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Unidade 1
Seção 1
iStock 2018

Webaula 1

Fundamentos de funções, limites e derivadas

Conteúdo Programático

• Funções polinomiais, trigonométricas, exponenciais e logarítmicas.

• Conceito de limite e limites fundamentais.

• Conceito de derivada e derivadas de funções polinomiais, exponenciais, logarítmicas e trigonométricas.

• Derivada da soma, do produto, do quociente e regra da cadeia.

Função, limite, derivada
Fonte: <https://goo.gl/crEkjx>. Acesso em: 24 out. 2017.

Apresentação da Webaula

O desenvolvimento do Cálculo no século XVII por Newton e Leibniz propiciou aos cientistas da época, as primeiras noções sobre "taxa de variação instantânea", tal como ocorre com a velocidade ou a aceleração. Esse conceito influenciou os métodos computacionais e os conhecimentos sobre Cálculo que se desenvolveram a partir do conceito de limites. Nessa aula estudaremos as diferentes funções apresentando seus conceitos, suas propriedades e exemplos. Todo desenvolvimento de cálculo está baseado no estudo de funções.

O estudo das funções, permite a você aluno adquirir a linguagem algébrica como a linguagem das ciências. Esta linguagem se faz necessária para expressar a relação entre grandezas e modelar situações-problema, construir modelos descritivos de fenômenos e permitir várias conexões dentro e fora da própria Matemática. O estudo de limites e derivada são muito importantes para a compreensão do Cálculo. Vamos então estudar o conceito e de limites, assim como o conceito de derivada e algumas regras de derivação.

Desenvolvimento do tema

Definindo uma função: Função é uma relação. Utilizando dois conjuntos A e B, a relação entre eles será uma função se todo elemento do primeiro conjunto estiver relacionado (ligado) apenas com um elemento do segundo conjunto. Na matemática, dizemos que função é uma relação de dois conjuntos, por exemplo: f(x) = y, sendo que x e y são valores, onde x é um elemento do domínio da função (a função está dependendo dele) e y é um elemento da imagem. Podemos citar como exemplo, a relação entre o custo e o consumo em m³ de água. Isso porque, a conta de água está relacionada a quanto iremos gastar de m³ de água. Essa relação é uma função!

Domínio, contradomínio e Imagem?

Seja f uma função de A em B.

Representação de função
Fonte: <https://goo.gl/EF7x16>. Acesso em 24 out. 2017.

Nesta correspondência, o conjunto A é o domínio da função f, enquanto o conjunto B é denominado contradomínio da função f.

Usamos a notação ⨏: A→B (onde lemos: f é uma função de A para B) para indicar que estamos fazendo a correspondência de A, designado domínio, com o conjunto B, contradomínio. Escrevemos y = ⨏(x) para indicar que a função f associa o elemento x de seu domínio ao elemento y de seu contradomínio.

• Se um elemento x ∈ A, for relacionado a um elemento y ∈ B, dizemos que y é a imagem de x pela função ⨏. Logo, o conjunto de todos os elementos de B, que são imagens de algum elemento de A, é designado conjunto imagem da função f é denotado por Im(⨏). Sendo portanto, um subconjunto do contradomínio B.

• O elemento x é chamado de variável independente, pois ele é livre para assumir qualquer valor do domínio, e nomeia-se y de variável dependente.

Tipos de funções

Seja f uma função definida por f( x )= a n x n + a n1 x n1 +...+ a 1 x+ a 0 , em que os coeficientes a 0 , a 1 ,... a n são números reais ( a n 0 ) e n um número inteiro não negativo. A função f é denominada de função polinomial de grau n, a qual dependendo do grau n receberá nomes de funções polinomiais.

Podemos definir a função linear afim como uma aplicação f: quando a cada elemento x associa o elemento ax+b onde a0 é um número real dado. Isto é, a função f é dada por: f( x )=ax+b,   a0

Analisar a função f(x) = – x + 2.

