele que fica restrita ao filme radiográfico (oblíquas e laterais) ou pela superfície onde o paciente está deitado:
Posição lateral: refere-se ao lado ou à visão lateral. Uma posição lateral verdadeira estará sempre a 90º, perpendicularmente disposta ou em ângulo reto em relação à verdadeira incidência AP (anteroposterior) ou PA (posteroanterior).
Posição oblíqua: é uma posição angulada em que nem o plano sagital nem o plano coronal do corpo são perpendiculares ou em ângulo reto com o filme. As posições oblíquas do tórax, do abdome ou da pelve são descritas pela parte restrita ao filme ou pela parte do corpo onde o raio central (RC) incide.
Figura 3 | Planos e secções
Fonte: Shutterstock.
As posições oblíquas podem ser:
Oblíqua anterior direita ou esquerda.
Oblíqua posterior direita ou esquerda.
Termos relacionados aos movimentos
Caro aluno, veremos, a partir de agora, os termos de relação utilizados em Radiologia e relacionados às partes do corpo:
Medial versus lateral: significa em direção versus distante do centro ou do plano mediano. O aspecto medial de qualquer parte do corpo é aquele mais próximo ao plano mediano (central), e a parte lateral é aquela mais distante do plano medial.
Proximal versus distal: estar próximo da origem. Em relação aos membros superiores e inferiores, proximal e distal significa estar mais próximo ou distante do tronco, do início do membro.
Cefálico versus caudal: cefálico significa mais próximo da cabeça e caudal significa mais distante da cabeça. Na anatomia, os termos cefálico e caudal também podem ser usados como superior (próximo da cabeça) e inferior (distante da cabeça).
Interior versus exterior: interior significa estar dentro, mais próximo do centro, enquanto exterior significa estar sobre ou próximo do exterior. O sufixo intra também significa estar dentro e exo a estar fora.
Superficial versus profundo: superficial significa estar próximo à superfície da pele e profundo estar longe da superfície da pele.
Ipsilateral versus contralateral: ipsilateral significa estar do mesmo lado do corpo e contralateral é estar no lado oposto.
Figura 4 | Termos de relação anatômica
Fonte: Wikimedia.
Há termos relacionados aos movimentos que todo tecnólogo precisa dominar para realizar um bom posicionamento do paciente. Esses termos, geralmente, expressam movimentos em direções opostas:
Flexão versus distensão: ao fletir ou estender uma articulação, o ângulo entre as partes diminui ou aumenta; a flexão diminui o ângulo e a distensão aumenta.
Hiperextensão: significa estender a articulação além de seu estado natural.
Hiperextensão anormal: esse movimento não é natural e resulta em lesão ou trauma das articulações.
Flexão normal e hiperextensão da coluna: a flexão é o ato de dobrar e a extensão é o retorno à posição normal.
Desvio ulnar versus desvio radial do punho: desvio ulnar significa dobrar a mão e o punho em direção ao lado ulnar (desvio ulnar) ou para o lado radial (desvio radial).
Dorsiflexão versus flexão plantar do pé: dorsiflexão significa diminuir o ângulo entre o dorso (topo do pé) e a parte inferior da perna, movendo o pé para cima; e flexão plantar do pé significa esticar a articulação do calcanhar, movendo o pé para baixo.
Eversão versus inversão: eversão é o movimento de estresse para fora, com o pé através da articulação do calcanhar; e inversão é o movimento para dentro, aplicado ao pé, sem a rotação da perna.
Rotação medial (interna) versus rotação lateral (externa): a rotação medial interna é a rotação de uma parte do corpo, movendo-a da parte anterior para dentro. Já a rotação lateral externa é o movimento de rotação lateral anterior voltado para fora.
Abdução versus adução: abdução é o movimento lateral do braço ou perna quando se distancia do corpo. Adução é o movimento do braço ou perna na direção do corpo.
Supinação versus pronação: supinação é o movimento de rotação da mão para a posição anatômica, e a pronação é o movimento da mão em posição oposta à anatômica.
Protração versus retração: protração é o movimento de avanço em relação à posição normal, e a retração é o movimento retrógrado, de levar para trás.
Incidência radiográfica na prática
Caro aluno, incidência radiográfica é um termo que descreve a direção ou a trajetória do raio central (RC) da fonte de raios X quando estes atravessam o corpo do paciente, projetando a imagem no filme. Veja, a seguir, os termos comuns de incidência:
Incidência posteroanterior (PA): é aquela em que o RC passa de trás para a frente do corpo. Como a parte mais próxima ao filme fica mais nítida nas imagens, essa incidência é recomendada para avaliar a porção anterior da área a ser examinada.
Incidência anteroposterior (AP): é aquela em que o RC passa da frente para trás, ou seja, o oposto da incidência citada anteriormente. Ela é indicada para estudo da porção posterior das estruturas anatômicas.
Incidências oblíquas AP ou PA: é uma incidência AP ou PA dos membros superiores ou inferiores que seja oblíqua ou rodada e, para tanto, é necessário haver um adjetivo indicando para que lado está rodada, como rotação medial ou lateral, de AP ou PA, conforme a posição anatômica.
Incidências mediolateral ou lateromedial: é uma incidência lateral descrita pela trajetória do raio central (RC). Como exemplos citamos a incidência mediolateral do tornozelo e a incidência lateromedial do punho.
Figura 5 | Incidência mediolateral do tornozelo
Fonte: Shuttertock.
Temos também incidências adicionais de uso especial. Esses termos são definidos pela trajetória ou pela incidência do RC na parte do corpo a ser examinada. Estão entre elas:
Incidência axial: o termo axial refere-se ao eixo longo de uma estrutura em torno da qual o corpo gira. O termo superoinferior ou cefalocaudal descreve uma posição axial verdadeira em que o RC é direcionado ao longo do eixo axial ou à linha central do corpo humano da cabeça (superior ou cefálica) ou dos pés (inferior ou caudal).
Incidências axiais inferosuperiores e superoinferiores: as primeiras são frequentemente feitas para os ombros e os quadris, de modo que o RC penetra inferiormente e sai superiormente. O contrário dessa incidência é a superoinferior, utilizada na incidência especial para os ossos nasais.
Incidência tangencial: significa tocar a superfície em apenas um ponto. Exemplos: incidência do arco zigomático, incidência para trauma de crânio e incidência especial da patela.
Incidência axial AP (posição lordótica): é um tipo específico de incidência AP de tórax para mostrar os ápices pulmonares. É também chamada de incidência apicolordótica.
Incidência transtorácica lateral (posição lateral direita): é uma incidência lateral através do tórax que requer um termo específico de posicionamento (posição lateral direita ou esquerda) para se indicar qual o ombro que será examinado.
Incidência dorsoplantar ou plantodorsal: esses termos são secundários para as incidências AP e PA do pé. A incidência dorsoplantar (DP) descreve a passagem do RC da superfície dorsal (anterior) para a superfície plantar (posterior) do pé, enquanto que, na incidência plantodorsal axial, a passagem do RC ocorre da superfície plantar para a região dorsal.
Incidência parietoacantial e acantioparietal: na incidência acantioparietal, o RC penetra pelo osso parietal do crânio e sai no acântio (junção entre o nariz e o lábio superior).
Incidência submentovértice (SMV) e vértice submentoniana (VSM): essas incidências são para crânio e mandíbula. Na incidência submentovértice, o RC penetra abaixo do queixo (ou mento) e sai pelo vértice ou topo do crânio.
