Livros

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Aqui você encontra diversas indicações de filmes, livros e links relacionados à sua jornada de Projeto de Vida.

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A CONTADORA DE FILMES

Hernán Rivera Letelier

Final da década de 1950. Ir ao cinema aos domingos é o momento mais esperado na vida de uma família de mineiros no México, mas o acidente de trabalho sofrido pelo pai reduz drasticamente a renda familiar. A solução encontrada é enviar apenas um dos filhos ao cinema, com a condição de contar a história do filme assistido para o resto da família. É assim que a caçula, Maria Margarita, se descobre uma grande contadora, ao ponto de as pessoas saírem do cinema e correrem à casa dela para ouvir a menina contar o filme que acabaram de assistir!

Editora: Cosac Naify
Ano: 2012

ARTE E CULTURA PELO REENCANTAMENTO DO MUNDO

Hamilton Faria, Pedro Garcia, Bene Fonteles, Dan Baron

“A conexão arte-sociedade
A arte é inseparável da realidade social, econômica, política e cultural dos diversos países. Hoje, ela tem um papel fundamental na religação da sociedade, na reorganização do tecido social desfeito pela mercantilização das relações e pela violência. Particularmente entre os jovens, a arte torna-se a única linguagem possível de compreensão, de comunicação entre gerações. Com a homogeneização do discurso de mudança, a política tem pouco a dizer, e a arte assume uma impor­tância nunca vista.”

Este pequeno trecho do livro já nos dá uma ideia do seu conceito gerador: a arte como elemento de transformação benéfica do mundo,  acolhendo e reaproximando as pessoas, contribuindo para o desenvolvimento tanto de nossa esfera individual quanto da esfera coletiva da qual fazemos parte. Uma leitura agradável e que conduz a uma compreensão ampla do uso de nossa criatividade transformadora e das relações criativas em sociedade, assunto fundamental para a estruturação de nossos sonhos e desejos em projetos e realizações, seja na área artística ou nas demais áreas do conhecimento humano.

Instituto Pólis
Ano: 2009

O CONTO DA ILHA DESCONHECIDA

José Saramago

Um homem vai ao rei e lhe pede um barco para viajar até uma ilha desconhecida. O rei lhe pergunta como pode saber que essa ilha existe, já que é desconhecida. O homem argumenta que assim são todas as ilhas até que alguém desembarque nelas.

Editora: Companhia das Letras
Páginas: 64
Ano: 1998

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GUERRA DENTRO DA GENTE

Paulo Leminski

A saga do menino Baita, que segue um velho desconhecido e vai se modificando e se conhecendo na medida em que descobre o mundo, é um relato fascinante sobre o que se esconde na alma humana.

Editora: Scipione
Páginas: 80
Ano: 1995

CEM DIAS ENTRE CÉU E MAR

Amyr Klink

Navegando ao lado dos peixes, entretendo conversas com gaivotas e tubarões, remando no meio de uma creche de baleias, Cem Dias entre Céu e Mar é o relato de uma travessia absolutamente incomum: mais de 3500 milhas (cerca de 6500 quilômetros) desde o porto de Lüderitz, no sul da África, até a praia da Espera no litoral baiano, a bordo de um minúsculo barco a remo.

Editora: Companhia das Letras
Páginas: 264
Ano: 1995

AS CIDADES INVÍSIVEIS

Italo Calvino

Nesta obra, a imaginação do autor mostra descrições de cidades feitas por Marco Polo, o navegador genovês, a Kublai Khan, poderoso monarca dos mongóis, que queria saber como estavam as prodigiosas cidades de seus extensos domínios.

Asas de loucura

Paul Hoffman

Resenha: Alessandro Sbampato

A vida do brasileiro Alberto Santos Dumont é um capítulo da história da humanidade, e um dos mais importantes. Curioso desde a juventude, homem à frente de seu tempo e um pesquisador incansável, este aviador (adjetivo que só existe e pode ser aplicado a ele graças à sua própria invenção de si mesmo) revolucionou o universo dos meios de transportes, concretizou um dos sonhos mais antigos da humanidade e tornou menores as distâncias no planeta, unindo pessoas e continentes. A invenção do avião, hoje justa e reconhecidamente atribuída a ele, foi durante muito tempo objeto de disputa, mas não há cientista sério que negue, nos dias de hoje, a primazia da invenção a este brasileiro oriundo de uma família de industriais e produtores de café na segunda metade do século XIX no Brasil. A decisão tomada por ele pela mudança para Paris, na virada do século XIX para o XX, permitiu a Santos-Dumont realizar seus experimentos com grande visibilidade aos olhos do mundo, algo que seus concorrentes sempre evitaram, pelo medo do fracasso em público, ao contrário dele, confiante em suas convicções, projetos e experimentos. Um exemplo de criatividade e talento pessoal fortalecidos por altas doses de disciplina, organização, planejamento e persistência; uma grande capacidade de redirecionar seus planos mesmo diante de insucessos temporários, mantendo sempre o foco em seus objetivos, apesar do descrédito inicial e das dificuldades enfrentadas. Abalado pela esclerose múltipla que o acometeu ainda jovem, com apenas 36 anos de idade, e pelo desgosto pessoal em ver sua bela e nobre invenção sendo desvirtuada para uso bélico, servindo para destruição e morte, terminou seus dias isolado e amargurado, apesar das conquistas e sucessos que o tornaram uma das mais conhecidas personalidades de seu tempo.