Fonte: Elaborado pelo autor.
Gráfico de uma função linear
Fonte: Elaborado pelo autor.
- A função é decrescente, pois a < 0;
- Coeficiente angular é a = -1;
- Coeficiente linear é b = 2;
- Zero da função é 2, pois – x + 2 = 0 => -x = - 2.(-1) => x = 2.
-A raiz 2 é a abscissa do ponto de coordenadas (2,0), a reta corta o eixo
f(x) < 0 {x ∈ R | x > 2}
f(x) = 0 {x ∈ R | x = 2}
f(x) > 0 {x ∈ R | x < 2}

Tipos de funções

A função quadrática, também nomeada função polinomial do 2º grau, é definida a partir de: f de R em R, dada na forma: f(x)=ax2+b+c com a, b e c pertencentes ao conjunto dos números reais, onde a ≠ 0. Vale salientar que o domínio desta função é o conjunto dos números reais e a representação de seu gráfico é a curva conhecida como parábola. Chamamos de raízes ou zeros da função polinomial do 2º grau dado por: f(x)=ax²+bx+c, a≠0, os números reais x que satisfazem f(x) = 0, ou seja, os valores da abscissa x que tornam y nulo. A descrição que nos permite obter as raízes é da forma:

X=-b±b2-4ac2a, tal representação é denominada como fórmula de bháskara.

Vértice de uma função quadrática
Fonte: <https://goo.gl/svWeZA>. Acesso em 16 mai. 2015.

Como representar o gráfico da função quadrática dada por y = -x2+2x+3.

I. Definindo a concavidade da parábola.

Temos a = -1, como a < 0 a concavidade para baixo.

II. ∆ pode ser obtido por ∆ = b²-4ac

∆ = (2)² - 4(-1)(3)

∆ = 4 + 12 = 16

III. Cálculo das raízes.

x'=-b+Δ2a e x"=-b-Δ2ax'=-+162.(-1) e x"=-2-162.(-1)x'=-1 e x"=3

IV. Assim por meio de Xν=-b2a e Yν=-Δ4a encontramos o vértice V.

Xν=-b2a e Yν=-Δ4aXν=-22(-1) e Yν=-164(-1)Xν=1 e Yν=4

Chama-se função exponencial a função f de R em  R* apresentada pela forma característica, em que a é um número real positivo e diferente de um.

Definição: f:RR*,com f(x)=ax é exponencial se a>0 e a≠1.

Função Exponencial
Fonte: <https://goo.gl/8e1Ki5>. Acesso em: 24 out. 2017.
Exemplo do gráfico da função exponencial
Fonte: <https://goo.gl/vsnyXD>. Acesso em 24 out. 2017.

y= e 0,5x

Toda função que obedece a lei de formação f:I R + * IR , definida por f(x)= log b x , satisfazendo as condições de existências (0<b1) chamamos de função logarítmica. Na definição apresentada destacamos o domínio da função f que simbolicamente representamos por D f = R + * e a imagem que é dada por Im f =R .

Simbolicamente, temos: f:I R + * IR x log b x

Exemplo: Qual o valor de log216=4, pois se log216=x, então:

2x=16 temos então 2x=24, logo x=4, portanto log2 16=4.

O logaritmo em base e é chamado de logaritmo natural de x, denotado por ln x e definido como sendo a função inversa de ex, ou seja, o logaritmo natural de x, escrito ln x, é a potência de e de necessária para obter x. Em outras palavras, lnx = c significa que ec=x. Veja que “e” é outra base para o logaritmo, que possui uma denominação especial, mas que possui exatamente as mesmas propriedades já apresentadas. A figura a seguir apresenta o gráfico da função exponencial ex e lnx.

Gráfico da função exponencial ex e sua inversa lnx
Fonte: Extraído de Stewart (2011, p. 56).

A função seno é a função f: , dada por f( x )=senx , que associa a cada número real x, um único número senx , também real. Para construir o gráfico que representa a função seno no plano cartesiano, podemos atribuir alguns valores a x, a fim de obtermos os valores correspondentes para y=f( x ) . Com isso, obtemos os pares ordenados ( x,y ) .

Gráfico da função f( x )=senx

Fonte: Elaborado pelo autor.

A função cosseno é a função g: , dada por g( x )=cosx , que associa a cada número real x um único número cosx , também real. Assim como no caso do seno, para construir o gráfico que representa a função cosseno no plano cartesiano, podemos atribuir alguns valores a x, a fim de obtermos os valores correspondentes para y=g( x ) . Com isso, obtemos os pares ordenados ( x,y ) .

Gráfico da função g( x )=cosx

Fonte: Elaborado pelo autor.

A função tangente é a função h: , com x π 2 +kπ e k , dada por h( x )=tgx , que associa, a cada número real x, um único número tgx , também real.

Gráfico da função h( x )=tgx

Fonte: Elaborado pelo autor.