Video Resumo
Caro aluno, a seguir apresentaremos um vídeo em que serão abordados pontos importantes sobre termos gerais, planos, secções e linhas; incidência radiográfica; posições do corpo em geral, termos de relação e adicionais de incidência. Um vídeo é uma excelente oportunidade para fixar pontos-chave da disciplina, tais como: incidências adicionais de uso especial e termos relacionados aos movimentos.
Saiba mais
Caro aluno, você está convidado para conhecer um pouco mais sobre posicionamento radiográfico no link adiante, com o objetivo de se familiarizar mais com os ambientes e as técnicas de nossa área de atuação. Para isso, leia o artigo Proposta de padronização do estudo radiográfico do quadril e da pelve.
Aula 2
Princípios de posicionamento
Estamos iniciando a Aula 2 da primeira unidade da disciplina Exames Radiológicos Especiais, na qual trataremos dos critérios radiográficos, dos marcadores de imagem e identificação do paciente e das incidências essenciais.
16 minutos
introdução
Olá, aluno! Estamos iniciando a Aula 2 da primeira unidade da disciplina Exames Radiológicos Especiais, na qual trataremos dos critérios radiográficos, dos marcadores de imagem e identificação do paciente e das incidências essenciais. Esta disciplina é fundamental para o exercício da profissão de tecnólogo em radiologia, pois a base para a obtenção de uma imagem de qualidade é saber posicionar corretamente o paciente na hora de realizar a técnica do exame. Por isso, os critérios radiográficos devem nortear nosso trabalho. O tecnólogo em radiologia deve comparar a imagem obtida com um padrão de imagem ótima, observando se a radiografia possibilitará que o médico faça um diagnóstico rápido e preciso, sempre atento à hipótese diagnóstica levantada pelo médico na solicitação do exame. Bons estudos!
Critérios radiográficos
Caro estudante, o objetivo de todo tecnólogo em radiologia deve ser fazer imagens que possibilitem ao médico fechar o diagnóstico do paciente. Um método sistemático para aprender a avaliar radiografias é dividir a análise em cinco partes, como está demonstrado a seguir:
Quadro 1 | Formato dos critérios radiográficos
Estruturas mostradas: descreve com precisão as partes e as estruturas anatômicas que o médico deseja ver, que devem ser claramente visualizadas na radiografia.
Posição: descreve dois detalhes importantes: posicionamento da parte do corpo que será radiografada em relação ao filme e fatores de posicionamento essenciais para a incidência.
Colimação e raio central (RC): descrevem dois importantes fatores: onde as bordas do exame devem ser colimadas em relação à parte do corpo que será examinada e a localização precisa do RC.
Critérios de exposição: descreve como os fatores de exposição (kVp, mA e tempo) devem ser escolhidos para uma exposição ótima. A ausência de movimento é essencial para a obtenção de uma boa imagem. Movimento e imagem não combinam de forma alguma.
Marcadores de imagem: os marcadores de identificação do paciente, de lado D (direito) e E (esquerdo) ou da posição do paciente, bem como marcadores de tempo, devem ser adequadamente posicionados, a fim de evitar que fiquem superpostos à anatomia essencial do exame.
Fonte: elaborado pela autora.
Figura 1 | Radiografia do antebraço
Fonte: Shutterstock.
Em seguida, apresentaremos os critérios para a exposição da lateral do antebraço:
Quadro 2 | Critérios radiográficos
Estruturas exibidas: a incidência deve ser lateral de todo o rádio e a ulna, incluindo a primeira fileira dos ossos carpais, o cotovelo e a porção distal do úmero. É importante incluir também o tecido mole, como o panículo adiposo e os ligamentos das articulações do punho e do cotovelo.
Posição: eixo longitudinal do antebraço alinhado com o eixo longitudinal do filme; cotovelo fletido em 90º; não deve haver rotação da lateral verdadeira, o que pode ser evidenciada por:
Cabeça da ulna sobreposta à cabeça do rádio.
Epicôndilos do úmero superpostos.
Cabeça do rádio superposta ao processo coronoide com a tuberosidade radial, como visto no perfil.
Colimação e RC: as bordas da colimação devem estar visíveis nas margens da pele ao longo da extensão do antebraço, com uma mínima colimação em ambas as extremidades. O RC deve ser posicionado no centro do rádio e da ulna.
Critérios de exposição: uma ótima densidade e um ótimo contraste, com total ausência de movimento, permitirão visualizar as margens corticais, as marcações do osso trabecular, o tecido adiposo e os ligamentos das articulações do punho e do cotovelo.
Marcadores de imagem: marcadores de identificação do paciente, marcador de lado D ou E bem como data e horário devem ser expostos de maneira a não sobrepor a anatomia essencial do exame.
Fonte: elaborado pela autora.
Figura 2 | Exposição da lateral do antebraço
Fonte: Shutterstock.
A identificação correta do paciente nos exames de imagem é de grande importância, pois evita a ocorrência de danos decorrentes de erros, que podem também prejudicar a obtenção do diagnóstico médico. É bom lembrar que o tecnólogo em radiologia é responsável pelo posicionamento do paciente e pela identificação das imagens.
Marcadores de imagem e identificação do paciente
Caro aluno, observando-se os critérios radiográficos apresentados, no mínimo dois tipos de marcadores devem ser impressos em todas as radiografias realizadas:
A identificação do paciente e a data.
Marcadores do lado anatômico.
Identificação do paciente e data em sistemas convencionais de filme/chassi
Geralmente essas informações incluem nome, data e número do prontuário e são colocadas em um cartão identificador que é posicionado em um espaço reservado para o bloco de chumbo no porta-filme. Cada chassi ou porta-filme deve ter um marcador, em seu exterior, indicando a área onde a identificação do paciente será fotografada. Uma regra geral para radiografias de tórax e abdome é colocar os dados de identificação do paciente na margem superior do filme quando for de tórax e na margem inferior quando for de abdome. Lembrando que essas informações devem ser sempre colocadas de modo que não prejudiquem a visualização das estruturas anatômicas essenciais do exame.
Marcadores do lado anatômico
A correta identificação do posicionamento durante o exame e dos lados direito e esquerdo nas imagens radiográficas é de grande importância para a descrição assertiva de possíveis lesões apresentadas nas imagens radiográficas. Entretanto, com o advento dos sistemas digitais, muitas vezes esse cuidado tem sido negligenciado, prejudicando a obtenção de um diagnóstico rápido e preciso. Um marcador radiopaco à direita (D) ou à esquerda (E) tem que ser colocado em todas as radiografias, indicando o lado direito ou esquerdo do paciente ou indicando qual membro será radiografado, o direito ou o esquerdo. Lembre-se, sempre, de que esses marcadores radiopacos devem ser colocados dentro do campo de colimação, de forma que serão expostos ao feixe de raios X e incluídos na imagem. Uma radiografia sem os marcadores deverá ser repetida, não sendo aceitável escrever tais informações na imagem, após o seu processamento (processo de revelação), devido a problemas legais e de responsabilidade com possíveis erros nas marcações. Logo, percebe-se que os marcadores são importantes e fazem parte das responsabilidades do tecnólogo em radiologia que está realizando a técnica do exame.
Figura 3 | Radiografia do ombro esquerdo
Fonte: Shutterstock.