Este livro, além de um perfil afetivo e verdadeiro deste gênio da humanidade, relata as dificuldades técnicas, científicas e logísticas enfrentadas por ele para a construção de seus múltiplos sonhos e projetos, permitindo ao aluno uma boa reflexão sobre seu próprio Projeto de Vida, suas dificuldades e dúvidas, bem como sobre as ferramentas pessoais necessárias para a conquista de seus objetivos.

Editora: Objetiva
Páginas: 326
Lançamento em português: 2004

O Velho e o Mar

Ernest Hemingway

Resenha: Reni Adriano

Santiago é um velho pescador que está há 84 dias sem apanhar um único peixe. Apartado dos companheiros, que acreditam que o “azar” do velho possa ser transmitido ao grupo, ele conta apenas com a amizade do garoto Manolin, que não pode acompanhá-lo ao mar, porque os pais o proibiram.
Um dia Santiago pega o seu pequeno barco e parte para pescar sozinho. Dessa vez, fisga um peixe de tamanho descomunal, capaz de arrastar o barco por muitos metros. O fascínio e o amor que o peixe desperta no homem conflitam com a necessidade humana de sobrevivência até os limites da capacidade física.

O resultado é um dos relatos mais intensos e belos da literatura. Uma experiência de leitura inesquecível. Além de confirmar a relação entre o homem e o mar como metáfora da própria vida

Editora: Bertrand Brasil
Lançamento em português: 2013

Os trabalhadores do mar

Autor: Victor Hugo

Tradução: Machado de Assis

Resenha: Alessandro Sbampato

Os trabalhadores do mar, de 1866, é um romance de Victor Hugo, um dos maiores escritores franceses de todos os tempos. Foi traduzido ao português por Machado de Assis, um dos mais importantes escritores brasileiros. Ele retrata a luta de Gilliatt, um homem sozinho diante do mundo, na ilha de Guernsey, litoral da Normandia, na França. Apaixonado por Déruchette, uma bela jovem filha de um rico senhor local, ele se oferece para resgatar Durande, o navio do pai dela, encravado em um perigoso rochedo após um naufrágio. Na esperança de conquistar sua admiração e seu amor, enfrenta todo tipo de dificuldade, utilizando os poucos recursos disponíveis no rochedo e no navio naufragado para construir estruturas que possibilitassem o resgate da enorme e valiosa máquina.

Esse livro exemplifica a dedicação a um objetivo e a compreensão de que, uma vez determinado tal objetivo, é necessário estabelecer metas para que ele seja alcançado. Além disso, cada meta é formada por muitas ações das quais depende seu sucesso.

Além disso, cada meta é formada por muitas ações das quais depende seu sucesso.

O livro é uma das grandes obras do engenho humano, permanecendo vivo e interessante até hoje por esses e outros aspectos que você descobrirá ao ler.

Editora: Martin Claret
Páginas: 440
Lançamento em português: 2004

Sidarta

Autor: Herman Hesse

Tradutor: Herbert Caro

Resenha: Reni Adriano

Fiel a si mesmo e aos anseios da própria alma, o jovem Sidarta sai da casa dos pais, abandonando uma vida confortável e segura, em busca de conhecimento e ampliação do espírito. Baseado na vida de Siddhartha Gautama, fundador do budismo, esse romance do escritor alemão Herman Hesse já foi símbolo de resistência política nos momentos mais sombrios da História. De jovens que se opunham e faziam frente aos horrores da guerra do Vietnã aos partidários do movimento hippie, o livro se tornou, muitas vezes, referência para o fortalecimento humano e o autoconhecimento.

Ao preparar a bagagem para a sua viagem rumo à sua Ítaca, não se esqueça de levar essa obra na mochila. É daqueles livros que nos encorajam e nos sustentam no caminho.