Nesse gráfico, as retas tracejadas verticais são chamadas assíntotas e passam pelos pontos de abscissas π 2 +kπ , com k . Algumas características dessa função:

• É periódica e seu período é π . Isso pode ser justificado observando que: tgx=tg(x+kπ), com k

• O contradomínio é , mas o domínio da função tangente é D( h )={ x|x π 2 +kπ,k } . No entanto, ao contrário das funções seno e cosseno, os valores de tgx não estão restritos ao intervalo [ 1,1 ] , ou seja, Im( h )= . Isso fica evidente na circunferência trigonométrica, pois os valores da tangente se estendem infinitamente para cima e para baixo sobre o eixo das tangentes.

Limites

Para compreendermos os limites vamos começar trabalhando a noção intuitiva. Seja a função f(x)=2x+1, vamos   atribuir valores para “x’ que se aproximem de “1” por valores menores que 1(esquerda) e por valores maiores que 1(direita).

Noção intuitiva de limite
x
y=x2+1
1,5
4
1,3
3,6
1,1
3,2
1,05
3,1
1,02
3,04
1,01
3,02
x
y=x2+1
0,5
2
0,7
2,4
0,9
2,8
0,92
2,9
0,98
2,96
0,99
2,98
Fonte: Elaborado pelo autor.

Notamos que à medida que x se aproxima de 1, y se aproxima de 3, ou seja, quando x tende para 1 (x 1), y tende para 3 (y  3), ou seja:

limxl(2x+1)=3

Observamos que quando x tende para 1, y tende para 3 e o limite da função é 3. Esse é o estudo do comportamento de f enquanto x ->1, x não precisa assumir o valor 1. Se f(x) tende para 3 (f(x) 3), dizemos que o limite de f quando x 1 é 3. Podem ocorrer alguns casos em que para x = 1 o valor de f(1) não seja 3.

Definimos como limite de uma função f quando “x” tende a “c” e é representado pela notação limxcf(x), como sendo o número L, tal que f(x) pode se tornar tão próxima a L quanto quisermos sempre que existir suficientemente próximo de “c”, com x≠c. Se existir escrevemos:

limxcf(x)=L

Podemos analisar o limite considerando cada lado separado. Dizemos que o limite esquerdo de f quando “x” tende a “a” é igual a L se pudermos tornar os valores de f(x) próximos de L, tomando “x” suficiente próximo de a desde que “x” seja menor que “a”. Notação:limxa-f(x)=L. O símbolo x→a- indica que estamos considerando somente valores “x” menores que “a” e da mesma forma para x→a+ indica que estamos considerando valores maiores que “a”. Pela definição teremos:

limxaf(x)=Llimxa-f(x)=L e limxa+f(x)=L

Exemplo: Como determinar o limite de limxcx-2xx=L?

Vamos primeiro determinar o limite quando “x” tende a zero pela direita!

Para o módulo de um número positivo, teremos:

limx0+x-2xx=limx0+x-2xx=limx0+-xx=limx0(-1)=-1

Determinando o limite quando “x” tende a zero pela esquerda!

Para o módulo de um número negativo, teremos -x, será o oposto do número:

Notação: limx0-x-2xx=limx0-x+2x-x=limx0-=-3

Assim, se o limite pela direita é igual a -1 e pela esquerda é -3, talvez o limite “L” não se define, observe a representação gráfica:

Representação gráfica da função y=x-2xx

Fonte: Elaborado pelo autor.

Percebe que no eixo vertical das ordenadas há uma lacuna entre os números -1 e -3 representando uma descontinuidade, na verdade o limite não se define.

Propriedades dos Limites

Muitas das propriedades de limites são utilizadas com objetivo de simplificar as resoluções de algumas funções:

Leis do Limite Seja c uma constante e suponha que existam os limites limxaf(x) e limxag(x)

Então

1. limxa[f(x)+g(x)]=limxaf(x)+limxag(x)

"O limite de uma soma é a soma dos limites"

2. limxa[f(x)-g(x)]=limxaf(x)-limxag(x)

"O limite da diferença é a diferença dos limites"

3. limxa[cf(x)]=climxaf(x)

"O limite de uma constante vezes uma função é a constante vezes o limite da função"

4. limxa[f(x)g(x)]=limxaf(x).limxag(x)

"O limite de um produto é o produto dos limites"

5. limxaf(x)g(x)=limxaf(x)limxag(x) se limxag(x)0

"O limite de um quociente é o quociente dos limites (Desde que o limite do denominador seja diferente de zero)"

6. limxa[f(x)]n=[limxaf(x)]n onde n é um inteiro positivo

7. limxac=c

8. limxax=a

9. limxaxn=an onde n é um inteiro positivo

10. limxaxn=an onde n é um inteiro positivo [Se n for par, supomos que a>0]

11. limxaf(x)n=limxaf(x)n onde n é inteiro positivo [Se n for par, supomos que limxaf(x)>0

Vejamos alguns casos para determinar o limite de uma função:

1) Determine o limite de limx01x, com x≠0:

Representação gráfica da função y=1x

Fonte: Elaborado pelo autor.