Outros marcadores ou identificação
Alguns outros marcadores são utilizados, como marcadores de tempo, comumente usados para anotar o tempo em minutos transcorridos numa série, como: 1 min, 5 min, 15 min e 20 min. Muito utilizado na urografia excretora minutada.
Figura 4 | Urografia excretora
Fonte: Lorem ipsum dolor sit amet.
Outro importante marcador utilizado é o de decúbito: vertical, ereto, ortostático, decúbito lateral direito (DLD) ou decúbito lateral esquerdo (DLE). Marcadores indicando interno (INT) ou externo (EXT) podem ser usados em incidências em rotação, tais como: porção proximal do úmero e do ombro.
Figura 5 | Amostra de marcadores
Fonte: Lorem ipsum dolor sit amet.
A identificação das imagens, com os diversos tipos de marcadores, é essencial para que o médico chegue ao diagnóstico rápida e precisamente, processo no qual o tecnólogo em radiologia é parte essencial, tanto com relação às incidências essenciais, quanto com relação às incidências especiais.
Incidências radiográficas essenciais usadas na rotina
Caro aluno, o posicionamento radiológico/radiográfico refere-se ao modo como um paciente é posicionado, a fim de se demonstrar radiograficamente partes específicas do corpo na radiografia ou em outros receptores de imagem. Já o termo incidência consiste na trajetória descrita pelo feixe de raios X, relacionando planos de entrada e saída. Esse termo deve ser restrito à discussão do trajeto que o raio central (RC) faz na parte examinada durante a execução do exame. A seguir apresentaremos as principais incidências utilizadas na rotina de crânio, citando também os nomes pelos quais são muito conhecidas pelos profissionais:
Incidência AP (anteroposterior) ou PA (posteroanterior) do crânio:
Vista anterior do crânio; é muito importante a inclusão de toda a calota craniana, priorizando o SNC (Sistema Nervoso Central), bem como os tecidos e as estruturas anatômicas adjacentes.
Paciente em posição de decúbito dorsal (AP) ou ventral (PA); RC perpendicular ao plano da mesa.
Filme 18 x 24 cm em sentido longitudinal.
RC localizado sobre a glabela, no plano mediano.
Figura 6 | Glabela
Fonte: Wikimedia.
DFoFi mínima.
O exame deve ser realizado em apneia total.
Uma boa imagem de crânio, nessa incidência, demonstra os contornos de praticamente todas as estruturas anatômicas; além disso, deve facilitar a visualização dos seios paranasais.
Fatores de exposição
DFoFi = 1 m
kVp = 66
mAs = 30
Incidência perfil do crânio:
Posição de nadador.
Raio central na altura do esfenoide.
Filme: 24 x 30.
Fatores de exposição:
DFoFi = 1.0 m
KVp = 62
mAs = 24
Crânio – Semiaxial (incidência de Towne):
Decúbito dorsal.
RC no frontal com 25° a 30° de inclinação caudal.
Filme: 24 x 30.
Fatores de exposição:
DFoFi = 1 m
kVp = 70
mAs = 35
Crânio – Axial (incidência de Hirtz):
Paciente sentado.
Cabeça em extensão com o vértice apoiado no Bucky vertical.
RC no centro da linha orbitomeatal (LOM).
Filme: 24 x 30.
Fatores de exposição:
DFoFi = 1.0 m
kVp = 75
mAs = 40
Seios da face – Frontonaso (incidência de Caldwell):
Decúbito ventral.
Osso frontal apoiado na mesa.
RC com inclinação de 12° caudal.
Filme: 18 x 24 (ou 24 x 30 dividido em dois).
Fatores de exposição:
kVp = 70
mAs = 32
DFoFi = 1.0 m
Usar cilindro de extensão.
Figura 7 | Seios paranasais
Fonte: Wikimedia.
Seios da face – Mentonaso (incidência de Waters):
Decúbito ventral.
Mento apoiado na mesa.
RC passa pelo centro do acântio.
A ponta do nariz fica levemente afastada do plano da mesa.
Fatores de exposição:
DFoFi = 1.0 m
kVp = 75
mAs = 40
Usar cilindro de extensão.
No passado, era costume usar o sobrenome do autor como nome da técnica radiográfica; nos dias atuais, isso tem sido evitado, e utiliza-se o nome da parte anatômica a ser radiografada como nome da incidência.
Vídeo Resumo
Caro aluno, a seguir apresentaremos um vídeo no qual serão abordados pontos importantes sobre critérios radiográficos, marcadores de imagem, identificação de pacientes e incidências essenciais. Um vídeo é uma excelente oportunidade para fixar pontos-chave da disciplina, tais como: incidências essenciais e formato dos critérios radiográficos.
Bem-vindo à terceira aula da Unidade 1 de Exames Radiológicos Especiais. Nela, trataremos do equipamento portátil de raios X, do posicionamento para exames de traumatismo e da radiografia cirúrgica.
16 minutos
introdução
Olá, aluno! Bem-vindo à terceira aula da Unidade 1 de Exames Radiológicos Especiais. Nela, trataremos do equipamento portátil de raios X, do posicionamento para exames de traumatismo e da radiografia cirúrgica. Tendo em vista esses tópicos, é importante que o tecnólogo em radiologia conheça os diversos tipos de equipamentos de raios X (fixo, móvel e portátil) e trabalhe com eles. Além disso, é preciso que ele saiba qual é a forma de posicionamento para exames em situação de trauma e radiografias realizadas no centro cirúrgico, inclusive usando o arco cirúrgico. Bons estudos!
Equipamentos de radiológicos e suas aplicações
Caro aluno, atualmente existem várias marcas de equipamentos de raios X diferentes, produzidos por fábricas diversas como Philips, Konica Minolta, LG, Siemens, entre outras. Os equipamentos costumam ter os mesmos componentes básicos, como ampola, catodo, anodo, colimadores e funcionam conforme o princípio de produção e detecção de imagens. A tecnologia digital das imagens vem ocupando o espaço do filme radiográfico, possibilitando o tratamento de imagens e o envio para locais longínquos, vencendo as barreiras da distância e da ausência de profissionais em determinadas áreas do território brasileiro. O que muda nos equipamentos de raios X é a forma, o tamanho, a capacidade de produção de raios X e alguns mecanismos e acessórios que possibilitam maior flexibilidade no uso do aparelho. A seguir citaremos os três principais tipos de equipamentos de raios X:
Quadro 1 | Tipos de equipamentos de raios X
Equipamento fixo: é aquele que não pode ser retirado do local onde foi instalado. É instalado em salas exclusivas, antecipadamente preparadas para recebê-lo, pois necessita de suprimento adequado de energia, espaço para movimentação do paciente, tecnólogos e técnicos, local a parte para o profissional operar o equipamento a distância (sala de comando), armários para guardar os inúmeros acessórios usados, mesa de exames, entre outros pontos importantes. O equipamento fixo possui várias formas e tamanhos, podendo ser fixado no chão por pedestal ou preso no teto, com uma coluna retrátil. É o mais utilizado nas clínicas e nos hospitais, devido à rotatividade dos exames produzidos nele em centros hospitalares.