Editora: BestBolso

Nós contra o Batman

Alessandro Sbampato

Resenha: Alessandro Sbampato

Em tempos de revisão de toda a história de um país grande e diverso como o Brasil, envoltos em um cotidiano de surpresas constantes e, quase sempre, decepcionantes e inseridos em uma lógica acelerada de valorização do descartável e do pouco compromisso com as responsabilidades da vida em comunidade, a crônica sugerida propõe uma reflexão sobre nossas responsabilidades na construção e na transformação da realidade que nos cerca. Agimos como meros espectadores de eventos midiáticos que se propagam à nossa revelia ou assumimos nosso papel dentro da sociedade? Nossas ações beneficiam apenas nossos próprios interesses ou levam em conta os sentimentos e as necessidades do outro, seja o outro ser humano, seja outra forma de vida, seja todo o planeta que nos cerca e abriga? Essas questões aparecem como reflexões provocativas na crônica de Alessandro Sbampato que o Instituto Ecofuturo mantém em seu acervo de contribuições para a melhoria do mundo, visão na qual todos, em tese, acreditamos. Boa leitura!

Origem

Thomas Bernhard

Tradução: Sergio Tellaroli

Texto: Texto de orelha da edição brasileira. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.

“Publicados separadamente entre 1975 e 1982, os cinco breves relatos autobiográficos reunidos neste volume tratam da infância e da adolescência daquele que é um dos maiores nomes da literatura em língua alemã contemporânea, o austríaco Thomas Bernhard. A causa (1975), O porão (1976), A respiração (1978), O frio (1981) e Uma criança (1982) compõem o registro possível dos terríveis anos de aprendizado e formação do homem e do escritor, estendendo-se cronologicamente do início da década de 30 até por volta do final de 1950, quando Bernhard contava quase vinte anos de idade.

Em busca da própria origem, tudo quanto o escritor pode nos dar são indicações – do pai biológico, que jamais conheceu; da tormentosa e delicada relação com a mãe; da influência decisiva do amor materno; da relação de amor e ódio com Salzburgo, cidade para a qual o avô o envia para estudar, alojando-o num internato que, no fim da guerra, se transforma imperceptivelmente de nacional-socialista em católico fervoroso: apenas a troca do retrato de Hitler pelo de Jesus Cristo denuncia a mudança nada mais que superficial.

Contudo, da trajetória sempre recheada de grandes expectativas traçada pelo avô, Bernhard se desvia ao, de repente, abandonar o ginásio – o caminho para a universidade – e tomar “a direção oposta”, afastando-se da Salzburgo reconhecida e estabelecida e da formação humanística em prol de um aprendizado como comerciante na desprezada periferia paupérrima da cidade, de onde só sairá para dar início a um périplo por hospitais e sanatórios nos quais, em decorrência de complicações pulmonares resultantes de uma gripe malcuidada, esteve à beira da morte.

No estilo inconfundível de uma escrita única no panorama da literatura ocidental produzida no século XX, tem-se aqui um relato pessoal da miséria, da guerra e da doença – as próprias e as alheias –, mas também do desejo de sobreviver e registrar uma verdade que só a grande ficção é capaz de engendrar”.

Editora: Companhia das Letras

Páginas: 504

A cultura da participação: criatividade e generosidade no mundo conectado

Clay Shirky

Tradução: Celina Portocarrero

Resenha: Reni Adriano

A cultura da participação é um instigante estudo sobre os caminhos para as interações sociais criativas abertos pelas novas tecnologias e mídias sociais, para as quais converge a soma de talentos postos à disposição de trabalhos colaborativos em todo o mundo e de formas até então inimagináveis. As motivações que levam as pessoas a dedicar parte do seu tempo livre, generosamente, para a criação e disponibilização de novos saberes e serviços em rede são examinadas com acuro e embasadas em diferentes estudos de psicologia, ciências sociais e economia. Além disso, o livro se presta, em certa medida, ao papel de um verdadeiro manual para quem quer se juntar ativamente a essa rede global que modificou, definitivamente, a nossa forma de gerar, compartilhar e adquirir conhecimento”.

Editora: Zahar

Páginas: 210

O homem que sabia javanês e outros contos

Afonso Henriques de Lima Barreto

Resenha: Alessandro Sbampato

“A cada ano a Flip, Festa Literária Internacional de Parati, escolhe um escritor brasileiro como o autor homenageado do ano. Nomes como Mário de Andrade, Machado de Assis, Millôr Fernandes, Ana Cristina César e outros grandes autores já receberam a homenagem. A programação da festa, ao mesmo tempo em que apresenta títulos e autores novos, propõe discussões e atividades que se relacionam à obra do autor homenageado. Em 2017 o autor escolhido é o jornalista carioca Afonso Henriques de Lima Barreto. Um cronista das transformações de seu tempo, Lima Barreto oferece, a partir de uma visão periférica e sofisticada, com humor refinado, sua percepção aguçada da realidade sofrida das camadas populares do início do século XX. Ele mesmo vindo da periferia do Rio de Janeiro, negro, de família pobre e frequentando de forma desafiadora os círculos elitistas da cultura brasileira à época, é um autor imperdível para explicar o Brasil contemporâneo e a formação e permanência de suas desigualdades e injustiças sociais. O livro sugerido aqui, O homem que sabia javanês e outros contos, apresenta alguns exemplos de sua genialidade”.

Editora: Ibep

Páginas: 96