Podemos observar que:

• Quando x se aproxima de zero, pela direita, y cresce indefinidamente superando qualquer valor arbitrário que fixemos, isto é, y tende a mais infinito. limx0+1x=

• Quando x se aproxima de zero, pela esquerda, y decresce indefinidamente, isto é, y tende a menos infinito. limx_01x=-

• Não existe limx0f(x) porque os limites laterais são diferentes.

• Quando x cresce indefinidamente, o gráfico quase toca o eixo x, isto é, y tende a zero. limx+1x=0

• Quando x decresce indefinidamente, o gráfico quase encosta no eixo x, isto é, y tende a zero. limx_1x=0

2) Determine o limite de limx01x2, quando “x” tende a zero:

• Quando x cresce ou decresce indefinidamente, a função se aproxima de zero, ou seja, y tende a zero.

limx+1x2=0     limx_1x2=0

Quando x se aproxima de zero, y cresce indefinidamente, isto é, y tende a mais infinito. limx01x2=+

Fonte: Elaborado pelo autor.

3) Limite da função polinomial para x tendendo a mais ou menos infinito: limx3x2-x-25x2+4x+1=?

Para calcular limites no infinito, primeiro dividimos o numerador e o denominador pela maior potência de x que ocorre no denominador. No nosso caso, a maior potência de x é x², então temos:

limx3x2-x-25x2+4x+1=limx3x2-x-2x25x2+4x+1x2=limx3-1x-2x25+4x+1x2=limx(3-1x-2x2)limx(5+4x+1x2)     (Lei 5)=limx3-limx1x-2limx1x2limx5+4limx1x+limx1x2    (1, 2 e 3)=3-0-05+0+0     (7)=35

4) Cálculo de uma indeterminação do tipo 00. Exemplo: Calcular o limite de limx3x2-9x-3

Observe que f(x)=x2-9x-3 não é definida para x=3, e o numerador e o denominador da fração tendem a zero quando x se aproxima de 3.

Fatorando e simplificando, temos:

limx3x2-9x-3=limx3(x+3)(x-3)x-3=limx3x+3=3+3=6

A aplicabilidade dos limites está associada ao cálculo de taxas de variações nas mais diversas áreas. Variação de tempo, acelereação, valores, são só alguns exemplos em que podemos uaar limites. A taxa de variação instantânea compreende um valor de variação num instante específico. No processo de se definir a taxa de variação instantânea, são consideradas taxas de variação médias em intervalos que vão diminuindo em torno de um ponto. Esse processo de tornar o tamanho do intervalo tão pequeno que se aproxime de zero, trata-se do cálculo do limite.

Derivada num ponto

Percebe-se que a derivada de uma função num ponto é a taxa de variação instantânea naquele ponto.

Taxa de variação de f em a=f'(a)= lim h0 f(a+h)f(a) h .

Se existir o limite, então f é diferenciável em a. Uma expressão bastante usada para tratar de derivadas das funções é “cálculo diferencial”.  Verifique que se x = a + h, então h = x – a e h tende

f'(a)= lim xa f(x)f(a) xa .

a 0 se e somente se x tende a “a”. Consequentemente, uma maneira equivalente de enunciar a definição da derivada é

Considere o exemplo extraído de Stewart (2010, p. 133) – Encontrar a derivada da função f(x) = x2 – 8x + 9 em um número “a”.

Solução: usando a definição de derivada em que h → 0, deve-se aplicar a f(x) que se deseja derivar. É importante lembrar que é necessário subtrair a função f(x) quando estiver no ponto x=a+h da f(x) quando x=a. Logo, algebricamente a solução é a descrita a seguir.

f'(a)= lim h0 f(a+h)f(a) h f'(a)= lim h0 [ (a+h) 2 8(a+h)+9][ a 2 8a+9] h f'(a)= lim h0 a 2 +2ah+ h 2 8a8h+9 a 2 +8a9 h f'(a)= lim h0 2ah+ h 2 8h h = lim h0 (2a+h8) f'(a)=2a8

Há muitas notações usadas representar a derivada de uma função y = f(x). Além de f'(x), as mais comuns são:

f'(x)=y'= dy dx = df dx = d dx f(x)=Df(x)= D x f(x).