Equipamento móvel: é semelhante em recursos ao equipamento fixo, entretanto apresenta diferenças como: não há a mesa de exames e os controles do equipamento ficam junto com a unidade geradora de radiação, o que possibilita o transporte da unidade através de um sistema de rodas embutidas. Para a realização do exame, usa-se a maca ou cama em que o paciente está ou até mesmo uma cadeira, onde ele possa ser colocado sentado. A energia necessária para operação do equipamento é retirada da rede 127V ou 220V da própria sala na qual será realizado o exame, através de uma tomada comum na parede. A capacidade de realização de exames é praticamente a mesma, todavia o equipamento fixo deve ser preferido em relação ao móvel, que só deve ser utilizado caso o paciente não possa ser levado até a sala do equipamento fixo por motivo do estado de sua saúde.
Equipamento portátil: as principais diferenças entre o equipamento móvel e o portátil estão no peso e na capacidade de radiação. Os equipamentos portáteis podem ser levados em carros ou ambulâncias por uma única pessoa por possuírem alças e por poderem ser carregados em uma mala. Permitem flexibilidade para a realização de exames em locais onde não há equipamentos fixos e têm capacidade para radiografar apenas as extremidades do corpo humano.
Fonte: elaborado pela autora.
Figura 1 | Equipamento de raios X fixo, preso com braço no teto (com coluna retrátil)
Fonte: Wikimedia.
A radiologia convencional tem apresentado a incorporação de novas tecnologias, logo o tecnólogo em radiologia precisa estar em constante capacitação. A introdução dos equipamentos portáteis tem permitido muitos avanços na traumatologia e em situações de acidentes.
Traumatismo e radiografia portátil
Caro aluno, é muito comum o tecnólogo em radiologia encontrar situações em que pacientes que sofreram traumas graves necessitam de adaptações no posicionamento e no cuidado durante o exame. Muitas vezes, esses pacientes não podem ser trazidos até o departamento de radiologia para a realização de procedimentos radiográficos e, em outras, mesmo quando possam ser levados à sala de exames radiográficos, não podem ser colocados na mesa de exames, necessitando, assim, fazer o exame na maca onde foram posicionados pelo SAMU, por estarem com colar cervical ou com talas, indicando possíveis fraturas ou deslocamento de membros do corpo. Nesses casos, os pacientes não podem ser removidos para as posições usuais de rotina, o que exige a adaptação da angulação do raio central (RC) e do posicionamento do receptor de imagem (filme radiográfico). Isso pode ser feito com um equipamento portátil de raios X na sala de emergência ou até mesmo no quarto do paciente, com um equipamento móvel. Na maioria das vezes, as incidências são obtidas com o paciente em decúbito dorsal, exigindo o uso de grades estacionárias para as adaptações laterais. É importante ressaltar a utilização de princípios de posicionamento e métodos adaptativos do procedimento radiográfico quando as incidências rotineiras não podem ser obtidas. O uso de grades deve ser implementado para todas as partes do corpo que tenham mais de 10 cm. Isso significa que, exceto em membros superiores e inferiores e em crianças menores, grades são comumente utilizadas em radiografias móveis ou no trauma. Traumas, em países ocidentais, são a terceira causa de morte depois de doenças cardiovasculares e câncer, sendo a primeira causa de morte para pessoas abaixo de 45 anos. Acomete principalmente a população economicamente ativa (acidentes de moto e carro), com consequências de elevado custo social. Em casos de sobrevivência após o trauma, podem estar associadas sequelas definitivas e irreversíveis, com consequências funestas no plano humano e econômico para o paciente e os familiares (CHIARA; CIMBANASSI, 2009). A radiografia do trauma pode ser realizada tanto em equipamento convencional como em equipamentos móveis ou portáteis, que são levados até a sala de emergência, o leito do paciente ou a sala de cirurgia para procedimentos cirúrgicos.
Tipos de aparelhos portáteis de raios X
Avanços importantes têm sido feitos nos equipamentos de fluoroscopia e de radiografia móvel nos últimos anos. Citaremos a seguir dois tipos mais comumente utilizados:
Unidades portáteis de raios X movidas por baterias: esses sistemas são movidos a energia através de 10 a 16 baterias de 12 volts, de chumbo, recarregáveis, lacradas, ácidas, conectadas em série. Elas são movidas e manobradas por motor duplo que opera as duas rodas. Também possuem uma velocidade mais baixa para avançar e retroceder em locais apertados. Elas podem ser ligadas para recarga quando não estiverem em uso e podem ser recarregadas em 110 ou 220 volts, com distribuidor de 5 amperes e tempo de carga de aproximadamente 8 horas, caso estejam completamente descarregadas.
Fonte padrão de energia não movida a motor: outros modelos não movidos a bateria estão disponíveis, com peso menor e não movidos a motor. Eles operam com fontes de energia de 110 volts e 15 amperes ou 220 volts e 10 amperes. Os controles dessa unidade podem incluir sistema de memória programada opcional e controle técnico de operador seletivo de kVp e mAs.
Radiografias no centro cirúrgico com uso do braço C
Caro estudante, o termo braço C é uma descrição do desenho básico de uma unidade fluoroscópica móvel, que conta com o tubo de raios X em uma extremidade do braço C e a torre do intensificador de imagem na outra. Veja a figura a seguir:
Figura 2 | Braço em C
Fonte: adaptado de Bontrager e Lampignano (2015, p. 604).
Na Figura 2, está demonstrado um equipamento Philips BV29 C com processador de imagem e configuração demonstrativa de exibição para incidência em PA, para casos intervencionistas e cirúrgicos. A familiaridade com o braço em C e com os controles de imagem é essencial para o tecnólogo em radiologia, que deve conhecer os vários tipos de camas ou carretas cirúrgicas que são utilizados no braço em C ou no arco cirúrgico. Por exemplo, uma cama cirúrgica utilizada para colangiogramas pode não acomodar o tubo de raios X do braço C sob a mesa na área abdominal devido aos suportes de base, a não ser que a cabeça do paciente seja colocada na extremidade correta da cama, como fica demonstrado na Figura 2. Globalmente, o arco cirúrgico é uma unidade muito flexível e o profissional deve estar familiarizado com a variedade de complexidades nas junções, de extensões e de ajustes. Com sua base de três rodas, das quais as traseiras são dirigíveis e a dianteira é giratória, o profissional pode manobrar o equipamento com facilidade, mesmo em espaços pequenos, como as vezes são as salas cirúrgicas em ortopedia e traumatologia. Os sistemas com minibraço em C também incluem pequenas unidades com componente único, usado para fins ortopédicos e outros fins em salas de cirurgia de hospitais e salas de emergência. Eles incluem a maior parte dos aspectos e dos modos operacionais dos sistemas maiores de braço em C, porém combinam a estação de trabalho e os monitores com um pequeno braço em C, em uma única unidade compacta. Essas miniunidades trabalham com níveis mais baixos de raios X em exames de partes menores do corpo, o que resulta em dispersão menor de radiação em comparação com os sistemas maiores de alta energia com braço C. O controle do braço C se dá através de pedais, o que permite que o operador mantenha as mãos livres. Um pedal equipado possui múltiplos pedais para controlar várias funções. O pedal explorador da fluoroscopia opera as funções não processadas do fluoroscópio. Um terceiro pedal é o controle que salva a imagem, a fim de armazenar a última imagem exibida. Quando ativado, o pedal marcado como instantâneo ou ponto digital de apoio resulta em uma imagem intensificada por computador com alta qualidade. A flexibilidade do braço C em examinar inúmeras estruturas anatômicas, praticamente em qualquer angulação, de qualquer lado ou direção, exige correta orientação da imagem cada vez que se prepara para o uso. Isso precisa ser feito primeiro, no período de preparação, antes de o paciente ser levado para a sala, a fim de evitar exposição radiográfica desnecessária do paciente e da equipe, após o início do procedimento.
Figura 3 | Fluoroscópio moderno
Fonte: Wikimedia.
Video Resumo
Caro aluno, a seguir apresentaremos um vídeo, que tratará de pontos importantes sobre equipamento portátil de raios X, posicionamento para exames de traumatismo e radiografia no centro cirúrgico. A videoaula é uma excelente oportunidade para fixar pontos-chave da disciplina, tais como: tipos de equipamentos de raios X, radiografias no caso de traumas e no centro cirúrgico.
Nesta aula, trataremos de imobilização e indicações patológicas; posicionamento pediátrico de tórax e sistema esquelético; e procedimentos radiográficos do abdome pediátrico.
16 minutos
introdução
Olá, querido estudante! Estamos iniciando a Aula 4, da Unidade 1, da Disciplina de Exames radiológicos especiais. Nesta aula, trataremos de imobilização e indicações patológicas; posicionamento pediátrico de tórax e sistema esquelético; e procedimentos radiográficos do abdome pediátrico. Essa disciplina é essencial para o exercício da profissão de Tecnólogo em Radiologia, pois, para se obter uma imagem de qualidade, é preciso posicionar corretamente o paciente para a técnica do exame. Além disso, os critérios radiográficos devem nortear nosso trabalho; o tecnólogo em radiologia deve conhecer e trabalhar com os diversos tipos de equipamentos de raios, além de conhecer o posicionamento adequado para neonatos e crianças, tendo a consciência de que a imobilização, durante a realização do exame, é essencial. Avante! Vamos iniciar mais uma jornada de conhecimento na Radiologia!
Princípios Básicos da Radiologia Pediátrica
Caro estudante, a radiologia convencional é considerada a base do diagnóstico por imagem na pediatria. Devemos usar seis regras para o conforto e imobilização da criança durante o exame, como veremos a seguir:
Quadro 1 | Regras para imobilização do neonato e da criança
1. Entrevista inicial com o familiar e a criança.
2. Preparar a criança e o acompanhante para o procedimento.
3. Presença do acompanhante na sala de exames.
4. Usar local apropriado para procedimentos dolorosos.
5. Posicionar a criança de maneira confortável.
6. Manter a calma e a atmosfera positiva na sala de exames.
Fonte: Oliveira et al. (2012, p. 3).
Particularidades dos exames pediátricos:
Quadro 2 | Considerações práticas
1. É de suma importância que a equipe multiprofissional trabalhe de forma integrada e seja treinada para atendimento de crianças e neonatos.
2. Serão utilizados equipamentos de imobilização, pois o movimento durante o exame é uma das principais causas da perda de qualidade da imagem.
3. A imobilização permite um melhor posicionamento, o que resultará na menor dose de radiação para a criança e pessoas participantes da contenção.
Fonte: Oliveira et al. (2012, p. 4).
Deve-se agir com metodologia para cada tipo de exame, respeitando sempre as indagações clínicas do médico solicitante do exame.
Quadro 3 | Particularidades dos exames realizados em neonatos e crianças
1. Todo o material deve ser sempre mantido com medidas antissépticas.
2. Manter a temperatura da sala de exames agradável. Deve-se evitar a hipotermia em neonatos e crianças.
3. Manter a criança higienicamente limpa e não molhada durante a realização do exame.
4. Para o preparo de diversos procedimentos radiológicos, é importante que o jejum não exceda o intervalo entre as refeições da criança.
5. Nos exames contrastados e fluoroscópicos, deve-se avaliar o estado de hidratação da criança.
6. Utilização de meios de contraste em pediatria, assim como a escolha adequada, aquecimento e manipulação com luvas, para evitar contaminação.
7. O estudo de vias aéreas e do tórax deve ser realizado, preferencialmente, em posição ortostática.
8. O tempo de fluoroscopia na criança deve ser o mínimo possível.
9. No caso especial de recém-nascidos, o ambiente da sala de exames deve ser mantido limpo e esterilizado do mesmo modo que no berçário.
10. Deve-se evitar ao máximo realizar exames no berçário e na UTI.
11. Seguir a metodologia para cada tipo de exame, respeitando a indagação clínica.
12. Todo o pessoal deve ser especificamente treinado para atender crianças e recém-nascidos.
13. Humanização.
Fonte: Oliveira et al. (2012, p. 4).
Figura 1 | Entrevista inicial com o familiar e a criança
Fonte: Bontrager; Lampignano (2015, p. 630).
Posicionamento Pediátrico de Tórax e Sistema Esquelético
Caro estudante, a imobilização é a palavra-chave para se obter uma imagem de qualidade sem aumentar, desnecessariamente, a dose de radiação no paciente. É fácil imobilizar crianças e neonatos? Claro que não! Então, faz-se necessário usar recursos extras para a imobilização, como fitas de velcro, pesos, espumas, pranchas de madeira, rolinhos feitos com lençóis, almofadas, sacos de areia, bandagens, fixadores de cabeça e “mumificação” (envolver o bebê com lençol).
Figura 2 | Imobilização da criança durante o exame
Fonte: Bontrager; Lampignano (2015, p. 632).
A radiografia de tórax é o exame pediátrico mais solicitado e é indicado para se estabelecer um diagnóstico inicial ou para monitorar a evolução da patologia respiratória comum em crianças, como pneumonia, bronquite e covid-19. Inicialmente, deve ser solicitada a incidência frontal em decúbito supino, posição ideal para a realização do exame em crianças que ainda não ficam em ortostase. O perfil é considerado uma incidência adicional, em decúbito lateral, com raios horizontais, oblíquos, com o mesmo interesse no arcabouço ósseo da criança. O desenvolvimento da pelve afeta a capacidade e a forma da caixa torácica, pois os órgãos abdominais descem para a cavidade pélvica, reduzindo a pressão interna que o abdome exerce sobre o tórax. Como resultado, a forma do tórax do neonato muda de cilíndrica, com os arcos costais horizontais, para a redução do diâmetro anteroposterior, com arcos costais anteriores mais baixos que os posteriores, e essa mudança altera a respiração da criança de abdominal para diafragmática.
Figura 3 | Tórax nos bebês: estreito na porção superior e largo na porção inferior
Fonte: Oliveira et al. (2012, p. 5).
A bifurcação da traqueia (carina) está localizada no nível da terceira vértebra torácica na infância e atinge a quarta vértebra aos 8 anos. Já o coração é proeminente na radiografia de tórax na infância e, consequentemente, ocupa espaço mais transversal em aproximadamente 40% da cavidade torácica. O timo, localizado no mediastino inferior, é proeminente na radiografia de tórax na infância, pois a cavidade torácica é relativamente pequena, entretanto, variações da normalidade são encontradas nas imagens radiográficas comumente. As principais indicações clínicas das radiografias de tórax pediátricas são: pneumonia, asma, bronquiolite, bronquiectasias, tuberculose, fibrose cística, neoplasia pulmonar, corpo estranho, HIV. Ao se realizar o exame de tórax em crianças, é preciso incluir a caixa torácica do primeiro arco costal aos ângulos costofrênicos inferiormente e as margens das costelas lateralmente.