Os operadores D e d/dx são chamados operadores diferenciais, pois indicam a operação de diferenciação que é o processo de cálculo de uma derivada. dy/dx é lido como “a derivada de y em relação a x”, e df/dx ou (d/dx)f(x) como “a derivada de f em relação a x”.

As notações que indicam a derivada de uma função também podem indicar um ponto em que se deseja avaliar a derivada, como segue.

y'| x=a ou dy dx | x=a ou d dx f(x)| x=a .

O símbolo de avaliação (|x=a) significa calcular a expressão à esquerda em x = a.

Agora que você já conhece as notações para as derivadas de funções, aprenderá algumas regras de derivação. Essas regras permitem calcular a derivada de uma função rapidamente.

Regra 1 – Derivada de uma função constante é zero.

d dx (c)=0.

Regra 2 – Derivada de uma função potência, quando n for um número real qualquer.

d dx ( x n )=n x n1 .

Exemplo:

f(x)=x5f'(x)=5.x5-1f'(x)=5x4Para x=2f'(2)=5.24f'(2)=5.16=80

Regra 3 – Derivada de uma função multiplicada por constante.

d dx [cf(x)]=c d dx f(x).

Exemplo:

f'(x)= d dx 10 x 3 f'(x)=10 d dx x 3 f'(x)=10.3 x 31 f'(x)=30 x 2 f'(4)= 30.4 2 =30.16f'(4)=480.

Regra 4 – derivada da soma ou diferença de duas funções deriváveis.

d dx [f(x)±g(x)]= d dx f(x)± d dx g(x).

Calcule a derivada de f(x) = x2 – 8x + 9. Em seguida, determine a taxa de variação instantânea da função f(x) em x = 3.

Solução:

f'(x)= d dx ( x 2 8x+9) f'(x)= d dx x 2 d dx 8x+ d dx 9 f'(x)= d dx x 2 8 d dx x+ d dx 9 f'(x)=2 x 21 8 x 11 +0 f'(x)=2x8 f'(3)=2.38=2.

Definição da Regra da Cadeia

A regra da cadeia é a regra de derivação mais utilizada. Usamos esta regra quando a função a ser derivada é resultante da composição de outras funções. Dessa forma, a função composta f(g(x)) com f sendo a função de fora e g a função de dentro. Ou ainda,

z = g(x) e y = f(z), logo y = f(g(x)).

A regra da cadeia diz que a derivada de uma função composta é o produto das derivadas das funções de fora e de dentro, lembrando que a função de fora precisa ser calculada com a função de dentro.

A regra de cadeia poderá ser representada pela expressão matemática:

• [f(g(x))]’ = f’(z).g’(x) notação de linha

dy dx = dy dz . dz dx notação de Leibniz

Vamos ver como funciona a regra da cadeia.

Exemplo 1: Determine a derivada da função y = (x² + 2)¹⁰⁰
Vamos considerar:
f(x) = (x² + 2)¹⁰⁰   e a sua derivada f(u) = u¹⁰⁰
g(x) = x² + 2 e a sua derivada g’(x) = 2x
Aplicando a Regra de Cadeia, teremos:
(f.g)’(x) = f’(g(x)).g’(x)
(f.g)’(x) = 100(x² +2) ⁹⁹. 2x
(f.g)’(x) = 200x (x² +2) ⁹⁹. 2x

Exemplo 2: Determine a derivada da função y=e(2x2-1)

Vamos considerar:f(x)=e(2x2-1) a sua derivada f(u)=eu

g(x)=2x2-1 e a sua derivada g'(x)=4x

Aplicando a Regra de Cadeia, teremos:

(f.g)'(x)=f'(g(x)).g'(x)(f.g)'(x)=e(2x2-1).4x(f.g)'(x)=4xe(2x2-1)

Derivada de Função Logarítmica

Segundo (Anton et al 2014) estabelece-se que f(x) = ln x é diferenciável para x > 0 (ou seja, possui derivada em todos os pontos de x >0). A derivada do logaritmo natural é dada por:

d dx (lnx)= 1 x .

Desse resultado segue que a derivada do logaritmo é dada por:

d dx ( log a x)= d dx ( lnx lna ) d dx ( log a x)= 1 xlna ,x>0.