Figura 4 | Incidência lordótica em criança
Fonte: Oliveira et al. (2012, p. 8).
Radiografias do esqueleto são estudos referidos com grande frequência, especialmente para se confirmar ou excluir fraturas nas crianças, e as fraturas esqueléticas constituem de 10 a 25% das injúrias na infância (OLIVEIRA et al., 2012, p. 20). Os descolamentos epifisários também são frequentes, pois as epífises são menos resistentes que os ligamentos e a cápsula articular, logo, as lesões ligamentares e as luxações articulares são menos frequentes. São necessárias incidências mínimas nos planos ortogonais e é preciso incluir as articulações proximais e distais relacionadas com a área lesionada.
Procedimentos Radiográficos do Abdome em Pediatria
Querido estudante, a correta exposição na radiografia de tórax deve demonstrar os vasos pulmonares sem evidência de borramento; a traqueia e os brônquios devem ser visibilizados, assim como os espaços interdiscais da coluna torácica. É necessário evitar os artefatos de roupas ou outros objetos de metal que devem ser retirados da área de interesse do exame. A recomendação nos guidelines é de combinação écran/filme rápida (400 a 800) combinando com o tempo de exposição inferior a 10ms para reduzir o risco de moção com indefinição de estruturas anatômicas. O uso de exposição automática não é recomendado para crianças pequenas. Com o intuito de reduzir a dose de radiação, deve-se realizar radiografias com técnica de alta kilovoltagem e utilizar filtros a nível do tubo de raios x. O uso de grades ou Bucky não é apropriado nas crianças menores, apenas nas maiores e adolescentes. A radiografia simples do abdome tem importante papel na investigação do abdome pediátrico, particularmente nas doenças dos tratos geniturinário e gastrointestinal. Por causa da radiação ionizante, a indicação deve ser bem justificada (Princípio da Justificação) e comparada a outros métodos de investigação por imagem antes de prescrita. O abdome é limitado pelo diafragma superiormente e pela escravatura pélvica inferiormente, devendo-se incluir a sínfise púbica nas incidências. Para o sistema gastrointestinal, deve-se entender que se inicia na cavidade oral, incluindo a faringe e o esôfago, no caso de ingestão de corpo estranho. As indicações da radiografia abdominal em crianças podem ser: apendicite; ingestão de corpos estranhos; hérnias; doença inflamatória intestinal; infecção urinária; dor abdominal difusa; vômito; constipação; diarreia crônica; dilatação gástrica, entre outros. Na técnica radiográfica do abdome, não há preparo para a radiografia simples, deve-se proceder com explicações para se adquirir a confiança e cooperação da criança e do familiar e afastar as roupas da área de interesse a ser radiografada, tendo a preocupação de manter a dignidade da criança. Cuidado na proteção radiológica dos testículos, no caso dos meninos, e dos ovários, no caso das meninas. A incidência anteroposterior em decúbito supino é a projeção de escolha. Na suspeita de se demonstrar “ar livre”, o decúbito lateral esquerdo será preferível, para que a interposição gasosa ocorra com o fígado. O posicionamento é semelhante ao do adulto, sendo, entretanto, necessária a técnica de imobilização e de distração, a fim de que haja cooperação e redução de artefatos e movimento. A exposição radiográfica deve ser realizada ao final da expiração, com ou sem cooperação espontânea, apenas com a observação da respiração concordante. A radiografia corretamente posicionada resulta na demonstração nítida das tuberosidades isquiáticas, do diafragma e das paredes abdominais laterais. Aliás, a coluna vertebral deve estar centrada e equidistante das laterais, sem evidência de rotação. A exposição correta permitirá avaliar as sombras do músculo psoas, das linhas pré-peritoneais dos flancos e dos contornos do fígado, baço e rins. Mesmo considerando a escassez relativa de gordura nas crianças, é possível colimar os feixes de radiação em relação ao órgão estudado.
Figura 5 | Radiografia pediátrica simples do abdome em AP
Fonte: Oliveira et al. (2012, p. 14).
Video Resumo
Caro estudante, a seguir, apresentaremos um vídeo no qual abordamos pontos importantes referentes à imobilização de crianças e indicações patológicas, posicionamento pediátrico de tórax, sistema esquelético e procedimentos radiográficos do abdome pediátrico. Um vídeo é uma excelente oportunidade para fixar pontos-chave da disciplina, tais como: imobilização de neonatos e crianças durante os exames radiográficos, humanização e proteção radiológica em pediatria.
Saiba mais
Caro estudante, convidamos você a conhecer um pouco mais as incidências radiográficas em pediatria nos artigos indicados a seguir, com o objetivo de se familiarizar com os ambientes e as técnicas de nossa área de atuação.
Técnicas de Posicionamento Radiográfico em Adultos e Crianças
Caro estudante, o corpo humano é dividido em planos anatômicos para melhor posicionarmos os pacientes durante o exame radiográfico: • Plano frontal ou coronal divide o corpo em duas partes: anterior e posterior. • Plano sagital mediano divide o corpo em dois lados: direito e esquerdo. • Plano transversal ou axial divide o corpo em duas porções: superior e inferior. As posições radiológicas podem ser: • Frente: tomada de imagem com o feixe de raios x perpendicular ao Plano Anatômico Coronal. - Incidência AP – Feixe da frente para trás. - Incidência PA – Feixe de trás para frente. • Perfil: tomada de imagem com o feixe de raios X perpendicular ao Plano Sagital Mediano. - Incidência lateral direita (LD) – lado direito mais próximo do filme. - Incidência lateral esquerda (LE) – lado esquerdo mais próximo do filme. • Axial: Tomada de imagem com o feixe de raios X perpendicular ao Plano Anatômico Transversal. - Incidência SI – Feixe de superior para inferior. - Incidência IS – Feixe de inferior para superior. • Oblíqua: tomada de imagem com o feixe de raios X incidindo de forma oblíqua em relação aos Planos Sagital Mediano e Coronal. - Incidência OAD: lado direito e parte anterior mais próximos do filme. - Incidência OAE: lado esquerdo e parte anterior mais próximos do filme. - Incidência OPD: lado direito e parte posterior mais próximos do filme. - Incidência OPE: lado esquerdo e parte posterior mais próximos do filme. Os critérios radiográficos são importantes para a manutenção da qualidade da imagem radiográfica e vão desde estruturas mostradas conforme pedido médico até posicionamento correto do paciente, escolha dos critérios de exposição adequados (kVp, mA e tempo), correta colimação da imagem e utilização de marcadores. Encontramos, basicamente, três tipos de equipamentos de raios X: • Equipamentos fixos: são aqueles que não podem ser retirados do local em que foram instalados. Estes possuem várias formas, podendo ser fixos no chão, por pedestal, ou presos no teto, por meio de coluna retrátil. • Equipamentos móveis: são semelhantes em recursos aos equipamentos fixos, porém não há mesa de exames e os controles ficam com a unidade geradora de radiação, o que possibilita o transporte da unidade por meio de rodas embutidas. • Equipamentos portáteis: podem ser levados em carros ou ambulâncias e por uma única pessoa, pois possuem alças, sendo possível carregá-los em uma mala, bem como permitem flexibilidade na realização de exames, sendo estes apenas em extremidades do corpo. A imobilização é palavra-chave para se obter uma imagem de qualidade sem aumentar a dose de radiação na criança, então, é necessário usar recursos extras para isso, como fitas de velcro, pesos, espumas, pranchas de madeira, rolinhos de lençóis, almofadas, sacos de areia, bandagens, fixadores de cabeça e “mumificação”.
Revisão da unidade
Prezado estudante, neste vídeo, revisaremos os principais assuntos abordados na Unidade 1; abrangeremos marcadores de imagem e identificação do paciente; termos de relação e adicionais de incidência; posicionamento de pacientes no trauma; imobilização da criança durante o exame radiográfico; e posicionamento do paciente pediátrico nos exames de tórax, abdome e sistema esquelético.
ESTUDO DE CASO
Seja bem-vindo, querido estudante. Para contextualizarmos seu aprendizado, imagine que, ao término de sua graduação, você foi contratado para trabalhar no Hospital da Criança de sua cidade, no setor de diagnóstico por imagem em pediatria, e um dos requisitos básicos para ocupar essa vaga é um maior conhecimento na área da radiologia pediátrica. Na verdade, o Hospital precisa de um profissional que modifique a “cara” do serviço, deixando-o mais preparado para receber pacientes pediátricos, e é de suma importância que a equipe multiprofissional trabalhe de forma integrada e seja treinada, especificamente, para atender a crianças e neonatos. A radiologia convencional é considerada a base do diagnóstico por imagem em pediatria, dessa forma, você deverá se preocupar com todos os detalhes que podem aumentar o conforto da criança durante o exame. Você se lembra das seis regras para o conforto e imobilização da criança? É importante conhecê-las, a fim treinar a equipe para colocá-las em prática. A imobilização também é palavra-chave para se obter uma imagem de qualidade, sem aumentar, desnecessariamente, a dose de radiação no paciente. E como faremos para imobilizar nossos pequenos pacientes? A humanização no cuidado é outro ponto essencial em um serviço que atende a pacientes pediátricos. Ao chegarem no hospital para fazer um exame, tanto a criança como seu acompanhante (mãe, pai, avós), quase sempre, estão ansiosos, necessitando de um atendimento cordial e atencioso, no sentido de tranquilizá-los e tornar o ambiente mais acolhedor para a realização das técnicas radiográficas. Os exames pediátricos têm muitas particularidades que os diferenciam dos exames realizados em adultos. A criança precisa de um atendimento especial e um ambiente tranquilo, lúdico, que possa garantir privacidade e o menor sofrimento possível. Quando a criança está tranquila, mais detalhes podem ser observados nas imagens, aumentando-se a qualidade do exame, que, quando realizado rapidamente em crianças agitadas, tem grande possibilidade de não ser conclusivo. Você também precisará se atentar à proteção radiológica das crianças durante os exames, logo, como agir para protegê-los da radiação ionizante? Durante o exame, não há sensores de radiação ionizante que detectam se a criança está recebendo doses inadequadas ou não, assim como pode não provocar qualquer sintoma, caso isso aconteça. Aliás, os Raios X são inaudíveis, insípidos, inodoros e invisíveis, o que nos impede de ver sua ação durante a aplicação em nosso corpo. Você foi contratado como tecnólogo em radiologia para coordenar o setor de diagnóstico por imagem em pediatria. Imediatamente, você percebeu a necessidade de criar protocolos para o funcionamento do serviço, a fim de garantir a informação de maneira imediata e acessível a todos os funcionários do setor, bem como que sua equipe esteja preparada para atender a todos esses pequenos pacientes! Então, vamos colocar a mão na massa?
Reflita
Após o exposto no quadro acima, vamos refletir um pouco mais sobre um serviço de diagnóstico por imagem para pacientes pediátricos. Quais são as seis regras para o conforto e imobilização da criança? Quais recursos podemos usar para imobilizar neonatos e crianças durante os exames? Cite quatro particularidades dos exames pediátricos. Cite quatro cuidados para proteger as crianças da radiação ionizante durante a realização dos exames. Cite três itens que você considera essenciais no protocolo de funcionamento do setor de diagnóstico por imagem em pediatria. Todos esses cuidados vão tornar esse serviço diferenciado no mercado, mas lembre-se de que o cliente retorna ao serviço quando se sente acolhido e bem atendido. Uma preocupação que deve ser recorrente nos profissionais que trabalham nesse serviço é a recomendação que se realize o menor número possível de exames complementares, priorizando aqueles que realmente proporcionam informações necessárias e, na maioria dos casos, suficientes para confirmar ou excluir a hipótese diagnóstica investigada pelo médico.
Resolução do Estudo de Caso
1. Quais são as seis regras para o conforto e imobilização da criança? • Entrevista inicial com o familiar e criança. • Preparar a criança e o acompanhante para o procedimento. • Presença do acompanhante na sala de exames. • Usar local apropriado para procedimentos dolorosos. • Posicionar a criança de maneira confortável. • Manter a calma e atmosfera positiva na sala de exames. 2. Quais recursos podemos usar para imobilizar neonatos e crianças durante os exames? Usando fitas de velcro, pesos, espumas, pranchas de madeira, rolinhos feitos com lençóis, almofadas, sacos de areia, bandagens, fixadores de cabeça, “mumificação” (envolver o bebê com lençol). 3. Cite quatro particularidades dos exames pediátricos. • Todo o material deve ser sempre mantido com medidas antissépticas. • Manter a temperatura da sala de exames agradável. Deve-se evitar a hipotermia em neonatos e crianças. • Manter a criança higienicamente limpa e não molhada durante a realização do exame. • Para o preparo de diversos procedimentos radiológicos, é importante que o jejum não exceda o intervalo entre as refeições da criança. • Nos exames contrastados e fluoroscópicos, deve-se avaliar o estado de hidratação da criança. • Utilização de meios de contraste em pediatria, assim como uma escolha adequada, seu aquecimento e manipulação com luvas, para evitar contaminação. • O estudo de vias aéreas e do tórax deve ser realizado, preferencialmente, em posição ortostática. • O tempo de fluoroscopia na criança deve ser o mínimo possível. • No caso especial de recém-nascidos, o ambiente da sala de exames deve ser mantido limpo e esterilizado do mesmo modo que no berçário. • Deve-se evitar ao máximo realizar exames no berçário e na UTI. • Seguir metodologia para cada tipo de exame, respeitando a indagação clínica. 4. Cite quatro cuidados para proteger as crianças da radiação ionizante durante a realização dos exames. • Usar exames de imagem apenas quando os benefícios forem maiores que os malefícios. • Realizar a radiografia com colimação adequada, a fim de se verificar apenas o que o médico está solicitando. • Evitar múltiplos exames em curto espaço de tempo. • Preferir métodos de imagem sem radiação ionizante, como ultrassonografia e ressonância magnética, quando for possível. 5. Cite três itens que você considera essenciais no protocolo de funcionamento do setor de diagnóstico por imagem em pediatria. • É de suma importância que a equipe multiprofissional trabalhe de forma integrada e seja treinada para atendimento de crianças e neonatos. • Serão utilizados equipamentos de imobilização, pois o movimento durante o exame é uma das principais causas da perda de qualidade da imagem. • A imobilização permite um melhor posicionamento, o que resultará na menor dose de radiação para a criança e pessoas participantes da contenção.