Veja um exemplo. Calcule a derivada da função y=ln (x2+1). Solução: Para resolver essa derivada será necessário usar a Regra da Cadeia estudada no tema anterior. Então vamos escrever a função y em termos de uma função composta:

y=f(z)=f(g(x))=f(x2+1)=ln(x2+1).

Dessa construção podemos dizer que y = f(g(x)), sendo z=g(x) e y= f(z) e a derivada pela regra da cadeia é:  .

 [f(g(x))]'=f'(z).g'(x)ou      dy dx = dy dz . dz dx

Então tem-se: z= x 2 +1,z'= dz dx =2x,y=lnz,y'= dy dz = 1 z Substituindo os valores na fórmula da regra da cadeia: dy dx = dy dz . dz dx dy dx = 1 z .2x dy dx = 1 x 2 +1 .2x dy dx = 2x x 2 +1 .

Derivada de função exponencial

A derivada da função f(x) = ax pode ser definida de algumas formas. Observe como fica ao escrever x como logaritmo.

y= a x x= log a y   dessa forma, é possível derivar os dois lados em relação a x d dx x= d dx ( log a y)pela regra de derivação de logaritmos, tem-se 1= 1 ylna dy dx dy dx =ylnacomo y= a x , então ao substituir tem-se dy dx = a x lnaou seja, essa é  a derivada da função exponencial y= a x .

No caso especial em que a base “a” é igual a “e” (a = e), e sabendo-se que ln e = 1, então a derivada de f(x) = ex é f’(x) = ex.1 = ex.

Derivada da função exponencial composta:

Se u(x) é uma função derivável, aplicando a regra da cadeia podemos generalizar as proposições:

i) y=au(a>0, a1)y'au. Ina. u'ii) y=euy'=eu.u'iii) y=logauy'=u'ulogaeiv) y=Inuy'u'uv) y=uvy'=v.uv-1.u'+uv.Inu.v', u>0.


Veja um exemplo. Calcule a derivada da função y=(1/2)√x. Solução: Para resolver essa derivada será necessário usar a Regra da Cadeia, como ocorreu no Exemplo 1. Então separar as funções menores que compõem a função y.

y=f(g(x)){ z=g(x) y=f(z) z= x z'= 1 2 x 1 2 f(z)= ( 1 2 ) z f'(z)= ( 1 2 ) z ln 1 2

Substituindo os valores na fórmula da Regra da Cadeia:

dy dx = dy dz dz dx y'= ( 1 2 ) z ln 1 2 .( 1 2 x 1 2 ) Substituindo  z  e  efetuando  as  operações  matemáticas y'= ( 1 2 ) x ln 1 2 .( 1 2 . 1 x ) y'= ( 1 2 ) x ln 1 2 .( 1 2 x )

Derivada das Funções Trigonométricas: sen x e cos x

A derivada para a função y = sen x é y’ = cos x. De forma análoga é possível chegar a derivada da função y = cos x é y´= - sen x. As demais funções trigonométricas são definidas a partir do seno e cosseno, podemos usar as regras de derivação para encontrar suas derivadas.

tg x=sen xcos x; cotg x=cos xsen x; sec x=1cos x; cossec x=1sen x

Veja um exemplo:

Se y=tg x=sen xcos x, então y'=sec2x

Usando a regra do quociente, obtemos:

y'= cosx.cosxsenx(senx) cos 2 x

= cos 2 x+se n 2 x cos 2 x

= 1 cos 2 x = sec 2 x

Derivada das Funções Trigonométricas: sen x e cos x

De modo análogo, podemos encontrar:

Função
Derivada
y= cotg x
y`= - cosec²x
y= sec x
y´= sec x. tg x
y= cosec x
y´= - cossec x. cotg x

Usando a regra da cadeia, obtemos as formas gerais das derivadas.

Função
Derivada
y= senx
y= cos x. x´
y= cosx
y= -sem x. x´
y= tgx
y =sec²x. x´
y= cotgx
y= -cossec²x. x´
y= cotgx
y`= -cosec²x
y= secx
y´= sec x. tg x. x´
y= cosecx
Y´= - cossec x. cotg x. x´

Referências e Dicas de Leitura

MUROLO, Afrânio Carlos; BONETTO, Giácomo. Matemática Aplicada a Administração, Economia e Contabilidade. 2ª ed. São Paulo: Cengage Learning, 2012.

STEWART, J. Cálculo I. V. 01. 5ª ed. São Paulo:Cengage Learning, 2008.

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