Resumo Visual
Nesta unidade, focamos os seguintes assuntos:
Aula 1
Termos gerais, plano, secções e linhas. Incidência radiográfica. Posições do corpo em geral, termos de relação e adicionais de incidência.
Aula 2
Critérios radiográficos. Marcadores de imagem e identificação do paciente. Incidências essenciais.
Aula 3
Tipos de equipamentos de raios X. Posicionamento em exames de trauma. Radiografia na cirurgia.
Aula 4
Imobilização e indicações patológicas. Posicionamento pediátrico de tórax e sistema esquelético. Procedimentos radiográficos do abdome pediátrico.
referências
8 minutos
Aula 1
BONTRAGER, K. L.; LAMPIGNANO, J. P. Tratado De Posicionamento Radiográfico e Anatomia Associada. 8. ed. São Paulo: Elsevier, 2015. 94 p. BIASOLI JR., A. Técnicas Radiográficas: Princípios Físicos, Anatomia Básica, Posicionamento, Radiologia Digital, Tomografia Computadorizada. 2. Ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2015. BIASOLI JR., A. Técnicas Radiográficas. Rio de Janeiro: Rubio, 2006. COLICIGNO, P. R. C. et al. Atlas fotográfico de anatomia. São Paulo: Pearson, 2009. 334 p. MOURÃO, A. P. F. Tecnologia Radiológica e Diagnóstico por Imagem: guia para ensino e aprendizado. 5. ed. São Caetano do Sul: Difusão, 2012. 3 v. (Série Curso de Radiologia). POLESELLO, G. C. et al. Proposta de padronização do estudo radiográfico do quadril e da pelve. Rev. bras. ortop., São Paulo, v. 46, n. 6, 2011. ZATAR, L.; VIANA, P. C. C.; CERRI, G. G. Radiologia Diagnóstica Prática Manual da Residência do Hospital Sírio-Libanês. 2. Ed. São Paulo: Manole, 2017. 1640 p.
Aula 2
ALBUQUERQUE, R. P. e et al. Análise comparativa entre incidências radiográficas para a osteoartrose do joelho (AP bipodal versus AP monopodal). Rev bras ortop., São Paulo, v. 48, n. 4, p. 330-335, 2013. BONTRAGER, K. L.; LAMPIGNANO, J. P. Tratado De Posicionamento Radiográfico e Anatomia Associada. 8. ed. São Paulo: Elsevier, 2015. 94 p. BIASOLI JR., A. Técnicas Radiográficas: Princípios Físicos, Anatomia Básica, Posicionamento, Radiologia Digital, Tomografia Computadorizada. 2. Ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2015. BIASOLI JR., A. Técnicas Radiográficas. Rio de Janeiro: Rubio, 2006. COLICIGNO, P. R. C. et al. Atlas fotográfico de anatomia. São Paulo: Pearson, 2009. 334 p. MOURÃO, A. P. F. Tecnologia Radiológica e Diagnóstico por Imagem: guia para ensino e aprendizado. 5. ed. São Caetano do Sul: Difusão, 2012. 3 v. (Série Curso de Radiologia). ZATAR, L.; VIANA, P. C. C.; CERRI, G. G. Radiologia Diagnóstica Prática Manual da Residência do Hospital Sírio-Libanês. 2. Ed. São Paulo: Manole, 2017. 1640 p.
Aula 3
BONTRAGER, K. L.; LAMPIGNANO, J. P. Tratado De Posicionamento Radiográfico e Anatomia Associada. 8. ed. São Paulo: Elsevier, 2015. 94 p. BIASOLI JR., A. Técnicas Radiográficas: Princípios Físicos, Anatomia Básica, Posicionamento, Radiologia Digital, Tomografia Computadorizada. 2. Ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2015. BIASOLI JR., A. Técnicas Radiográficas. Rio de Janeiro: Rubio, 2006. CHIARA, O.; CIMBANASSI, S. Protocolo para atendimento intra-hospitalar do trauma grave. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. COLICIGNO, P. R. C. et al. Atlas fotográfico de anatomia. São Paulo: Pearson, 2009. 334 p. MORAES, J. P. et al. Uso de critérios clínicos para a otimização da indicação de radiografia simples de pelve das vítimas de trauma fechado. Rev. Col. Bras. Cir., Rio de Janeiro, v. 47, 2020. MOURÃO, A. P. F. Tecnologia Radiológica e Diagnóstico por Imagem: guia para ensino e aprendizado. 5. ed. São Caetano do Sul: Difusão, 2012. 3 v. (Série Curso de Radiologia). ZATAR, L.; VIANA, P. C. C.; CERRI, G. G. Radiologia Diagnóstica Prática Manual da Residência do Hospital Sírio-Libanês. 2. Ed. São Paulo: Manole, 2017. 1640 p.
Aula 4
BIASOLI JUNIOR, A. Técnicas radiográficas. Rio de Janeiro: Rubio. 2006. BIASOLI JUNIOR, A. Técnicas radiográficas: princípios físicos, anatomia básica, posicionamento, radiologia digital, tomografia computadorizada. 2. ed. Rio de Janeiro: Rubio. 2015. BONTRAGER, K. L.; LAMPIGNANO, J. P. Tratado de posicionamento radiográfico e anatomia associada. 8. ed. São Paulo: Elsevier, 2015. CHIARA, O.; CIMBANASSI, S. Protocolo para atendimento intra-hospitalar do trauma grave. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. COLICIGNO, P. R. C. et al. Atlas fotográfico de anatomia. São Paulo: Pearson, 2009. MOURÃO, A. P. F. Tecnologia radiológica e diagnóstico por imagem: guia para ensino e aprendizado. 5. ed. São Caetano do Sul: Difusão, 2012. 3 v. (Série Curso de Radiologia). OLIVEIRA, L. A. N. et al. Diagnóstico por imagem: pediatria do Instituto da Criança - Hospital das Clínicas de São Paulo. Barueri: Manole, 2012. ZATAR, L.; VIANA, P. C. C.; CERRI, G. G. Radiologia diagnóstica prática manual da residência do Hospital Sírio-Libanês. 2. ed. São Paulo: Manole, 2017.
Aula 5
BIASOLI JUNIOR, A. Técnicas radiográficas. Rio de Janeiro: Rubio. 2006. BIASOLI JUNIOR, A. Técnicas radiográficas: princípios físicos, anatomia básica, posicionamento, radiologia digital, tomografia computadorizada. 2. ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2015. BONTRAGER, K. L.; LAMPIGNANO, J. P. Tratado de posicionamento radiográfico e anatomia associada. 8. ed. São Paulo: Elsevier, 2015. CHIARA, O.; CIMBANASSI, S. Protocolo para atendimento intra-hospitalar do trauma grave. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. COLICIGNO, P. R. C. et al. Atlas fotográfico de anatomia. São Paulo: Pearson, 2009. MOURÃO, A. P. F. Tecnologia radiológica e diagnóstico por imagem: guia para ensino e aprendizado. 5. ed. São Caetano do Sul: Difusão, 2012. 3 v. (Série Curso de Radiologia). OLIVEIRA, L. A. N. et al. Diagnóstico por imagem: pediatria do instituto da criança - Hospital das Clínicas de São Paulo. Barueri: Manole, 2012. ZATAR, L.; VIANA, P. C. C.; CERRI, G. G. Radiologia diagnóstica prática manual da residência do Hospital Sírio-Libanês. 2. ed. São Paulo: Manole, 2017.